sábado, 25 de fevereiro de 2012

Te adorarei

Fiquem atentos, a Adoração ao Santíssimo Sacramento na Comunidade Mariana Aliança Eterna, de 8:00h as 15:00h, toda sexta-feira, iniciará em março. Com o Grupo de Oração da Divina Misericórdia às 15:00h.

"Toda a perfeição de um adorador consiste em se consagrar continuamente a Jesus, por amor, visto que a sua vida é uma incessante criação de sua bondade, um tecido de seus benefícios.
Quanto mais pura for a vossa doação, mais perfeita será; portanto, nada de reserva, nada de condições, no régio serviço de Nosso Senhor.! Amar puramente é amar a Jesus Cristo por causa dEle mesmo, por ser Ele quem é, porque merece o nosso amor.
Mas como atingir essa vida, esse estado de amor? É muito fácil. O homem é amor;  não tem necessidade de aprender a amar: ama e se dedica. Mas o despertar do amor, bem como o que nutre e eleva até transformá-lo na mais nobre paixão da vida é a vista, a contemplação do objeto amado, é a verdade conhecida em sua bondade e em sua beleza, bondade toda pessoal para com cada um de nós.
Quereis então viver de amor, ser feliz nessa vida de amor? Permanecerei no pensamento da bondade de Deus, sempre nova  para vós; acompanhai, em Jesus, o trabalho de seu amor para convosco. Começai todas as vossas ações e também as vossas adorações, por um ato de amor, e abrirei assim, deliciosamente, vossa alma à ação de Jesus.O amor é a única porta do coração."

São Pedro Julião Eymard

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Voluntários e hospedeiros


A Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá de 23 a 28 de Julho de 2013 movimentará todo nosso país. O Rio de Janeiro acolherá jovens do mundo inteiro para encontrar Jesus Cristo, na pessoa do Papa Bento XVI.
Assim como a Igreja está sendo preparada para receber esses jovens, nós também precisamos encontrar  uma maneira de ajudar a acolher a juventude, seja auxiliando como voluntário ou hospedando um jovem em nossa residência.
E como isso pode ser feito? Há um setor no COL (Comitê Organizador Local) responsável pela hospedagem dos peregrinos. Cada Paróquia (principalmente as da cidade do Rio de Janeiro. As paróquias de cidades vizinhas devem entrar em contato com o COL para saber se haverá também acolhimento de jovens) terá um coordenador que manterá contato com este comitê e distribuirá os locais de hospedagem dos jovens inscritos na Jornada Mundial.
A organizadora deste setor, Irmã Graça Maria responde algumas dúvidas:
Quero acolher um peregrino, qual é o primeiro passo?
Procurar a paróquia  mais próxima de sua residência ( no caso até o momento aqueles da cidade do Rio de Janeiro).
O que preciso oferecer aos peregrinos, que ficarem em minha casa?
Levando em consideração que os peregrinos já trazem na bagagem saco de dormir ou colchonete, você deverá oferecer um espaço coberto e seguro para que ele possa pernoitar e fazer sua higiene pessoal.
A alimentação dos peregrinos, os hospedeiros que oferecem?
O peregrino inscrito na JMJ terá alimentação completa (café da manhã, almoço e jantar) oferecidos pela própria organização da JMJ.
Quero acolher voluntários, mas preciso oferecer  alimentação diária?
A família deverá oferecer o café da manhã e o jantar enquando o COL-Rio oferecerá o almoço. Porém, nos finais de semana a alimentação completa fica sob responsabilidade da família acolhedora.
Quero acolher, mas não sei falar outra língua, o que fazer?
Não se preocupe...
Porque acolher de 22 a 30 de julho de 2013, se a JMJ é de 23 a 28 de julho de 2013?
Porque alguns peregrinos chegam antes da JMJ e/ou saem depois, por conta da disponibilidade de voos. Acolher um jovem é como acolher o próprio Cristo que vem nos visitar. " É tempo de se deixar contagiar e se preparar para embarcar nesta grande e maravilhosa aventura, de assumir esse sonho do coração de Deus e transformá-la em uma realidade de frutos para a Igreja e para o mundo", salienta a equipe organizadora.

Dúvidas, mande para o e-mail deste setor: hosp@rio2013.com

Fonte: Jornal Nossa Senhora da Paz. Arquidiocese do Rio de Janeiro - Vicariato Sul. Ano 0 . N°08 . Fevereiro de 2012.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Vem Comigo

Vamos aproveitar esse tempo de Quaresma e dar continuidade as nossas reflexões e explicações sobre o sentido de se praticar a Passio Domini, como já introduzido em post anterior. Hoje refletiremos ao chamado do Senhor: Vem Comigo!

           Do Meu Sacrário, de todos os Sacrários onde estou, olho para vós.
Dizei-Me quantos querem, verdadeiramente, Aproveitar o Meu Sacrifício de Redenção?

Tive piedade de vós e deixei o Céu, deixei a Minha Glória, para vir viver no meio destes filhos. Tive pena, por não poderem fazer nada para modificar a desgraçada condição em que o pecado original os colocara, e ofereci-Me para reparar tal falta, embora sabendo que tal reparação devia estar em proporção com a Santidade do Pai, devia ser infinita. E ofereci-Me para a dor infinita.

Vivi entre nós, sujeito aos mesmos cansaços, À necessidade de comer e de beber, de dormir, de descansar, sujeito ao trabalho e a dificuldade de transpor distancias.

Sujeitei-Me a sofrer invejas e ódios de muitos, ingratidões e indelicadezas, faltas de compreensão, a ser caluniado, insultado, maltratado e morto.
A tudo Me sujeitei por amor de ti e por amor de todos os teus irmãos, mesmo por aqueles que Me faziam sofrer, por aqueles que Me mataram, e por aqueles que, no decorrer dos séculos Me esquecerem, me trocaram pelos seus prazeres e me traíram.
Queres agradar-Me? Vem fazer-Me companhia. Mergulha nas páginas dos Evangelhos diariamente, e vem para junto de Mim no tempo em que vivi na terra.

Vem comigo para o seio de Maria, Minha Mãe. Não há lugar mais propício à oração e ao recolhimento.
Aprenderás a oração silenciosa, oração feita mais de olhares que de palavras, oração feita de amor e adoração, que depois ressalta em caridade, mas caridade verdadeira, como a de Minha Mãe, caridade que sai de si própria, que avança sem esperar ser requisitada, que se dá sem esperar dar retorno, porque, para Ela, a caridade é serviço feito por amor.

Quem iria esperar que o Deus infinito, o grande Vencedor de todas as batalhas, se fizesse tão pequeno?
Vem aqui a esta gruta, adorar-Me e aprender a ser pobre. Aqui é um lugar privilegiado, onde nem todos gostam de vir. Preferem acompanhar-Me noutros lugares e vêem o Meu presépio com um sorriso condescendente, como se coisa unicamente para crianças ali estivesse.

Realmente, todos vos tendes de passar no Meu Presépio com espírito de crianças para adorar esta Criança que é Deus, e que aqui parece totalmente indigente e insignificante, tão insignificante que, muitos de vós, nem reparais nela nos vossos natais passados a correr entre prendas, doces e familiares, entre viagens e outras correrias.

A hora que gastarias a rir, a conversar, essa hora de que depois terias apenas uma lembrança de distração, mais em que o teu pensamento não estaria em Mim, Eu escolhi que a passasses comigo, porque quero, nessa hora, comunicar-te o Meu Amor, cobrir-te com a Minha ternura e com a Minha Misericórdia. Vê as situações por que te faço passar. Algumas são difíceis, outras até dolorosas. São participação da Minha própria vida, são o acompanhar-Me e viver comigo o dia-a-dia.
       
Assim estarás comigo e firme em Mim perante as doenças, tuas ou dos teus familiares, pois ver-Me-ás perante os doentes, e aprenderás a pedir a cura com humildade, a confiança e a perseverança que Eu gosto.
Aprenderás também a aceitar a Minha vontade, quando pareço que não te ouço, que não realizo os teus pedidos, que passo de largo e te deixo só.
Ficarás nessa aparência de solidão, como Minha Mãe, e aceitarás como Ela aceitou. Também como Ela, virás sempre ter comigo, mesmo quando tiveres dificuldade em Me encontrar.

Estando comigo, aceitarás tudo o que te dou, tudo o que escolho para ti, como aqueles discípulos que comigo conviviam.
Aceitarás aquelas dificuldades no teu trabalho, aqueles serviços que é preciso fazer e te desagradam, aquelas pessoas de mau feitio com quem tens que lidar, como os Meus Discípulos aceitavam.
Como eles também aceitarás sem reclamar o que tiveres para comer. Mesmo que não seja do teu agrado, o doce e amargo, o salgado e o ensonso, desde que tal não te seja proibido por motivos de saúde.
Ainda com eles, aceitarás as alturas de muito trabalho, em que o descasno tem um lugar menor, as dificuldades resultantes do tempo que faz, do calor, do frio, da tempestade.
Na companhia dos Meus Discípulos, viverás comigo, embora não vendo, mas procurando nessa amizade, nessa convivência em que Eu os ensinava em privado e lhes dava as explicações que Me pediam.
Fica comigo diariamente, porque quero conduzir-te ao lugar onde aqueles que vivem de discórdias e ambições só entram para Me fazerem sofrer, como os que assim o fizeram nesse tempo.

Vem, alma minha amiga, que queres ser fiel, mesmo que te sintas com misérias. Se te queres emendar, se não vives para ti, se não teimas naquilo que és, que julgas ser, naquilo que sabes ou julgas saber, se aceitas a humildade e a obediência à Igreja, vem para junto de Mim, porque Eu quero admitir todos os Meus filhos, numa expressão universal ao lugar onde sofri por vós, e onde podereis esconder no Meu, o vosso próprio sofrimento: ao Horto das Oliveiras, onde Pedro, Tiago e João adormeceram, deixando o campo aberto a todos aqueles que quiserem entrar e substituí-los na oração, que deviam ter feito e não fizeram.

Fonte: Livro Faz-me companhia. Maria Stella Salvador. Ed.Paulus.
Foto: Momento da Passio Domini, na Capela menor da Comunidade Mariana Aliança Eterna. Semana Santa de 2010.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Quarta-feira de cinzas, como vivê-la bem

A Quarta-feira de Cinzas na Igreja é um momento especial porque nos introduz precisamente no mistério quaresmal.
Uma das frases – no momentio da imposição das cinzas – serve de lembrete para nós: 'Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar.' A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, viemos da cinza e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus.
A Quarta-feira de Cinzas leva-nos a visualizar a Quaresma, exatamente para que busquemos a conversão, busquemos o Senhor. A liturgia do tempo quaresmal mostra-nos a esmola, a oração e o jejum como o princípios da Quaresma.
A própria Quarta-feira de Cinzas nos coloca dentro do mistério. É um tempo de muita conversão, de muita oração, de arrependimento, um tempo de voltarmos para Deus.

Iniciamos na Quaresma o tempo forte da Igreja para combater, em nós, a influência do demônio, do mundo e da carne. E um dos métodos, que nos vem da Bíblia, e é atestado pela unânime tradição católica, é o jejum, em sentido amplo. Esse jejum abarca o jejum em sentido estrito, e as várias formas de abstinência.
Para melhor realizarmos o propósito que o Senhor tem para as nossas almas, a Igreja dá normas simples e mínimas para que os fiéis iniciemos a luta espiritual,  aqui vai algumas normas da Igreja para práticas de jejum e abstinência, para a quarta de cinzas e para a Quaresma para quem se interessar:

Jejum da Igreja:
Fazer apenas uma refeição completa durante o dia e, caso haja necessidade, tomar duas outras pequenas refeições que não sejam iguais em quantidade à habitual ou completa.
Não fazer as refeições habituais, nem outros petiscos durante o dia (nem mesmo cafezinho, chimarrão etc).
Estão obrigados ao jejum os que tiverem completado dezoito anos até os cinqüenta e nove completos. Os outros podem fazer, mas sem obrigação.
Grávidas e doentes estão dispensados do jejum, bem como aqueles que desenvolvem árduo trabalho braçal ou intelectual no dia do jejum.
Abstinência:
Deixar de comer carnes de animais de sangue quente (bovina, ovina, aviária, etc), bem como seus caldo de carne.
Permite-se o uso de ovos, laticínios e gordura. Estão obrigados à abstinência os que tiverem completado quatorze anos, e tal obrigação se prolonga por toda a vida.
Grávidas que necessitem de maior nutrição e doentes que, por conselho médico, precisam comer carne, estão dispensados da abstinência, bem como os pobres que recebem carne por esmola.

Quarta-feira de Cinzas: jejum e abstinência obrigatórios.

Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor: jejum e abstinência obrigatórios.

Demais dias da Quaresma, exceto os Domingos: jejum e abstinência parcial (carne permitida só na refeição principal/completa) recomendados.

Demais sextas-feiras do ano, exceto se forem Solenidades: abstinência obrigatória, mas não o jejum.

Essa abstinência pode ser trocada, a juízo do próprio fiel, por outra penitência, conforme estabelecer a conferência episcopal (no Brasil, a CNBB estabeleceu qualquer outro tipo de penitência, como orações piedosas, prática de caridade, exercícios de devoção etc).

Uma santa Quaresma para todos!!!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O Carnaval

Por Dom Fernando Arêas Rifan
Ao lado de desfiles deslumbrantes das escolas de samba, com todo o seu requinte, riqueza de detalhes, fantasias fascinantes, desperdício de dinheiro, exposição de luxo, vaidade e também despudor, presencia-se festas mundanas, cheias de licenciosidades, onde se pensa que tudo é permitido. Nesses dias, a moral vem abaixo: até as pessoas mais sérias se mostram debochadas, a imoralidade e a libertinagem campeiam, a pureza perece e a tranquilidade desaparece. Infelizmente, há muito tempo que o Carnaval deixou de ser apenas um folguedo popular, uma festa quase inocente, uma brincadeira de rua, uma diversão até certo ponto sadia.
Segundo uma teoria, a origem da palavra "carnaval" vem do latim "carne vale", "adeus carne", pois no dia seguinte começava o período da Quaresma, tempo em que os cristãos se abstêm de comer carne por penitência. Daí  que, ao se despedirem da carne na terça-feira que antecede a Quarta-Feira de Cinzas, se fazia uma boa refeição, comendo carne evidentemente, e a ela davam adeus. Tudo isso, só explicável no ambiente cristão, deu origem a uma festa nada cristã.  Vê-se como o sagrado e o profano estão bem próximos, e este pode contaminar aquele. Como hoje acontece com as festas religiosas, quando o profano que nasce em torno do sagrado, o acaba abafando e profanando. Isso ocorre até no Natal e nas festas dos padroeiros das cidades e vilas. O acessório ocupa o lugar do principal, que fica prejudicado, esquecido e profanado.
A  grande festa cristã é a festa da Páscoa, antecedida imediatamente pela Semana Santa, para a qual se prepara com a Quaresma, que tem início na Quarta-Feira de Cinzas, sinal de penitência. Por isso, é a data da Páscoa que regula a data do Carnaval, que precede a quarta-feira de cinzas, caindo sempre este 47 dias antes da Páscoa.
Devido à devassidão que acontecem nesses dias de folia, os cristãos mais conscientes preferem se retirar do tumulto e se entregar ao recolhimento e à oração. É o que se chama "retiro de Carnaval", altamente aconselhável para quem quer se afastar do barulho e se dedicar um pouco a refletir no único necessário, a salvação eterna. É tempo de se pensar em Deus, na próprio alma, na missão de cada um, na necessidade de estar bem com Deus e com a própria  consciência. "O barulho não faz bem e o bem não faz barulho", dizia São Francisco de Sales.
Já nos advertia São Paulo: "Não vos conformeis com esse século" (Rm 12,2); "Já vos disse muitas vezes, e agorao repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, a glória deles está no que é vergonhoso, apreciam só as coisas terrenas" (Fl 3, 18-19); "Os que se servem deste mundo, não se detenham nele, pois a figura deste mundo passa".
Passemos, pois, este tempo na tranquilidade do lar, em algum lugar mais calmo ou, melhor ainda, participando de algum retiro espiritual. Bom descanso e recolhimento para todos!!

Fonte: Jornal Folha da Manhã, 15 de fevereito de 2012.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O Perigo do "espiritualmente correto"

O Perigo do "espiritualmente correto" ou da religião chamada de "auto-ajuda"

Por Dom Roberto Ferrería Paz

Assim como o "politicamente correto" ou a justeza política tornou-se uma ferramenta ideológica para desconstruir a nossa cultura e impor um totalitarismo de gênero, destruindo a família e o casamento; de um tempo para cá tem surgido uma outra falácia ideológica, que visa a descontrução das tradições religiosas, que seriam substituídas por um espiritualismo vago e genérico que seria a religião essencial da humanidade.  De acordo com esta visão, o certo é ter espiritualidade e não religião, pois assim, cada indivíduo vai fazendo a sua como um bricolage (colar imagens e símbolos), escolhendo o que mais lhe aprazer ou sentir. Mas nós sabemos que Deus se revela e quer salvar a humanidade formando um povo, o povo da aliança.  Para o espiritualmente correto, o ensino religioso devia ser  ecumênico ou interreligioso, apresentando um Deus mingau e uma religião "salada de fruta", sincrética, sem eira nem beira. Já a nossa Constituição e tradição cristã, exige um ensino religioso com identidade  confissional, pois só podemos conhecer a Deus no contexto de uma religião e, só podemos dialogar a partir de identidades.  O partidário do espiritualmente correto afirma que o importante é o amor, esquecendo o discernimento de Santo Agostinho entre amor, Deus e o amor desmedido a si mesmo, este último se torna narcisismo egoísta, sendo escravo do eu sem limites. Já o amor de Deus  nos comunica o amor-agape, partilha, que nos torna humanos e fraternos.  Os seguidores deste espiritualismo vago defendem que a religião deve buscar  o conforto e o bem estar e a prosperidade da pessoa; para a tradição bíblica a religião deve em primeiro lugar amar e servir a Deus o bem supremo.  Finalmente, os atraídos por esta modalidade espiritual, gostam de experiências cumes; cultos emocionais e shows; para eles  a religiosidade é apenas adrenalina, pele, sensação. Para o culto cristão devemos adorar a Deus em espírito e verdade, glorificando a sua misericórdia e santidade.  Como vemos o "espiritualmente correto" termina no vazio, na auto complascência e o pior nos afasta do Deus verdadeiro. Deus seja louvado!

Fonte: Jornal Folha da Manhã, 12 de Fevereiro de 2012.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Introdução a Passio Domini

Queremos pouco a pouco introduzir a prática da Passio Domini, tão rica na Igreja e que poucos conhecem.
 Aqui começamos uma pequena introdução do que vem a ser a Passio Domini, o que se faz nessas horas e o sentido dela. Também em próximas postagens iremos pouco a pouco detalhando esse tema e fazer entender que a Passio Domini é mais que uma adoração.

Na sua paixão, o Senhor fez reparação e pediu perdão a DEUS pelos nossos pecados. Convidou os Apóstolos a vigiar com Ele no Horto das Oliveiras, durante três amargas horas, mas eles não O entenderam e adormeceram.
DEUS continuou e continua a chamar almas, para que tomem parte nos Seus sofrimentos.
 Santa Margarida Maria Alacoque (1647–1690), escrevendo a terceira grande revelação de Jesus, com que foi privilegiada, diz o seguinte:
          "Em seguida, Ele revelou-Me as inefáveis maravilhas do Seu puro Amor, o excesso deste Seu amor aos homens, dos quais Ela nada recebe senão ingratidão e desprezo, e disse: “Isto causa-Me uma tristeza Maior do que tudo quanto sofri na Minha Paixão. Se os homens correspondessem, por pouco que fosse ao Meu amor. Eu julgaria pouca tudo quanto fiz por eles, e, se fosse possível, faria ainda muito mais. Contudo, eles pagam com frieza e desprezo todo o Meu zelo em lhes fazer bem. Por isso, ao menos tu, dá-Me alegria de reparar a sua ingratidão, tanto quanto puderes!
Em cada noite de quinta-feira para sexta-feira quero-te fazer participar na tristeza mortal, que Eu quis suportar no Horto das Oliveiras. Sem poderes compreendê-lo, serás mergulhada numa agonia mais dolorosa que a própria morte. Para estares união comigo naquela oração humilde, que Eu, então na Minha Agonia, dirigi, ao PAI, tens de levantar-te, e, das onze à meia-noite, ficar prostrada por terra e rezar comigo, para apaziguar a ira Divina e alcançar misericórdia para os pecadores. Assim aliviarás, de certo modo, a amargura que senti ao Ver-Me abandonado pelos Apóstolos, a quem deveria censurar porque não tinham sido capazes de vigiar, nem uma hora comigo. Nesta hora farás O que Eu te ensinar”.
 O tempo atual está cheio de dificuldades. Quase nunca a crise de fé foi tão profunda como hoje. Vemos como tem aumentado a falta de fé, o abuso da sexualidade, o aborto, o divórcio, o desespero, os suicídios, a soberba, as más criticas à Igreja, os sacrilégios, a infidelidade de sacerdotes e almas consagradas. A situação do mundo é de fatos penosíssima!
 O que é que ainda pode ajudar?
           - A oração e o sacrifício.
Há muitos movimentos e também alguns Institutos religiosos, que na noite de quinta-feira, fazem uma(s) hora(s) de oração pelos sacerdotes e pelas intenções da Santa Igreja.
           As horas da Paixão do Senhor são horas especiais, em que Jesus abre o seu coração para conceder ao mundo graças abundantes de conversão, luz e fortaleza. Nós também estamos convidados a entrar no Horto das Oliveiras, para vigiar e orar em união com o Senhor.
           
           Este convite “Faz-Me companhia na noite de quinta-feira”, significa:
           - Adorar o Senhor ofendido.
- Ter compaixão do Senhor que sofre.
- Repara os nossos pecados e os do mundo inteiro.
- Oferecer preces pelo Santo Padre, pelos Bispos, pelos Sacerdotes e pelo mundo inteiro.
- Haurir forças para suportar os nossos próprios sofrimentos.
- Alcançar graças para aqueles que estão longe e DEUS.
Cada semana comemoramos com gratidão e profunda participação o sofrimento e a morte redentora de Nosso Senhor: a Passio Domini Nostri Jesu Christi – a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Na noite de quinta-feira, observamos, se possível, uma hora santa e colocamo-nos em adoração, contemplação e intercessão, para vigiar pelo menos uma hora com Ele (cf. Mt 26,40) que no Getsêmani aceita o cálice das mãos do Pai (Cat., 612). A nossa intercessão é pelas intenções da Igreja, especialmente pelos sacerdotes e pessoas consagradas.
A sexta-feira é santificada como dia da cruz, do arrependimento e da graça (Cat., 1438; cân. 1250).  Medita-se a Via Crucis do Senhor e as Suas últimas palavras na Cruz. Dedicam entre as 12 horas e as 15 horas (cf. Mt 27,45-50; Jo 19,23-30) um tempo razoável para a intercessão e adorante contemplação de Jesus morto na cruz por nós.
         
          Tomemos, portanto a sério o convite do Senhor: “Vigiai e orai”, e o de Sua Mãe, que na aparição de 19.8.1917 em Fátima, disse aos pastorinhos: “Rezai, rezai muito e fazei sacrifício pelos pecadores, por que não há quem se sacrifique e peça por eles”.
Que muitas pessoas sejam tocadas pelo sofrimento do Senhor, despertem e se deixem inflamar do amor de Jesus que tanto nos ama e é tão pouco amado.
Fonte: 1) Livro Faz-me Companhia. Maria Stella Salvador. Editora Paulus.
          2) www.opusangelorum.org
Foto: Momento da Passio Domini na Obra dos Santos Anjos .

Obs: Nos dias 30/03 a 01/04 haverá um Encontro de formação sobre a Passio Domini na Casa de Nazaré - Obra dos Santos Anjos. Guaratinguetá-SP.
Para maiores informações: (12) 3122-9299 - brasil@opusangelorum.org 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Gruta de Lourdes


A Gruta de Massabielle

Hoje dia de Nossa Senhora de Lourdes e Dia Mundial dos enfermos, oremos pelos que sofrem de todos os males físicos, pelos agonizantes.
Nossa Senhora de Lourdes Rogai por nós, pobres pecadores!!!! A Imaculada Conceição!!!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ser como Jesus


Quem é Jesus? Podemos classificá-lo em alguma categoria? Ele é o Messias, o Profeta, o Filho de Deus, o filho de Maria, o filho do carpinteiro, o operário de Nazaré, o galileu atento às necessidades do povo, cuida da saúde, acolhe os leprosos, ensina a partilhar o pão. Jesus é tudo isso, mas nenhum título consegue definir a grandeza e a beleza de sua personalidade e de sua missão.

Ensinava Carlos de Foucauld: O  nosso apostolado irmãos deve ser o da bondade. Vendo-me, os outros poderão dizer: "Já que esse homem é tão bom, sua religião deve ser boa". Se me perguntarem porque sou manso e bom, devo dizer: "Porque sou servo de alguém muito melhor do que eu. Se soubessem o quanto é bom meu Senhor Jesus". Gostaria de ser bom para que me dissessem: "Se assim é o servo, como, então, será o Senhor?"

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Heróis? De Qual história? Parte II


Aristóteles (384 a, C. – 422 a. C) havia proposto que a felicidade é o bem sempre desejado pelo ser humano e que a prática das virtudes, capitaneadas pelas virtudes cardiais – Prudência, Temperança, Fortaleza e Justiça – , é o único meio de construir uma sociedade onde seja possível a felicidade. E ensinou também que as virtudes deviam ser a primeira preocupação da sociedade na educação das crianças. A Tradição cristã-católica, especialmente através de Tomás de Aquino, assumiu preciosos elementos da ética Aristotélica, percebendo que a proposta de Aristóteles oferecia uma visão antropológica que ajudava a entender, por via racional, a revelação cristã como oferta de um caminho de verdade para o desejo mais profundo do ser humano: ser feliz. Tendo como horizonte de vida as virtudes cardiais, a tradição cristã procurou sistematizar também a compreensão do mal moral, propondo que os pecados todos têm como raiz, os chamados vícios(pecados) capitais: Soberba ( orgulho desejo de poder, vaidade, sucesso…), Inveja, Cólera (ira, raiva…), Preguiça, Avareza (cobiça…), Gula e Luxúria. Não vejo nunca o Big Brother, mas ouço sua propaganda e leio as notícias e as opiniões de muitas pessoas sobre. Depois da suspeita de estupro no BB Brasil, em cena de sexo regado a cerveja, entrei no Google e li que na Inglaterra, “depois de umas grades de cerveja e de umas caixas de vinhos, os 14 concorrentes ficaram tão desinibidos que resolveram promover uma festa pelados na piscina.” Mais: “Os produtores do Big Brother não acreditaram quando viram que triângulos amorosos começaram a surgir em cada quarto da casa, segundo o jornal Daily Star”. Eis aí, prezado(a) leitor(a),como o que há de pior em nossa sociedade (a droga do álcool e a luxúria juntos, pecados contra a virtude da temperança) se torna meio de ganhar dinheiro (avareza). A Soberba se encarrega de transformar em coisa linda a degradação do que há de mais nobre no ser humano: o amor. É o amor que dá sentido a todas as relações que estabelecemos com os outros.

A Soberba, na reflexão cristã, está presente toda a vez que o ser humano mente para si mesmo, fazendo soar como verdadeira a negação da verdade. Assume-se o lugar de Deus, o Supremo Legislador, que nos deu os mandamentos para apontar-nos o caminho que conduz a pessoa e a sociedade ao verdadeiro bem (a Paz). Santo Tomás, ao falar dos pecados capitais, afirma que estes “são sumamente atraentes, tanto que por eles o ser humano comete muitos outros pecados”. São desvios do grande desejo do Bem, colocado por Deus nas profundezas do ser humano. Santo Agostinho experimentou esta verdade até à exaustão: “…mas eu caminhava em meio às trevas, por um caminho escorregadio, procurando a Ti fora de mim, e não achava, pois tu és o Deus do coração. E então cheguei ao fundo, desprovido de esperança, já perdida em mim a fé de ver a verdade face a face”(As Confissões,Liv. 6). A Soberba está presente na luxúria e na gula (a voracidade do prazer da comida, da bebida e do sexo) quando se promove à dignidade de bem o que vilipendia o ser humano e ofende a divina sabedoria e o verdadeiro amor. Toda tentativa de justificar o pecado é violência à verdade e ao testemunho da própria consciência. É assim que a miséria moral, apelidada de amor, se torna linda, conforme soube que afirmou Pedro Bial comentando cena recente (estupro?) do BB brasileiro. Ora, uma afirmação como esta no contexto do BB – “o amor é lindo” – traduz exatamente o esforço em transformar em beleza o mau gosto e o vazio de valores de uma cultura que corre atrás do sucesso e do dinheiro fácil. Big Brother é um escárnio – uma espécie de vômito – contra tudo o que ainda existe de eticamente saudável na sociedade. É atentado violento ao pudor colocado na vitrine midiática, ao alcance de todos. Usa-se a justificativa de que o Big Brother retrata a sociedade. Aqui é necessária uma correção: “retrata o que de pior há em nossa sociedade” para satisfazer a gula doentia que, estimulada, salta para fora e passa a fazer parte da normalidade cultural. O(a) leitor(a) que quiser ter uma amostra do que está acontecendo em nossa sociedade, pesquise no GOOGLE “bebida e sexo entre adolescentes” e encontrará farto material sobre o assunto. Assim: “Jovens fazem festa com sexo e bebida na Quinta da Boa Vista” e, em seguida: “A Dcav (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima) está dando uma olhada em imagens onde aparecem jovens de uniforme, ou seja, matando aula, consumindo bebidas alcoólicas, além de casais se ‘embolando’ e camisinhas jogadas pelo gramado do parque”. O BB estimula esse tipo de comportamento ao conseguir empolgar telespectadores e envolvê-los nesse jogo sujo. Uma coisa é retratar a realidade doentia na cultura de modo a produzir rejeição e outra, oposta, é retratá-la travestida de beleza.

Dom Eduardo Bene
Arcebispo de Sorocaba

Fonte: Blog Prof.Felipe Aquino

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Vai, apresenta ao Pai

 As palavras do velho Simeão, anunciando à Maria sua participação na missão salvífica do Messias, manifestam o papel da mulher no mistério da redenção.
Com efeito, Maria não só uma pessoa individual; também é a "filha de Sião", a mulher nova que, ao lado do Redentor, compartilha sua paixão e gera no Espírito os filhos de Deus. Essa realidade se expressa mediante a imagem popular das "sete espadas" que atravessam o coração de Maria. Essa representação destaca o profundo vínculo que existe entre a mãe, que se identifica com a filha de Sião e com a Igreja, e o destino de dor do Verbo encarnado.
Ao entregar a seu Filho, recebido pouco antes de Deus, para consagrá-lo a sua missão de salvação, Maria se entrega também a esta missão. Trata-se de um gesto de participação interior, que não é só fruto do natural afeto materno, mas que sobretudo se expressa no consentimento da mulher nova à obra redentora de Cristo.

 Em sua intervenção, Simeão indica a finalidade do sacrifício de Jesus e do sofrimento de Maria: se darão "a fim de que se revelem todas a intenções de muitos corações" (Lc 2, 35).
Jesus, "sinal de contradição" (Lc 2, 34), que implica a sua mãe em seu sofrimento, levará os homen a tomar posição a respeito dele, convidando-os a uma decisão fundamental. Com efeito, "está posto para queda e elevação de muitso em Israel" (Lc 2, 34).
Assim pois, Maria está unida a seu Filho divino na "contradição", com vistas à obra da salvação.
Certamente, existe o perigo de queda para quem nao acolhe a Cristo, mas um efeio maravilhoso da redenção é a elevação de muitos. Este mero anúncio acende grande esperança nos corações aos quais já testemunha o fruto do sacrifício.
Ao colocar sob o olhar da Virgem estas perspectivas da salvação antes da oferta ritual, Simeão parece sugerir a Maria que realize esse gesto para contribuir ao resgate da humanidade. De fato, não fala com José nem de José: suas palavras se dirigem a Maria, a quem associa ao destino de seu Filho.

 A prioridade cronológica do gesto de Maria no ofusca o primado de Jesus. O concílio Vaticano II, ao definir o papel de Maria na economia da salvação, lembra que ela "entregou totalmente a si mesma (...) a pessoa e a obra de seu Filho. Com ele e em sua dependência, colocou-se (...) a serviço do mistério da redenção" (Lumen gentium, 56).
Na apresentação de Jesus no templo, Maria coloca-se a serviço do mistério da Redenção com Cristo e em sua dependência: com efeito, Jesus, o protagonista da salvação, é quem deve ser resgatado mediane a oferenda ritual. Maria está unida ao sacrifício de seu Filho pela espada que lhe atravessará a alma.
O primado de Cristo não anula, mas sustenta e exige o papel próprio e insubstituível da mulher. Implicando a sua mãe em seu sacrifício, Cristo quer revelar as profundas raízes humanas dele mesmo e mostrar uma atencipação do oferecimento sacerdotal da cruz.
A intenção divina de solicitar a cooperação específica da mulher na obra redentora se manifesta no fato de que a profecia de Simeão se dirige somente a Maria, apesar de que José também participa do ritual da oferenda.

A conclusão do episódio da apresentação de Jesus no templo parece confirmar o significado e o valor da presença feminina na economia da salvação. O encontro com uma mulher, Ana, encerra esses momentos singulares, nos quais o Antigo Testamento quase se entrega ao Novo.
Assim como Simeão, esta mulher não é uma pessoa socialmente importante no povo eleito, mas sua vida parece possuir um grande valor aos olhos de Deus. San Lucas a chama "profetisa", provavelmente porque era consultada por muitos por causa da seu dom de discernimento e pela vida sana que levava sob inspiração do Espírito do Senhor.
Ana era de idade avançada, pois tinha oitenta e quaro anos e era viúva há muito tempo. Consagrada totalmente a Deuss, "não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações" (Lc 2, 37). Por isso, representa a todos os que, tendo vivido intensamente à espera do Messias, são capazes de acolher o cumprimento da Promessa com grande júbilo. O evangelista refere que, "como se apresentasse naquela mesma hora, louvava a Deus" (Lc 2, 38).
Vivendo de forma habitual no templo, pôde, talvez com maior facilidade que Simeão, encontrar a Jesus no ocaso de uma existência dedicada ao Senhor e enriquecida pela escuta da Palavra da oração.
Na alvorada da Redenção, podemos ver na profetisa Ana todas as mulheres que, com a santidade de sua vida e com sua atitude de oração, estão disposta a acolher a presença de Cristo e louvar diariamente a Deus pelas maravilhas que realiza sua eterna misericórdia.

 Simeão e Ana, escolhidos para o encontro com o Menino, vivem intensamente esse dom divino, compartilham com Maria e José a alegria da presença de Jesus e a difundem seu ambiente. De forma especial, Ana demonstra um zelo magnìfico ao falar de Jesus, testemunhando assim sua fé simples e generosa, uma fé que prepara outros a acolher o Messias em sua vida.
A expressão de Lucas: "Falado do menino a atodos os que esperavam a redenção de Jerusalém" (Lc 2, 38), parece acreditá-la como símbolo das mulheres que, dedicando-se à difusão do Evangelho, suscitam e alimentam esperanças de salvação.

Catequese de João Paulo II na audiência geral de quarta-feira, 8 de janeiro

Hoje 2 de Fevereiro comemora-se a Apresentação do Senhor no templo.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O começo de tudo...

Dom Bosco nasceu em 16 de Agosto no Colle dos Becchi, uma localidade junto de Castelnuovo de Asti (agora chama-se Castelnuovo Dom Bosco).
Provinha de uma família muito pobre. Entre muitos obstáculos, preparou-se trabalhando e estudando para a missão que lhe tinha sido indicada através de um sonho tido aos 9 anos, onde anteviu sua futura missão de educador da juventude pobre e abandonada.
Criança ainda, já se ocupava de dar aulas de catecismo para os coleguinhas e, para atraí-los mais facilmente, aprendeu a fazer mágicas e dar espetáculos de circo, lutando contra tods as dificuldades inerentes á vida de pobre.
Estudou em Chieri, a poucos quilómetros de Turim. Todos os dias João Bosco frequentava a igreja de Santa Maria della Scala, todos os dias, de manhã e à tarde. Rezando e refletindo diante do altar da capela da Senhora das Graças, ele decidiu o seu futuro.
Aos 19 anos queria fazer-se franciscano. "Informado da sua decisão, o pároco de Castelnuovo, Pe. Dassano, avisou mãe Margarida com estas palavras muito claras: "Tenta afastá-lo dessa ideia. Tu não és rica e já estás idosa. Se o teu filho for para o convento, como te poderá ajudar na tua velhice?".
Mãe Margarida vestiu um xale negro, desceu a Chieri e falou com João Bosco:
"O pároco veio dizer-me que queres entrar no convento. Ouve-me bem. Eu quero que tu penses bem nisso. Quando tiveres decidido, segue o teu caminho e mais nada. O mais importante é que tu faças a vontade do Senhor. O pároco queria que eu te fizesse mudar de idéia, porque no futuro poderia precisar de ti. Mas eu lhe digo: Nestas coisas a tua mãe não entra. DEUS ESTÁ ANTES DE TUDO. De ti eu não quero nada. Nasci pobre, vivi pobre e quero morrer pobre. Aliás, se te fizeres padre e por desgraça te tornares rico não porei mais os pés em tua casa. Lembra-o bem."
João Bosco nunca mais esqueceria aquelas palavras.
Depois de muita oração, de ter falado com os amigos e com o seu confessor José Cafasso, entrou no seminário para estudar teologia.

31 de Janeiro comemora-se o dia de São João Bosco.