domingo, 28 de abril de 2013

Novenário Nossa Senhora de Fátima

“Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria!”

Dia:03 de maio - Missa de Ação de Graças de Aniversário da Aliança Eterna - 12 Anos. 
Dia; 04 de maio - inicio da Novena de Nossa Senhora de Fátima, sempre as 19:00 na Comunidade Aliança Eterna - Rua Riachuelo, 161. 
Dia: 13 de maio - Santa Missa Solene celebrada pelo Padre Murialdo e seguida de Procissão Luminosa.

Vamos todos participar!!! Esperamos vocês!!!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Um livro especial para os pequeninos


Uma boa leitura, assim como todos os hábitos, precisa ser cultivada, pois só traz riquezas para a vida!
Por isso, as crianças precisam ter este costume, tanto para a distração e a cultura, como para a formação e a aprendizagem.
A literatura é parte integrante da formação completa do ser humano. Nela, busca-se o equilíbrio entre o desenvolvimento da inteligência e a afetividade, entre a ação e a emoção, entre o útil e o agradável e, além do mais, os livros infantis remetem os pequeninos à instrução, ao sonho, às fantasias e às crenças também.
A Bíblia é um Livro que conta histórias de pessoas de fé, que confiam em Deus, têm esperança, amor e coragem, que fazem conquistas e lutam por seus ideais. Nela está a Palavra de Deus, Jesus Cristo! E ela pode chegar às mãos das crianças nas versões infantis, que contém uma linguagem apropriada e com ilustrações, permitindo uma maior interação e inserção na história. Lemos na Constituição Dogmática Dei Verbum, do Concílio Vaticano II, que 'Deus invisível fala aos seus filhos, conversa com os homens como amigos e convive com eles'[1], e é na Bíblia que encontramos as Suas Palavras e conhecemos a Sua ação e participação, através de Jesus, junto aos homens.
As crianças, ao serem introduzidas no hábito da leitura bíblica, tornam-se mais íntimas da Palavra de Deus e dos Seus ensinamentos. As barreiras que existem, ainda hoje, com relação à leitura da Bíblia, por muitas pessoas, são pertinentes devido ao fato de elas não terem sido apresentadas a este tesouro desde pequeninas, facilitando o entendimento da História da Salvação e conhecendo a presença de Deus no mundo na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo.
Quando contamos histórias da Bíblia às crianças, elas se conectam com o transcendente de modo lúdico e adentram no contexto da evangelização de modo imaginário. Assim podemos estar plantando a semente da fé! Assim, a fé pode nascer e crescer a partir da experiência vivida na infância, através da sensibilidade da voz e da pessoa que conta a história, transmitindo confiança e seriedade na expressão, na emoção e na entonação da fala e dos gestos.
Na Bíblia está escrito, no Evangelho de Marcos 10,14, que Jesus diz aos seus discípulos: "Vinde a mim os pequeninos e não os impeçais...", por isso, precisamos ler a Bíblia para as crianças, pois assim estamos levando-as até Jesus, o Verbo de Deus que se fez Homem para estar entre nós e acolher os pequeninos em todas as suas condições.
Lectio Divina ou 'leitura orante da Bíblia' traz os ensinamentos de Jesus para a vida, provoca um despertar para o 'Bem Maior', incita o amor entre as pessoas, compromete o cristão na sua missão de discípulo, e pode ser feita em todas as idades.
O Papa Bento XVI fez a seguinte observação num discurso de 2005: “Eu gostaria, em especial, de recordar e recomendar a antiga tradição da Lectio Divina, a leitura assídua da Sagrada Escritura, acompanhada da oração que traz um diálogo íntimo em que, na leitura se escuta Deus que fala e, rezando, responde-lhe com confiança e abertura do coração”.
A Bíblia é um livro especial para os pequeninos também! Nela, encontrarão o Amigo Jesus que estará presente durante toda a vida deles, amando-os e conduzindo seus passos pelo único e melhor Caminho.
Pais e catequistas, não deixem o tempo passar sem dedicar-se à leitura da Bíblia às suas crianças. Essas histórias ficarão gravadas para o resto da vida no coração delas!
*Rachel Lemos Abdalla é Fundadora e Presidente da Associação Católica Pequeninos do Senhor e Coordenadora da Catequese de Famílias da Paróquia Nossa Senhora das Dores em Campinas, São Paulo - Brasil.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Festa de Nossa Senhora de Fátima

Amigos esta chegando nossa festa anual de Nossa Senhora de Fátima este ano vamos ter novidades homenagem a Nossa Senhora todos os dias, cada dia será dedicada a um grupo: Crianças, jovens, pais, etc. teremos vários sacerdotes celebrando conosco: Pe. Francisco; Pe. Jorge; Pe. Wallace; Pe. Murialdo; Mons Paulo Pedro; Dom Roberto Guimaraes; Don Beda e outros será uma linda Novena. Inicio dia 03 de maio com Missa de Ação de Graças pelos 12 anos de fundação da Comunidade Aliança Eterna e de 04 a 11 Novena Solene sempre as 19:00 dia 13 de maio Santa Missa celebrada pelo Pe. Murialdo e depois procissão luminosa. Vamos divulgar!!!
                                     "Uma Senhora mais brilhante que o Sol! "

Aguardem programação detalhada....

domingo, 21 de abril de 2013

Bote Fé : Campos dos Goytacazes !!!

Você não precisa sair de sua cidade para participar dos eventos pré-jornada que acontecem em todo o Brasil!! O Bote Fé iniciará dia 12 de maio em nossa cidade!! Participe pessoal, este é um evento único que ficará em nossa memória para sempre!!


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Visita dos Símbolos da JMJ em Campos


Visita dos Símbolos da JMJ: de 12 a 19 de Maio


Domingo 12 de maio: Chegada a Campos
  • Carreata, concentração no Jardim São Benedito e caminhada até a Catedral.
  • Santa Missa Campal na Praça Ss. Salvador.
  • Festa Bote Fé Campos: Show de Evangelização com a Banda Anjos de Resgate.
Segunda-feira 13 de maio
  • Manhã – Visita a São João da Barra.
  • Tarde – Visita ao Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Convento).
  • 19h – Visita à Igreja Principal da Administração Apostólica São João Maria Vianney – Santa Missa e Procissão de Nossa Senhora de Fátima.
Terça-feira 14 de maio
  • Visita aos Presídios de Campos: feminino e masculino.
  • 19h – Santa Missa na Paróquia de Santo Antônio em Guarus.
  • Adoração Eucarística.
Quarta-feira 15 de maio
  • Visita aos Colégios Católicos e Universidades.
  • 19h – Noite Universitária: Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.
Quinta-feira 16 de maio
  • Visita aos Colégios e Instituições Sociais de São Fidélis.
  • 19h – Missa na Paróquia de São Fidélis.
Sexta-feira 17 de maio
  • Visita aos Colégios e Instituições Sociais de Bom Jesus do Itabapoana.
  •  19h – Missa na Paróquia Senhor Bom Jesus.
Sábado 18 de maio
  • Visita às Paróquias e Instituições Sociais de Itaperuna.
  • Santa Missa Campal.
  • Festa Bote Fé Itaperuna.
Domingo 19 de maio
  • Passagem dos Símbolos pelas Cidades de Laje do Muriaé, Miracema e Santo Antônio de Pádua.
  • Entrega dos Símbolos à Arquidiocese de Niterói para a Festa Bote Fé Niterói.

A Cruz

A cruz da JMJ ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, e muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.
A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Quem a recebeu, em nome de toda a juventude, foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço, em Roma. Estas foram as palavras do Papa naquela ocasião: “Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção” (Sua Santidade João Paulo II, Roma, 22 de abril de 1984). Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre. Desde 1984, a cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa, além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia, África e Austrália, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial da Juventude. Em 1994, a cruz começou um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do país sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento.
O ÍCONE DE NOSSA SENHORA
Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a cruz da JMJ: o ícone de Nossa Senhora, “Salus Populi Romani”, uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus, no Ocidente, Santa Maria Maior. “Hoje eu confio a vocês... o ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas” (Roma, 18ª Jornada Mundial da Juventude, 2003).

domingo, 14 de abril de 2013

100 dias!!!!!

Contagem regressiva!! Faltam apenas 100 dias para um dos maiores eventos do Mundo!!! A expectativa aumenta, receberemos milhares de peregrinos do mundo inteiro em nossa terra, juntos somo um, uma só Igreja!!! Viva a Igreja Católica Apostólica Romana!!!





sexta-feira, 12 de abril de 2013

336 milhões de abortos



MADRI, 21 Mar. 13 / 01:49 pm .- Os médicos, em cumprimento das políticas do filho único, realizaram um total de 530 milhões de abortos e esterilizações desde que começaram as políticas de planejamento familiar e do filho único em 1971, segundo os dados do Ministério de Sanidade da China citados pelo jornal Financial Times.
Desde 1971, com a entrada em vigor da política do filho único, praticaram-se 336 milhões de abortos e 196 milhões de esterilizações. Neste último caso, tanto em mulheres como em homens. Além disso, distribuíram-se um total de 403 milhões de aparelhos intrauterinos para impedir a fecundação.
O Governo calculou em ocasiões anteriores que se não tivesse começado a aplicar as políticas de controle de natalidade, o país teria 400 milhões de pessoas a mais que os atuais 1.300 milhões.
Financial Times indicou que, nos Estados Unidos, desde 1973 –quando o Tribunal Supremo legalizou o aborto– se praticaram 50 milhões de abortos, em uma população que hoje em dia supera os 315 milhões de pessoas.
Os dados mostram que as práticas na China para impedir as gravidezes se mantiveram durante a década de 1990 ante os pedidos de acabar com a política do filho único. Cada ano, praticam-se 7 milhões de abortos, esteriliza-se a dois milhões de homens e mulheres e se inserem 7 milhões de aparelhos intrauterinos.
Ante uma população que está envelhecendo rapidamente, diversos peritos advertiram que com a política do filho único, China não terá uma força trabalhista que possa substituir os trabalhadores de hoje.
Além disso, as restrições provocaram que existam mais meninos que meninas, já que as famílias preferem ter um descendente homem, o que provocou que atualmente haja 34 milhões a mais de homens que de mulheres.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

A Divina Misericórdia transborda entre nós!


A Igreja Católica celebra, no segundo domingo da Páscoa, a Festa da Divina Misericórdia, instituída pelo Papa Beato João Paulo II. Esta festa teve origem na Polônia, em Cracóvia, através das experiências místicas de Santa Irmã Faustina Kowalska, e é hoje celebrada no mundo inteiro.

Santa Ir. Faustina Kowalska, conhecida hoje como Santa Faustina, nasceu em Głogowiec, perto de Łódź (Polônia), aos 25 de agosto de 1905, vindo a falecer ainda jovem, em Cracóvia (Kraków), aos 05 de outubro de 1938. Pertencia à congregação das “Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia.” Ela entrou na congregação em 1924 e ficou apenas 14 anos, até o momento de sua morte. É reconhecida como a “apóstola da Divina Misericórdia”.
O padre Michal Supocko, que era seu confessor, pediu que ela escrevesse os seus diálogos espirituais. Isso resultou em centenas de páginas, que estão traduzidas em muitos idiomas: “o Diário de Santa Faustina”. Encontramos este livro em quase todos as línguas, desde os idiomas indígenas até as línguas dos desertos da África.

Qual seria a imagem da Divina Misericórdia? As freiras da congregação responsáveis pelo Santuário da Divina Misericórdia, em Cracóvia, contam como Santa Faustina orientou a pintura do quadro que representava Jesus misericordioso. Um pintor renomado foi convidado para pintar o quadro: Eugeniusz Kazimirowski, em 1934. Tudo dependeu das informações dela. Depois do quadro pintado, ela disse que por mais linda que fosse a arte, a pintura ainda não representava a beleza que ela tinha intuído e vivido. Abaixo do quadro veio a grande expressão, verdadeira manifestação de fé: “Jesus, eu confio em vós!” (Jezu, ufam Tobie!) Hoje, essa pintura se encontra espalhada em inúmeras paróquias e residências em todo o Brasil e no mundo.

A celebração da Divina Misericórdia levou muito tempo até entrar na liturgia. Hoje, com a aprovação do Papa João Paulo II, está presente em todos os continentes. Foi o Pe. Michal Supocko que desde 1937, tendo acompanhado Santa Faustina, trabalhou para que fosse introduzido na liturgia o Domingo da Divina Misericórdia (“Eu desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia” (Diário 299). Em 1946, o então cardeal August Hlond, primaz da Polônia, enviou um ofício à Santa Sé pedindo a inserção dessa festa. Em 1957, novamente o tema foi retomado. E em nome do cardeal Stefan Wyszynski, 17 dioceses foram entrevistadas. No dia 19 de novembro de 1958, o Santo Ofício emitiu um decreto confirmando a celebração da Divina Misericórdia. Este decreto foi tornado público alguns meses depois, entrando oficialmente no calendário litúrgico no dia 06 de março de 1959. Mas até ali ainda não havia sido definida uma data oficial para o culto. A irmã Faustina foi beatificada em 18 de abril de 1993, quando a Conferência Episcopal da Polônia retomou o tema, enviando ao Papa um novo pedido para tornar pública esta festa da Divina Misericórdia. Quem oficializou a data foi o Papa Beato João Paulo II no dia 17 de agosto de 2002, na Basílica da Divina Misericórdia, em Cracóvia, declarando o segundo domingo da Páscoa como sendo o dia do culto à Divina Misericórdia. Inclusive, o Papa recomendou que neste culto se fizesse uma novena que deve ser iniciada sempre na Sexta-Feira Santa. Podemos encontrar maior reflexão sobre o tema estudando a encíclica do Papa JPII “Dives in Misericordia”.
Hoje vemos em inúmeras paróquias de todo o Brasil e no mundo, e até em ambientes familiares, a prática desta devoção em louvor à Divina Misericórdia. Lembremo-nos de que não é apenas nesse domingo, mas a Misericórdia com os irmãos deve ser praticada a cada instante de nossas vidas.
Jesus Cristo é a primeira fonte da Misericórdia. Assim como seus discípulos, devemos ser os continuadores do amor e do perdão a todos. O Ano da Fé nos convida a acolher as palavras de Jesus, pois são o anúncio da verdadeira paz do coração e da esperança que está enraizada no mistério da cruz na sua paixão e morte e, acima de tudo, na sua gloriosa ressurreição. O Misericordioso Senhor nos deu a participação na sua vitória sobre o pecado e a morte.
Cristo ressuscitado nos ensina a necessidade da misericórdia e nos pede para praticar a caridade. Viver a fé nos impulsiona a levar a sério as palavras de nosso Mestre: Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia (Mt 5,7). A expressão de fé madura está nos atos concretos de caridade. Que a celebração deste domingo fortaleça os nossos corações pela graça de Deus! A misericórdia de Deus está chegando ao nosso irmão por meio de ações concretas, palavras de esperança ​​e constante oração para que desça a misericórdia sobre nós e sobre o mundo inteiro!
"Ajuda-me, Senhor, que minhas mãos possam ser misericordiosas e cheias de boas ações. Eu só sei fazer o bem ao próximo, tomar sobre mim o trabalho mais pesado. Ajuda-me, que o meu pé possa ser misericordioso, para que eu possa correr para ajudar o meu próximo, vencendo a própria fadiga e cansaço. Meu verdadeiro descanso está a serviço dos outros. Ajuda-me, Senhor, que meu coração seja misericordioso, para que eu possa sentir em mim todos os sofrimentos dos outros..." (Santa Faustina, Diário, 163).
Que neste segundo Domingo da Páscoa, o da Misericórdia, Deus abençoe a todos!
† Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Pode-se adorar a santa cruz?



Por Pe. Francoá Costa
Sempre me deixou impressionado as palavras que a Liturgia da sexta-feira santa usa ao referir-se ao culto à Cruz: “solene adoração da santa Cruz”, deixando inclusive a possibilidade de dobrar o joelho diante dela. Penso que essas palavras calaram no coração de mais de um cristão deixando-o pensativo. A reflexão teológica que segue é – aceitando com alegria e admiração o que a Igreja em sua liturgia nos traz – uma tentativa de entender melhor a fé expressada na oração da Igreja, e espero não confundir mais a cabeça do leitor. Pode-se adorar a Cruz? Em que sentido? Parece-me ver uma explicação bastante satisfatória numas palavras de um teólogo muito recomendado pela mesma Igreja.
Santo Tomás de Aquino estuda a “adoração” na terceira parte da Suma de Teologia, na questão 25. Vamos segui-lo passo a passo. Ao chegar no quarto artigo dessa questão encontramo-nos com uma excelente definição de adoração, tal como é entendido no sentido comum atual. Santo Tomás diz que adoração é colocar nossa esperança de salvação em alguém. A Deus damos adoração por que é o nosso Criador, daí que a adoração só se deve dar ao Deus Uno e Trino, esse é um principio claro que devemos ter conosco durante todo esse estudo: só a Deus se deve a adoração, porque Ele é o nosso Criador, nós somos suas criaturas, e nEle pomos nossa esperança de salvação. Salvadas essas preliminares, vamos à nossa questão. Procurarei fazer acessível o pensamento de Santo Tomás sabendo que não é tarefa fácil. É preciso fazer esse estudo com muita concentração.
Em primeiro lugar, a fé cristã diz que em Cristo há uma única Pessoa, a Segunda da Trindade, que é divina, e duas naturezas, a humana e a divina, que estão unidas nessa única Pessoa divina (Concilio de Calcedônia, ano 451). No primeiro artigo Santo Tomás se pergunta se a adoração que se dá à Humanidade de Cristo é a mesma que se dá à sua Divindade. E como objeção se poderia dizer que a Humanidade de Cristo não é comum a Ele e ao Pai, como o é a Divindade. Tomás de Aquino começa por dizer que na honra que se dar a uma determinada realidade há que considerar duas coisas: a realidade honrada e a causa dessa honra. Quanto à primeira, é preciso dizer que a honra que se deve, por exemplo a uma pessoa, é devida a toda a pessoa, não só à sua mão ou ao seu pé, a uma parte; se por algum motivo alguém dissesse que honra a mão ou outra parte de alguém só o faria em razão de toda a pessoa, in istis partibus honoratur totum, nessas partes se honraria toda a realidade. Quando à segunda, a causa da honra encontra sua justificação na excelência da pessoa honrada. E conclui o nosso teólogo: como em Cristo há uma única Pessoa, a divina, na qual estão unidas a natureza humana e a natureza divina, a Cristo se dá uma única adoração em razão de sua única Pessoa e, por tanto, ao adorar uma parte de Cristo, adoramos todo o Cristo.
No artigo segundo, Tomás de Aquino dá um passo a mais. Já sabemos que à Humanidade e à Divindade de Cristo se dá uma mesma adoração e glória em razão da única Pessoa de Cristo. Mas, será que se pode dizer que a adoração que se dá à Humanidade de Cristo é adoração de “latria”, isto é, a adoração devida só a Deus, ao qual o homem se entrega colocando sua esperança de salvação? Considerando que a Encarnação é para sempre, ou seja, a Humanidade e a Divindade em Cristo desde a Encarnação nunca se separaram e jamais se separarão (nem mesmo na morte de Cristo, já que a morte é a separação de corpo e alma, o que se deu em Cristo, não da Humanidade e da Divindade, o que não se deu em Cristo), a pergunta pareceria sem sentido. No entanto, na hipótese de uma consideração separada, diz Santo Tomás de Aquino que se deve considerar a adoração à Humanidade de Cristo de duas maneiras. Em primeiro lugar: a adoração que se dá à Humanidade de Cristo em razão de sua união à Pessoa divina; nesse caso, se trata de uma verdadeira adoração de “latria” à sua Santíssima Humanidade já que ao adorá-la estamos adorando o mesmo Verbo de Deus encarnado. Nesse sentido, diz São João Damasceno que se adora a carne de Cristo não por causa da carne em si mesma, mas por que está unida à pessoa do Verbo de Deus. A segunda consideração é a respeito da adoração que se deve à Humanidade de Cristo por causa das perfeições dessa Humanidade em quanto cheia de todos os dons da graça; nesse sentido se deve adorá-la “adoratione duliae”, com uma adoração de dulia, ou seja com a adoração que se dá às criaturas (a Humanidade de Cristo foi criada); na resposta à primeira objeção, Santo Tomás dirá com mais precisão que à Humanidade de Cristo considerada separadamente se deve dar uma adoração de “hiperdulia”.
Chegados aqui o leitor poderia assustar-se: Santo Tomás de Aquino diz que se deve adorar às criaturas? Não. Tomás de Aquino simplesmente mostra que na sua época a palavra adoração não tinha a mesma carga que tem nos nossos dias. Para ele adoração é o mesmo que “honra”, nesse sentido o determinante nessa questão não é a adoração, mas a “latria”, que é a o tipo de adoração que se deve só a Deus;  a adoração de “dulia” é para ele o que nós hoje em dia conhecemos como “veneração”; finalmente a adoração de “hiperdulia”, que seria uma “veneração especial”. Um exemplo: cantamos no Hino Nacional referindo-no ao Brasil as seguintes palavras: “Ó terra amada, idolatrada”. Será que estamos idolatrando a nossa Pátria? Claro que não. Quando dizemos “terra idolatrada” referindo-nos ao Brasil queremos dizer simplesmente que o nosso País é-nos muito querido, estamos simplesmente cumprindo com o quarto mandamento que inclui a amor à Pátria. Que perigo seria ficar só nas palavras sem dar-nos conta do sentido que elas nos trazem! Cada palavra quer significar uma realidade e não podemos simplesmente ficar preso à palavra em si, mas procurar chegar à realidade que essa palavra nos quer transmitir.
Continuemos com Santo Tomás. Nesse terceiro momento (art.3) nos aproximamos mais da nossa questão. A pergunta agora é se um cristão pode adorar com adoração de latria as imagens de Cristo. Tomás de Aquino, como bom cristão, tem horror à idolatria. A resposta do Santo Doutor se compreende ao olhar tanto a Cristo, Verbo de Deus encarnado, quanto ao movimento da nossa alma ao adorá-lo. Tomás de Aquino diz claramente que  a reverência é algo devido apenas às criaturas racionais, não às coisas. No entanto, fixando-nos nesse movimento da nossa alma quando olha uma imagem, percebemos que olhamos a imagem não só como uma coisa, um pedaço de madeira por exemplo, mas também como imagem de outra realidade. Quando olhamos uma imagem de Cristo, o movimento da nossa alma é aquele que vê a imagem em quanto imagem, ou seja, em quanto imagem de uma outra realidade. Diz Santo Tomás que esse movimento de ver a imagem de Cristo em quanto imagem da Pessoa de Cristo faz com que estejamos voltados ao mesmo Cristo, de tal maneira que à imagem em quanto imagem se deve a mesma adoração que se dá à realidade, já que esse movimento da nossa alma vê na imagem a realidade, não o pedaço de madeira, por exemplo. Não acontece o mesmo se olhamos a imagem em quanto um pedaço de madeira, nesse caso não se deve dar-lhe nenhuma reverência, já que a reverência é dada tão somente às criaturas racionais. Conclusão: às imagens de Cristo em quanto “imagens” de Cristo devemos dar adoração de latria, pois essa adoração não fica na imagem, mas se dirige à realidade, que é Cristo mesmo.
Mas alguém poderia dizer que essa é uma doutrina estranha e que não está na Escritura Santa. Em primeiro lugar, a Igreja Católica não tem como único veículo da Divina Revelação apenas a Escritura (esse é um principio protestante, a sola Scriptura), mas também da Tradição. Diz Tomás de Aquino na resposta à quarta objeção: “por um instinto familiar do Espírito Santo, certas Igrejas conservaram tradições que não estão escritas, mas colocadas para serem observadas pelos fiéis. O mesmo São Paulo diz aos Tessalonicenses: “ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa” (2,15). E entre essas tradições se encontra a adoração das imagens de Cristo”.
Santo Tomás de Aquino vai descendo a questões mais concretas e se pergunta se à Cruz de Cristo se deve adorar com adoração de latria. O leitor perceberá que no fundo a nossa pergunta inicial já foi respondida. Esqueceu-se da pergunta? Pode-se adorar a Santa Cruz? Mas talvez passou despercebida a resposta. Temos a oportunidade de tratá-la agora diretamente.
Já ficou claro que apenas aos seres racionais se dá alguma reverência; às coisas, nenhuma, a não ser em razão da natureza racional, nesse sentido, diz Tomás de Aquino, que quando os homens veneravam as vestes do rei queriam simbolizar através desse ato uma veneração ao mesmo rei. Existe um segundo tipo de veneração que se pode dar a uma coisa: aquela que se dá em razão da união que guarda com a realidade em quanto que a realidade entrou em contato (físico) com a imagem. Se nos referimos à mesma Cruz na qual Cristo foi crucificado, pensamos no Cristo nela estendido, a Cruz entrou em contato com os membros santíssimos de Cristo, nela o seu Sangue preciosíssimo foi derramado. Por tanto, à Cruz na qual Cristo foi crucificado devemos dar adoração de latria. O que acontece é que, em quanto às outras imagens de Cristo crucificado, adoramos com adoração de latria somente em razão desse movimento segundo o qual a nossa alma não fica parada na imagem, mas se dirige à mesma realidade, que é a Pessoa de Cristo, a Cruz na qual Cristo foi crucificado tem também um significado todo especial a causa do contato com os membros santíssimos do único Redendor dos homens, Jesus Cristo. Penso que com isso a nossa pergunta inicial recebe resposta pela segunda vez: realmente a Igreja adora a Santa Cruz porque vê nela não o objeto material em si, mas o que ela significa, Jesus Cristo crucificado, nosso único Salvador.
E se alguém se escandaliza ainda com essa expressão, talvez bastaria citar a São Paulo: “mas nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos; mas, para os eleitos – quer judeus quer gregos –, força de Deus e sabedoria de Deus” (1 Cor 1,23-24). Por outro lado, não o nego, ver uma imagem em quanto imagem e vê-la apenas em quanto um pedaço de pau são movimentos espontâneos da nossa alma, mas à hora de fazer uma reflexão sobre isso encontramo-nos com verdadeiras dificuldades de compreensão. Mas, sejamos honestos: quando nós não entendemos uma coisa não podemos dizer que essa coisa não é assim só porque nós não a entendemos, simplesmente não entendemos. Isso parece-me de bom senso!
Para terminar, baste o que a Igreja nos diz e que expressa a sua fé: “Crucem tuam adoramus, Domine, et sanctam ressurrectionem tuam laudamus et glorificamus: ecce enim propter lignum venit gaudium in universo mundo” : adoramos, Senhor, a tua Cruz, e louvamos e glorificamos a tua santa ressurreição: por causa do lenho da Cruz vem a todo o mundo o gozo (Ant.1ª para ser cantada enquanto se adora a Santa Cruz).