quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Diocese de Campos se prepara para celebrar 90 anos!


A festa acontecerá no dia 2 de dezembro de 2012, a partir das 15 horas, na Fundação Rural de Campos, com missa, apresentação artística e musical, com participação dos fiéis e padres da Diocese e presença dos Bispos do Leste 1 (Bispos do Estado do Rio de Janeiro).
Na ocasião, o Bispo Diocesano Dom Roberto Francisco estará convocando o I Sínodo Diocesano.O Sínodo, conforme o cânon 460, "é uma Assembléia de Sacerdotes e de  outros fiéis escolhidos de uma Igreja Particular que prestam sua ajuda ao Bispo da Diocese, para o bem de toda comunidade diocesana."
O objetivo do Sínodo será de rever e reajustar as normas pastorais e administrativas que regem a Diocese.

Dados históricos:
A Diocese de Campos foi criada a 04.12.1922, pela Bula "Ad Supremae Apostolicae Sedis Solium" do Papa Pio XI com território desmembrado integralmente da então Diocese de Niterói, Administrador Apostólico: Mons. Henrique César Fernandes Mourão (1924-1925);
1°Bispo: D.Henrique César Fernandes Mourão (1925-1935);
2° Bispo: D. Otaviano Pereira de Albuquerque, Arcebispo (1935-1949);
3° Bispo: D. Antônio de Castro Mayer (1949-1981);
4° Bispo: D. Carlos Alberto Etchandy Gimeno Navarro (1981-1990);
5° Bispo: D. João Corso (1990-1995);
6° Bispo: D. Roberto Gomes Guimarães (1995-2011);
7° Bispo: D. Roberto Francisco Ferrería Paz (desde 30-07-2011) atual Bispo Diocesano.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Manifestemo-nos! Aborto no Canadá.


Lei proíbe colégios católicos no Canáda de ensinar que o aborto é algo mau
Algo impressionante e impensável acontece no Canadá. A  ministra da educação de Ontario (Canadá), Laurel Broten, declarou que, segundo uma nova lei aprovada, as escolas católicas não poderão ensinar que o aborto é algo mau. Caso o façam, será considerado um ato contra a mulher, penalizado pela lei, que busca “construir um ambiente escolar positivo e inclusivo”  (16 de outubro de 2012, Gaudium Press).
É a chamada “Lei de Escolas Acolhedoras”, aprovada pelo Novo Partido Democrata, e requer que todos os conselhos escolares tomem medidas contra a “perseguição escolar”, endurecendo as consequências legais da perseguição e “apoia os estudantes que queiram promover a compreensão e o respeito por todos”. Isto é, dizer que o aborto, um assassinato covarde de uma criança inocente e indefesa, é algo caracterizado como “perseguição religiosa”. Defender a vida do nascituro passou a ser na “civilização moderna”, atéia, hedonista, consumista, materialista,  inimiga de Deus e da Igreja, perseguição religiosa. Que absurdo!
Assim, os colégios católicos em Ontario ficam ameaçados; mas certamente os colégios católicos não vão deixar de denunciar o crime hediondo e covarde que é o aborto.Em junho deste ano, quando a lei foi aprovada, os bispos católicos protestaram contra ela, pois os colégios católicos serão obrigados a ir contra a doutrina católica.
A organização LifeNews afirmou que “nunca havia visto um ataque governamental à liberdade religiosa como o que promete a Ministra Broten”. De fato, é um gravíssimo ataque não só contra a liberdade religiosa, mas também contra a liberdade de consciência (objecção de consciência)  liberdade de expressão. Se esses valores forem cancelados, a democracia e a liberdade perecem.O Cardeal Arcebispo de Toronto, Dom Thomas Collins, declarou que “defender aos sem voz é nossa missão” e que “tanto a Constituição como a lei da Educação deixam claro que deve-se respeitar a identidade católica dos colégios” e pediu proteção para “a liberdade de todos na comunidade escolar para levar a cabo atividades pró-vida, com o objetivo de promover uma cultura da vida na qual os mais vulneráveis e os que não tem voz entre nós sejam protegidos e honrados durante toda sua vida na terra, desde a concepção até a morte natural”. (EPC/JS)
Isso mostra que cada vez mais a grande perseguição que se dá hoje em todo o mundo, tanto oriental como ocidental, é contra a fé católica, contra a Igreja Católica e contra Jesus Cristo, em última instância.
É a hora dos católicos se manifestarem contra esses absurdos que, covardemente se escondem atrás de leis espúrias para proibir a Igreja católica e os católicos de viverem segundo as leis de Deus.
Prof. Felipe Aquino, do seu Blog



domingo, 28 de outubro de 2012

Gabriel, derruba mito de aborto eugênico



BARCELONA, 26 Out. 12 / 10:48 am (ACI).- Gabriel Muniz tem onze anos. Ele nasceu sem os pés devido a uma má formação congênita mas é um excepcional jogador de futebol e esta semana comoveu a sociedade espanhola por ter alcançado o sonho de treinar com o FC Barcelona e jogar bola com Dani Alves e Lionel Messi. Para os líderes pró-vida espanhóis, sua história desafia a lei que permite o aborto eugênico no país.

Sandra, mãe de Gabriel, pensou que seu filho não poderia valer-se por si mesmo pois não contava com os recursos para dar à criança um tratamento adequado. Entretanto, o assombroso menino conseguiu caminhar após cumprir um ano de idade.

Gabriel vive em um humilde lar de Campos dos Goytacazes, no nordeste do Rio do Janeiro. Ele compartilha sua pequena habitação com seu irmão mais velho Mateus. Ele vai de bicicleta à escola todos os dias e passa seu tempo livre jogando futebol com os amigos.


Sua incrível habilidade para o esporte já lhe rendeu várias medalhas escolares e a possibilidade de participar em julho do ano passado em uma academia organizada pelo Barcelona no “país do futebol”, onde a imprensa divulgou sua comovedora história de superação.

"Logo que ele começou a caminhar nós o perseguíamos esperando que fosse cair mas ele nunca caiu", recordou sua mãe em uma reportagem para a televisão brasileira.

Frente à destreza do menino e seu particular empenho, o FC Barcelona ofereceu uma viagem com tudo pago à Espanha para treinar na escolinha do clube durante uma semana e conhecer a equipe, incluindo Dani Alves e Lionel Messi. O menino deixou uma lição de vida que os famosos jogadores não esquecerão.

Um dos mais eloqüentes encontros do menino foi com o jogador brasileiro Adriano Correia, quem assegurou que o caso do Gabriel "é uma lição de vida, de superação total, porque muitas vezes reclamos por certas coisas e você o vê tão feliz, fazendo tudo com tanta alegria... que agradeceu Gabriel "por ser assim”.  “Deus queira que ele cumpra todos os seus sonhos", afirmou o atleta.


O jogador brasileiro assegurou que não tinha idéia de como Gabriel conseguia superar sua deficiência física para jogar futebol: “é uma coisa incrível”. “Me tocou muito e levarei isso para toda minha vida", disse Adriano.

Para a líder pró-vida Gádor Joya, o caso de Gabriel chama os espanhóis a refletirem, pois "quando falamos de aborto eugênico devemos recordar a atrocidade que supõe sentenciar à morte a um ser humano porque não cumpre um determinado nível de 'qualidade biológica'".

"Acaso alguém pode dizer que é biologicamente perfeito? Acaso alguém pode outorgar um certificado de qualidade a outro ser humano?", questionou.

Gádor Joya, porta-voz da plataforma pro-vida espanhola Direito a Viver, assinalou que a história do menino brasileiro demonstra que o aborto eugênico é inadmissível.

Em declarações ao grupo ACI no dia 25 de outubro, Joya assinalou que "a história do Gabriel é um exemplo mais de que o aborto eugênico, aquele que se pratica sob a premissa desumana de que quem padece uma enfermidade ou um defeito físico antes de nascer não merece viver, é absolutamente inadmissível".

A Dra. Joya também alertou "sobre os avanços científicos que permitem a detecção precoce de enfermidades e má formações nos fetos. Estes mecanismos só devem servir para uma melhor preparação médica, psicológica e social, nunca para adiantar a prática do aborto".

Por sua parte, o Dr. José Maria Simón Castellví, membro do Pontifício Conselho para os Agentes Sanitários (Pastoral da Saúde) e presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), disse ao grupo ACI que a legislação espanhola "é um desastre" no que se refere à defesa da vida das pessoas com deficiência físisca.

"Aborta-se sem limite de semanas e com poucos controles", criticou o médico.

Simón Castellví, quem participa no Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização como auditor, lamentou que "a polícia ou o Ministério não revistam indagar nos casos de aborto".

"É muito triste que um ser humano com problemas seja considerado inferior a um sujeito são. Nossa civilização está fracassando!", assinalou.

A porta-voz de Direito a Viver assinalou que se o Ministro da Justiça da Espanha, Alberto Ruiz-Gallardón, responsável pela reforma da lei do aborto nesse país, cumpre com a oferta de respeitar a sentença do Tribunal Constitucional sobre aborto de 1985, "acabaria com 98 por cento dos abortos porque tanto o aborto eugênico como o chamado terapêutico, seriam inconstitucionais".

A lei do aborto vigente na Espanha foi aprovada em fevereiro de 2010. Foi impulsionada pelo PSOE, mais precisamente pela então ministra da Saúde, Bibiana Aído. Esta norma permite o aborto a pedido das mães até a semana 14 de gestação, incluindo as menores de idade a partir dos 16 anos. O governo de Mariano Rajoy do Partido Popular ofereceu reformar esta lei que atualmente se encontra em debate. 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Dica: Hillsong para bebês


                                                          O Ministério de música australiano Hillsong lançou um belíssimo Cd com suas grandes canções, com versão para bebês, todas instrumentais, delicadas e suaves. O Cd está lindo, vale a pena conferir papais e mamães!! Acalma o bebê, ajuda o bebê a adormecer na Paz...

Nota: O Ministério de Louvor Hillsong Music Australia é mundialmente conhecido. Também é considerado o maior ministério de louvor do mundo e vendeu mais de 13.000.000 de cópias no mundo inteiro, e é liderado por Brian e Bobbie Houston. Desde 1992, o ministério já lançou cerca de 40 álbuns.


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Esplendores do Vaticano II


Novo lembrete sobre a belíssima exposição que se encontra no Brasil com as riquezas do Vaticano!!


Pela primeira vez na América Latina, uma seleção de obras de arte e relíquias que ilustram mais de dois mil anos de história da humanidade. São 200 itens, entre obras-primas de Michelangelo, Guercino, Bernini e outros, além de vestimentas, relicários, mapas, documentos e ambientes cenograficamente recriados, como o teto da Capela Sistina. Peças que, na sua maioria, nunca saíram do Vaticano. E não vão mais sair da sua memória.
Os trabalhos artísticos são expostos em ordem cronológica e as coleções são organizadas em 11 galerias e ambientes cenograficamente recriados, onde, de forma dinâmica e interativa, os visitantes são levados a uma viagem pelas épocas de expressão que marcaram a história.
EXPERIÊNCIA ÚNICA!
LOCAL: Oca (Parque do Ibirapuera) – Av. Pedro Álvares Cabral, S/N°, Portão 03.
HORÁRIO DA EXPOSIÇÃO: Todos os dias, das 10h às 20h (acesso até 19h)
HORÁRIO EXCLUSIVO PARA ESCOLAS E GRUPOS: de segunda a sexta-feira.
ESTACIONAMENTO: as áreas de estacionamento no Parque do Ibirapuera são administradas pela CET, seguindo o padrão Zona Azul.
Para conferir mais, acesse o site oficial da exposição: http://www.esplendoresdovaticano.com.br

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Hoje: Memória Litúrgica de João Paulo II

Santuário de Lourdes recebe relíquia de João Paulo II na memória litúrgica do Beato

VATICANO, 19 Out. 12 / 02:02 pm (ACI/EWTN Noticias).- As relíquias do Beato Papa João Paulo II serão levadas a Lourdes em ocasião da peregrinação que organiza a União Nacional Italiana para o Transporte de Doentes a Lourdes e aos Santuários Internacionais (UNITALSI) do dia 21 ao 27 de outubro.
Desta maneira, a festa estabelecida para a celebração do Beato Wojtyla na diocese de Roma e em algumas outras dioceses que pediram para celebrar também, em 22 de outubro, vai ser acompanhada por estas relíquias em Lourdes, onde está um dos Santuários Marianos mais importantes do mundo no qual Santa Bernardette Subirous viu à Mãe de Deus em diversas aparições em 1858.
O Arcebispo Zygmunt Zimowski, Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Agentes Sanitários, foi quem concedeu à UNITALSI a permissão de levar ao santuário Mariano o relicário com a ampola do sangue de João Paulo II para que possa ser visto e venerado pelos peregrinos de todo o mundo.
O presidente da Unitalsi, Salvatore Pagliucca, declarou à Rádio Vaticano que no Ano da fé e durante o Sínodo sobre a Nova Evangelização "um tema que preocupava muito a João Paulo, (...) que continua influenciando a Igreja e as pessoas, (...) a presença do relicário do Beato nesta peregrinação é um sinal com grande significado".
"Representa a presença das suas ideias, dos seus sentimentos, a presença, sobretudo, do amor que deu, como homem e como pastor a todas as pessoas, aos fiéis e em particular aos doentes e deficientes", acrescentou.
O Papa Bento XVI beatificou a João Paulo II no dia 1º de maio de 2011 ante 1 milhão de pessoas de distintas partes do mundo à Praça de São Pedro no Vaticano. Esse dia estabeleceu que sua festa se celebraria em Roma cada 22 de outubro.

Nota: A Igreja Católica celebra nesta segunda-feira, 22, pela segunda vez, a memória litúrgica de João Paulo II (1920-2005). O Papa polaco foi beatificado em maio de 2011 pelo seu sucessor, Papa Bento XVI, no Vaticano.
A data assinala o dia de início do pontificado de Karol Wojtyla, em 1978, pouco depois de ter sido eleito Papa.
Na habitual resenha biográfica que é apresentada no calendário dos santos e beatos, João Paulo II é lembrado pela “extraordinária solicitude apostólica, em particular para com as famílias, os jovens e os doentes, o que o levou a realizar numerosas visitas pastorais a todo o mundo”.
“Entre os muitos frutos mais significativos deixados em herança à Igreja, destaca-se o seu riquíssimo Magistério e a promulgação do Catecismo da Igreja Católica e do Código de Direito Canônico para a Igreja latina e oriental”, lê-se no documento.
Aos fiéis, é proposta ainda uma passagem da homilia de João Paulo II no início do seu pontificado, precisamente em 22 de outubro de 1978, na qual afirmou: ‘Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo!’.
Karol Jozef Wojtyla, eleito Papa em 16 de outubro de 1978, nasceu em Wadowice (Polônia), em 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, em 2 de abril de 2005.
Entre os seus principais documentos, estão 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Último Capítulo


Certa vez um amigo já falecido, psicólogo, me disse que “as novelas fazem uma pregação sistemática de anti-valores”. Embora isso já faça bastante tempo, eu nunca esqueci esta frase. Meu amigo Franz Victor me disse uma grande verdade.
Enquanto a evangelização procura incutir nas pessoas uma vida de acordo com os valores do Evangelho, a maioria das novelas estraga o povo, incutindo nas pessoas anti-valores cristãos.
As novelas, em sua maioria, exploram as paixões humanas, muito bem espelhadas nos chamados pecados capitais: soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja e preguiça; e faz delas objeto dos seus enredos, estimulando o erro e o pecado, mas de maneira requintada.
Na maioria delas vemos a exacerbação do sexo; explora-se descaradamente este ponto, desvirtuando o seu sentido e o seu uso. Em muitas cenas podem ser vistos casais não casados vivendo a vida sexual, muitas vezes de maneira explícita, acintosa e provocante; e isto em horário em que as crianças e os jovens estão na sala. Aquilo que um casal casado tem direito de viver na sua intimidade, é colocado a público de maneira despudorada, ferindo os bons costumes e os mandamentos de Deus.
Mas tudo isso é apresentado de uma maneira “inteligente”, com uma requintada técnica de imagens, som, música, e um forte aparato de belas mulheres e rapazes que prendem a atenção do telespectador e os transforma em verdadeiros viciados. Em muitas famílias já não se faz nada na hora da novela, nem mesmo se dá atenção aos que chegam, aos filhos ou aos pais.
Assim, os valores cristãos vão sendo derrubados um a um: a humildade, o desprendimento, a pureza, a continência, a mansidão, a bondade, o perdão, etc. vão sendo jogados por terra, mas de maneira homeopática; aos poucos, lentamente, para não chocar, os valores morais vão sendo suprimidos. Faz-se apologia do sexo a qualquer instante e sem compromisso familiar ou conjugal; aprova-se e estimula-se o homossexualismo como se fosse algo natural e legítimo, quando o Catecismo da Igreja chama a prática homossexual de “depravação grave” (§2357).
O roteiro e enredo dos dramas das novelas são cuidadosamente escolhidos de modo a enfocar os assuntos mais ligados às pessoas e às famílias, mas infelizmente a solução dos problemas é apresentada de maneira nada cristã. O adultério é muitas vezes incentivado de maneira sofisticada e disfarçada, buscando-se quase sempre “justificar” um triângulo amoroso ou uma traição. O telespectador é quase sempre envolvido por uma trama onde um terceiro surge na vida de um homem ou de uma mulher casados que já estão em conflito com seus cônjuges. A cena é formada de modo a que o telespectador seja levado a até desejar que o adultério se consume por causa da “maldade” do cônjuge traído.
E assim, a novela vai envolvendo e “fazendo a cabeça” até mesmo dos cristãos. A consequência disso é que as elas passaram a ser a grande formadora dos valores e da mentalidade da maioria das pessoas, de modo que os comportamentos que antes eram considerados absurdos, agora já não o são, porque as novelas tornaram o pecado palatável. O erro vai se transformando em algo comum e perdendo a sua conotação de pecado.
Por outro lado percebe-se que a novela tira o povo da realidade de sua vida difícil fazendo-o sonhar diante da telinha. Nela ele é levado a realizar o sonho que na vida real jamais terá condições de realizar: grandes viagens aéreas para lugares paradisíacos, casas super-luxuosas com todo requinte de comidas, bebidas, carros, jóias, vestidos, luxo de toda sorte; fazendas belíssimas onde mulheres e rapazes belíssimos se disputam entre si.
E esses modelos de vida recheados de falsos valores são incutidos na cabeça das pessoas. A consequência trágica disso é que a imoralidade campeia na sociedade; a família é destruída pelos divórcios, traições e adultérios; muitos filhos abandonados pelos pais carregando uma carência pode desembocar na tristeza, depressão, bebida e até coisas piores. A banalização do sexo vai produzindo uma geração de mães e pais solteiros que mal assumem os filhos… é a destruição da família.
Por tudo isso, o melhor que se pode fazer é proibir os filhos de acompanharem essas novelas; mas os pais precisam ser inteligentes e saber substituí-las por outras atividades atraentes. Não basta suprimir a novela; é preciso colocar algo melhor em seu lugar. Esta é uma missão urgente dos pais.
Professor Felipe Aquino
Este artigo deve levar-nos a refletir sobre esta cultura brasileira das novelas, hoje, dia em que vai ao ar o último capítulo da novela das 21h, o Brasil inteiro vai parar por conta dela, parece final de Copa do Mundo...

Colocamos aqui um comentário de nosso fundador:
"Eu fico meio apavorado com a questão das novelas, pois elas acabam entrando nas vidas das pessoas e fazem parte do cotidiano, ditando as regras. Eu gostaria de saber se algum dia ja foi ao ar uma novela onde famílias vivessem em comunhão se respeitando, onde filhos obedecem e respeitam seus pais, onde os casais são verdadeiramente fieis, onde a questão da dignidade humana é tratada como deveria ser... coisas deste tipos "pessoas normais"... "famílias normais"... mas infelizmente nunca foi ao ar novela assim, porque isso não dá audiência... o que dá audiencia é maldade, odio, vingança, adultério, imoralidades... coisas que lemos em Galatas 5... frutos da carne onde a biblia diz que quem pratica não herdará o Reino dos Céus. O que me apavora é que muitos "Católicos"... são os que mais assistem as novelas, deixam de ir a Santa Missa, grupo de oração, uma adoração ao Santíssimo coisas que nos dão a vida eterna... tudo deixam para segundo lugar porque tem que ver a novela... ainda se defendem dizem: "temos que ver para poder denunciar o erro"! e eu pensava que para denunciar o erro bastava saber o que diz o Catecismo da Igreja catolica e a Biblia... Paciência ..." Alex Caetano

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Exercícios Espirituais


“Entende-se, por Exercícios Espirituais, qualquer modo de examinar a consciência, meditar, contemplar, orar vocal ou mentalmente e outras atividades espirituais” (Inácio de Loyola). 


A finalidade dos Exercícios Espirituais pode ser resumida em três grandes metas:

- ser uma “escola de oração”, promovendo uma profunda união com Deus;
- desenvolver as condições humanas e espirituais para que o exercitante possa tomar uma decisão importante na sua vida;
- ser uma ajuda para a pessoa alcançar a liberdade de espírito, através da consciência do significado de sua existência, discernindo o que mais a conduz para a vida em plenitude.


Os Exercícios Espirituais podem ser praticados na modalidade de um “RETIRO ESPIRITUAL”. Ou seja, afastando-se do seu local de vida e de atividades cotidianas, “retira-se” para um lugar mais propício à meditação. Outra modalidade para a prática dos Exercícios Espirituais é a de realizá-los sem se afastar de seus afazeres diários ,sem se retirar a um lugar isolado, você poderá fazer os exercícios no dia-a-dia de sua vida.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Oração pelos 90 anos da Diocese de Campos


Ó Trindade Santa, nós vos louvamos  e agradecemos pela nossa Diocese, "Povo de Deus", que está em Campos, pelos 90 anos de Missão a serviço da Vida. Louvamos pelas nossas comunidades e pelas nossas  Famílias, primeiras "igrejas domésticas", pelo seu testemunho e pela transmissão da Fé.

Nós vos damos graças ó Deus, nosso Pai, por meio de vosso Filho Jesus Cristo e pela ação do Espírito Santo em nossa Diocese. Agradecemos pela dedicação fiel e generosa dos nossos bispos, padres, religiosos, religiosas, leigos e leigas, que mantiveram viva a fé do povo de Deus, pela vivência da Palavra e amor à Eucaristia.

Assim, em especial, agradecemos a volta à comunhão com nossos irmãos da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, que levados pela monção do Espírito Santo, responderam com fé o convite à unidade.
Animados, pois, na alegria e esperança que vêm de vós, ó nosso Deus, fazei-nos sempre mais participantes da missão do vosso Filho Jesus Cristo, Rei do Universo, e dóceis à ação do Espírito Santo para crescer na comunhão fraterna e na vivência da caridade.

Maria, mãe da Igreja e nossa mãe, que exultastes de alegria nos Santíssimo Salvador, intercedei por nós a vosso Filho; São José, nosso patrono, seja nosso intercessor para que sejamos discípulos missionários comprometidos com o Reino de Deus. Amém.

Diocese de Campos 1922 - 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

Homilia do Papa Bento XVI na abertura do Ano da Fé


Santa Missa de abertura do Ano da Fé
Praça São Pedro - Vaticano
Quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Venerados Irmãos, Queridos irmãos e irmãs!

Hoje, com grande alegria, 50 anos depois da abertura do Concílio Vaticano II, damos início ao Ano da fé. Tenho o prazer de saudar a todos vós, especialmente Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca de Constantinopla, e Sua Graça Rowan Williams, Arcebispo de Cantuária. Saúdo também, de modo especial, os Patriarcas e Arcebispos Maiores das Igrejas Orientais católicas, e os Presidentes das Conferências Episcopais. Para fazer memória do Concílio, que alguns dos aqui presentes – a quem saúdo com afeto especial - tivemos a graça de viver em primeira pessoa, esta celebração foi enriquecida com alguns sinais específicos: a procissão inicial, que quis recordar a memorável procissão dos Padres conciliares, quando entraram solenemente nesta Basílica; a entronização do Evangeliário, cópia daquele que foi utilizado durante o Concílio; e a entrega das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica, que realizarei no termo desta celebração, antes da Bênção Final. Estes sinais não nos fazem apenas recordar, mas também nos oferecem a possibilidade de ir além da comemoração. Eles nos convidam a entrar mais profundamente no movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II, para que se possa assumi-lo e levá-lo adiante no seu verdadeiro sentido. E este sentido foi e ainda é a fé em Cristo, a fé apostólica, animada pelo impulso interior que leva a comunicar Cristo a cada homem e a todos os homens, no peregrinar da Igreja nos caminhos da história.

O Ano da fé que estamos inaugurando hoje está ligado coerentemente com todo o caminho da Igreja ao longo dos últimos 50 anos: desde o Concílio, passando pelo Magistério do Servo de Deus Paulo VI, que proclamou um "Ano da Fé", em 1967, até chegar ao o Grande Jubileu do ano 2000, com o qual o Bem-Aventurado João Paulo II propôs novamente a toda a humanidade Jesus Cristo como único Salvador, ontem, hoje e sempre. Entre estes dois Pontífices, Paulo VI e João Paulo II, houve uma profunda e total convergência na visão de Cristo como o centro do cosmos e da história, e no ardente desejo apostólico de anunciá-lo ao mundo. Jesus é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus. Ele é o cumprimento das Escrituras e seu intérprete definitivo. Jesus Cristo não é apenas o objeto de fé, mas, como diz a Carta aos Hebreus, é aquele “que em nós começa e completa a obra da fé” (Hb 12,2).


O Evangelho de hoje nos fala que Jesus Cristo, consagrado pelo Pai no Espírito Santo, é o verdadeiro e perene sujeito da evangelização. “O Espírito do Senhor está sobre mim, / porque ele me consagrou com a unção / para anunciar a Boa-Nova aos pobres” (Lc 4,18). Esta missão de Cristo, este movimento, continua no espaço e no tempo, ao longo dos séculos e continentes. É um movimento que parte do Pai e, com a força do Espírito, impele a levar a Boa-Nova aos pobres, tanto no sentido material como espiritual. A Igreja é o instrumento primordial e necessário desta obra de Cristo, uma vez que está unida a Ele como o corpo à cabeça. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). Estas foram as palavras do Senhor Ressuscitado aos seus discípulos, que soprando sobre eles disse: “Recebei o Espírito Santo” (v. 22). O sujeito principal da evangelização do mundo é Deus, através de Jesus Cristo; mas o próprio Cristo quis transmitir à Igreja a missão, e o fez e continua a fazê-lo até o fim dos tempos infundindo o Espírito Santo nos discípulos, o mesmo Espírito que repousou sobre Ele, e n’Ele permaneceu durante toda a sua vida terrena, dando-lhe a força de “proclamar a libertação aos cativos / e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

O Concílio Vaticano II não quis colocar a fé como tema de um documento específico. E, no entanto, o Concílio esteve inteiramente animado pela consciência e pelo desejo de ter que, por assim dizer, imergir mais uma vez no mistério cristão, para poder propô-lo novamente e eficazmente para o homem contemporâneo. Neste sentido, o Servo de Deus Paulo VI, dois anos depois da conclusão do Concílio, se expressava usando estas palavras: “Se o Concílio não trata expressamente da fé, fala da fé a cada página, reconhece o seu caráter vital e sobrenatural, pressupõe-na íntegra e forte, e estrutura as suas doutrinas tendo a fé por alicerce. Bastaria recordar [algumas] afirmações do Concílio (...) para dar-se conta da importância fundamental que o Concílio, em consonância com a tradição doutrinal da Igreja, atribui à fé, a verdadeira fé, que tem a Cristo por fonte e o Magistério da Igreja como canal” (Catequese na Audiência Geral de 8 de março de 1967).


Agora, porém, temos de voltar para aquele que convocou o Concílio Vaticano II e que o inaugurou: o Bem-Aventurado João XXIII. No Discurso de Abertura, ele apresentou a finalidade principal do Concílio usando estas palavras: “O que mais importa ao Concílio Ecumênico é o seguinte: que o depósito sagrado da doutrina cristã seja guardado e ensinado de forma mais eficaz. (...) Por isso, o objetivo principal deste Concílio não é a discussão sobre este ou aquele tema doutrinal... Para isso, não havia necessidade de um Concílio... É necessário que esta doutrina certa e imutável, que deve ser fielmente respeitada, seja aprofundada e apresentada de forma a responder às exigências do nosso tempo” (AAS 54 [1962], 790791-792).


À luz destas palavras, entende-se aquilo que eu mesmo pude então experimentar: durante o Concílio havia uma tensão emocionante, em relação à tarefa comum de fazer resplandecer a verdade e a beleza da fé no hoje do nosso tempo, sem sacrificá-la frente às exigências do presente, nem mantê-la presa ao passado: na fé ecoa o eterno presente de Deus, que transcende o tempo, mas que só pode ser acolhida no nosso hoje, que não torna a repetir-se. Por isso, julgo que a coisa mais importante, especialmente numa ocasião tão significativa como a presente, seja reavivar em toda a Igreja aquela tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo. Mas para que este impulso interior à nova evangelização não seja só um ideal e não peque de confusão, é necessário que ele se apóie sobre uma base concreta e precisa, e esta base são os documentos do Concílio Vaticano II, nos quais este impulso encontrou a sua expressão. É por isso que repetidamente tenho insistido na necessidade de retornar, por assim dizer, à “letra” do Concílio - ou seja, aos seus textos - para também encontrar o seu verdadeiro espírito; e tenho repetido que neles se encontra a verdadeira herança do Concílio Vaticano II. A referência aos documentos protege dos extremos tanto de nostalgias anacrônicas como de avanços excessivos, permitindo captar a novidade na continuidade. O Concílio não excogitou nada de novo em matéria de fé, nem quis substituir aquilo que existia antes. Pelo contrário, preocupou-se em fazer com que a mesma fé continue a ser vivida no presente, continue a ser uma fé viva em um mundo em mudança.

Se nos colocarmos em sintonia com a orientação autêntica que o Bem-Aventurado João XXIII queria dar ao Vaticano II, poderemos atualizá-la ao longo deste Ano da Fé, no único caminho da Igreja que quer aprofundar continuamente a “bagagem” da fé que Cristo lhe confiou. Os Padres conciliares queriam voltar a apresentar a fé de uma forma eficaz, e se quiseram abrir-se com confiança ao diálogo com o mundo moderno foi justamente porque eles estavam seguros da sua fé, da rocha firme em que se apoiavam. Contudo, nos anos seguintes, muitos acolheram acriticamente a mentalidade dominante, questionando os próprios fundamentos do depositum fidei a qual infelizmente já não consideravam como própria diante daquilo que tinham por verdade.

Se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para prestar honras a uma efeméride, mas porque é necessário, ainda mais do que há 50 anos! E a resposta que se deve dar a esta necessidade é a mesma desejada pelos Papas e Padres conciliares e que está contida nos seus documentos. Até mesmo a iniciativa de criar um Concílio Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização – ao qual agradeço o empenho especial para o Ano da Fé – enquadra-se nessa perspectiva. Nos últimos decênios tem-se visto o avanço de uma "desertificação" espiritual. Qual fosse o valor de uma vida, de um mundo sem Deus, no tempo do Concílio já se podia perceber a partir de algumas páginas trágicas da história, mas agora, infelizmente, o vemos ao nosso redor todos os dias. É o vazio que se espalhou. No entanto, é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus que liberta do pessimismo. Hoje, mais do que nunca, evangelizar significa testemunhar uma vida nova, transformada por Deus, indicando assim o caminho. A primeira Leitura falava da sabedoria do viajante (cf. Eclo 34,9-13): a viagem é uma metáfora da vida, e o viajante sábio é aquele que aprendeu a arte de viver e pode compartilhá-la com os irmãos - como acontece com os peregrinos no Caminho de Santiago, ou em outros caminhos de peregrinação que, não por acaso, estão novamente em voga nestes últimos anos. Por que tantas pessoas hoje sentem a necessidade de fazer esses caminhos? Não seria porque neles encontraram, ou pelo menos intuíram o significado do nosso estar no mundo? Eis aqui o modo como podemos representar este ano da Fé: uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão (cf. Lc 9,3), mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como é o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos.


Venerados e queridos irmãos, no dia 11 de outubro de 1962, celebrava-se a festa de Santa Maria, Mãe de Deus. A Ela lhe confiamos o Ano da Fé, tal como fiz há uma semana, quando fui, em peregrinação, a Loreto. Que a Virgem Maria brilhe sempre qual estrela no caminho da nova evangelização. Que Ela nos ajude a pôr em prática a exortação do Apóstolo Paulo: “A palavra de Cristo, em toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros, com toda a sabedoria... Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus. Por meio dele dai graças a Deus Pai” (Col 3,16-17). 

Amém.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Bento XVI abre oficialmente o Ano da Fé



O Papa Bento XVI abriu oficialmente o Ano da Fé com uma Santa Missa realizada no Vaticano na manhã desta quinta-feira, 11. A proposta do Pontífice é que este seja um tempo de reflexão para que fiéis católicos de todo o mundo possam redescobrir os valores da sua fé. 

No dia em que também se comemoram os 50 anos do início do Concílio Vaticano II, o Papa presidiu a celebração eucarística com a participação de 400 concelebrantes. Entre eles, estavam alguns brasileiros, como o cardeal arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, que também é presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. 
Fazendo memória ao jubileu de ouro do Concílio, um acontecimento que marcou a vida da Igreja, o Papa explicou que a celebração foi enriquecida com alguns sinais específicos. A procissão inicial quis lembrar a procissão dos Padres conciliares, houve a entronização do Evangeliário, que é uma cópia daquele utilizado durante o Concílio e a entrada das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica. 

“Estes sinais não nos fazem apenas recordar, mas também nos oferecem a possibilidade de ir além da comemoração. Eles nos convidam a entrar mais profundamente no movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II, para que se possa assumi-lo e levá-lo adiante no seu verdadeiro sentido”, disse.

O Papa explicou que o Ano da Fé está em coerência com todo o caminho da Igreja nos últimos 50 anos, desde o Concílio, passando pelo Magistério do Servo de Deus, Paulo VI até chegar ao Jubileu do ano 2000, em que o Bem-Aventurado João Paulo II propôs à humanidade Jesus Cristo como único Salvador. 
“Jesus é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus através de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus”, enfatizou o Papa. Ele lembrou que, como diz o Evangelho do dia, Jesus Cristo é o “o verdadeiro e perene sujeito da evangelização”. 
Por que ter um Ano da Fé?

Ainda na homilia, o Papa Bento XVI explicou que a Igreja proclama um novo Ano da Fé não para “prestar honras a uma efeméride”, mas sim porque é necessário, mais ainda do que 50 anos atrás. 

Isso porque nos últimos decênios o Papa lembrou que se tem visto o avanço de uma “desertificação” espiritual, um vazio que se espalhou. Mas estas situações, de acordo com o ele, permitem redescobrir a alegria e a importância de crer. 
“No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expressos implícita ou negativamente”.

Dessa forma, Bento XVI explicou que o modo de representar este Ano da Fé é como uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o essencial. “... nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão (cf. Lc 9,3), mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como é o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos”.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

JMJ Rio/13: Voluntários formam equipes de saúde



Rio de Janeiro, 09 out (RV/SIR) - Em julho de 2013, o Rio de Janeiro será palco do maior evento católico do mundo, a Jornada Mundial da Juventude. Entre as dúvidas mais comuns está o serviço de saúde. Para isso, está sendo formada uma equipe especializada em atendimento médico e ambulatorial.

O voluntário Pedro Spineti foi convidado a escrever um projeto para a equipe da área médica. De acordo com ele, esta equipe será formada para servir em postos de atendimento médico, próximos as paróquias, e essa divisão será feita por forania. “Este posto será localizado em uma paróquia e terá uma equipe de um médico, um enfermeiro e dois ajudantes”, completou Pedro.

Para ele, atendimento médico na própria paróquia é uma forma de acolhida ao peregrino, que não precisará se deslocar para ser atendido. Esses postos atenderão, principalmente, problemas gastrointestinais, viroses respiratórias, dores de cabeça, doenças relacionadas ao clima, portanto, eles se caracterizarão por um atendimento ambulatorial. Caso haja peregrinos que necessitem de avaliação complementar, eles serão encaminhados a uma unidade de emergência para o atendimento necessário. Em casos de emergência graves será acionado o SAMU.
O responsável pela equipe de saúde faz ainda um apelo. Ele pede que profissionais da área da saúde se voluntariem, pois ainda há poucos profissionais de saúde inscritos. Pedro acrescenta que, apesar de os registros desses profissionais serem regionais, esses profissionais podem, sim, atuar na cidade do Rio de Janeiro, ou em qualquer outro estado, temporariamente, ou seja, por um prazo de até 90dias, sem precisar transferir o registro. Para isto, eles, apenas, devem comparecer ao conselho e tirar um visto na carteira profissional. Este procedimento é realizado no mesmo dia e este profissional da área de saúde já poderá atuar com o seu registro de origem.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A Hora do Ângelus


Paulo VI, numa encíclica mariana, incentiva a que se conserve o piedoso exercício do ângelus. O caráter simples, bíblico e de longa tradição histórica reforçam o valor dessa oração.

A piedade católica tradicional acostumou-se à hora do ângelus. Essa devoção qe lança raízes na Idade Média e tem origem na tradição franciscana. Ao toque do sino, quando do romper da manhã, os cristãos veneravam a Virgem Maria, recitando três ave-marias, intercaladas por três versículos bíblicos. O primeiro reza: O Anjo do Senhor anunciou a Maria e ela concebeu do Espírito Santo. Em seguida, se diz: Eis aqui a serva do Senhor, faça em mim segundo a tua Palavra. E termina com um último versículo: E o Verbo de Deus se fez carne, e habitou entre nós.
Recitam-se os versículos bíblicos, comumente, em forma dialogal. A primeira metade reza quem dirige a oração e a comunidade responde a outra metade. Após cada versículo, diz-se uma ave-maria. Durante a Páscoa, modificam-se os versículos e omitem-se as ave-marias.
Mais tarde, começou-se a rezá-lo mais uma vez, ao meio-dia. E mais tarde ainda, pelo século XIV, recitava-se o ângelus também ao entardecer. Daí em diante ficaram consagrados os três momentos: às 6 horas da manhã e da tarde, e às 12 horas. No século XV, percebeu o Papa Calisto III a semelhança da maneira de chamar à oração do ângelus pelo toque do sino com o costume dos muçulmanos que ouvem idêntico chamado à oração desde o alto dos minaretes. E então, em tempos de guerra com os turcos, ele relacionou as duas orações – cristã e islâmica - e prescreveu o ângelus em Roma a fim de obter a proteção da Virgem no combate contra esses inimigos da fé católica.
S. Pedro Canísio, com seu manual dos católicos, universalizou tal prática na cristandade. Os últimos papas, sobretudo a partir de Pio XII, têm valorizado muito essa oração de tal modo que à hora do ângelus, especialmente ao meio-dia, há sempre multidões na praça de São Pedro. E quando o papa está em Roma, aparece na janela de seu aposento de trabalho para recitar o ângelus com o povo, dirigindo-lhe algumas palavras e concluindo com a bênção.
Paulo VI, numa encíclica mariana, incentiva a que se conserve o piedoso exercício do ângelus. O caráter simples, bíblico e de longa tradição histórica reforçam o valor dessa oração.
A iconografia sagrada conhece famoso quadro em que camponeses piedosos descobrem a cabeça, inclinam-na para rezar, no fim do dia de trabalho, o ângelus. 
A. Manzoni, famoso escritor italiano, descreve com tons tocantes esse momento da devoção popular.

“Quando surge e quando cai o dia 
E o quando o sol a meio caminho o parte 
Saúda-te o bronze, que as turbas piedosas 
Convida a louvar-te” 

As cidades modernas dificultam o tocar dos sinos para não interferir numa vida social, hoje regida por outros critérios. Mas ainda várias rádios tocam às 6 horas da tarde alguma das famosas melodias da Ave-maria para que o fiel reze o ângelus. Um toque religioso no final do dia serve de repouso para o corpo e para o espírito no meio ao torvelinho da agitação urbana.

Enquanto a sociedade secular oferece técnicas de relaxamento, a piedade popular criou momentos de silêncio e contemplação. O espírito descola-se do peso do trabalho e da faina diária para perder-se durante um momento no mistério. Este visibiliza-se na reza do ângelus sob diversos aspectos. O conteúdo da oração é o mistério da Encarnação. Recorda-se, repetindo os versículos da Escritura, a visita do anjo São Gabriel que anuncia o plano da Encarnação e sua aceitação por parte de Maria. No centro está a pessoa do Verbo feito carne, mas a atenção volta-se também para a Virgem Maria que se transformou na figura feminina, símbolo da piedade e da beleza religiosa. E finalmente as ave-marias cantadas ou orquestradas são de compositores famosos, cuja melodia nos enleva. Todo esse conjunto de fatores transforma tal momento em experiência de paz e de religiosidade.

Texto de Joao Batista Libanio

domingo, 7 de outubro de 2012

Vote consciente

Neste domingo, não deixe de participar da grande festa da democracia. Vote e ajude a construir uma cidade melhor, para isso, procure candidatos sérios, com boas propostas e com bons ideais, não se esqueçam que a responsabilidade de uma cidade melhor depende de cada um de nós. Jovem, você faz a diferença! Uma boa festa da democracia para todos!

sábado, 6 de outubro de 2012

Quando celebrar a Liturgia das Horas?



Dos estudos dos consultores do Departamento das Celebrações do Sumo Pontífice

A seção litúrgica do Catecismo da Igreja Católica (CIC), dentro do parágrafo dedicado ao «Quando celebrar?», dedica algum espaço para o «Ofício divino», hoje chamado «Liturgia das Horas» (LdH). A LdH é parte integrante do Culto divino da Igreja, não um mero apêndice dos sacramentos. É sagrada Liturgia no sentido verdadeiro e próprio. Na LdH, como naquela sacramental (especialmente a Liturgia Eucarística, da qual o Ofício é como que uma extensão), cruzam-se duas dinâmicas: «do alto» e «do baixo».
Considerada «do alto», a LdH foi trazida à terra pelo Verbo, quando encarnou-se para redimir-nos. Por isso o Ofício divino define-se como «o hino que se canta no Céu por toda a eternidade», introduzido «no exílio terreno» pelo Verbo encarnado (cf. Pio XII, Mediator DeiEE 6/565; também: Concílio Vaticano II, Sacrosanctum Concilium [SC], n. 83). Podemos cantar os louvores de Deus porque Deus mesmo nos habilita a isso e nos ensina como fazê-lo. Neste primeiro significado, a LdH representa a reprodução, obrada pela Igreja peregrina e militante, do canto dos espíritos celestes e dos beatos, que formam a Igreja gloriosa do Céu. É por esta razão que o lugar onde os monges, os frades e os cónegos se reúnem para rezar o Ofício tomou o nome de «coro»: ele quer reproduzir visivelmente as ordens angelicais e os coros dos santos, que constantemente louvam a majestade de Deus (cf. Is 6,1-4; Ap 5,6-14). Portanto, o coro está estruturado de forma circular não para facilitar o olhar-se mutuamente enquanto se celebra a LdH, mas para representar «o Céu que desce à terra» (Bento XVI, Sacramentum Caritatis, n. 35), que ocorre quando se celebra o Culto divino.
Em segundo lugar, a LdH reflete uma dinâmica que «de baixo» vai em direção «ao alto»: é um movimento com o qual a Igreja terrena louva, adora, agradece o seu Senhor e lhe pede favores, ao longo de todo o período do dia. A cada momento recebemos benefícios do Senhor, por isso é justo que agradeçamos por eles a cada hora do dia. É por isso que Santo Tomás de Aquino concebe a oração como um ato que, pertencendo à virtude da religião, está relacionada à virtude da justiça (cf. S. Th. II-II, 80, 1, 83, 3). Com o «Prefácio» da S. Missa, podemos dizer que «na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação» louvar o Senhor a cada momento do dia.
Primeiramente Cristo deu o exemplo de incessante oração, dia e noite (cf. Mt 14,23; Mc 1,35; Hb 5,7). O Senhor também recomendou orar sempre, sem nunca se cansar (cf. Lc 18,1). Fiel às palavras e ao exemplo do seu Fundador (cf. 1 Ts 5,17; Ef 6,18), desde a época apostólica a Igreja desenvolveu a própria oração cotidiana segundo um ritmo ordenado que cobrisse toda a jornada, assumindo de forma nova as práticas litúrgicas do templo de Jerusalém. É certo que as duas horas canônicas principais (Laudes e Vésperas) surgiram também com relação aos dois sacrifícios cotidianos do templo: o matutino e o vespertino. Também as orações da Terceira, Sexta e Nona correspondem a tantos outros momentos de orações da praxi judaica. No dia de Pentecostes, os apóstolos estavam reunidos em oração na Hora Terceira (At 2,15). São Pedro teve a visão da toalha de mesa que descia do céu, enquanto estava em oração sobre um terraço pela Hora Sexta (cf. At 10,9). Em outra ocasião, Pedro e João subiam ao templo para rezar na Hora Nona (cf. At 3,1). E não esqueçamos que Paulo e Silas, fechados numa prisão, oravam cantando hinos a Deus por volta da meia-noite (cf. At 16,25).
Não é de admirar, então, que já no final do I século, o Papa são Clemente conseguisse recordar: «Temos que fazer com ordem tudo aquilo que o Senhor nos ordenou fazer durante os períodos especificados. Ele nos prescreveu fazer as ofertas e as liturgias e não de forma aleatória ou sem ordem, mas nas circunstâncias e horários estabelecidos» (Aos Coríntios, XL, 1-2). A Didaquê (cf. VIII, 2) recomenda recitar o Pai Nosso três vezes por dia, algo que atualmente a Igreja faz nas Laudes, Vésperas e na S. Missa. Tertuliano interpreta assim tal tradição antiga: «Nós rezamos, no mínimo, pelo menos três vezes por dia, dado que somos devedores dos Três: do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (De oratione, XXV, 5). No Ocidente, o grande ordenador do Ofício divino foi São Bento de Núrsia, que aperfeiçoou o uso anterior da Igreja de Roma.
Do que foi dito, surgem pelo menos duas considerações fundamentais. A primeira é que a LdH, já que essencialmente cristocêntrica, é profundamente eclesial. Isto implica que, como Culto público da Igreja, a LdH está fora da arbitrariedade do indivíduo e é regulada pela hierarquia eclesiástica. Além disso, ela é uma leitura eclesial da Sagrada Escritura, porque os salmos e as leituras bíblicas são interpretadas pelos textos dos Padres, dos Doutores e dos Concílios, como também das orações litúrgicas compostas pela Igreja mesma(cf. CIC, 1177). Como Culto público, a LdH também tem um componente visível e não apenas interno. Ela é a união de oração e gestos. Se é verdade que «a mente tem que concordar com a voz» (cf. CIC, 1176), também é verdade que o Culto não se celebra somente com a mente, mas também com o corpo (cf. S. Th. II-II , 81, 7). Por isso a Liturgia inclui cantos, recitações verbais, gestos, genuflexões, prostrações, inclinações, incensações, paramentos, etc. Isto também se aplica ao Ofício divino. Além disso, o carácter eclesial da LdH é tal que por sua natureza ela «está destinada a se tornar a oração de todo o povo de Deus» (CIC, 1175). Neste sentido, se é verdade que o Ofício pertence especialmente aos ministros sagrados e aos religiosos – e a Igreja particularmente confia-lhes isso – sempre envolve toda a Igreja: os fiéis leigos (tanto quanto lhes seja possível participar), as almas do Purgatório, os beatos e os anjos nos seus diversos grupos. Cantando os louvores de Deus, a Igreja terrena se une àquela celeste e se prepara para alcançá-la. Assim, a LdH «é realmente a voz da mesma Esposa que fala ao Esposo, ainda mais, é a oração de Cristo, com o seu Corpo, ao Pai» (SC, n. 84, cit. no CIC, 1174).

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Cartas para Deus

Cartas reais para Deus escritas por crianças
(traduzidas de original em inglês)
1. Querido Deus, eu não pensava que laranja combinava com roxo até que eu vi o pôr-do-sol que Você fez terça-feira. Foi demais! (Eugene).
2. Querido Deus, você queria mesmo que a girafa se parecesse assim ou foi um acidente? (Norma).
3. Querido Deus, em vez de deixar as pessoas morrerem e ter que fazer outras novas, por que você não mantém aquelas que Você tem agora? (Jane).
4. Querido Deus, quem desenha as linhas em volta dos países? (Nancy).
5. Querido Deus, eu fui a um casamento e eles beijaram dentro da igreja. Tem algum problema com isso? (Neil).
6. Querido Deus, obrigado pelo meu irmãozinho, mas eu orei por um cachorrinho. (Joyce).
7. Querido Deus, choveu o tempo todo durante as nossas férias e como meu pai ficou zangado! Ele disse algumas coisas sobre você que as pessoas não deveriam dizer, mas eu
espero que você não vá machucá-lo. (Seu amigo – mas eu não vou dizer quem eu sou).
8. Querido Deus, por favor, me mande um Pônei. Eu nunca te pedi nada antes, Você pode checar. (Bruce).
9. Querido Deus, eu quero ser igualzinho ao meu pai quando eu crescer, mas não com tanto cabelo no meu corpo. (Sam).
10. Querido Deus, Eu penso em Você de vez em quando, mesmo quando não estou orando.(Elliott).
11. Querido Deus, eu aposto que é muito difícil para você amar a todas as pessoas no mundo. Na nossa família só tem quatro pessoas e eu nunca consigo… (Nan).
12. Querido Deus, de todas as pessoas que trabalharam para você, eu gosto mais de Noé e Davi. (Rob).
13. Querido Deus, meus irmãos me falaram sobre nascer de novo, mas soa muito estranho. Eles estão só brincando, não é? (Marsha).
14. Querido Deus, se Você olhar para mim na igreja domingo, eu vou te mostrar meus sapatos novos. (Mickey).
15. Querido Deus, nós lemos que Thomas Edison fez a luz. Mas na escola dominical nós aprendemos que foi Você. Eu acho mesmo que ele roubou sua ideia. Sinceramente. (Donna).
16. Querido Deus, eu não acho que alguém poderia ser um Deus melhor que Você. Bem, eu só quero que saiba que não estou dizendo isso porque Você já é Deus. (Charles).
17. Querido Deus, talvez Caim e Abel não matassem tanto um ao outro se eles tivessem seu próprio quarto. Isso funciona com meu irmão. (Eddie).
Fonte: Blog Professor Felipe Aquino.
Nota: A esposa do Professor Felipe Aquino, de cujo inúmeros textos colocamos aqui em nosso blog, faleceu no dia 19 de setembro. Oremos por ele e por sua família, que o Senhor os conforte em seu colo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Irmão Sol

                                           No céu Francisco fulgura, 
                                            cheio de glória e de luz, 
                                     trazendo em seu corpo as chagas, 
                                          sinais de Cristo e da Cruz. 

                                        Seguindo o Cristo na terra, 
                                           pobre de Cristo se faz, 
                                        na cruz com Cristo pregado, 
                                          torna-se arauto da paz. 

                                           Pelo martírio ansiando, 
                                         tomou a cruz do Senhor: 
                                          do que beijou no leproso 
                                       contempla agora o esplendor. 

                                       Despindo as vestes na praça, 
                                        seu pai na terra esqueceu; 
                                         reza melhor o Pai-nosso, 
                                           junta tesouros no céu. 

                                         Tendo de Cristo a pureza, 
                                        mais do que o sol reluzia, 
                                         e, como o sol à irmã lua, 
                                       Clara em seu rastro atraía. 

                                        Ao Pai e ao Espírito glória 
                                         e ao que nasceu em Belém. 
                                       Deus trino a todos conceda 
                                        os dons da cruz: Paz e Bem

São Francisco de Assis, o autor do Cântico do Irmão Sol, um dos santos mais amados pelo mundo inteiro, foi canonizado dois anos após a morte. Em 1939, Pio XII tributou um ulterior reconehcimento oficial ao "mais italiano dos santos e mais santo dos italianos", proclamando-o padroeiro principal da Itália.


Ele nos deixou diversos ensinamentos, tanto por seu testemunho de vida, quanto por suas belas e ricas palavras, como podemos ler nos textos abaixo:
Da Carta a todos os fiéis, de São Francisco de Assis

(Opuscula, edit. Quaracchi 1949,87-94)    

 Devemos ser simples, humildes e puros

O Pai Altíssimo anunciou a vinda do céu do tão digno, tão santo e glorioso Verbo do Pai, através de seu santo, Gabriel, à santa e gloriosa Virgem Maria, em cujo seio recebeu a verdadeira carne de nossa humanidade e fragilidade. Ele quis, no entanto, sendo incomparavelmente mais rico, escolher a pobreza junto com a sua santíssima mãe. Nas vésperas de sua paixão, celebrou a Páscoa com os discípulos. Depois, orou ao Pai dizendo: Pai, se for possível, afaste-se de mim este cálice (Mt 26,39).
 Pôs, contudo, sua vontade na vontade do Pai. E a vontade do Pai era que seu Filho bendito e glorioso, dado a nós e nascido para nós, se oferecesse em sacrifício e vítima no altar da cruz, pelo seu próprio sangue. Sacrifício não para si, por quem tudo foi feito, mas por nossos pecados, deixando-nos o exemplo para lhe seguirmos as pegadas (cf. 1Pd 2,21). E quer que todos nos salvemos por ele e o acolhamos com coração puro e corpo casto.
Ó como são felizes e benditos aqueles que amam o Senhor e fazem o que o mesmo Senhor diz no evangelho: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e ao próximo como a ti mesmo! (Lc 10,27). Amemos, portanto, a Deus e adoremo-lo com coração puro e mente pura porque, acima de tudo, disto está ele à procura e diz: Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade (Jo 4,23). É necessário que todos que o rito e em verdade (Jo 4,23). É necessário que todos que o adoram, o adorem no espírito da verdade. E dia e noite elevemos para ele louvores e orações, dizendo: Pai nosso que estás nos céus (Mt 6,9); porque é preciso orar sempre e não desfalecer (cf. Lc 18,1).
Além disto, produzamos dignos frutos de penitência (cf. Mt 3,8). E amemos os próximos como a nós mesmos. Tenhamos caridade e humildade e façamos esmolas, já que estas lavam as almas das nódoas dos pecados. Os homens perdem tudo o que deixam neste mundo. Levam consigo somente a paga da caridade e as esmolas que fizeram: delas receberão do Senhor o prêmio e a justa recompensa.
Não nos convém sermos sábios e prudentes segundo a carne, mas temos antes de ser simples, humildes e puros. Jamais desejemos ficar acima dos outros, mas prefiramos ser servos e submissos a toda criatura humana, por causa de Deus. Sobre todos os que assim agirem e perseverarem até o fim repousará o Espírito do Senhor e fará neles sua casa e mansão. Serão filhos do Pai celeste, pois fazem suas obras, e são esposos, irmãos e mães de nosso Senhor Jesus Cristo.

Da Regra não bulada, de São Francisco de Assis

Do modo de servir e de trabalhar
Os irmãos que forem capazes de trabalhar, trabalhem; e exerçam a profissão que aprenderam, enquanto não prejudicar o bem de sua alma e eles puderem exercê-la honestamente. Porquanto diz o profeta: Viverás do trabalho de tuas mãos: serás feliz e terás bem-estar (Sl 127,2); e o Apóstolo: Quem não quer trabalhar não como (2Ts 3,10). Cada qual permaneça naquele ofício e cargo para o qual foi chamado (1Cor 7,24). E como retribuição pelo trabalho podem aceitar todas as coisas de que precisam, exceto dinheiro. E, se for necessário ter as ferramentas necessárias ao seu ofício.
 Todos os irmãos se esforcem seriamente em praticar boas obras, pois está escrito: "Vê se estás sempre empenhado em praticar alguma boa obra, para que o diabo te encontre ocupado"; e ainda: "A ociosidade é inimiga da alma". Por isso os servos de Deus devem estar sempre entregues à oração ou a qualquer outra boa obra.
Cuidem os irmãos, onde quer que estejam, nos eremitérios ou em outros lugares, de não apropriar-se de qualquer lugar nem disputá-lo a outrem. E todo aquele que deles se acercar, seja amigo ou adversário, ladrão ou bandido, recebam-no com bondade. E onde quer que estejam os irmãos, e sempre que se encontrarem em algum lugar, devem respeitar-se e honrar-se espiritualmente e diligentemente uns aos outros, sem murmuração (1Pd 4,9). E guardem-se os irmãos de se mostrarem em seu exterior como tristes e sombrios hipócritas. Mas antes comportem-se como gente qu8e se alegra no Senhor, satisfeitos e amáveis, como convém.
(Escritos e Biografias de São Francisco de Assis, Ed. Vozes-CEFEPAL, Petrópolis 1982, p. 146-147)    
 
 Trecho retirado do livro: No Coração da Igreja, de Prof. Felipe Aquino