quarta-feira, 30 de julho de 2014

Míssil atinge a única paróquia católica na Faixa de Gaza

Após colocarmos no post deste blog (datado do dia 18/07/14), um artigo do Padre Jorge Hernández, pároco da Paróquia Sagrada Família em Gaza, onde testemunha como com amor e fé se mantém com os fiéis de sua paróquia e os refugidos que nela se encontram, em meio ao conflito entre o Hamas e os Israelenses, em meio ao bombardeios. Recebemos hoje a notícia pelo canal de notícias ACI digital que parte de sua paróquia foi bombardeada e destruída, confira a reportagem:
 ROMA, 30 Jul. 14 / 02:20 pm (ACI/EWTN Noticias).- A paróquia da Sagrada Família, a única presença católica na Faixa de Gaza e que é dirigida pelo sacerdote argentino Jorge Hernández, foi destruída parcialmente por um míssil durante um bombardeio israelense na segunda-feira passada.
Conforme se informou, além do Pe. Hernández, na paróquia há três religiosas das Irmãs da Madre Teresa que atendem 29 crianças deficientes e nove idosas.

Na terça-feira, em declarações à agência Fides, o sacerdote indicou que o alvo do bombardeio era uma casa a poucos metros da paróquia e que foi completamente destruída. Entretanto, o ataque israelense também destruiu parcialmente a escola paroquial adjacente ao templo, a casa do pároco e alguns locais utilizados pela pequena comunidade.
“Tivemos uma noite difícil, mas estamos aqui. Esta guerra é absurda”, disse o Pe. Hernández. “Depois de destruir o bairro Shujayeh, o ataque israelense agora se dirige ao bairro de Zeitun. Tudo acontece ao nosso redor. Os milicianos do Hamas continuam disparando mísseis e logo se escondem nos becos. E não podemos fazer absolutamente nada. Não podemos evacuar, porque com as crianças é impossível. Suas famílias vivem por aqui. E pode ser mais perigoso sair que ficar aqui. Tentamos permanecer nos lugares mais seguros, sempre na parte baixa”, relatou.

Na segunda-feira, 28, o exército israelense enviou mensagens de texto aos moradores do conglomerado al-Zeitun, onde se encontra a paróquia católica e a paróquia ortodoxa, para que abandonem as casas antes do bombardeio. Muitos vizinhos fugiram, mas esse não foi o destino dos refugiados que há dias permanecem no edifício paroquial.

Continuemos a Orar sem cessar, por nossos irmãos, missionários em terras de conflito, que os Santos Anjos os guardem e os preservem de todo o mal, para que possam cumprir na caridade , o cuidado com os refugiados, crianças e idosos a quem eles assistem com tanto amor. Assim seja.

Segue outra reportagem (do dia 17/07/14) do Padre Hernández, para entender melhor sua Missão em Gaza:
"Gaza é pequena. Tudo está perto. Não há um lugar seguro, neutro, que possa nos acolher. Para onde vamos?”. Em relação ao clima, padre Jorge escreve que esta guerra não era imprevisível. “Nós também recebemos o convite, estendido aos moradores das áreas de Beit Hanoun e de Beit Lahia, para abandonar imediatamente as casas. E, como todos, perguntamo-nos: “Para onde ir?”. Gaza é pequena. Tudo está perto. Não há um lugar seguro, neutro, que possa nos acolher. Para onde vamos?”.

Por Giorfio Bernardelli| 17.07.14| O padre Jorge Hernández, religioso do Verbo Encarnado, descreve a partir da Paróquia latina da Sagrada Família, em Gaza, como sua comunidade vive nestes dias. Ele também vive sob as bombas que chovem do céu, e não é a primeira vez para este sacerdote argentino que, há alguns anos, conduz a pequena comunidade católica que vive na Faixa de Gaza. São uns 200 fiéis em um território no qual os cristãos somam menos de 2000 no total. Há anos, compartilham todos os sofrimentos da população civil, isolada hermeticamente em um território de apenas 360 quilômetros quadrados, no qual vivem quase 1,8 milhão de pessoas.
Padre Jorge Hernández, missionário do Verbo Encarnado, em GazaNa quarta-feira passada, justamente quando quatro crianças morreram após o impacto de um míssil israelense, enquanto brincavam, também na Igreja da Sagrada Família foram vividos momentos de pavor: três mísseis caíram muito próximo dos edifícios da paróquia. Por este motivo, decidiu-se, ontem, que as três freiras que colaboram com o padre Jorge (e que pertencem à mesma congregação) saíssem de Belém.
Como são estrangeiras, só puderam sair da Faixa de Gaza durante o breve cessar-fogo humanitário obtido pela ONU. No entanto, o pároco permanece, mas não está sozinho, porque agora o acompanham as freiras de Madre Teresa, que se mudaram ali com as crianças deficientes que acompanham em Gaza. Também o seu instituto está em uma área na qual caíram mísseis, razão pela qual pensaram que a Igreja da Sagrada Família era um lugar mais seguro.
Nestes dias tão delicados, o padre Jorge tem mantido seus contatos com o exterior por meio de algumas cartas que publica na página de Facebook do Instituto do Verbo Encarnado. Destes textos, surge a descrição da vida cotidiana em uma paróquia sob as bombas. “Nestes dias, preparava a pregação do domingo, e pensava: o que se prega para essa gente? Como confortá-los? Que difícil! E, além disso, virá alguém?... Hoje, domingo, pudemos celebrar a Santa Missa, graças a Deus, com a presença, além das sete religiosas, de cinco valorosos homens. Muito edificante, dado as circunstâncias”.
“Uma família cristã – aponta em outra carta – se viu atingida quando a casa contígua à sua foi bombardeada. Janelas estilhaçadas, fumaça, grito, confusão. Esse foi o trágico cenário da noite de ontem para esta família. Também é preciso levar em conta as crianças que começam a ficar doentes pelo medo, o estresse, a repercussão das ondas de choque, o ruído contínuo”.
Em relação ao clima geral que se vive em Gaza, o padre Jorge escreve que esta guerra não era imprevisível: “Esperávamos há tempo uma intensificação militar – explica -, e que poderia durar muito tempo. A única coisa que surpreendeu foi que se registrou uma resistência em maior escala e uma melhor preparação por parte das autoridades locais em relação às guerras anteriores. Que o Hamas tenha golpeado Telavive e Jerusalém não é pouca coisa”. Acrescenta que teme que com a guerra se crie uma reação islamista na Faixa de Gaza contra os cristãos: “Vendo o que acontece em outras partes, não seria surpresa”, comenta. E por este motivo, acrescenta, é admirável a força dos cristãos de Gaza, que sabem muito bem que estão apenas nas mãos de Deus.
Ainda em 2009, o Superior Provincial dos padres do Verbo Encarnado para o Oriente Médio, Padre Gabriel Romanelli,ve, já relatava sobre  a situação da Família Religiosa do Verbo Encarnado e dos desafios que enfrentam os religiosos e religiosas em Gaza. "Sempre renovo ao Senhor a oferta do meu sacerdócio, sabendo que a minha presença já é um sinal de esperança", disse

A mortificação, escada para subir ao Céu

Embora seja contraditória, tem atraído muitas pessoas a ideia de um Cristianismo sem sofrimento, sem penitências nem mortificações. Não se fala mais da necessidade de renunciar a si mesmo e tomar a própria Cruz [1], embora tenha sido o próprio Cristo a sublinhar tal obrigação. Não se ostenta mais a figura de Jesus Crucificado nas paredes de construções e nem mesmo nas igrejas, como se a constante lembrança das dores de Cristo fosse penosa ou até perigosa para as pessoas.
É, de fato, um ditado bastante repetido: “Falar só de dor e sofrimento afasta as pessoas da Igreja”. Mas, onde está a caridade daqueles que calam tais temas apenas para manter o número de fiéis? É certo que o homem moderno não quer ouvir falar dessas coisas – antes, prefere que adociquem sua boca com o mel das novidades e dos prazeres. Mas a religião católica tem que ver com as vontades e preferências do mundo ou, antes, com a vontade e o reinado de Deus? A fé cristã tem que ver com o que o homem deseja ou com o que o homem verdadeiramente precisa?
Rebate-se: “Mas, o homem precisa sofrer?” Na verdade, a pergunta está mal colocada. Não é que o ser humano precise sofrer; é que ele precisa amar. E, novamente – afinal, sempre convém repetir –, neste mundo, não é possível que sejamos privados de sofrer simplesmente porque não podemos ser dispensados de amar. Não é que a religião cristã seja “masoquista” ou cultue a dor; é que foi esse o meio que Cristo escolheu para amar-nos e é também o meio pelo qual nós devemos amá-Lo. “Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti” [2], diz Santo Agostinho. Não basta que o sangue de Cristo tenha sido derramado por todos; é preciso que aproveitemos de Sua eficácia, associando a nossa liberdade à ação da graça divina.
Neste tema, adverte o padre Garrigou-Lagrange, é preciso evitar dois extremos perigosos: o primeiro, menos comum, é o rigorismo jansenista, que apregoa a prática de árduas mortificações sem considerar a razão para isso, como que numa tentativa de alcançar o Céu por forças puramente humanas. Com isso, perde-se de vista “o espírito da mortificação cristã, que não é soberba, senão amor de Deus” [3].
O segundo erro a ser evitado parece dominar o mundo de hoje: trata-se do naturalismo prático. Com os argumentos já apresentados acima, essa tendência reduz a fé cristã a um bom mocismo, ignorando – ou fingindo ignorar – as consequências do pecado original sobre o gênero humano.
Nessa brincadeira perigosa, nem as palavras de Jesus contam mais. O Cristo que adverte para arrancarmos de nós os olhos e as mãos, se são para nós ocasião de queda, porque “é melhor perderes um de teus membros do que todo o corpo ir para o inferno” [4]; o Cristo que pede que ofereçamos a face esquerda a quem bater em nossa direita, que entreguemos o nosso manto a quem nos tirar a túnica, que andemos dois quilômetros, ao invés de um só [5]; o Cristo que alerta para não jejuarmos “de rosto triste como os hipócritas” [6], “só para serdes notados” [7], é solenemente ignorado pelos naturalistas, que preferem fundar para si uma nova religião: a de um deus leniente com o pecado, com a indolência e com a preguiça espiritual.
É preciso deixar muito claro que não é possível construir um “novo” caminho diferente do que indicou Jesus e do que trilharam os Santos. “Mirabilis Deus in sanctis suis”, diz a Vulgata: “Deus é maravilhoso nos Seus santos” [8]. E eles não passaram por outra via senão a da mortificação. Como se explica, por exemplo, que uma Santa Catarina de Sena tenha começado tão cedo a flagelar-se e a fazer jejuns rigorosos [9]? Que, defender a sua pureza São Francisco se tenha revolvido na neve, São Bento se tenha jogado num silvado e São Bernardo tenha mergulhado num tanque gelado?
A chave para todas essas penitências é o amor, que não pode ser vivido neste mundo sem que crucifiquemos a nossa carne. Santo Afonso de Ligório ensina que “ou a alma subjuga o corpo, ou o corpo escraviza a alma”. São Bernardo respondia aos que zombavam dos penitentes do seguinte modo: “Somos em verdade cruéis para com o nosso corpo, afligindo-o com penitências; porém mais cruéis sois vós contra o vosso, satisfazendo a seus apetites nesta vida, pois assim o condenais juntamente com a vossa alma a padecer infinitamente mais na eternidade”.
Por que não se fala mais dessas coisas em nossas igrejas? Porque, infelizmente, quase nenhum espaço foi preservado desse maldito naturalismo, que pretende “inventar a roda” moldando um Cristianismo sem Cruz.
Para viver, é necessário mortificar-se, morrer mesmo, como o grão de trigo de que fala o Evangelho [11]. As verdades que Cristo pregou do alto da montanha continuam válidas para hoje e, como diz Santa Rosa de Lima, “fora da Cruz não existe outra escada para subir ao Céu”.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. Cf. Lc 9, 23
  2. Santo Agostinho, Sermão 169, 13 (PL 38, 923)
  3. Reginald Garrigou-Lagrange, Las Tres Edades de la Vida Interior, II, 2, 2. Arquivo em PDF, p. 166
  4. Mt 5, 30
  5. Cf. Mt 5, 39
  6. Mt 6, 16
  7. Mt 6, 1
  8. Sl 67, 36
  9. Cf. Santa Catarina de Siena, a voz profética de Deus
  10. Cf. Jo 12, 24

sábado, 26 de julho de 2014

A destruição arquitetada por um anjo

Em uma das muitas alocuções que proferiu, o Papa Pio XII indicou o caminho que o demônio pavimentou, ao longo da história, para destruir o homem, criado à “imagem e semelhança” de Deus [1]:
“Ele se encontra em todo lugar e no meio de todos: sabe ser violento e astuto. Nestes últimos séculos tentou realizar a desagregação intelectual, moral, social, da unidade no organismo misterioso de Cristo. Ele quis a natureza sem a graça, a razão sem a fé; a liberdade sem a autoridade; às vezes a autoridade sem a liberdade. É um ‘inimigo’ que se tornou cada vez mais concreto, com uma ausência de escrúpulos que ainda surpreende: Cristo sim, a Igreja não! Depois: Deus sim, Cristo não! Finalmente o grito ímpio: Deus está morto; e, até, Deus jamais existiu. E eis, agora, a tentativa de edificar a estrutura do mundo sobre bases que não hesitamos em indicar como as principais responsáveis pela ameaça que pesa sobre a humanidade: uma economia sem Deus, um direito sem Deus, uma política sem Deus. O ‘inimigo’ tem trabalhado e trabalha para que Cristo seja um estranho na universidade, na escola, na família, na administração da justiça, na atividade legislativa, na assembleia das nações, lá onde se determina a paz ou a guerra.” [2]
A primeira coisa que Pio XII faz é colocar as pessoas diante do “nemico”. O Papa quer convencer os homens de que a obra de destruição que se apresenta aos seus olhos não é fruto do acaso ou, como pregam os progressistas, do zeitgeist – o “espírito dos tempos”. Trata-se, de verdade, de um empreendimento demoníaco. Há, por trás de toda a confusão e barbárie deste e de outros séculos, uma inteligência angélica, que, desde que caiu, trabalha incessantemente para perverter a obra da Criação e fazer perder as almas que Cristo conquistou com o Seu sangue, na Redenção.
Como explicar que o projeto de um anjo se torne tão concreto e visível no decorrer da história, só é possível a partir dos agentes humanos que, juntamente com o demônio, bradaram “non serviam”, a fim de servirem ao mal. Embora seus destinos eternos estejam nas mãos de Deus – e só Ele possa dizer se o “oitavo sacramento”, a ignorância invencível, os salvou –, suas obras humanas denunciaram clamorosamente sua identidade. Do Imperador Nero, no século I, passando pelos iluministas anticristãos, até Karl Marx e seus seguidores, muitos foram os homens que aderiram abertamente ao projeto do mal e muitos foram os passos dados rumo ao “amor de si até ao desprezo de Deus” [3].
É verdade que, hoje, tantas coisas más e perversas que os homens cometem ganham gentilmente outros nomes. Hoje sequer se ouvem mais as palavras “pecado” ou “erro”. Todas as ações humanas transitam entre o “conveniente” e o “socialmente inapropriado”, entre o “agradável” e o “politicamente correto”. Só que nem mil jogos de palavras podem mudar ou desfazer a realidade das coisas. Conscientemente ou não, quem quer que trabalhe para implantar no mundo um “sistema de pecado” – como é o caso de organizações que financiam o aborto, de grupos que querem a destruição da família e de religiosos que pedem a implantação de uma religião única e mundial, sem Cristo e sem a Igreja – está trabalhando para Satanás.
As palavras não são exageradas. O próprio Jesus não poupou palavras para denominar os mentirosos: “Vós tendes como pai o demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai”. Semelhantes palavras podem ser dirigidas a quem, obstinado no mal, opera incansavelmente para defender a morte e a mentira, obras daquele “era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade” [4].
É verdadeiramente monstruosa a construção – ou a destruição – que os filhos das trevas fazem no mundo. No entanto, não é sadio que os cristãos se detenham diante dessa imensa Babel, nem que cruzem os braços, inertes. Afinal, “todas as coisas” – inclusive a ação dos anjos decaídos – “concorrem para o bem dos que amam a Deus” [5]. Os filhos de Deus não devem temer: nas batalhas desta vida, são guiados e amparados por “aquela misteriosa presença de Deus na história, que é a Providência” [6]. https://padrepauloricardo.org/blog
Referência: 1.Gn 1, 26; 2.Pio XII, Discorso agli uomini di Azione Cattolica, 12 ottobre 1952; 3.Santo Agostinho, De Civitate Dei, 14, 28; 4.Jo 8, 44 ; 5.Rm 8, 28; 6.Centesimus Annus, 59

O que está acontecendo?

ROMA, 22 Jul. 14 / 02:36 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Patriarca Emérito de Jerusalém dos Latinos, Sua Beatitude Michel Sabbah, denunciou que o que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um massacre que só está gerando mais ódio entre israelenses e palestinos, pois já provocou mais de 1000 mortos, além da destruição de moradias, mesquitas e inclusive centros de saúde.
“O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, é um massacre. Um massacre inútil, que não fará com que Israel avance nenhum passo em direção à paz e à segurança. Pelo contrário, com todos estes sacrifícios humanos, os corações dos israelenses e dos palestinos se enchem de ódio”, declarou o Patriarca à agência Fides.
“Os meios para alcançar a paz só podem ser meios pacíficos. Há sessenta anos, estamos vendo que as guerras, as armas, os massacres são incapazes de conseguir qualquer tipo de paz”, acrescentou.

O Patriarca afirmou que “a única maneira de sair da espiral da violência e da destruição é abordar a questão de fundo, que é a ocupação israelense dos territórios palestinos. Haverá paz e segurança só quando Israel reconhecer a liberdade e a soberania do Estado palestino”.
“Mas talvez seja por isso que temos que esperar uma nova geração de líderes israelenses. Os líderes atuais acreditam somente na força militar. Têm armas sofisticadas para matar, mas não têm a força para fazer a paz”, assinalou.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Oremos sem cessar!

BUENOS AIRES, 17 Jul. 14 / 04:57 pm (ACI).- “Os crimes estão aumentando. As crianças pequenas começam a adoecer pelo medo, o estresse, as ondas de choque, o barulho contínuo. Os pais fazem todo o possível para distrai-los para que esta violência não os aflija”, relata o sacerdote argentino Pe. Jorge Hernández, pároco da Sagrada Família, na Faixa de Gaza, que assinalou que permanecerá junto com os seus fiéis apesar de três mísseis terem caído ontem perto de sua paróquia.
Faz uns dias, as Irmãs da Madre Teresa com 28 crianças deficientes e nove idosas sob seu cuidado se refugiaram na paróquia porque a consideravam um lugar mais seguro. Todas elas permanecerão em Gaza, junto com o padre Hernández.
A trégua de cinco horas, proclamada para permitir a entrada de ajuda humanitária à Faixa de Gaza deveria permitir a evacuação da zona de umas poucas centenas de pessoas.
As que receberam a indicação de deixar suas casas na Faixa de Gaza são as três argentinas, religiosas do Instituto do Verbo Encarnado que também trabalhavam na paróquia católica.
O Patriarcado Latino de Jerusalém iniciou na paróquia uma adoração eucarística permanente e hoje será celebrada uma Missa “para implorar o perdão, a justiça e a paz para todos”.
O sacerdote argentino, pertencente ao Instituto do Verbo Encarnado (IVE) enviou seu testemunho que foi publicado pelo site do IVE sobre estes dramáticos dias em Gaza:
“Hoje, domingo, pudemos celebrar a Santa Missa, graças a Deus, com a presença, além de sete religiosas, de cinco homens corajosos. Foi algo muito edificante devido às circunstâncias.
Acho que ontem foi, até agora, o pior dia desta guerra. Os foguetes não param de sair daqui. Já são várias as cidades afetadas perto de Tel Aviv e Jerusalém.
E, é claro, a resposta não se faz esperar. A continuidade e intensidade dos bombardeios aéreos, terrestres e marítimos é algo difícil de acreditar.
Israel já disparou contra mais de 1300 alvos no território palestino. O número de mortos incluindo mulheres e crianças já passa de 150 e estima-se que 1000 pessoas entre civis e militares estão entre os feridos”.
  Uma menina palestina, de apenas quatro anos, se recupera no hospital após ser ferida em um ataque israelense que matou a sua mãe e outras duas pessoas da família. 
 Em Ashkelon, Israel, mãe e filha se chocam ao ver um local que tinha sido atingido por um foguete do Hamas. 
 Uma mulher palestina teve de deixar sua casa em Gaza e se refugiar junto com sua filha em uma escola providenciada pela ONU para proteger as famílias. Foguetes israelenses tinham matado 18 pessoas no dia 12.
 
Do G1, em São Paulo:
A escalada de violência que começou em junho deste ano entre Israel e palestinos é o terceiro conflito do tipo desde a tomada da Faixa de Gaza pelo grupo islâmico Hamas, em 2007.
As raízes do confronto são antigas e, ao longo dos anos, ambos os lados foram ampliando as demandas para uma paz definitiva. Entenda as exigências históricas e os argumentos de cada lado do confronto:
"MOTIVOS DE ISRAEL"
- O país afirma categoricamente que o Hamas é o responsável pelo sequestro e assassinato dos três adolescentes israelenses em 12 de junho.
- O Hamas não só atira foguetes de Gaza para o lado israelense, como também aumentou seu arsenal, que agora pode atingir o centro de Israel como nunca antes. Israel considera que não pode ficar parado em relação à situação.
- Israel alega que o Hamas esconde militantes e armas em locais residenciais em Gaza, por isso é necessário atacá-los, mesmo que isso signifique que civis estejam entre as vítimas.
- Para Israel, o Hamas é um grupo terrorista que não reconhece a existência do Estado de Israel e não aceita se desarmar.
"MOTIVOS DOS PALESTINOS"
- Um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém. A autópsia indicou que ele foi queimado vivo. Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime.
- A maioria dos palestinos considera o controle israelense sobre a Faixa de Gaza abusivo e a situação humanitária insustentável. Os moradores dependem de Israel para ter eletricidade, água, meios de comunicação e até moeda.
- Nos confrontos entre Israel e o Hamas, a força de ação do exército israelense é desproporcionalmente maior. Em todos os confrontos até agora, o número de mortes do lado palestino foi muito maior.
- Israel deteve centenas de militantes do Hamas em sua grande busca na Cisjordânia pelos três israelenses sumidos no mês passado.

 Três meninos palestinos choram ao saber que um membro da família morreu em um ataque aéreo em Gaza.

 Um menino palestino dorme no chão de uma escola em Beit Lahiya, após ter de sair de sua casa, onde havia ameaça de bombardeios israelenses.


                             Soldados israelenses dormem durante pausa na Faixa de Gaza. 
                            Israelenses se protegem, preocupados com foguetes, em Sderot. 
  
                                                  "A Oração pode tudo" Papa Francisco.
Rezemos pela Paz no Oriente Médio, pelas almas das vítimas fatais, pelos lares destruídos, pelas crianças que sofrem e padecem com o medo e terror. Não sejamos indiferentes a tamanho sofrimento de nosso irmãos, façamos jejum, ofereçamos sacrifícios e orações para eles. Que a paz volte a essas Terras e as pessoas possam viver dignamente como filhos de Deus.

domingo, 6 de julho de 2014

Propósito: a devoção dos 5 primeiros sábados



Na terceira aparição, em Fátima, a 13/7/1917, a SSma. Virgem anunciou que viria pedir a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Mais tarde, a 10/12/1925, quando a Irmã Lúcia já estava na Casa das Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha, Nossa Senhora apareceu-lhe de novo. A Seu lado via-se o Menino Jesus, em cima de uma nuvem luminosa:
"Olha, minha filha - disse-lhe a Virgem Maria - o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos NSFATIMA_2.............jpgos momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado:
se confessarem;
* receberem a Sagrada Comunhão;
* rezarem um terço e;
* Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos vinte mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar
.
Eu prometo assisti-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas."

A confissão
No dia 15 de fevereiro de 1926, apareceu-lhe de novo o Menino Jesus. Perguntou-lhe se já tinha espalhado a devoção à sua Santíssima Mãe. A Irmã Lúcia apresentou a dificuldade que algumas almas tinham de se confessar ao sábado, e pediu para ser válida a confissão de oito dias.
"Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça, e que tenham a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria."

Exceção de cumprir no primeiro domingo de cada mês
Quatro anos depois, na madrugada de 29 para 30 de maio de 1930, Nosso Senhor revelou interiormente à Irmã Lúcia outro pormenor a respeito das comunhões reparadoras dos cinco primeiros sábados:
- E quem não puder cumprir com todas as condições no sábado, não satisfará com os domingos? - Perguntou a religiosa.
- Será igualmente aceita a prática desta devoção no domingo seguinte ao primeiro sábado, quando os meus Sacerdotes, por justos motivos, assim o concederem às almas. - Respondeu Nosso Senhor.

Por que os cinco Sábados?
Esta pergunta, levantada por muitos, também a fez a Irmã Lúcia a Nosso Senhor, que assim lhe respondeu: "Minha filha, o motivo é simples: são cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.
1. As blasfêmias contra a Imaculada Conceição;

2. Contra a sua virgindade;

3. Contra a maternidade divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;

4. Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;

5. Os que A ultrajam diretamente nas Suas sagradas imagens". (Cfr. Memórias e Cartas da Irmã Lúcia, Porto, 1973).