domingo, 29 de janeiro de 2012

Bíblias do Mundo

Para quem vai estar na cidade do Rio de Janeiro, eis aqui uma dica imperdível, se puder não deixe de visitar a Mostra: Bíblias do Mundo - testemunho de arte e fé na Biblioteca Nacional, com entrada franca pessoal.


A Divisão de Obras Raras da Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC) convida para a mostra “Bíblias do Mundo – Testemunhos de arte e fé”. Até o dia 31 de janeiro, os visitantes de todo o Brasil e do mundo terão acesso a preciosos exemplares dos livros que fazem parte do acervo da Biblioteca Nacional. O objetivo do evento é mostrar as diversas e valiosas edições da Bíblia elaboradas em várias épocas. São obras escritas a mão, com detalhamentos artesanais, muitas com ilustrações feitas com buril e outras técnicas antigas.
Cerca de 20 livros serão expostos, algumas da Real Biblioteca, outras da Coleção Theresa Cristina, do Imperador Pedro II, e muitas de colecionadores que doaram à Biblioteca Nacional. As obras revelam a metamorfose da Bíblia ao longo dos séculos. Entre as peças selecionadas, um destaque é a “Segunda Bíblia Rabínica”, editada em Veneza por volta de 1525. A obra foi considerada por muito tempo o texto padrão da Bíblia Hebraica.

.A “Bíblia de Walton”, editada em Londres em 1657, foi o primeiro livro publicado por subscrição (livros por encomenda) na Inglaterra. Sua tiragem original foi de menos de 30 exemplares. Com o tempo, a obra se tornou a mais procurada de todas as edições poliglotas da Bíblia. O fato de ser uma das versões mais completas e corretas do texto justifica a enorme busca pelo título exposto na mostra.
Além dela, a Bíblia poliglota de Plantin, datada da segunda metade do século XVI, também merece atenção especial. A grandiosa obra foi realizada com patrocínio do rei Felipe II da Espanha por influência do cardeal Spinoza. D. Pedro II e a sua filha a princesa Isabel, são outros monarcas que terão suas preciosidades expostas.
E por falar em grandiosidade, uma versão católica do texto editado a partir de uma tradução feita por Martinho Lutero, líder da reforma protestante, é outra raridade nas vitrines da mostra. Essa Bíblia é uma versão de 1692, com mais de 1700 páginas, pesa 11 quilos e está repleta de belas ilustrações, como a planta da Arca de Noé, em exposição.
Lutero é também o editor de uma versão do Novo Testamento em exposição. No volume de 1699, as margens grandes e a mancha de texto em pequenos caracteres de estilo gótico no centro da página sugerem uma Bíblia de estudo, em que possíveis anotações seriam feitas nos cantos do livro. Esses são apenas alguns dos 20 exemplares que fazem parte da mostra.
A mostra Bíblias do Mundo está ligada às comemorações do Dia da Bíblia. A data foi estabelecida em 1549 na Grã-Bretanha. No Brasil, a efeméride é celebrada no segundo domingo do mês de dezembro, conforme instituído pela Lei 10.335, de 19 de dezembro de 2001.
Uma curiosidade:  o documento mais antigo da Biblioteca Nacional é um Evangeliário de São João.
BiBlioteca Nacional
.Data: 12/12/2011 a 31/01/2012
Hora: Seg a Sex das 10h às 16h.
Local: Setor de Obras Raras da Biblioteca Nacional
Av. Rio Branco, 219. 3º andar. Centro.
Rio de Janeiro-RJ.      

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

300 anos do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria


Neste ano de 2012, o TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM, escrito por São Luís Maria Grignion de Montfort, completa 300 ANOS, o que nos impõe uma séria reflexão sobre a pessoa e a missão da Santíssima Virgem junto à Igreja de Deus e a cada fiel em particular, bem como sobre a importância estratégica da TOTAL CONSAGRAÇÃO ensinada neste Tratado pelo Santo de Montfort.
Devemos considerar que no ano em que alguém ou alguma obra celebram um jubileu, se dá uma maior importância ao que se está celebrando. No caso da comemoração dos 300 ANOS do TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO temos grandes e profundas razões para dar uma mais significativa importância à celebração do jubileu deste que é o escrito mariano mais lido, difundido e estudado de todos os tempos, uma vez que o inimigo infernal fez de tudo para que este livro não aparecesse, chegando mesmo a escondê-lo por 130 anos (T.V.D. 114). De fato, o TRATADO escrito por São Luís em 1712 desapareceu, sendo reencontrado apenas em 1842, em uma das casas de congregação que o Santo fundou na França. O ódio do demônio a este Tratado sobre Nossa Senhora, se justifica se considerarmos que aí se ensina a esmagar a cabeça desta serpente diabólica, uma vez que conduz a alma confiante a entregar-se a MARIA para com Ela aprender a amar a JESUS de verdade, cumprindo seus mandamentos, fazendo tudo quanto Ele mandou.
A nossa salvação ou condenação dependerá de fazermos ou não em nossa vida a vontade de DEUS. No Tratado se ensina justamente a se fazer esta entrega a NOSSA SENHORA – e por meio dela a JESUS – para com Ela aprendermos a fazer bem a vontade de Deus. São Luís, no Tratado, chama os Escravos por Amor de “calcanhar de Nossa Senhora”, afirmando que o calcanhar é a parte mais humilhada do corpo, por estar abaixo de todos os outros membros, mas que ao mesmo tempo é a parte que sustenta todo o peso do corpo e que é com este calcanhar que ela esmagará a cabeça da serpente, pois nos ensinará a rejeitar as obras do mal e a fazer sempre a vontade de Deus.
São Luís ensina ainda, que JESUS reinará no mundo, ou seja, nos corações e que este reinado de JESUS se dará por meio de MARIA, ou seja, JESUS confiou a Ela a missão de conduzir a Igreja a uma mais perfeita realização da vontade de DEUS neste mundo, e a maneira pela qual se estabelecerá o Reinado de Maria é pela difusão e prática da Verdadeira Devoção ensinada no Tradado escrito por São Luís de Montfort.
Em Fátima, no ano de 1917, a Santíssima Virgem confirma o ensinamento e a profecia de São Luís de Montfort quando declara: “Meu Filho quer estabelecer no mundo a Devoção ao meu Imaculado Coração”, com isto, JESUS direciona seu olhar a cada um dos seus fieis e diz novamente: “ – Eis aí a tua Mãe”(Jo 19,25). Jesus quer que todos aceitem a maternidade de sua Mãe Santíssima, entrando na refúgio-escola do seu Imaculado Coração, para se protegerem dos ataques do maligno e aprender a amá-lO em espírito e verdade.
São Luís de Montfort ensina também que a missão de Nossa Senhora se revestirá de maior importância nesses últimos tempos, pois o maligno intensificará seus esforços para perder as almas, sabendo que bem pouco tempo lhe resta. (T.V.D. 49)
É preciso atenção para os desígnios e a pedagogia de DEUS, pois como ensina Montfort, Deus não muda em sua palavra nem em seu agir, assim como Ele veio ao mundo por MARIA, também deve reinar no mundo por meio d’Ela (T.V.D. 1), mas adverte que isso só acontecerá se conhecermos e colocarmos em prática a VERDADEIRA DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA.
Também em Fátima, Nossa Senhora fala sobre este glorioso acontecimento fazendo entender que o seu Triunfo-reinado – que levará ao Reinado de Jesus – acontecerá quando estabelecermos no mundo a devoção ao seu Imaculado Coração. Portanto, quem deseja que venha logo ao mundo o Triunfo do Imaculado Coração de Maria e o Reinado de Nosso Senhor nos corações, deve assumir para si o desejo do coração de JESUS e fazer de tudo para difundir a VERDADEIRA DEVOÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA como ensina Montfort.
O Céu tem feito a sua parte para difundir a VERDADEIRA DEVOÇÃO A SANTÍSSIMA VIRGEM, falta que nós façamos a nossa.
Se olharmos os acontecimentos destes últimos tempos, especialmente da aparição de Fátima (1917) até hoje, veremos o quanto Deus tem feito para o cumprimento de seus desígnios relativamente à difusão da Verdadeira Devoção a Nossa Senhora, uma vez que nos deu um Papa “Totus Tuus”, escravo por amor, que testemunhou ao mundo todo, a importância e a eficácia desta TOTAL CONSAGRAÇÃO, recomendando a todos como meio de elevação espiritual e crescimento no amor a Cristo. Com toda a certeza foi da pessoa de João Paulo II que falava Jesus quando afirmava a Santa Faustina Kovolska, que da Polônia iria sair uma “centelha” com a qual incendiaria o mundo inteiro. Sem dúvida este grande Papa tornou-se uma “centelha” para incendiar o mundo, no que se refere a sua devoção mariana, meio pelo qual chegou a ter um amor apaixonado a Jesus, do qual esta nossa geração foi testemunha.
Em 2007, o cardeal Ivan Dias, então prefeito da Congregação para Propagação da Fé, apresentava aos sacerdotes a TOTAL CONSAGRAÇÃO a Nossa Senhora como “atalho” para a santidade e meio de se obter maior fecundidade no exercício do ministério sacerdotal. Em 2011, na vigília de encerramento do Ano Sacerdotal (2009-2010), foi dado a cada sacerdote presente uma cópia do “segredo de Maria”, pequeno livro escrito por São Luís que é uma espécie de resumo do TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO, onde também se ensina a TOTAL CONSAGRAÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM.
Em 2011, na quaresma foram pregados os Exercícios Espirituais para o Papa e os cardeais, que teve por tema “Os Santos na vida espiritual do bem-aventurado João Paulo II”. Nessa ocasião foi dado um TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO ao Papa e a cada um dos participantes, e o pregador do retiro, Pe. Dr. Lethel, afirmava ao Papa Bento XVI e a seus cardeais que o santo que mais influenciou na vida espiritual do bem-aventurado João Paulo II foi São Luís de Montfort com seus ensinamentos sobre a VERDADEIRA DEVOÇÃO a Nossa Senhora ao ponto do Bem-aventurado Papa tomar a TOTAL CONSAGRAÇÃO como seu lema Pontifical.
Devemos ainda lembrar que durante o ano de 2011 houve uma grande movimentação para pedir ao Santo Padre a decretação do Ano Mariano (2012-2013) por ocasião dos 300 ANOS do TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM, chegando esse pedido às mãos da sua Santidade por diferentes vias. Paralelamente foi feita uma grande campanha para consagração que obteve grande êxito. Entretanto, o Santo Padre declarou 2012-2013 Ano da Fé, surpreendendo-nos positivamente, fazendo ver de maneira mais profunda que a celebração do jubileu dos 300 ANOS do TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO e a conseqüente difusão da TOTAL CONSAGRAÇÃO aí ensinada, objetiva o crescimento e o fortalecimento de nossa fé, levando-nos a permanecer firmes em Cristo, em meio a todas as tribulações e desorientações de nosso tempo.
Enfim, JESUS quer que se estabeleça no mundo a VERDADEIRA DEVOÇÃO, para que por este meio, Ele possa reinar nos corações e muitos possam se salvar, para isso, concederá de maneira especial e superabundante durante este jubileu, muitas graças para difusão desta TOTAL CONSAGRAÇÃO, portanto é preciso que façamos nossa parte, rezando, aprofundando no estudo e vivencia da Verdadeira Devoção e tornando-nos apóstolos de Nossa Senhora difundido por toda parte e por todos os meios possíveis a Santa Escravidão de Amor ensinada por Montfort.
É importante dizer que sendo a Santa Escravidão de Amor, uma perfeita renovação de nossos votos batismais, possui uma perene atualidade pastoral, uma vez que toda a vida cristã resume-se neste esforço para vivermos como verdadeiros filhos de Deus.
É necessário lembrar também que a TOTAL CONSAGRAÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM é totalmente católica e cristocêntrica, uma vez que é para todos os batizados e tem por objetivo nos unir a JESUS e nos fazer crescer no Amor a Ele; ou seja, a SANTA ESCRAVIDÃO DE AMOR ou TOTAL CONSAGRAÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM não atrapalha nenhum carisma ou espiritualidade de qualquer movimento ou comunidade que seja, ao contrário, essa entrega total a Nossa Senhora ajuda cada pessoa a viver de modo mais intenso e profundo seu próprio carisma e sua própria espiritualidade, uma vez que Ela é a boníssima Mãe e a Virgem Fiel que nos leva em tudo a fazer a vontade de Deus, cumprindo com mais perfeição e amor nossos deveres de estado. E a semelhança da oração do Rosário – só que com muito maiores e profundas razões – a TOTAL CONSAGRAÇÃO não é apenas para alguns privilegiados, ou para alguma comunidade ou movimento, mas é proposta para todos os batizados para que vivam com mais facilidade, constância e coerência a sua condição de filhos de Deus.
A TOTAL CONSAGRAÇÃO é o meio e a estratégia que Deus escolheu para ajudar seus filhos a permanecerem firmes na verdadeira fé e para salvar muitas almas, uma vez que por essa Total entrega se põe a disposição de Nossa Senhora todos os nossos bens espirituais, para que Ela possa usá-las para socorrer as almas e converter os pecadores. Verdadeiramente, muitos se salvarão não por seus méritos pessoais, mas pelas orações e sacrifícios de outros. Assim, a Santa Escravidão nos transforma em doadores de méritos para que Nossa Senhora possa utilizá-lo para salvar nosso próximo, de modo que quantos mais e melhores escravos de Amor houverem tantos mais méritos Nossa Senhora terá para alcançar a graça da contrição e conversão para os que estão longe de Deus e de sua graça. Ainda são “muitos os que se condenam por que não há quem reze e se sacrifique por eles”, conforme disse Nossa Senhora em Fátima (1917). É para salvar as almas dos pobres pecadores que Deus quer estabelecer no mundo a VERDADEIRA DEVOÇÃO DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA, pois esse meio a Santíssima terá muitos meios para socorrer muitas almas. Portanto difundir a VERDADEIRA DEVOÇÃO e ensinar as pessoas a vivenciá-las é um meio extraordinário e eficiente não apenas de permanecer na comunhão com Cristo, mas também de ajudar a salvar a muitos.
Devemos fazer uso das graças que Deus proporciona neste Ano de jubileu dos 300 ANOS do Tratado – (2012 – 2013) – para estabelecermos no mundo a VERDADEIRA DEVOÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA como faz ensinando São Luís Maria Grignion de Montfort.
Trabalhemos, pois há muito a se fazer e “tempo vale almas”.

EQUIPE CONSAGRA-TE
Cultura Católica

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Os ensinamentos de São Paulo


      Hoje dia da conversão de São Paulo Apóstolo, meditaremos sobre sua evangelização:

Quero meditar com você um pouco daquilo que o apóstolo Paulo deixou como ensinamento para nós cristãos. As treze cartas dele são a base para a teologia católica. Nas duas cartas que ele escreveu para São Tito e São Timóteo, que eram bispos, deu todas as direções de como deveria ser a Igreja. Essas direções são seguidas até hoje pela Igreja.
Um ponto muito importante é sobre a evangelização. O apóstolo dos gentios diz que pregar o Evangelho, para ele, não é motivo de glória, mas, sim, uma missão que lhe é imposta. “Ai de mim se não evangelizar”, afirma.
Paulo tinha como lema evangelizar; o resto para ele não tinha importância. Nós também devemos pensar assim! Evangelizar não significa que devemos obrigar todos a serem bons cristãos, mas devemos anunciar; não impor, mas propor. O mais miserável dos cristãos é aquele que não evangeliza sua família. Os jovens, hoje, não sabem quase nada de religião. Antigamente, os catequistas eram os pais, lamentavelmente, a família está sumindo. Muitas crianças não sabem nem quem é Jesus e muitos pais vivem como se Deus não existisse.
A primeira evangelização tem que ser da criança, pois ela é mais fácil de ser evangelizada. Mas, para isso, é preciso que a mãe e o pai a evangelize. Se eu tivesse um medalha de ouro, a daria para um bom catequista que evangeliza as crianças e fala de Deus para elas.
São Paulo disse a Timóteo: “Prega a Palavra, insiste oportuna e inoportunamente [...]. Porque virá o tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação” (II Timóteo 4.2a.3a). As pessoas, hoje, se atiram às fábulas; aparece qualquer um com seitas e as pessoas vão atrás, largam o Cristianismo. Portanto, você, cristão católico, pregue insistentemente a verdade!
Paulo disse que Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade. A grande vontade de Jesus é que ninguém se perca. O Senhor disse que quando Ele encontra a ovelha perdida fica mais feliz do que com as 99 que não se perderam. Isso nos deve dar vontade de evangelizar! Imaginem a festa que vai haver no céu com as ovelhas perdidas que retornaram ao Senhor. Se você converter apenas duas pessoas, seu marido e seu filho, vai haver uma festa no céu.
Por que eu preciso evangelizar? Porque Deus ama a todos e deu o Sangue por cada um de nós! O amor de Cristo me constrange, me deixa envergonhado, Ele morreu por mim. São Ligório dizia que se existisse somente você, Jesus morreria somente por você. O amor de Cristo é individual, por isso, precisamos dar uma resposta a Ele. Semeie o Evangelho, seja pessoalmente, seja pela internet, ou qualquer outro meio.
A força mais poderosa para se evangelizar é a santidade. Quem é que mudou o mundo? Os santos! E nenhum deles usou a rádio, a internet, a televisão. Eles usaram a Palavra de Deus, evangelizaram com sua santidade. Santa Terezinha do Menino Jesus entrou no convento com 15 anos e morreu com 24; nunca fez palestra para ninguém, só escreveu um livro porque foi obrigada, mas evangelizou porque ela era santa.
A evangelização é importantíssima, mas, antes de cuidar do irmão precisamos cuidar da nossa evangelização, senão começamos a dar contratestemunho e as obras não adiantaram de nada. Nós nascemos predestinados para o céu.
A Igreja é a coluna e o alicerce da verdade, sem ela ninguém se salva. O credo se reza há dois mil anos e por que não muda? Porque o que é verdade não muda. A Igreja não tem dúvida daquilo que é essencial para nossa salvação.
Já tivemos 266 Papas, nunca um Pontífice cancelou um ensinamento da Igreja. Nunca na história dos 21 Concílios se cancelou uma doutrina da Igreja. São Paulo diz que Deus quer que todos se salvem, que cheguem à verdade e é por isso que, hoje, para sermos evangelizadores como o grande apóstolo, precisamos ser fiéis à Igreja.
Mas você pode dizer: “A Igreja errou no passado”. Uma coisa são os erros dos filhos da Igreja, outra coisa é a Igreja, que é santa. Os erros são nossos; houve, sim, Papas pecadores, bispos que erraram, que se tornaram até hereges. A Igreja tem muitos filhos indignos, mas ela é santa, tem muitos santos. A Igreja Católica já canonizou mais de 20 mil santos.
Ninguém ama a Cristo se não ama a Igreja. Muitos casamentos não dão certo porque não teve amor; tem muito amor falso, tem muita gente vivendo apenas um sentimentalismo. Jesus é o modelo de amar e, assim, nos ensinou a amar: “Amais-vos como eu vos amei”. Não existe amor sem cruz, sem renúncia. Não existe amor por alguém se você não disser “não” para você. O dia em que nos amarmos como Cristo nos amou o mundo vai mudar.

Prof. Felipe Aquino
(artigo transcrito de pregação em 25/01/2009)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Amo a Jesus


"Amo a Jesus Cristo, embora com um coração que gostaria de amar mais e melhor. Apesar disso, eu o amo e não posso suportar viver outra vida que não seja a sua."
                                                                            Carlos de Foucauld

sábado, 21 de janeiro de 2012

Por Ele, com Ele e nEle

Pouco depois da consagração, o sacerdote, tendo na mão direita a Hóstia divina, traça com Ela cinco cruzes sobre o Preciosíssimo Sangue, dizendo: “Por Ele, com Ele e n’Ele, a Ti, Deus Pai Onipotente, na unidade do Espírito Santo, damos toda honra e glória!” e, com essas palavras, eleva ao Céu a Hóstia e o Cálice juntos.

Por Ele, o Homem-Deus de Belém, do Tabor e do Calvário, realmente presente nas mãos do padre, tal como estava presente nas mãos de Sua Mãe Santíssima…

Com Ele, o Homem-Deus crucificado, morto e ressuscitado… que subiu aos céus e está sentado, como Deus à direita do Pai, e a quem o Pai conferiu todo poder no céu e na terra…

N’Ele, o Homem-Deus, por Quem e para Quem tudo foi criado, que foi constituído Rei imortal, e que virá sobre as nuvens do céu, como Juiz, a julgar os vivos e os mortos…

Sim: por Ele, com Ele e n’Ele, glória infinita à Trindade adorável e augusta!

Ah! Se não existisse o véu discreto do Mistério, nem mesmo o Santo Cura d’Ars teria ousado celebrar o Santo Sacrifício… e Santa Teresinha de Lisieux teria hesitado em aproximar-se da Mesa Santa, de tal modo a glória do Senhor ofusca, aos olhos dos Anjos, o celebrante e os fiéis. Assim, graças a penumbra do Mistério, torna-se o Altar acessível, e até convidativo, embora esteja muito mais perto do Céu que o próprio Sinai.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Heróis? De qual história?

Amados, amados,
Achávamos que não podia piorar mais, mas piorou, nada é tão ruim que não possa piorar, nesse caso esse ditado popular encachou-se perfeitamente. Não queria este ano publicar nada sobre o BBB, viver como se ele não existisse, mas infelizmente depois do que ocorreu no fim de semana, a revolta é demais.  O programa reality show BBB passou do fundo do poço. Já está cansativo os blogs, sites, bispos, leigos e comunidades católicas ficarem repetindo a mesma história todo ano que esse programa vem ao ar, sempre as mesmas críticas, conselhos e alertas. Mas não há pessoal, não há outra forma, é necessário falar, falar, falar e repetir e repetir, pra ver se algo entra na cabeça e nos corações dos pais, dos filhos, dos jovens que ainda persistem em ver tal degradação do ser humano. Porque é isso aí. Quer assistir a animalização humana ao vivo? Basta ver o BBB. As pessoas não ACORDAM. O próprio programa se entrega como a escória da humanidade e ninguém percebe. Olha, a rede televisiva está decadente, porém mais decadente estão as pessoas que acolhem tal programa. Como falar do escândalo que é tal transmissão se as pessoas não tem o mínimo de formação religiosa e cultural?
Heróis, como são chamados pelo apresentador, que escandalizam as casas, as famílias, as pobres crianças, a moral. Heróis que deveriam arrumar um serviço honesto para ganhar dinheiro como a maioria dos brasileiros sofridos fazem durante toda a vida, para educar seus filhos e dar de herança para eles o bom exemplo de pai, de mãe, de esposos.
Você acha que esses heróis são felizes??? Lamento, são uns coitados, pobres de espírito, infelizes...infelizes.
E a Globo em pleno horário nobre do Jornal Nacional, tenta se justificar dizendo que tais imagens escandalosas não foram transmitidas em TV aberta, apenas para assinantes!!!! Nossa, como amenizou!! Se uma única criatura humana tivesse visto essas senas, já seria um estrago, imagina milhões de assinantes.
Ninguém quer tomar como exemplo a vida dos sacrificados não é? Dos Santos por exemplo. Mas sim desses “heróis”.

Rezemos.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Agenda 2012 !!!

Tomem nota aí dos novos horários de funcionamento da casa da Comunidade:
(Este horário irá começar na segunda feira depois do carnaval)

Expediente da casa de 2ª a 6ª feira das 14:00h às 17:00h

Segunda feira: Grupo de Oração para Casais às 19:30h inicio dia 19 de março

Quarta feira: Terço e Apostolado mundial de Fatima 19:30h

Sexta feira: Adoração ao Santissimo Sacramento das 08:00h as 15:00h
                    Grupo de Oração Divina Misericordia às 15:00h

Terça e Quinta atendimento normal às 14:00

E mais...
Dia 17 e 18 de março haverá o 1° Retiro para Casais, não deixe de reservar sua inscrição, que poderá ser feita pelo telefone (22) 2724-3100;  na casa da Comunidade no horário das 14:00 as 17:00 ou também poderá ser feita no Grupo de Oração Aliança Eterna toda terça-feira às 20h na capela do Salesiano.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Tempo Comum


A festa do Batismo do Senhor encerrou o ciclo natalino e a Igreja passou a celebrar o Tempo Comum.

O Batismo do Senhor celebra-se no domingo após a Epifania; como a festa da Epifania (tradicional festa de Reis) é no dia 06 de janeiro, este ano o Domingo subseqüente foi justamente o domingo passado, 08 de janeiro. Como, no entanto, Epifania é festa de preceito e o Batismo do Senhor não, no Brasil a Epifania é transferida para o domingo seguinte (e, neste caso, celebra-se o Batismo do Senhor na segunda-feira). Foi o que aconteceu esta semana.

Convém lembrar que o Tempo Comum não deve ser entendido como um tempo de menos importância, como se nele o chamado à conversão fosse menos presente ou como se devêssemos descuidar dos cuidados com a nossa alma, dos nossos apostolados e da nossa vida espiritual. Desde a Encarnação do Verbo e a edificação da Igreja nós vivemos tempos extraordinários; os tempos em que o Senhor está conosco e nos quais todos os dias é ofertado à Trindade Santa o Augusto Sacrifício do Corpo e Sangue de Cristo sobre os altares de nossas igrejas. E nisto não há nada de “comum”, ao menos não no sentido corriqueiro da expressão.

O Tempo comum é tempo de fidelidade: de ser fiel à Eucaristia, de manter uma caminhada constante e progressiva em direção a Cristo, de ser vigilante e de esperar. No Tempo Comum a Liturgia se reveste de verde; não conheço nenhum compêndio com explicações mistagógicas detalhadas sobre as cores do Ano Litúrgico, mas todas elas têm significados bem óbvios. O verde significa claramente esperança, especificamente aquela virtude teologal que tem tanto a ver com a fidelidade quotidiana enquanto esperamos e apressamos Aquele Dia Terrível do qual não sabemos a hora. Penso também na vitalidade à qual somos chamados, uma vez que o verde é a cor das plantas que estão vivas (dos ramos da videira que permanecem unidos à videira), em oposição aos sarmentos secos que, separados de Cristo e de Sua Igreja, não podem jamais dar frutos. E o verde aponta também para o sofrimento que nos acompanha sempre, pois nunca me esqueço das palavras de Cristo durante a Sua Paixão: Porque, se eles fazem isto ao lenho verde, que acontecerá ao seco? (Lc 23, 31).

Vivamos, portanto, este Tempo Comum com a fidelidade quotidiana que o Senhor exige e espera de nós; revestidos de Cristo a fim de darmos frutos, mesmo sabendo das incompreensões e dos sofrimentos que, por conta d’Ele, nos serão infligidos. Vivamos, acima de tudo, alimentando a esperança: a de que Cristo é Senhor do Mundo e virá, no fim, para nos conduzir Àquela Cidade Eterna onde toda a lágrima será enxugada e onde a semeadura que aqui fazemos – com o rosto molhado neste Vale de Lágrimas – resplandecerá enfim como uma colheita de alegria.

Fonte: http://www.salvemaliturgia.com/

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

domingo, 8 de janeiro de 2012

A comunidade ideal

                             
Não se deve procurar a comunidade ideal. Trata-se de amar aqueles que Deus pôs ao nosso lado, hoje. São sinais da presença de Deus para nós. Talvez preferíssemos pessoas diferentes, mais alegres e mais inteligentes. Mas são estas que Deus nos deu e que escolheu para nós. É com elas que devemos criar a unidade e viver a aliança. Escolhemos sempre nossos amigos, mas não escolhemos nossos irmão e irmãs: eles nos são dados. Assim é na comunidade.

Fonte: Comunidade, Lugar do perdão e da festa. Jean Vanier. ed.Paulinas

sábado, 7 de janeiro de 2012

O amor vive de gratuidade


"... cada amor humano é sinal do Amor eterno que nos criou, e cuja graça santifica a escolha de um homem e de uma mulher em dar-se reciprocamente a vida no matrimônio. Vivais esse tempo do namoro na expectativa confiante de tal dom, que é acolhido percorrendo uma estrada de consciência, de respeito, de atenções que não deveis nunca ferir: somente nessa condição a linguagem do amor permanecerá significativa também ao passar dos anos. Educai-vos, pois, desde agora à liberdade da fidelidade, que leva a se proteger reciprocamente, até viver um pelo outro. Preparai-vos para escolher com convicção o "para sempre" que conota o amor: a indissolubilidade, antes que condição, é dom a ser desejado, pedido e vivido, para além de todas as mutáveis situações humanas. E não pensais, segundo uma mentalidade difusa, que a convivência seja garantia para o futuro. Queimar as etapas leva a "queimar" o amor, que, ao contrário, tem necessidade de respeitar os tempos e a gradualidade nas expressões; tem necessidade de dar espaço a Cristo, que é capaz de tornar um amor humano fiel, feliz e indissolúvel. A fidelidade e a continuidade do vosso querer-vos bem vos tornarão capazes também de ser abertos à vida, de serem pais: a estabilidade da vossa união no Sacramento do Matrimônio permitirá aos filhos que Deus desejar vos dar crescer confiantes na bondade da vida. Fidelidade, indissolubilidade e transmissão da vida são os pilares de cada família, verdadeiro bem comum, patrimônio precioso para toda a sociedade. Desde agora, fundai sobre tudo isso o vosso caminho rumo ao matrimônio e testemunhai-o também aos vossos coetâneos: é um serviço precioso! Sejais gratos a quantos, com compromisso, competência e disponibilidade vos acompanham na formação: são sinal da atenção e do cuidado que a comunidade cristã vos reserva. Não sejais sós: busqueis e acolheis por primeiro a companhia da Igreja."

(Papa Bento XVI)


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Dia de Reis!

Por Dom Fernando Rifan

Amanhã, 6 de janeiro, é o dia da Epifania do Senhor, que celebraremos no domingo dia 8. "Epifania" é uma palavra grega que significa "manifestação". Foi o dia da manifestação de Jesus como Salvador de todos os povos, na pessoa dos Reis do Oriente, os Magos, que vieram visitar o Menino Jesus em Belém, aliás, bem representados em grandes imagens na entrada de nossa cidade. Jesus não discrimina ninguém: no seu presépio vemos pobres e ricos, judeus e árabes. Todos são bem-vindos ao berço do "príncipe da paz".
Deus usa de vários meios para chamar a si as pessoas, meios adaptados à personalidade e às condições de cada um. Aos pastores, judeus, já familiarizados com as revelações divinas do Antigo Testamento, Deus chamou através  dos anjos, menssageiros da boa nova do nascimento de Jesus. Os Magos, porém, eram pagãos. Mas como eram astrônomos e astrólogos, Deus os chamou através de uma estrela misteriosa.
Era conhecida até entre os pagãos a profecia de que uma estrela misteriosa anunciaria a chegada do Salvador, esperado por todos os povos, que inauguraria uma nova era para toda a humanidade. Sábios observadores dos céus, os Magos observaram o aparecimento dessa estrela misteriosa. Ao mesmo tempo tocados pela graça divina, sentiram o chamamento de Deus para irem visitar o Salvador que a estrela anunciava. E partiram. Foram fiéis àquela graça de Deus. Essa resolução custaria sacrifícios, inerentes a uma longa viagem pelo deserto. Talvez a dúvida, a crítica de seus compatriotas, o medo da desilusão.  Mas nada disso os deteve.
Destes Santos Reis, nós aprendemos a lição de coragem e decisão: "Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo" (Mt 2,2). "Vimos e viemos", eis o que devemos fazer quando sentimos o chamado da graça de Deus em nosso coração. Coragem e decisão para superar as dificuldades inerentes a qualquer resolução de fazer o bem, a qualquer vocação.
Eles são também exemplo de Fé: seu comovente ato de Fé naquele Rei, de aparência tão pobre, que eles adoraram - "viram o Menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, adoraram-no" (Mt 2,11). Eles que só conheciam seu anúncio pela estrela. Não tinham ainda visto, como nós já conhecemos, seus ensinamento e seus milagres! E o viram com Maria, sua mãe. Ela foi a primeira catequista dos Magos, a primeira que lhes deu a conhecer quem era Jesus. É por ela que vamos a Jesus.
Misticamente exemplar também para nós foi a sua decisão de mudar de caminho e de vida, - "Regressaram ao seu país por outro caminho" (Mt2, 12). E no Oriente foram os primeiros propagadores  da Boa Nova, do Evangelho, que tinham conhecido nos seus primórdios. Esta mudança de caminho pode simbolizar a  conversão daqueles que encontraram Jesus e foram chamados a tornar-se os verdadeiros adoradores que Ele deseja (cf.Jo 4,23-24). Quando se encontra Cristo e se acolhe o seu Evangelho, a vida muda e somos estimulados a comunicar aos outros a própria experiência.

Fonte: Jornal Folha da Manhã do dia 04 de janeiro de 2012.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A Mãe de Deus

        O Verbo assumiu nossa natureza no seio de Maria


O Verbo de Deus veio em auxílio da descendência de Abraão, como diz o Apóstolo. Por isso devia fazer-se em tudo semelhante aos irmãos (Hb 2,16-17) e assumir um corpo semelhante ao nosso. Eis por que Maria está verdadeiramente presente neste mistério; foi dela que o Verbo assumiu, como próprio, aquele corpo que havia de oferecer por nós. A Sagrada Escritura, recordando este nascimento, diz: Envolveu-o em panos (Lc 2,7); proclama felizes os seios que o amamentaram e fala também do sacrifício oferecido pelo nascimento deste Primogênito. O anjo Gabriel, com prudência e sabedoria, já o anunciaram a Maria; não lhe disse simplesmente: aquele que nascer em ti, para não se julgar que se tratava de um corpo extrínseco nela introduzido; mas: de ti (cf. Lc 1, 35Vulg.), para se acreditar que o fruto desta concepção procedia realmente de Maria.

Assim foi que o Verbo, recebendo nossa natureza humana e oferecendo-a em sacrifício, assumiu-a em sua totalidade, para nos revestir depois de sua natureza divina, segundo as palavras do Apóstolo: É preciso que este ser corruptível se vista de incorruptibilidade; é preciso que este ser mortal se vista de imortalidade (1Cor 15,53).

Estas coisas não se realizaram de maneira fictícia, como julgam alguns, o que é inadmissível! Nosso Salvador fez-se verdadeiro homem, alcançando assim a salvação do homem na sua totalidade. Nossa salvação não é absolutamente algo de fictício, nem limitado só ao corpo; mas realmente a salvação do homem todo, corpo e alma, foi realizada pelo Verbo de Deus.
A natureza que ele recebeu de Maria era uma natureza humana, segundo as divinas Escrituras, e o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro. Digo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso. Maria é portanto nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão.

As palavras de João: O Verbo se fez carne (Jo 1,14) têm o mesmo sentido que se pode atribuir a uma expressão semelhante de Paulo: O Cristo fez-se maldição por nós (cf. Gl 3,13). Pois da intima e estreita união com o Verbo, resultou para o corpo humano em engrandecimento sem par: de mortal tornou-se imortal; sendo animal, tornou-se espiritual; terreno, transpôs as portas do céu.

Contudo, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio da Maria, a Trindade continua sendo a mesma Trindade, sem aumento nem diminuição. É sempre perfeita, e na Trindade reconhecemos uma só Divindade; assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo.

Fonte: Ofício das Leituras