Mostrando postagens com marcador A Missa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador A Missa. Mostrar todas as postagens

sábado, 21 de janeiro de 2012

Por Ele, com Ele e nEle

Pouco depois da consagração, o sacerdote, tendo na mão direita a Hóstia divina, traça com Ela cinco cruzes sobre o Preciosíssimo Sangue, dizendo: “Por Ele, com Ele e n’Ele, a Ti, Deus Pai Onipotente, na unidade do Espírito Santo, damos toda honra e glória!” e, com essas palavras, eleva ao Céu a Hóstia e o Cálice juntos.

Por Ele, o Homem-Deus de Belém, do Tabor e do Calvário, realmente presente nas mãos do padre, tal como estava presente nas mãos de Sua Mãe Santíssima…

Com Ele, o Homem-Deus crucificado, morto e ressuscitado… que subiu aos céus e está sentado, como Deus à direita do Pai, e a quem o Pai conferiu todo poder no céu e na terra…

N’Ele, o Homem-Deus, por Quem e para Quem tudo foi criado, que foi constituído Rei imortal, e que virá sobre as nuvens do céu, como Juiz, a julgar os vivos e os mortos…

Sim: por Ele, com Ele e n’Ele, glória infinita à Trindade adorável e augusta!

Ah! Se não existisse o véu discreto do Mistério, nem mesmo o Santo Cura d’Ars teria ousado celebrar o Santo Sacrifício… e Santa Teresinha de Lisieux teria hesitado em aproximar-se da Mesa Santa, de tal modo a glória do Senhor ofusca, aos olhos dos Anjos, o celebrante e os fiéis. Assim, graças a penumbra do Mistério, torna-se o Altar acessível, e até convidativo, embora esteja muito mais perto do Céu que o próprio Sinai.

domingo, 3 de abril de 2011

Senhor, eu não sou digno

Queremos nos conhecer. Por isso, precisamos usar bem as partes da missa que são reservadas à introspecção: o ato penitencial, por exemplo, com o "Senhor, tende piedade" e o "confesso".  Isso exige recolhimento, uma tranquilidade interior que nos permita examinar nossos pensamentos, palavras e atos.  Se queremos ficar recolhidos, ajuda chegar à Igreja bem antes da missa e começar nossa oração. O recolhimento interior possibilita nos concentrarmos na realidade da missa, não importa o que aconteça à nossa volta: bebês que choram,  música ruim ou homilias medíocres.
A fim de nos preparar  para a missa, devemos também tirar frequente proveito do sacramento da Reconciliação, cofessando nossos pecados depois de um profunto exame de consciência. Devemos nos confessar antes de receber a Eucaristia para que nosso sacríficio seja puro.  Embora a Igreja só exija que nos confessemos uma vez por ano, o irresistível ensinamento dos santos e papas é que nos confessemos "frequentemente". Que frequência é essa? Varia de acordo com as circunstâncias e os conselhos do padre confessor.  Entretanto, devemos seguir o bom exemplo dos santos, que, sabemos, confessavam-se ao menos uma vez por semana, e os mestres epirituais de mais confiança aconselham o mínimo de uma vez por mês.
Se somos sinceros diante de Deus, nos veremos, em nossos corações, nos prostrando humildemente, como fez João. Rezaremos com sinceridade perfeita a oração antes da comunhão: "Senhor, eu não sou digno de que entres...".

Fonte: Livro O Banquete do Cordeiro - a missa segundo um convertido- Scott Hahn. Edições Loyola.
Foto: Capela do Santíssimo da Igreja de Wadowice, que é um município no sul da Polónia, situada a 50 quilômetros de Cracóvia. Conta com 19.500 habitantes (2001). É mundialmente conhecida por ser a terra natal do Papa João Paulo II

domingo, 20 de março de 2011

O Dia D

A batalha contiuna a ser uma batalha.  Mesmo se nossa vitória estiver assegurada, a luta em si não será necessariamente fácil, e isso é verdade em especial na missa.  Conhecendo o poder da graça, o diabo nos atacará com mais violência, diz um antigo mestre, "por ocasião das grandes festas e durante a liturgia divina - especialmente quando pretendemos receber a sagrada comunhão".
Qual é nosso combate em particular durante a missa? Talvez seja precaver-se contra o desprezo pela mulher com um perfume forte demais, ou pelo homem que canta, desafinado, a letra errada.  Talvez seja conter nosso julgamento do paroquiano que vai embora antes do fim da missa.  Talvez seja nos voltar para o outro lado quando começamos a imaginar até onde vai realmente aquele decote.  Talvez seja rechaçar a presunção quando ouvimos uma homilia cheia de erros gramaticais.  Talvez seja sorrir, compreensivos, para a mãe com o bêbe que não pára de chorar.
Essas são as batalhas árduas. Talvez não sejam tão românticas quanto sabres que colidem em um deserto longínquo ou marchas no meio de gás lacrimogêneo para protestar contra a injustiça.  Mas porque estão ocultas com tanta perfeição, porque são tão interiores, elas exigem um heroísmo maior. Ninguém, a não ser Deus e seus anjos, vai notar que esta semana você não criticou mentalmente a homilia do vigário.  Ninguém, a não ser Deus e seus anjos, vai notar que você se absteve de julgar a família que não estava vestida decentemente.  Portanto, você não ganha uma medalha; em vez disso, vence uma batalha.

Fonte: Livro - O Banquete do Cordeiro -a missa segundo um convertido.

domingo, 13 de março de 2011

Eis o lenho da Cruz!!!

... lenho do qual pendeu a salvação do mundo!!!!
Para entender o sacrifício de Jesus e o sacrifício da missa...

Na história de Israel, o sacrifício principal foi a Páscoa, que apressou a fuga dos israelitas do Egito. Foi na Páscoa que Deus instruiu toda família israelita a tomar um animal sem defeito, sem ossos quebrados, degolá-lo e passar seu sangue na ombreira da porta. Os israelitas deveriam comer o cordeiro naquela noite.  Se o fizessem, seus primogênitos seriam poupados. Se não o fizessem, seu primogênitos morreriam durante a noite, juntamente com todos os primogênitos de seus rebanhos (veja Ex 12,1-23). O cordeiro sacrificial morreu como expiação, em lugar do primogênito da casa. A Páscoa, então, foi um ato de redenção, um "resgate".

Com a construção de Templo de Jerusalém, Israel passou a oferecer os sacrifícios cotidianos ao Deus todo-poderoso em ambiente majestoso

Quando Jesus estava diante de Pilatos, João observa que "era o dia da preparação da Páscoa, por volta da sexta hora" (Jo 19,14). João sabia que era na sexta hora que os sacerdotes começavam a imolar os cordeiros pascais. Esse, então, é o momento do sacrifício do Cordeiro de Deus. Em seguida, João relata que nenhum dos ossos de Jesus foi quebrado na cruz, "para que se cumprisse a Escritura" (jo 19,36)

O sacrifício de Jesus realizou o que todo o sangue de milhões de ovelhas e touros e bodes jamais conseguiu. "Pois é impossível que o sangue de touros e bodes elimine os pecados" (Hb10,4). Nem o sangue de um quarto de milhão de cordeiros salvaria a nação de Israel muito menos o mundo.  Para expiar as ofensas contra um Deus que é bom, infinito e eterno, a humanidade precisava de um sacrifício perfeito: um sacrifício tão bom, puro e infinito quanto o prórprio Deus. E esse era Jesus, o único que podia "abolir o pecado com seu próprio sacrifício" (Hb 9,26)

Jesus entrou no Santo dos Santos - o céu - de uma vez por todas, para oferecer-se como nosso sacrifício; e com ele entramos no santuário do céu toda vez que vamos à missa.
Celebremos pois a festa...com pães sem fermento: na pureza e na verdade. Nosso cordeiro pascal é, então, pão sem fermento. Nossa festa é a missa.

O Sacrifício perfeito e santo.

Fonte: Adaptação de texto do Livro O Banquete do Cordeiro - a missa segundo um convertido, de Scott Hahn