terça-feira, 30 de novembro de 2010

Beleza e simplicidade da Liturgia

O artigo abaixo é do Padre Uwe Lang e foi publicado nas edições inglesa e italiana de Zenit.
Uwe Michael Lang é padre da Congregação do Oratório de São Felipe Neri em Londres. Em setembro de 2008, o Papa Bento XVI nomeou-o consultor do Departamento para as Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice.

A NOBRE SIMPLICIDADE DOS PARAMENTOS LITÚRGICOS

Uwe Michael Lang, CO

A tradição sapiencial da Bíblia proclama Deus como "o próprio autor da beleza" (Sb 13,3), glorificando-o pela grandeza e beleza das obras da criação. O pensamento cristão, seguindo o exemplo da Sagrada Escritura, mas também da filosofia clássica como auxiliar, desenvolveu o conceito de beleza como uma categoria teológica.

Este ensinamento ressoou na homilia de Bento XVI durante a Missa de Dedicação da Basílica da Sagrada Família em Barcelona (7/11/2010): "A beleza é também reveladora de Deus porque, como Ele, uma obra bela é pura gratuidade; ela nos chama à liberdade e afasta-nos do egoísmo". A beleza divina manifesta-se a si mesma de uma forma totalmente particular na sagrada liturgia, também através de coisas materiais das quais o homem, feito de alma e corpo, necessita para chegar às realidades espirituais: o edifício do culto, o mobiliário, os paramentos, as imagens, a música, a dignidade das próprias cerimônias.

Releia-se a propósito o quinto capítulo sobre "Decoro da Celebração Litúrgica" na encíclica Ecclesia de Eucharistia do Papa João Paulo II (17/04/2003), onde ele afirma que o próprio Cristo quis um ambiente adequado e decoroso para a Última Ceia, mandando que seus discípulos o preparassem na casa de um amigo que tinha uma "grande sala mobiliada no andar superior" (Lc 22,12; Mc 14, 15). A encíclica recorda também a unctio de Betânia, um evento significativo que antecipa a instituição da Eucaristia (cf. Mt 26; Mc 14; Jo 12). Diante do protesto de Judas, para quem a unção com o precioso perfume era um "desperdício" inaceitável, dada a necessidade dos pobres, Jesus, sem diminuir a obrigação de caridade concreta para com os necessitados, declarou seu enorme apreço pela atitude da mulher, porque a unção que ela realizou antecipou aquelas "honras de que continuará a ser digno o seu corpo mesmo depois da morte, porque indissoluvelmente ligado ao mistério da sua pessoa." (Ecclesia de Eucharistia, 47). João Paulo II conclui que a Igreja, como a mulher de Betânia, "a Igreja não temeu «desperdiçar», investindo o melhor dos seus recursos para exprimir o seu enlevo e adoração diante do dom incomensurável da Eucaristia" (ibid., 48). A liturgia exige a melhor de nossas possibilidades para glorificar a Deus, Criador e Redentor.

No fundo, o cuidado atento pelas igrejas e pela liturgia deve ser uma expressão do amor ao Senhor. Mesmo nos lugares onde a Igreja não têm muitos recursos materiais, esta obrigação não pode ser negligenciada. Um importante Papa do século 18, Bento XIV (1740-1758) em sua encíclica Annus Qui Hunc (19/02/1749), dedicada sobretudo à música sacra, já exortava seu clero a manter as igrejas bem equipadas com todos os objetos litúrgicos necessários para a digna celebração da liturgia: "Nós queremos destacar que não estamos falando da suntuosidade e magnificência dos Templos Sagrados, ou da preciosidade dos objetos sagrados, nós bem sabemos que não podemos tê-los em toda parte. Falamos de decência e limpeza as quais a ninguém é lícito negligenciar, sendo decência e limpeza compatíveis com pobreza".

A Constituição sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II pronunciou-se de modo similar: "Ao promoverem uma autêntica arte sacra, prefiram os Ordinários à mera sumptuosidade uma beleza que seja nobre. Aplique-se isto mesmo às vestes e ornamentos sagrados" (Sacrosanctum Concilium, 124). Esta passagem refere-se ao conceito de "nobre simplicidade" introduzido na mesma constituição no número 34. Este conceito parece ter origem no arqueólogo e historiador da arte alemã, Johann Joachim Winckelmann (1717-1768), segundo o qual a escultura clássica grega caracterizava-se pela "nobre simplicidade e silenciosa grandeza".

No início do século 20, o conhecido liturgista inglês Edmund Bishop (1846-1917) descreveu o "gênio do Rito Romano" como marcado pela simplicidade, sobriedade e dignidade (cf. E. Bishop, "Liturgica Historica," Clarendon Press, Oxford, 1918, pp. 1-19). Esta descrição não é desprovida de mérito, mas é necessário estar atento à sua interpretação: o Rito Romano é "simples" se comparado a outros ritos históricos, tais como os Orientais que se distinguem pela grande complexidade e suntuosidade. Portanto, a "nobre simplicidade" do Rito Romano não deve ser confundida com uma mal compreendida "pobreza litúrgica" e um intelectualismo que pode levar à ruína da solenidade, fundamento do culto divino (cf. a essencial contribuição de São Tomás de Aquino na Summa Theologiae III, q. 64, a. 2; q. 66, a 10; q. 83, a. 4).

A partir de tais considerações é evidente que os paramentos sagrados devem contribuir para "o decoro da ação sagrada" (IGMR, 335), sobretudo "pela forma e pelo material usado", mas também de modo comedido, nos ornamentos (ibid., 344). O uso dos paramentos litúrgicos expressa a hermenêutica da continuidade, sem excluir um estilo histórico particular.

Bento XVI oferece um modelo em seus celebrações quando ele usa tanto uma casula de estilo moderno quanto, em algumas ocasiões solenes, a casula "clássica", usada também por seus predecessores. Ele segue o exemplo do escriba, que tornou-se discípulo do reino dos céus, e que Jesus compara a um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas, nova et vetera (Mt 13,52).

Fonte: Zenit
Tradução: OBLATVS

sábado, 27 de novembro de 2010

Diário de Viagem IV: O Santo Sepulcro

Shalom! Voltamos com o nosso diário. Hoje falaremos sobre a Igreja do Santo Sepulcro:

                                 A Igreja do Santo Sepulcro
Nela encontra-se as estações 10,11 e 12 da Via Sacra

Aqui vemos a Pedra da Unção, a 13° estação da Cruz. Está situada aos pés do calvário e, apesar dos Evangelhos descreverem Maria a observar os acontecimentos das proximidades, a tradição retrata-a recebendo nos braços o corpo de Jesus, ao ser baixado lentamente da Cruz, por José de Arimatéia.  Foi sobre esta Pedra da Unção, que o corpo de Jesus foi deitado, para ser preparado para a sepultura.
"Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, embora oculto por medo dos judeus, rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus; e Pilatos lho permitiu. Então foi e o tirou....Tomaram, pois, o corpo de Jesus, e o envolveram em panos de linho com as epeciarias..." S.João 19:38-40

Um mosaico acima da Pedra da Unção, representa Jesus, a ser baixado da Cruz, preparado para a sepultura e colocado no Túmulo

O túmulo de Jesus - Actualmente, o túmulo subterrâneo de José de Arimatéia é o Túmulo de Jesus, uma estrutura ornamentada, contruída sobre  as duas câmeras originais. A câmera exterior, chamada a Capela do Anjo, é a maior e terá sido onde a família se reuniu para o luto. Está maravilhosamente decorada com entalhes primorosos em mármore branco. A entrada para a câmera interior representa Cristo Ressucitado.
" E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo, de linho, e depositou-o no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha; e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, retirou-se" S.Mateus 27:59-60

Aqui um parte interna da Igreja do Santo Sepulcro. Ela possui vários  pequenos altares e capelas para que os fiéis possam celebrar. É um dos lugares que ficam mais lotados em Jerusalém.

Padre Murialdo e Dom Beda em celebração da Santa Missa em uma das capelas da Igreja do Santo Sepulcro. À direita do altar podemos observar um pedaço de uma réplica da pilastra da flagelação de Jesus.

Uma imagem de Maria, Mãe de Cristo, trespassada até o coração. Fica ao lado do altar da crucifixão de Jesus.  Altar dedicado à mágoa de Maria.  Chamado a Mater Dolorosa, Nossa Senhora das Mágoas, lembra a profecia de Simão, quando Maria e José trouxeram o menino Jesus ao Templo: "sim, e uma espada transpassará a tua própria alma".
"Estavam em pé, junto à cruz de Jesus, sua mãe, e a irmã de sua mãe, e Maria, mulher de Clôpas, e Maria Madalena." S.João 19:25

No tempo dos cruzados, só ficou uma figura de Jesus. Os outros mosaicos que se vêem agora, foram feitos em meados do século passado. O mosaico, situado sobre o altar (local da crucificação), representa Jesus a ser pregado na Cruz, à vista das Santas Mulheres.

O ponto onde estava a cruz de Jesus está marcado com um disco de prata, debaixo deste altar aí que estamos vendo, e os das cruzes dos dois criminosos, da cada lado, estão marcados com disco de mármore preto.


 À direita do altar vê-se o fundamento de pedra original do Calvário, mostrando a fenda causada pelo tremor de terra - uma brecha na rocha, que desce até à Capela de Adão. Diz a tradição que desta forma o sangue de Cristo se derramou sobre a cabeça do primeiro pecador da humanidade. É por isso que, muitas vezes, se representa a caveira de Adão aos pés da Cruz.

                "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". S.Lucas 23:46

Oremos ao Senhor para terminar este post:
Senhor lembra-te de mim, quando entrardes em Teu reino!!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Brinquedos!

Salve Maria!
Um pedido importante, quem puder e quiser, estamos recebendo doações de brinquedos novos ou semi novos no Grupo de Oração Aliança Eterna pra doarmos a comunidade carente, que se loca bem próximo a sede da Comunidade Aliança Eterna, na rua Riachuelo. Estamos fazendo um cadastro de aproximadamente 300 crianças e gostaríamos de proporcionar a elas esse carinho. Faremos uma festa de natal no dia 18 de dezembro na sede da Comunidade e entregaremos os presentes!!  Nossa meta é atingir um número de 300 brinquedos para doar.
Se você puder ajudar seremos gratos!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Semanas da Esperança

Fiquem atentos, já deu início no Grupo de Oração Aliança Eterna, as Semanas da Esperança.  Momento de intercessão e oração à Deus pelos nossos projetos, sonhos e aflições, além de agradecer sempre por tudo que Deus em sua infinita misericórdia nos oferece. Ao final de cada momento de oração, servos do Grupo de Oração e da Comunidade ungem a fronte e as mãos da assembléia em cruz com óleo de unção.  Momentos lindos de fé e oração vem acontecendo nessas últimas semanas. E. outra coisa, quem tiver algum testemunho nesse período de oração pode enviar pra gente aqui nos comentários, pois o testemunho converte os corações.

Então lembra aí: toda terça-feira as 20:00hs na capela do colégio Salesiano.
OK?

domingo, 21 de novembro de 2010

Cônegos Regulares da Santa Cruz


Voltemos a falar um pouco mais sobre a Obra dos Santos Anjos, tão cara pra nós da Comunidade, para que se possa difundir ainda mais esse carisma:

Os membros da Ordem da Santa Cruz são essencialmente membros da Obra dos Santos Anjos, e concretizam esta realidade, sobretudo, pela Consagração aos Santos Anjos, professada em conexão com a Primeira Profissão Religiosa dos membros.
Aos Irmãos da Santa Cruz, cabe a tarefa, delegada pela Santa Igreja, do cuidado espiritual das filiações dentro do movimento Opus Sanctorum Angelorum (Obra dos Santos Anjos).

Espiritualidade:

A Adoração
A adoração de Deus encontra sua mais elevada expressão na celebração da sagrada Liturgia. Os Cônegos Regulares da Santa Cruz dedicam-se à celebração comunitária e solene da Liturgia, na qual tudo o que é humano é dirigido e subordinado ao que é divino, "o visível ao invisível, a ação à contemplação e o presente à cidade futura, que buscamos" (Concílio Vaticano II, Constituição sobre a Sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, n° 2).
"Com toda a milícia do exército celestial entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos Santos, esperamos fazer parte da sociedade deles, suspiramos pelo Salvador, nosso Senhor Jesus Cristo, até que Ele, nossa vida, Se manifeste, e nós apareçamos com Ele na glória" (Sacrosanctum Concilium, n° 8).
A celebração diária do Sacrifício Eucarístico constituí o centro da vida dos Irmãos da Santa Cruz. Além da Santa Missa, os Cônegos unem-se com os Santos e os Anjos do céu pelo canto comunitário da Liturgia das Horas.
A adoração eucarística faz parte integral da vida cotidiana da Ordem. Em cada Mosteiro o Santíssimo Sacramento é exposto para a adoração e, lá onde for possível, pratica-se a adoração perpétua.

A Contemplação
Seguindo o exemplo de Maria Santíssima, que continuamente meditava as palavras de Cristo no seu coração (cf. Lc 2,19.51), os Irmãos da Santa Cruz dedicam-se à contemplação, haurindo das fontes autênticas da espiritualidade cristã. Eles se esforçam por imitar os Santos e os Anjos numa vida de recolhimento, em simplicidade e pureza de coração, em humildade e silêncio, em busca de uma vida de maior união com Deus. Diz-se de Dom Tello, um dos membros fundadores, que, depois de ter recebido a Santíssima Eucaristia, demorou horas na meditação da Paixão do Senhor (Cf. Vida de D. Telo n° 7).

A contemplação das coisas divinas e a união com Deus pela oração assídua é o primeiro dever de cada religioso (Cf. CIC, cân. 663 § 1). Mediante a vivência e a abundância dos momentos de silêncio e de oração, cultiva e aprofunda a sua relação existencial com a pessoa viva do Senhor Jesus (Cf. Congregação do Clero, Diretório para o ministério e a vida do presbítero, n° 40).
A leitura espiritual faz parte do necessário "pão de cada dia". Os sacerdotes, bem como os demais Irmãos da comunidade, dedicam-se ao estudo da Sagrada Teologia em fidelidade ao Magistério da Igreja

A Expiação
A nossa participação no amor redentor de Cristo é nutrida na celebração diária do Sacrifício Eucarístico. "Para que, pois, a oblação com que, neste Sacrifício, os fiéis oferecem ao Pai celeste a vítima Divina, tenha o seu pleno efeito, outra coisa se requer ainda: é necessário que eles se imolem a si mesmos como vítimas" (Papa Pio XII, Encíclica Mediator Dei, n° 94, cf. Sacrosanctum Concilium, n° 48). É precisamente na Santa Missa que desejamos aprender o sentido da caridade perfeita, num espírito de reparação.
Neste mesmo espírito, os Irmãos da Santa Cruz acompanham o Senhor em oração e amor durante as horas da Sua Paixão, na quinta­feira à noite e na sexta-feira à tarde (Passio Domini). A comunidade inteira se reúne então para uma Hora Santa, rezando pela santificação dos sacerdotes e pelas necessidades da Igreja, em reparação pelos pecados.

A Missão
Os Irmãos da Santa Cruz, buscando acima de tudo e unicamente a Deus, procuram conciliar a contemplação com o amor apostólico para dilatar o Reino de Cristo (Cf. Vaticano II, Decreto sobre a vida religiosa Perfectae caritatis n° 6). Eles se esforçam por conservar o espírito missionário próprio da Ordem, adaptando-se às condições hodiernas, para que a pregação do Evangelho entre todos os povos se realize de maneira mais eficiente (Cf. Perfectae caritatis, n° 20).
 Desde os primórdios em Portugal os Cônegos Regulares da Santa Cruz intentaram a reforma do clero, empenharam-se na sólida preparação e formação dos sacerdotes como também na evangelização do inteiro povo de Deus. Esta finalidade continua hoje sendo realizada pela formação de candidatos ao sacerdócio, pela assistência espiritual a sacerdotes e religiosos, na pregação de retiros, na pastoral ordinária das paróquias e na atividade missionária. De modo particular, a Ordem promove o movimento espiritual “Obra dos Santos Anjos”.

A Passio Domini
No espírito de expiação, os Irmãos da Santa Cruz acompanham o Senhor em oração e amor durante as horas da Sua Paixão, na quinta­feira à noite e na sexta-feira à tarde (Passio Domini - Paixão do Senhor).
A comunidade inteira se reúne então para uma Hora Santa, rezando pela santificação dos sacerdotes e pelas necessidades da Igreja, em reparação pelos pecados.

Fonte: http://www.cruzios.org/portugues/navegacao/ordem_esp.html

OBS: Segundo pesquisa feita pelas estatísticas google, aqui do blog, uma boa parte dos acessos ao blog se dá pela procura de tópicos sobre a Obra dos Santos Anjos, por isso tentaremos postar mais sobre essa linda Obra de Deus!!
Fotos da Casa de Nazaré - Obra dos Santos Anjos - Guaratinguetá - SP

sábado, 20 de novembro de 2010

Diário de Viagem III: Via Dolorosa

Via Dolorosa, todo verso e prosa, não podem expressar a humilhação. Via de Angústia, céus e terra lutam, mas o Salvador venceu a cruz. Os homens não se importam, Judas o traiu. Pedro nega tudo, ninguém seguiu. Os anjos se preparam..tudo está parado em Jesus. Mas ele vai...e enfrenta a Via Crucis, sofrendo por mim...cada gota do seu sangue carmesim..escrevia minha história de perdão...mas ele vai..e o inferno estremece cada passo que dá, todo o céu está em pé só pra esperar, Ele vai cumprir agora sua missão..selando a morte lá na Cruz!!!

Shalom!!
Vamos abrir nossos registros de hoje com a Via Sacra. Dedicaremos um post somente a ela, pela sua linda importância. Como Comunidade, levamos todos que não puderam ir em nossos corações, nossas famílias, nossos irmãos e amigos.

A Via Dolorosa é o caminho que, segundo a tradição, Jesus seguiu para o lugar da Cruxifixão, no Calvário. Tornou-se formal no século XVI, mas, apesar disso, é o itinerário seguido desde os primeiros tempos do cristianismo. É um percusso sinuoso que vai desde o lugar da antiga Fortaleza Antónia - no pátio do actual colégio El Omarieh, onde Jesus foi julgado e condenado por Pôncio Pilatos - até à Igreja do Santo Sepulcro.


Aqui um mapinha explicando as localizações das estações

 Isso aqui é realmente histórico pessoal. Trata-se de jogos que os soldados da época de Jesus jogavam, está desenhado um tabuleiro no chão em uma das pedras originais do local da Condenação de Jesus - Igreja da Condenação. Como podemos perceber, enquanto Jesus era condenado a morrer, os soldados jogavam...quanta indiferença...

"Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás; e tendo mandado açoitar Jesus, o entregou para ser crucificado.  Os soldados, pois, levaram-no para dentro, ao pátio, que é o pretório." S.Marcos 15:15-16
Aqui é a parte interna da Igreja da Condenação, seria a Estação I, a Condenação de Jesus.  A primeira estação encontra-se no praetorium ou seja o tribuanal, no interior da Fortaleza Antônia, onde levaram Jesus à presença de Pôncio Pilatos, para ser julgado.  Num dos lados de um belo pátio do tempo de Cruzados, fica a Igreja da Condenação.  Dentro tem uma escultura pintada, única no seu gênero, que dá vida à cena em que Pilatos lava as mãos da culpa da morte de Jesus.


" Quando Eu for levantado da terra, atrairei a Mim todos os homems" (Jo12,32)

Aqui caminhando pela via sacra, comércio de ambos os lados das pequenas ruelas, carros passando e buzinando...realmente exercitar a via sacra ali é com muito barulho e indiferença das pessoas locais.  Podemos imaginar nesse contexto como foi a verdadeira Via Sacra de Jesus, quando passava por esses caminhos, ferido e machucado, Verdadeiro Deus, e ninguém se importando com a história da Salvação que estava sendo escrita naquele momento.


III Estação-Jesus cai pela primeira vez. As esculturas tanto sobre a porta, como no interior da capela polaca, lembram a primeira queda de Jesus.

O escultor polaco Thaddeus Zieliensky capturou o momento em que Jesus caiu pela primeira vez, sob o peso da cruz- Interior da capela.

Observem melhor a pintura do altar, agora mais de perto. Observem os anjos no céu assistindo a queda de Jesus ao chão. Observem seus rostos, sua fisionomia..de sofrimento e dor ao ver o Mestre caindo. Não tem como não se emocionar...

No caminho, carregamos uma cruz de madeira, retraçando as Estações da Cruz. Como se mostra, sempre o comércio dos lados do caminho..


V Estação - É onde Simão Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz. Entrada da capela.

Aqui a caminho - Kamilly, Helena e Carlota

Helena e Carlota ajuda a carregar a cruz e Alex nos cânticos ao Senhor.



IV Estação - Jesus encontra sua Mãe. Na foto detalhe de Pe.Murialdo e Alex em uma de suas reflexões. Algumas estações recordam acontecimentos, que não vêem mencionados nos próprios Evangelhos, mas que a tradição preservou. A quarta estação, junto à Igreja de Nossa Senhora de Espasmo, é uma dessas. O poeta franciscano. Fra Jacopone, capturou-lhe o espírito escrevendo:  Qual é o homem que pode suster o pranto, vendo a Mãe de Cristo em tão grande suplício oprimida.

Aqui estamos na cúpula da Igreja do Santo Sepulcro, no "telhado". Como a Igreja estava lotada no dia em que fomos, decidimos fazer as estações 10,11e 12 em cima da Igreja, já que as mesmas são dentro da própria. Conseguimos também celebrar uma missa dentro da Igreja do Santo Sepulcro.
" E ele, carregando a sua própria cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota, onde o crucificaram." S.João 19:17-18

Ainda no "Telhado" da Igreja do Santo Sepulcro. Hoje, a Igreja do Santo Sepulcro esta dividida entre seis divisoes do cristianismo -- coptas, sirios, armenios, etiopes, romanos e gregos. Cada uma dessas divisões toma conta de uma parte da Igreja. Essa parte aí do "telhado", a menos importante talvez, ficou com os etíopes, uma das comunidades mais pobres do cristianismo hoje. La, as portas sao pintadas de verde e a tinta esta descascando. Padres etiopes descansam na sombra dos muros e das arvores, e em um canto sinos da epoca dos cruzados.


Pelo telhado e que se entra na capela etiope, com escrituras em geez (lingua sagrada etiope) e um quadro representando o encontro da rainha de Saba com o Rei Salomao -- a familia real etiope descenderia da uniao do casal. A iluminacao e fraca e vem de um unico lustre aceso e algumas velas espalhadas no espaco pequeno e delimitado por uma grade de ferro. Um altar vermelho se ergue em um dos cantos, solitario.

Pedras escorregadias levam ao andar inferior, a Capela do Arcanjo Miguel. As 16h (inverno) ou 17h (verao), la sao celebrados cantos etiopes cujo som e estranho a ouvidos nao iniciados. As paredes nao tem acabamento, e algo que se adivinha ser uma pintura enfeita o teto em ruinas.

Oração: Senhor, a vida passa, a vida corre e não se tem tempo para pensar nem mesmo nas verdades ternas e mais sagradas. Ajudai-nos a parar um momento e meditar na Vossa Paixão e Morte. Afastai para longe de nós qualquer distração. Fazei-nos meditar como nunca; mergulhar de verdade no mistério do Calvário, tão cheio de lições para todos nós.  Maria Santíssima, Boa Mãe, acompanhai-nos neste caminho da Cruz, e obtende que este santo exercício seja o começo de uma vida nova para todos nós. Amém.

Até a próxima página de nosso diário de viagem! See You!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dica de Livro

Com todos os escritos do Santo Padre Bento XVI aos jovens, ou seja os discursos, mensagens, e homilias do Santo padre aos jovens em forma de diálogo, ou seja como se um jovem entrevistasse o Papa com as perguntas mais atuais e importantes para hoje, as repostas sao tudo o que o Santo Padre falou para os jovens desde o inicio de seu Pontificado até a JMJ de Sidney 2008. É uma ótima preparação para a JMJ Madri 2011.Ainda, com uma apresentação de Dom Fernando Rifan e do Prof. Felipe Aquino e o prefácio de Dom Rafael LLano Cifuentes. Quem leu tem gostado muito. O Santo Padre mesmo já tem o livro! Aproveite já. Quem se interessar pode procurar por esse endereço eletronico ou na quadrante com o seguintr email: lmeira@quadrante.com.br

Quem quiser ver o Papa com o livro é só na página seguinte: http://www.photovat.com/ vescovi brasile in visita as limina 27 de setembro 2010 foto Nº 00018 - 27092010
Pe. Marco Antonio

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Dança Litúrgica

Vamos ver o que o Cardeal Arinze tem a nos dizer sobre as danças que estão acontecendo em certas celebrações litúrgicas, vejamos:

domingo, 14 de novembro de 2010

Diário de Viagem II

Salve Maria! Shalom!
Continuando nossos registros.....
Alex e Carlota em momento de descanso

                             A Igreja de S.João Baptista - Ein Karen



 Belém
"Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz, e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem." S.Lucas 2:6-7

 Igreja da Natividade - Parte interna. Com seus pilares de calcário vermelho alinhados, a Basílica actual é semelhante às Igrejas construídas neste lugar, nos séculos IV e VI.

Uma estrela de prata marca o local do nascimento de Jesus. Sobre ela estão inscritas as palavras: "Hic de Virgine Maria Jesus Christus natus est - Aqui da Virgem Maria nasceu Jesus Cristo".


Igreja de Santa Catarina - A tradicional Missa do Galo, que se vê em todo o Mundo, na véspera de Natal, é transmitida desta Igreja.

Uma imagem de Nossa Senhora e outra do Menino Jesus que é usada na missa de natal.

Jerusalém
" E vi um novo céu e uma nova terra: porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra;...E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus". Apocalipse 21:1-2



" Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedreja os que a ti são enviados!... Eis aí abandonada vos é a vossa casa. Ora, Jesus, tendo saído do templo, ía-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo.  Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada." Mateus 23: 37-24:2

De Jerusalém ficaram só ruínas e do Templo um muro de suporte exterior do recinto. Conhecido durante séculos como o Muro das Lamentações, veio a ser para os judeus o lugar mais sagrado de oração - o mais perto que podiam chegar ao local do santo Templo. Desde a reunificação da cidade em 1967 chama-se o Muro Ocidental e já não é unicamente uma fonte de tristeza.
 Até o próximo post!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Diário de Viagem

Shalom!
Bom dia a todos. Como prometemos aqui segue mais uma parte de nossos registros da viagem a Terra Sagrada.
Monte Tabor
Como a canção : " Nós viemos ao monte tabor..."
" E transfigurou-se diante deles. E o seu rosto ficou refulgente como o sol e as suas vestiduras se fizeram brancas como a luz.  E eis que lhes apareceram Moisés e Elias falando como ele.  Eis que uma lúcida nuvem os cobriu.  E eis que saiu uma voz da nuvem que dizia: Este é o meu querido Filho em quem pus a minha complacência." Mateus 17:2-5

Basílica da Transfiguração, construída em 1924.

 Alex em vista do Monte Tabor. O monte Tabor destaca-se graciosamente acima do Vale de Jezreel. O Tabor ergue-se para o céu, como um altar que o Criador construiu para si! Efectivamente, quando se olha para a Terra Santa, do alto do Monte Tabor, sente-se que o panorama da história e da fé se estende perante nós.


Monte das Tentações
E ali Ele foi tentado pelo demônio....


Massada
Elevando-se a uns 396 metros por cima das margens do Mar Morto, o palácio localizado na fortaleza natural de Massada foi completamente reconstruído por Herodes, o Grande.  Herodes fez do pico quase inacessível um refúgio fortificado em caso precisasse alguma vez de abrigo seguro. Ele erigiu no pico de Massada uma muralha armada fortalecida por torres de vigia.

Hoje em dia se pode chegar ao pico de Massada por dois caminhos antigos ou no teleférico moderno

Paulinho - Herodes construiu o seu Palácio Suspenso em três níveis do precipício norte de Massada.


 Qumram
Local onde foi encontrado manuscritos dos mais antigos sobre a vida no antigo Israel. Os rolos incluíam as mais antigas cópias do Velho Testamento jamais encontradas, e provam que a Bíblia, que nós conhecemos hoje, é quase indêntica à que era estudada à volta do tempo de Jesus.
Ah, aqui também foi o local onde encontramos a nossas malas de viagem que haviam sido extraviada!! Hehe
Nas cavernas foram encontrado mais de oitocentas cópias de manuscritos - dos mais minúsculos fragmentos até 12 rolos quase completos

Jerusalém
Nossos pés pisaram as tuas portas, ó Jerusalem, assim como Tu Jesus o fizestes a dois mil anos.

 Alex e Paulinho na chegada a Jerusalém , em vista para a cidade.

Ein Karen
"Naqueles dias levantou-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou em casa de Zacarias e saudou a Isabel. Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre!!!" S.Lucas 1:39-42
Foi aqui que Maria veio, depois do anjo Gabriel a ter informado que a sua prima Isabel estava grávida.

Paulinho. Fonte de Maria Nossa Senhora, onde se diz que a Virgem descansou, antes da subida final para a casa de sua prima.

 Subida para a Igreja da Visitação. Paulinho e Dom Beda

Igreja da Visitação-parte interna.

Igreja da Visitação - parte externa

Pintura da parte interna da Igreja da Visitação. Maria encontrando sua prima Isabel.
Foi nesse local que Maria proclamou o Magnificat. Podemos ver na parte externa da Igreja, o Magnificat recitado em todas as línguas.
Vamos então terminar este post, com uma das mais belas orações da Bíblia:
"A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírtio exulta em Deus meu Salvador; porque atentou na condição humilde de sua serva.  Desde agora, pois,  todas as gerações me chamarão bem-aventurada".