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sábado, 18 de janeiro de 2014

Visitar Jesus nos Sacrários


Jesus disse à Beata Alexandrina em Balasar, Portugal , em 1934 e 1945 nas aparições aprovadas pela Igreja Católica:
" Visite-me em meus Sacrários. Sacie a sede que tenho de ser amado. Quero sempre te encontrar nos meus Sacrários pedindo-me pelos pecadores. Se soubesse como isso me consola... O que eu mais quero é perdoá-los e salvá-los. Estes momentos de Adoração são de grande alegria e consolação para mim. Seja a minha alegria. Que seja também pregada e propagada a devoção aos Sacrários, porque passam dias e dias em que não me visitam. São tantos aqueles que, embora entrando na Igreja, nem sequer me saúdam e não param um momento para adorar-me. Por eles, dei meu Sangue e fiquei nos Sacrácrios, mas eles desprezam as minhas graças. Ali fico abandonada e esquecido por muitos. Eu te amo tanto. Estou sempre com você. Não te abandono em nenhum momento. Quero derramar muitas graças. Ajudo todos os que me pedem. Estou feliz com o que fazem por mim. Esteja em recolhimento comigo. Falemos um ao outro com amor e ternura. Coloque sobre mim todas as preocupações da sua vida e peça-me aquilo que deseja. Confie em Mim. Eu te olho em suas grandes dificuldades. Incline-se no meu Sagrado Coração e encontrará a força para tudo. Lute por mim. Estou sempre lhes esperando. Eu desejo muitos fiéis prostrados diante dos Sacrários e muitas almas verdadeiramente eucarísticas. Não me  deixe sozinho na minha Eucaristia. Ouça e atenda ao pedido do seu Jesus. Faça que eu seja amado, consolado e reparado na minha Eucaristia. Diga a todos para honrarem as minhas Santas Chagas e as Dores de minha Mãe. Ela está sempre com você. Medite a minha Paixão. É com amor ardente que eu quero ser amado. Se o Sacrário fosse bem compreendido... O Sacrário é vida e amor, alegria e paz. Mas o Sacrário é desprezado... O Jesus do Sacrário não é compreendido. Console-me. Você quer me dar consolação? Necessito tanto dela nesta hora... Vim ao seu coração buscar alegria, amor, consolação e a reparação que desejo. Você quer me alegrar? Alegre-se comigo!"
 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Passio Domini - segunda parte



Podemos tomar vários momentos como pontos de meditação para unir-nos mais ao Senhor e à Sua obra redentora.

Na quinta-feira:
- Podemos agradecer muito pelo sublime dom da Eucaristia e pedir perdão por todas as negligências, ofensas, ultrajes e sacrilégios, pelo quais o Senhor é continuamente ofendido.
- Podemos acompanhar Jesus como os Apostólos e acolher em nosso coração o Seu convite: " Ficai aqui, enquanto vou orar."
- Podemos aprofundar-nos em Sua angústia mortal: "Minha alma está triste até a morte" e consolá-Lo através de nossa presença, como também interceder pelos moribundos.
- São as horas nas quais o Senhor Se deixou confortar por um Anjo (Lc 22, 43). Podemos, portanto, deixar  inspirar-nos por este Anjo e confortar o Senhor, pela nossa oração, intercessão e pela nossa luta, sobretudo quando o cansaço nos quiser fazer desistir e a oração ficar difícil e pesada.
- Nestas horas, o Senhor suou sangue. Podemos pedir estas gotas de sangue do Senhor, que caíram por terra (Lc 22,44), e alcançar assim as graças que o mundo, a Igreja, as almas e nós mesmos mais precisamos.

Na sexta-feira:
- Na sexta-feira, é bom meditarmos uma via-sacra. Também as sete Palavras de Jesus na Cruz merecem nossa meditação particular.
- Sempre, porém, seja na quinta-feira seja na sexta-feira, pode-se tomar outro momento da Paixão de Cristo, como por exemplo: a traição de Judas; a negação de Pedro; o interrogatório; a prisão; a condenação; Jesus diante de Pilatos; a flagelação ou a coroação de espinhos.

Resumidamente, a Passio Domini é para nós:
um convite que quer ser acolhido;
um mistério que precisa ser descoberto;
uma missão específica e importante que devemos assumir e viver cada vez mais profundamente,
no amor de Cristo, nosso Mestre,
conforme o exemplo de Maria,
a Mãe debaixo da Cruz,
e em união com os nossos irmãos celestes,
os Santos Anjos.

Texto extraído: Passio Domini - Ir. Maximilian M. Plochl 
Foto: Capela da Comunida Mariana Aliança Eterna

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O que é a Passio Domini



Com o termo "Passio Domini" ("Paixão do Senhor") se entendem as horas da Paixão de Jesus, desde a quinta-feira à noite, às 21:00h, até a hora da Sua Morte na sexta-feira, às 15:00h.
Buscamos nestas horas - horas de graças especiais de união com Jesus em Seu combate espiritual e Seus sofrimentos salvíficos - , cada um conforme as suas possibilidades, reservar um tempo adequado para a oração, intercessão e meditação daquilo que Jesus fez e sofreu por cada um de nós, sobretudo na quinta-feira à noite e durante as horas da cruz.
Podemos passar este tempo sozinhos ou em grupo, numa igreja ou em casa, conforme as possibilidades e a preferência de cada um.

Certamente, pode-se meditar a Paixão do Senhor em qualquer horário. No entanto, como entre os dias da semana há um dia especial da ressurreição do Senhor, o domingo, no qual o Senhor nos oferece graças especiais para participarmos do mistério salvifíco da Sua ressurreição , assim também há dias e horas  peculiares da Sua Paixão, nas quais, de um modo singular podemos entrar neste mistério de amor e dor, rezando, meditando e padecendo com o Senhor. 

Na fidelidade a este piedoso exercício da Passio Domini se revela a nossa busca da união mais íntima possível com o Senhor, que só se alcança por meio de um amor que é capaz de suportar com Ele a provação e o sofrimento. Procuramos sintonizar o nosso coração com o Coração de Jesus e conformar as nossas intenções com as Suas.
Assim, a Passio Domini se apresenta diante de cada um de nós como um convite do Senhor a segui-Lo e a acompanhá-Lo em Sua Paixão. "Celebrar" a Passio Domini significa responder a este convite, tomando sobre nós o suave jugo de Jesus e unindo-nos a Ele  em Sua luta pela salvação dos homens.
São, sem dúvida, horas de recordação, nas quais lembramos o que Jesus fez e sofreu para nós, durante as últimas horas de Sua vida.
Mas a Passio Domini é mais do que recordar o que aconteceu no passado. Por isso, são também horas nas quais procuramos associar-nos à Paixão de Jesus na Igreja e na humanidade dos nossos dias, reparando as ofensas e os pecados de nosso tempo. Há tantas dificuldades, discórdias na Igreja, tanto sofrimento no mundo que nos rodeia.  Tudo isso queremos levar conosco nesta horas, a fim de que haja um encontro com a Paixão do Senhor.  As horas da Passio Domini se transformam desta maneira, pela nossa participação, em momentos nos quais acontece a redenção de muitas almas pelo Sangue de Jesus.
Texto:Passio Domini - Ir. Maximilian M. Plochl
Fotos: Capela da Comunidade Mariana Aliança Eterna - Semana Santa de 2010.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Oremos pela Sede Vacante

“A transformação da humanidade está na frágil, branca, Hóstia Consagrada, Sacramento da Presença de JESUS no mundo.” Bento XVI


Acompanhamos em Adoração ao Santíssimo Sacramento as últimas horas do Pontificado de Bento XVI e as primeiras horas do período de Sede Vacante.

“Vigiai e Orai” a renúncia do Papa acontece no momento em que recordamos “Jesus no horto das Oliveiras”. (Quinta-Feira à noite)

Recomendamos a todos nesse período de Sede Vacante que oremos pela nossa Santa Igreja. Vigiai e Orai pelo Papa e pela Igreja - uma vigília que comece às 15:00h (Hora da Divina Misericórdia) no Brasil. E/ou a noite “vigiando e orando” (cf Mt 26, 36-46) a partir das 21hs até 00:00h na Passio Domini ( saiba mais no nosso tópico sobre a Passio Domini)

Recomenda-se vivamente uma sadia preparação para a Vigília com a Confissão, Santa Missa e Sagrada Comunhão!

O Papa Bento nos pediu: 

"Continuem a recordar-se de mim diante de Deus."

Os que não podem estar diante do Santíssimo exposto ou no Sacrário, coloque-se em oração na sua própria casa!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Segredos

Continua coMigo, alma, porque Eu agora quero revelar-te outros segredos de Amor e de dor, segredos que acompanharás tanto melhor quanto maior for o teu amor e com quanta maior dor Me acompanhares. Se ficares aqui coMigo, compartilharás da Minha dor, porque a alma que Me acompanha no Horto tem aqui direitos e deveres a respeito da Minha dor sagrada.

Tem sobre esta dor, direitos e deveres que Nenhum dos que estão lá fora que não querem, que receiam entrar ou que não são chamados para cá, ousará disputar-lhe porque quem pisa o Horto coMigo, torna-se possuidor daquilo que Eu sofro, de modo a coMigo partilha-lo. É difícil aquilo que se vai passar agora, pois os Meus olhos vêem o pecado que eu tenho que pagar a Justiça divina, o pecado que Eu tenho que pagar na totalidade dos seres humanos, assumindo-o, tomando-o sobre Mim.
Esta visão é terrível. O pecado é a coisa pior, mais feia, mais repugnante, que se pode por diante de Mim. E pecado é aquilo que vejo diante dos Meus olhos.

Não há lugar algum na terra, para onde Me possa virar, que não encontre coberto de pecado do presente, do passado e do futuro. Como um mar de lama podre, o pecado avança para Mim, fazendo-Me tremer e voltar a dizer as mesmas palavras: "Pai, tudo Te é possível; afasta de Mim este cálice”.
E, como criança amedrontada, ao ver a enormidade de pecado que avança para Mim, chamo pelo Pai no meio da Minha angústia, pelo meigo nome que Lhe chamava desde Menino, quando me encontrava com Ele nos doces abraços da Minha oração: "Abba!"
"Abba! Ó Pai! Mas não se faça o que Eu quero, senão o que tu queres"! Como criança Me submeto nos Seus braços, no meio de uma dor infinita e também de uma confiança e uma submissão infinita, Mas era preciso! Era preciso que Eu assumisse sobre Mim todos os pecados dos filhos.

Apareceu-Me então um Anjo do Céu para confortar-Me.
O conforto que esse Anjo Me trouxe, as palavras que Me disse, o Evangelho não vos explica, deixando muito à vossa piedade e imaginação. Não precisais realmente de saber muitos pormenores a esse respeito, porque o Anjo confortou-Me como Anjo, e vós tereis que o fazer como criaturas humanas. Basta-vos que o Anjo veio, que Me confortou de forma a deixar-­Me com mais forças para o grande sofrimento que Eu via aproximar-se.
No confronto deste Anjo, deverá por os teus olhos, pedindo-lhe que venha em teu auxílio, que te ensine a forma de também tu Me confortares hoje, precisamente hoje, nesta quinta-feira da tua vida, em que aceitaste estar aqui coMigo em todas as quintas-feiras que vieres ao Meu Horto da Agonia.

Com o auxílio deste Anjo e do teu próximo Anjo, a quem também pedirás ajuda, procura desenvolver uma forma de conforto, para Mim, a tua própria forma de consolo, forma própria de criatura humana, pois nunca saberias confortar-Me como Anjo. Vê aqui que também tu nas tuas íntimas agonias, será confortado pelo teu anjo se como Eu rezares e aceitares com humildade a Vontade do Pai. Então, como o cordeiro baixei a cabeça ao primeiro golpe do pecado, que Me inundou, ficando ali como alguém que mergulha num esgoto. Em Mim nada via senão sujidade. Era o pecador.

Assumi, tomei sobre Mim todos os teus pecados, os que cometeste e o que ainda cometerás ao longo da tua vida. Todos eles, mesmo aqueles que te mais envergonhes, ali estavam sobre Mim. Tomei sobre Mim, todos os crimes cometidos ao longo dos séculos, via-Me diante do Pai como um pecador um filho desobediente, traidor, coberto de toda a imundície de que é capaz a vossa humanidade.
Todos os pecados de que tens conhecimento aqui estão, sobre Mim, como se Eu os tivesse cometido.
Acompanha-Me agora na Minha vergonha, na dor profunda, da infinita Pureza que se vê, de súbito, coberta das maiores sujidades, da suma Inocência que se vê conspurcada, do infinito Amor que se vê coberto com os ódios de todos os tempos. Tens diante de ti Aquele que está, coberto com todos os pecados do mundo, com todos os crimes, mesmo os mais repugnantes.

Olha-me. Que vês? Um rosto aflito, sim, e tanto mais aflito, quanto mais engrossa o pecado que vem sobre Mim, quanto maior é o pecado que se apresenta, para eu assumir. Baixo a cabeça ... Tremo. Quem pode acudir-Me aqui? Quem Me dirá uma palavra de consolo, agora? Quem Me dirá uma palavra amiga? O Anjo já se foi embora e os que se diziam Meus amigos, os que se diziam capazes de morrer por Mim, estão a dormir.

E tu, dormes, ou estás a vigiar coMigo? Será tu capaz de Me dizer uma palavra de carinho, de afeto, uma palavra verdadeiramente amiga, neste momento? Espero essa tua palavra, porque se aproximam os grandes pecados, que tenho assumir por ti e pelos teus irmãos, para que vós possais salvar.

Vem as grandes traições, traições entre as criaturas, traições para tomadas de poder, traições contra os povos, traições a promessas, traições a votos matrimoniais e a votos religiosos. Assumo-os com muita mágoa, sim, passam a ser Meus.
Vem as mentiras e as calúnias, sobre Mim, que nunca menti. Vem as palavras de falsidade, de intenção escondida, as palavras de ódio, de raiva, as palavras impuras e as que escandalizam. Todas elas cobrem os Meus lábios, como se Eu as tivesse proferido.
Vem sobre Mim os crimes de morte, morte de inocentes e morte de culpados, os crimes que provocam mortes aos milhões nas guerras fratricidas no teu mundo.
Vem todas as injustiças acumuladas ao longo dos séculos e dos milênios, todos os roubos de todas as maneiras possíveis, desde os roubos materiais, aos roubos de reputação, de melhoria de vida, de companhia familiar ou de amizade.
Vem sobre Mim, todas as invejas e maus atos subseqüentes com que sempre alguém sai prejudicado, através de palavras que lhe são dirigidas ou obras que lhe prejudicam a vida.
Vem também todos os abandonos aos mais fracos, os abandonos de crianças, colocadas em situações degradantes, que, por esse abandono, se tomam infelizes, carentes, marginais da sociedade; abandono de idoso, morrer pelas ruas, ou em casas onde, em conjunto, esperam pela morte, sem alegria, sem convivência e sem amor, abandonos estes feitos por aqueles que mais os deviam amar.

Assumo aqui o pecado do pai que abandona o filho e do filho que abandona os pais, entregando uns e outros ao sofrimento da morte em vida.
Vem ainda sobre Mim, os desesperos, com toda as suas formas de descarga e com o culminar do suicídio, que toma a Deus o direito de dispor da vida de cada ser que criou.
Mas, vem também sobre Mim o crime de morte maior que os outros que chegaram primeiro. Aparece agora o abominável crime do aborto. Também ele, como manto de lama, vem cobrir o inocente, que espia em nome de todos.

Vem agora os pecados das grandes orgias, os pecados da gula, da comida e da bebida, praticados em todas as sociedades, e aqueles que viciam as pessoas os pecados dos alcoólicos e daqueles que se entregam a qualquer vício de droga, assim como os de todos os que por qualquer forma os aliciam e lhes tomam possível a prática desse vício.
Chegam agora os pecados que Me dão um nojo ainda maior que aquele que já sinto, depois de aceitar tanta lama sobre Mim. São os pecados da carne, com todas as suas formas e aberrações possíveis, desde os pensamentos aos atos.
Sinto-Me em agonia total. Parece não Me ser humanamente possível suportar mais. Mas ainda não é tudo, pois vejo chegarem os pecados do orgulho das pessoas e dos povos.

É este o pecado que eleva a outras espécies de pecados, que conduz ao querer do melhor, a ganância, a avareza, a injustiça que faz sofrer o irmão, em faltas de caridade sem conta. Toda a falta de caridade que existe no mundo tem a raiz neste orgulho) cujo o peso universal Me faz vergar de horror.
É o pecado daqueles que não querem servir, que não querem servir no seu dever, nem servir os seus irmãos. É o pecado que impede o perdão e lança os meus filhos em lutas grandes e pequenas.
É o pecado que Me horroriza, pois é totalmente contra Deus, que na sua eterna glória ocupa o lugar mais alto e, por isso, não pode desejar subir, mais descer para todos os filhos.

Deus é o primeiro em humildade, o primeiro a descer. Este pecado que se Lhe opõe é o desregramento daqueles que não querem trabalhar, não querem servir, não querem obedecer e, por isso, se revoltam contra o seu Deus, contra os seus irmãos e contra tudo o que lhes acontece que os contraria, tanto na vida familiar e social, como na vida profissional, passando pelos problemas de saúde, pelo tempo que faz e pelas prescrições dos Meus Mandamentos e das leis da Minha Igreja.
Por isso se revoltam e passam para o lado oposto, o lado das trevas eternas, onde ninguém serve, mas onde todos sofrem, porque todos se odeiam e odeiam o seu criador.

Curvado até o chão, não conseguirei suportar mais nada, sem que essa aflição faço; rebentar do Meu Corpo o Sangue Redentor. E com profundo horror que vejo chegar agora as blasfêmias, os desvios de doutrinas, dentro da Minha Igreja, todas as práticas de seitas de ocultismo, de bruxaria, de satanismo.
Vêm os sacrilégios em todas as formas, as faltas de amor a Deus, de todas as maneiras pelas quais os homens a manifestam. Sim, agora foi peso demasiado, foi aflição que Me atingiu tão forte e profundamente, que fez os capilares do Meu Corpo abrirem-se e derramarem Sangue em gotas semelhantes ao suor.

Este Suor de Sangue, em pequenas gotas que se juntavam e corriam em gotas maiores, cobria toda a pele do Meu Corpo. Assim como vedes o rosto de um trabalhador todo banhado em suor, aqui poderás ver o rosto deste Trabalhador banhado em Sangue, que continua a brotar em minúsculas gotas.
Olha para Mim, contempla o Meu rosto, molhado por este Suor. Não são três ou quatro gotas a escorrer pelas Minhas faces, é um pontilhado de gotinhas, que se juntam umas as outras e Me molham todo o rosto, e contraído em aflições que não consegues avaliar nem compreender corretamente, pois não entendes o efeito que o pecado tem sobre a Pureza Infinita.

Contempla o Meu rosto aflito, amargurado, de quem não pode fugir a um peso que esmaga, os Meus olhos esmaecidos, procurando um rosto, um consolo que não aparece.
Procuro os Meus discípulos. Voltaram a dormir, e olham-Me confusos, confusos por terem dormido, quando deviam vigiar e orar, e porque não compreendem o motivo porque Eu Me apresento em tal estado de abatimento e aflição, e o porque do Meu rosto ensangüentado. Nada entendem porque não se mantiveram presentes, como nada entendem aqueles que não velam coMigo, aqueles que dormem e os que se distraem por fora, quando é preciso estar coMigo, acompanhar-Me.

Só os que Me acompanham, observam, contemplam e sabem os porquês daquilo que parece confuso, sem significado, difícil de compreender. Sim, é preciso estar coMigo, permanecer coMigo, para entender as coisas, pois só Eu sou a Fonte de todo o conhecimento.
Só os que permanecem coMigo contemplam, só os que ficam coMigo sabem os Meus segredos, e entram na Sabedoria pela porta da Minha dor, que é a única porta por onde se entra a para encontrar a verdadeira Sabedoria, aquela que o mundo não entende, porque se enredam em idéias falsas, para adormecer os que preferem ficar longe.
Escuta, Meu filho, Eu deixei os Meus discípulos com instruções para rezarem, e tinham Me afastado até a distância de um tiro de pedra, mas nada os impedia de irem avançando para junto de Mim

Se eles tivessem rezado, o Amor tê-lo-ia feito aproximar, e Eu não os mandaria embora. Teriam visto como Eu sofri. Teriam aprendido coMigo a sofrer. Teriam recebido forças para o combate que se aproximava. Teriam podido acompanhar-Me e consolar-Me na Minha dor.
Assim, permaneceram a distância, não rezaram, adormeceram, e quando os procuro, não percebem nada, estão confusos, não sabem o que dizer. Não faças tu isso em nenhuma quinta-feira. Permanece coMigo, no amor que te faz continuar aqui, apesar de todas, as dificuldades que possas sentir.

Fonte: Extraído do livro "Faz-Me Companhia" de Maria Stella Salvador - Ed. Paulus.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Junto de Mim

Depois do período da Páscoa, demos um tempinho sobre nossas reflexões sobre a Passio Domini....agora voltamos. Hoje a meditação é sobre a importância do Sacerdócio. Vamos meditar:

Ficai aqui no Horto, junto de Mim, aqui onde os Meus Discípulos, que eram os novos Sacerdotes, falharam. Por isso, esta noite, deveis reservá-la para rezar pelos Sacerdotes, de modo especial.
Não penseis, meus filhos, que a unção sacerdotal os dotou de forças maiores que as vossas para resistir as tentações. Continuam a ser pessoas, fracas como todos vós, com a agravante de, pelo alto cargo que lhes confiei, se levantarem contra eles redobrada fúria, as hostes inimigas.

Não tenhais dúvidas de que eles são mais tentados que vós em todos os aspectos e não só em alguns. Não penseis que os problemas deles se resolveriam se mudassem as leis da Igreja seu respeito, porque é grande o leque dos problemas que os atingem.
Não vos convençais só com aquilo que vos parece mais visível. Essa é uma faceta para a qual, ultimamente, se têm virando as luzes do mundo.
Não é acabando com o celibato dos Padres que eles se tornariam melhores, mais santos, mais cumpridores.
A vida de sacerdotes não estaria resolvida para eles, nem sequer no aspecto da castidade, que é a que vos parece ter maior importância.
É realmente de uma grande importância, mas se a castidade não está resolvida nem adquirida pelos leigos pelo casamento, como o estaria para os sacerdotes com a possibilidade de casar? Para eles as tentações continuariam nesse aspecto, como continuam para todos os homens, casados e solteiros.
E mesmo que o casamento para alguns fosse solução, outras tentações, noutros campos, continuariam a levantar-se, com igual ou maior violência.
Sabeis meus filhos, que os sacerdotes são mais tentados que vós, por isso, deveis rezar por eles. É dever de caridade de irmão e dever de filhos, para com aqueles que vos representam junto de mim.

Por isso, meus filhos, rezai por eles na minha companhia, nesta noite, nesta noite de amor e dor.
Rezai por aqueles que se transviam neste caminho em que aceitaram servir-Me, este caminho onde um dia entraram com amor e alegria, e hoje põem em dúvida perante as dificuldades que encontram.
Pedi por aqueles sacerdotes que não rezam, não imploram graça e luz para as suas dúvidas e tentações, que não pedem perdão pelos seus pecados e que não rezam por aqueles de quem têm responsabilidade.
Pedi pelos sacerdotes que se entregam exclusivamente às obras, que vivem no desejo do êxito, que se deixam embalar pelos louvores e descuidam da sua vida espiritual.
Pedi pelos sacerdotes que se envaidecem do seu saber, que estudam para mostrar cada vez mais sabedoria ao mundo, mas cujo saber está eivado de doutrinas falsas, que põem em dúvida a Minha própria palavra nas Sagradas escrituras, e assim geram a descrença nos filhos que lhes confiei.
Pedi pelos sacerdotes mundanizados, que apreciam as festas, as comodidades, os luxos que o dinheiro dá e por isso, se aproximam apenas das pessoas mais ricas e desprezam os pobres.
Pedi pelos sacerdotes que desprezam o trabalho humilde do confessionário e o atendimento daqueles que os procuram na necessidade de um conselho, que afastam as almas aflitas com palavras de aborrecimento e pressa, que afastam as pessoas da confissão, da qual eles próprios se afastam também.
Pedi pelos sacerdotes que se deixam dominar pelos sentidos e pelas paixões, pelos que se deixam seduzir com palavras de mel, com o Meu nome e o de Minha Mãe nos lábios, enganando incautos, tristes, desanimados e ingênuos, levando-os para o seu próprio pecado oculto.
Pedi pelos sacerdotes que recusam a Minha Cruz e atiram com ela para os ombros dos irmãos, com manifestações de mau gênio ou de preguiça.
Pedi pelos sacerdotes que tem cargos de chefia, de destaque, os que são dirigentes de grupos, pelos que estão no ensino e pelos que tem o encargo de responder perante os meios de comunicação, por todos os que são superiores de casas religiosas, pelos que estão ligados a grandes obrigações pastorais.
Pedi pelos sacerdotes encarregados de pregar, para que lhes seja dada a luz e a pureza necessária aos bons frutos de sua missão.
Pedi por aqueles sacerdotes que, debruçados a uma secretaria, se vêem rodeados de papéis para analisar, de assuntos para resolver.
Pedi por aqueles sacerdotes que chegaram ao fim do dia e não tiveram uma hora para estar comigo.
Pedi pelos sacerdotes que trabalham nos hospitais para que saibam transmitir a paz e a esperança aos doentes e preparem os que vão morrer, transmitindo-lhes o Meu Amor.
Pedi pelos sacerdotes que andam de paróquia em paróquia, assoberbados de trabalho, e pelos que estão doentes ou são idosos.
Pedi pelos sacerdotes que são vítimas de intrigas e calúnias, pelos que são falsamente Acusados, para que recebam forças para a sua cruz.
Pedi por aqueles sacerdotes que estão continuamente rodeados de pessoas que se convencem de que eles são santos e os rodeiam de muitos perigos, além de os fazerem perder tempo.
Pedi pelos sacerdotes que estão tentados e em trevas, que não vêem o caminho, que não sabem mais que fazer de sua vida, para que a luz de que necessitam lhes seja dada.
Pedi pelos sacerdotes que estão tentados e em trevas, que não vêem o caminho, que não sabem mais o que fazer de sua vida, para que a luz de que necessitam lhes seja dada.
Pedi pelos sacerdotes que não tem já a verdadeira fé, que se deixaram dominar por idéias falsa e já não acreditem nos sacramentos, não crêem na Minha presença Eucarística, admitem as faltas de respeito e os abusos.
Pedi pelos sacerdotes que já não obedecem ao Santo Padre e se afastaram da Minha Igreja.
Pedi pelos sacerdotes que estão arrependidos de ter seguido o caminho do sacerdócio e pelos que estão tentados a deixá-lo.
Pedi pelos sacerdotes que cederam à tentação e Me abandonaram e erram agora pelos caminhos do mundo. Rezai pelos que estão arrependidos do passo que deram, mas não vêem possibilidades de mudar de vida, pelas responsabilidades que assumiram, mas rezai ainda mais pelos que não se arrependeram e fazem gala de sua traição.
Pedi pelos sacerdotes que resistem, que rezam e trabalham, pelos que cumprem o seu mundo, para que perseverem nessa atitude e avancem cada vez mais no caminho da santidade.

Rezai pelos sacerdotes que se afadigam e sofrem muitas necessidades e perigos nas Missões, para que sejam fortalecidos cada vez mais.
Rezai pelos sacerdotes falecidos, pois também eles tem muita necessidade da vossa oração e tendes para com eles também esse dever de caridade.

Este é o grande trabalho das vossas quintas-feiras, é a tarefa importante que vos confio.
Rezai pelos sacerdotes esta noite, sim rezai muito por eles, e, apesar de poderdes pedir por outras pessoas, rezai principalmente por eles, nas diversas situações de responsabilidade e de perigo em que se encontram.
Pedi pelos sacerdotes, aqui junto de Mim, por isso é muito importante para eles, e eu agradecer-vos-ei o que por eles vos esforçardes.
Mas chegai-vos para bem perto de Mim, porque além daquilo que espero de vós a respeito dos sacerdotes, há outros assuntos que, do Meu Horto de dor, vejo no vosso mundo, no mundo em que viveis agora. Isso quero também dizê-lo, em confidência aos vossos corações.

Tereis coragem de ficar e de ouvir até ao fim os motivos que Me levam a dizer: “A Minha Alma está numa tristeza de morte”...

Fonte: Livro "Faz-Me Companhia" de Maria Stella Salvador - Ed. Paulus.

quinta-feira, 29 de março de 2012

No Horto

Continuando nossas reflexões sobre a Passio Domini:

Nesta noite de quinta-feira, é no Horto que marco encontro convosco e contigo também. Esta é uma noite que podereis tornar de muito amor, se estiverdes dispostos a abdicar das vossas comodidades, para ficar comigo.
Quantas vezes, estas mesmas comodidades estão para vós em primeiro lugar! Pergunto-vos como podeis ficar sossegados em casa, ir tranquilamente para distrações, nesta noite, justamente nesta noite em que preciso de vós, da vossa companhia, da vossa oração, porque é a noite em que muito mal se faz pelo mundo.
As noites dessa quinta-feira, sexta-feira e sábado são as noites da prática de maiores pecados, mas a de quinta-feira é a que recorda a minha noite de Amor e, por isso, é a noite escolhida pelo meu inimigo, para mais Me ultrajar.
Que sabeis disso? Nada, vós nada sabeis, porque, para saberdes alguma coisa, era preciso terdes tomado parte nessas cerimônias de sacrilégio.
Não sabeis e não queiras saber senão que nas noites de quinta-feira o mal está mais ativo e procura ultrajar-me diretamente, ainda mais que nos outros dias e nas outras noites.
À quinta-feira, enquanto dormes, sou cruelmente ofendido em cerimônias feitas expressamente com esse fim e com o fim de procurar elevar o próprio mal e cultuá-lo.
É por isso que vos peço que, nesta noite, entreis comigo no Horto e Me façais companhia, que procureis com o vosso amor reparar os ultrajes efetuados em lugares que talvez sejam perto do lugar onde estais.
Não vos admireis que vos peça companhia no Horto e, como tal, vos faça recuar no tempo, Meus filhos, Eu sou o Senhor do tempo. Para Mim não há tempo. O tempo só existe para vós.

É verdade que ressuscitei e estou no Céu, mas isso não quer dizer que vivais em contínua alegria enquanto o pecado se expande, enquanto as forças do mal estão ativas, muito mais ativas do que aqueles que dizem amar-Me.
Se ressuscitei é porque morri. E morri no meio de dores que não podeis sequer imaginar. Não teria ressuscitado se não tivesse morrido, e então não teríeis agora uma Ressurreição para vos alegrar.
Passei pela morte, mas antes passei pelo Horto, onde vi tudo o que iria sofrer e a forma como, através dos séculos seria correspondido. Por isso é no Horto que espero a vossa companhia e a vossa reparação.

O Horto é um lugar onde não disse muitas coisas, porque não tinha companhia a quem dizer, porque o sofrimento Me fazia repetir sempre as mesmas palavras, e porque aqui é um lugar de oração intensa, e a oração quanto mais intensa, mais silenciosa se torna.
Não vos iludais, meus filhos, com orações muito bonitas, e não penseis que não sabeis rezar, porque não sois capazes de ter belas palavras para os vossos irmãos ouvirem. Reparai! A oração é para mim e não para os vossos irmãos, e Eu não preciso de ouvir os vossos corações.
Embora vos seja útil a oração em voz alta, para unir mais os irmãos entre si e para levantar o ânimo e orientar a oração de alguns, tudo isso tem seu tempo próprio.
Quando vos chamo ao Horto, para junto de Mim, quero apenas o vosso coração, sem dispersões exteriores. Não importa a ninguém se sabeis rezar bem ou não. Importa que estejais comigo, que o vosso coração fale comigo, que Me olheis só a Mim.
Nesses momentos também estou convosco, e o Meu Coração comunica-se ao vosso coração sem palavras.
Por vezes sentireis fervor nessas horas. Aproveitai então o calor sensível que vos dou. Outras vezes, sentireis aborrecimento, secura espiritual e custar-vos-á muito estar ali comigo.
Será então que estareis comigo mais plenamente, porque o Horto não foi para Mim lugar de prazer, mas de tristeza e de fastio espiritual, a ponto de pedir que passasse de Mim aquele cálice.

Quando tal acontecer, dizei as Minhas palavras as vezes que quiserdes, e permanecei ali comigo, embora vos pareça que não estais a fazer nada de útil. Pelo contrário, estas horas comigo são úteis.
São horas de companhia, que não deixarei de vos agradecer. Esse agradecimento traduzir-se-á em graças de grande utilidade para vós e para os vossos irmãos que delas necessitam.
Meus filhos, acreditai que, nessas horas de silêncio comigo, fareis mais pelo mundo do que faríeis se vos ocupásseis em pregações. Os vossos frutos serão mais copiosos do que seriam se vos ocupásseis em trabalhos importantes para a Igreja, ou em penitências a vosso gosto.
Se em alguma destas noites estiverdes muito cansado, tão cansado que não vos apeteça vir ter comigo ao Horto, vede, meus filhos, Eu não vos forço, apenas vos digo que, se quereis ir descansar com os Meus discípulos, que adormeceram porque estavam cansados e tinham muito sono, também olharei para vós com tristeza e perguntarei ao vosso coração: “Não pudestes vigiar comigo ao menos uma hora?”

Só não sentireis esta Minha pergunta, se o vosso coração estiver completamente dissipado e longe de Mim.
Prestai atenção ao que então disse sobre a oração. Sim, é para vós muito importante vigiar e orar, não só quando vos sentis com disposição, mas principalmente quando estais sem disposição, porque então estais em maior perigo de sucumbir às tentações, como aconteceu com os Meus discípulos.

Embora o descanso vos seja necessário, não é ele exatamente que vos faz fortes.
O que vos faz fortes é a oração, é a proximidade que possais ter comigo.
Se não vos entregardes ao vosso cansaço, mas vos entregardes a Mim, Eu serei o vosso repouso.
Não tenhais receio, que Eu não vos deixarei cair em cansaço, não tenhais receio, que não morrereis por estar junto de Mim, mas se morrêsseis, ficaríeis comigo.
Não tenhais receio de, por estar comigo, não ter força para o vosso trabalho, por terdes menos horas de sono porque Eu não sou ingrato para os que me amam e se sacrificam por Mim.
Não tenhais também receio de atrasar aquele trabalho que queríeis fazer neste serão, porque o trabalho que fazei no Horto, junto de Mim, é mais importante que qualquer outro trabalho.
Os vossos trabalhos podereis fazê-los noutras horas com a bênção que levais daqui, e que vos fará mais diligentes no que tendes para fazer.

Meus filhos, este Meu convite é uma honra para vós, como a honra que tiveram os Meus Discípulos, com as quais vós tanto gostaríeis de ter andado.
Convido-vos, como os convidei a eles. Vede se correspondeis melhor do que eles corresponderam.
Eles poderiam ter compartilhado muito comigo nessas horas em que adormeceram. Foi por terem adormecido que pouco puderam dizer a respeito das horas que passei no Horto.

Essa companhia será agora vossa. Essa partilha ficou reservada para vós.

Fonte: Livro Faz-me Companhia.Maria Stella Salvador. Ed.Paulus.

sexta-feira, 9 de março de 2012

O Grande Convite

Retomando a nossa reflexão sobre a Passio Domini....
Á entrada do Horto deixei os Meus Discípulos. Apenas tomei comigo Pedro, Tiago e João, aqueles três íntimos que costumavam estar mais perto de Mim, em situações em que o Meu Amor se manifestava de forma especial.
Mesmo estes três, deixo-os a pequena distância.
Vinde vós comigo, tu que estás agora aqui, tu que lês estas palavras. Oh! Não penses que este Horto, para onde Me dirijo, é lugar só para alguns, para privilegiados!
Aqui, junto de Mim é lugar para todos os que aqui quiserem vir reparar e interceder por aqueles que são a causa desta Minha Agonia de morte.
A maior parte dos Meus filhos não entende o Meu Horto de dor; lêem esta passagem bíblica, mas não se fixam nela, pois ela está velada como velado está o Meu rosto pelas lágrimas, pela tristeza e pela dor... E, ainda, em breve, pelo Suor de Sangue.

Meus filhos, vós não entendeis a necessidade que tendes, que o mundo tem, desta oração reparadora, na noite dolorosa de quinta-feira.
Vós não entendeis, porque não entendeis o Meu coração, porque não vos fixais no Meu rosto, porque Minha dor é para vós pequena coisa.
Apenas vedes as vossas dores, os vossos aborrecimentos, os vossos trabalhos. Estais fixos em vós mesmos e apenas sabeis pedir, pedir e pedir.
Dirijo-Me agora a vós. Sou Eu agora a pedir, a pedir o vosso tempo, a vossa disponibilidade, a vossa oração, tudo aquilo que tendes e que guardais tão ciosamente.

Que guardais nos vossos corações Meus filhos?
Guardais o vosso tempo. Esse tempo vos peço. Peço-vos que venhais comigo sem contar o tempo, que Me deis esse tempo, que disponhais dele para estar comigo, para Me acompanhardes nestas horas dolorosas.
Todo o tempo é Meu, sou Eu que vo-lo dou, enquanto vos mantenho vivos. Esse tempo que vos dou, tendes a obrigação delicada de Me devolver, nas horas que sabeis Me serem gratas.
O vosso tempo vos peço neste dia. Estas horas que reservais para vosso contentamento, quereis dá-las, ficando junto a Mim, para Meu contentamento?
Vinde então comigo, acompanhai-Me e penetrai neste Horto, que apenas é iluminado pela luz do luar. Tudo aqui é escuridão, e o luar põe manchas pálidas nas rochas, nas árvores e no Meu ros.

Quereis ficar aqui Comigo?
Não será um tempo fácil, mas Eu nunca prometi facilidade para ninguém. Vejo que hesitais. Que tendes no vosso coração? Tendes as vossas preocupações, os vossos desgostos, os vossos trabalhos.
Nenhum outro lugar melhor podereis encontrar para esconder as vossas dores e os vossos trabalhos, que o Meu Horto de dor.
É aqui o lugar onde se sofre, onde se aceita e se oferece. É aqui também o lugar onde poderei aprender, melhor que em nenhum outro, a maneira de sofrer. Olhando para mim, vereis como se sofre com Amor. Vereis como os vossos sofrimentos são pequenos em comparação com os Meus. Será no Meu Sofrimento que escondereis os vossos sofrimentos pessoais.

Que mais tendes no vosso coração, filhinhos?
Tendes os vossos amigos, os vossos familiares, as alegrias ou tristezas dessas amizades. Também Eu tinha amigos. E agora pergunto: onde estão? Sois vós do grupo dos Meus amigos? Se sois, então o vosso lugar é junto deste vosso Amigo.
Sim, Eu tinha amigos, mas agora estou sem eles. Os poucos que trouxe para perto adormeceram, e vós hesitais em ficar.
Bem sei aqui não é divertido. Eu também não estou a divertir-Me. Não vim aqui para divertir-Me, mas para sofrer.
Quereis sofrer comigo a falta de companhia, os desenganos de amigos, os abandonos, a solidão?

Sou o vosso Companheiro. Também Eu estou só, também Eu sofri traições e abandonos, também a Mim os amigos desenganaram, tu próprio Me desenganaste e desenganas todos os dias com o que fazes, com o que dizia, com o que pensas e com o que omites, depois de tudo o que Me prometes na oração... quando a fazes.
Trocaram-te por outras pessoas? Também a Mim o fizeram. Também tu a Mim o fazes com freqüência.
Preferias estar noutro lado, com amizades que te distraem, que dizem coisas agradáveis, talvez em formas de oração mais alegre? Também Eu quando fui para o Horto, teria preferido ir para outro lugar, onde encontraria amigos, talvez a casa de Lázaro, ou ir rezar para aqueles lugares onde a oração tinha sido o doce bálsamo das Minhas canseiras apostólicas.

Mas não devia ser assim nesta noite. Esta noite a orações é feita no Horto. É a noite da oração dolorosa e Eu não fugi dela. Se sois Meus amigos, acompanha-Me-eis e também não haveis de fugir.
Que mais trazeis no coração? Acaso pecados? Aqui é o lugar bom para Me pedirdes perdão por eles, porque neste lugar nada recuso de Misericórdia a quem Me pede, a quem Me acompanha.
Aqui no Horto a Minha Misericórdia corre em rio caudaloso e cobre todos os filhos que se querem aproximar.
Aqui a santidade é para vós e o pecado é para Mim, porque Eu assumo o vosso pecado.

Não é fácil para Mim assumir os teus pecados do mundo, em todas as épocas. Por isso te peço companhia. Por isso te peço companhia a todos vós, nestas horas dolorosas.
Não penses vir aqui para gozar consolações, porque o Horto não é lugar de consolação. Não o foi para Mim e não o será para vós.
O Horto é um lugar de solidão, de Amor e de sofrimento. Ainda que o sangue rebentasse pelos capilares do seu corpo, como aconteceu comigo, não deverias recitar-te a vir.
Vem, mesmo que te sintas só, mesmo que não saibas o que fazer pra consolar a Minha tristeza, mesmo que tenhas sono, mesmo que sofras ou chores.

Fica comigo aqui, e aprenderás comigo como é que se sofre. Fica comigo e aprenderás a amar, porque encerra uma larga escala de aprendizagem do sofrimento, primeiro do Meu Sofrimento e depois do teu, que mergulhado no Meu, adquirirá outro valor, outra projeção e outra forma de se manifestar em amor.
Amar é fácil. Só sabe amar bem quem sabe sofrer bem, e só sabe sofrer bem, quem aprende comigo a sofrer.
Fica comigo, para que a tua carne fraca seja fortalecida pelo Meu contato, e não venhas cair em tentações.
Fica comigo, vem aprender a estar comigo, vem aprender a amar.

Fonte: Livro Faz-me Companhia, Maria Stella Salvador. Ed. Paulus.
Foto: Horto das Oliveiras-Israel.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Vem Comigo

Vamos aproveitar esse tempo de Quaresma e dar continuidade as nossas reflexões e explicações sobre o sentido de se praticar a Passio Domini, como já introduzido em post anterior. Hoje refletiremos ao chamado do Senhor: Vem Comigo!

           Do Meu Sacrário, de todos os Sacrários onde estou, olho para vós.
Dizei-Me quantos querem, verdadeiramente, Aproveitar o Meu Sacrifício de Redenção?

Tive piedade de vós e deixei o Céu, deixei a Minha Glória, para vir viver no meio destes filhos. Tive pena, por não poderem fazer nada para modificar a desgraçada condição em que o pecado original os colocara, e ofereci-Me para reparar tal falta, embora sabendo que tal reparação devia estar em proporção com a Santidade do Pai, devia ser infinita. E ofereci-Me para a dor infinita.

Vivi entre nós, sujeito aos mesmos cansaços, À necessidade de comer e de beber, de dormir, de descansar, sujeito ao trabalho e a dificuldade de transpor distancias.

Sujeitei-Me a sofrer invejas e ódios de muitos, ingratidões e indelicadezas, faltas de compreensão, a ser caluniado, insultado, maltratado e morto.
A tudo Me sujeitei por amor de ti e por amor de todos os teus irmãos, mesmo por aqueles que Me faziam sofrer, por aqueles que Me mataram, e por aqueles que, no decorrer dos séculos Me esquecerem, me trocaram pelos seus prazeres e me traíram.
Queres agradar-Me? Vem fazer-Me companhia. Mergulha nas páginas dos Evangelhos diariamente, e vem para junto de Mim no tempo em que vivi na terra.

Vem comigo para o seio de Maria, Minha Mãe. Não há lugar mais propício à oração e ao recolhimento.
Aprenderás a oração silenciosa, oração feita mais de olhares que de palavras, oração feita de amor e adoração, que depois ressalta em caridade, mas caridade verdadeira, como a de Minha Mãe, caridade que sai de si própria, que avança sem esperar ser requisitada, que se dá sem esperar dar retorno, porque, para Ela, a caridade é serviço feito por amor.

Quem iria esperar que o Deus infinito, o grande Vencedor de todas as batalhas, se fizesse tão pequeno?
Vem aqui a esta gruta, adorar-Me e aprender a ser pobre. Aqui é um lugar privilegiado, onde nem todos gostam de vir. Preferem acompanhar-Me noutros lugares e vêem o Meu presépio com um sorriso condescendente, como se coisa unicamente para crianças ali estivesse.

Realmente, todos vos tendes de passar no Meu Presépio com espírito de crianças para adorar esta Criança que é Deus, e que aqui parece totalmente indigente e insignificante, tão insignificante que, muitos de vós, nem reparais nela nos vossos natais passados a correr entre prendas, doces e familiares, entre viagens e outras correrias.

A hora que gastarias a rir, a conversar, essa hora de que depois terias apenas uma lembrança de distração, mais em que o teu pensamento não estaria em Mim, Eu escolhi que a passasses comigo, porque quero, nessa hora, comunicar-te o Meu Amor, cobrir-te com a Minha ternura e com a Minha Misericórdia. Vê as situações por que te faço passar. Algumas são difíceis, outras até dolorosas. São participação da Minha própria vida, são o acompanhar-Me e viver comigo o dia-a-dia.
       
Assim estarás comigo e firme em Mim perante as doenças, tuas ou dos teus familiares, pois ver-Me-ás perante os doentes, e aprenderás a pedir a cura com humildade, a confiança e a perseverança que Eu gosto.
Aprenderás também a aceitar a Minha vontade, quando pareço que não te ouço, que não realizo os teus pedidos, que passo de largo e te deixo só.
Ficarás nessa aparência de solidão, como Minha Mãe, e aceitarás como Ela aceitou. Também como Ela, virás sempre ter comigo, mesmo quando tiveres dificuldade em Me encontrar.

Estando comigo, aceitarás tudo o que te dou, tudo o que escolho para ti, como aqueles discípulos que comigo conviviam.
Aceitarás aquelas dificuldades no teu trabalho, aqueles serviços que é preciso fazer e te desagradam, aquelas pessoas de mau feitio com quem tens que lidar, como os Meus Discípulos aceitavam.
Como eles também aceitarás sem reclamar o que tiveres para comer. Mesmo que não seja do teu agrado, o doce e amargo, o salgado e o ensonso, desde que tal não te seja proibido por motivos de saúde.
Ainda com eles, aceitarás as alturas de muito trabalho, em que o descasno tem um lugar menor, as dificuldades resultantes do tempo que faz, do calor, do frio, da tempestade.
Na companhia dos Meus Discípulos, viverás comigo, embora não vendo, mas procurando nessa amizade, nessa convivência em que Eu os ensinava em privado e lhes dava as explicações que Me pediam.
Fica comigo diariamente, porque quero conduzir-te ao lugar onde aqueles que vivem de discórdias e ambições só entram para Me fazerem sofrer, como os que assim o fizeram nesse tempo.

Vem, alma minha amiga, que queres ser fiel, mesmo que te sintas com misérias. Se te queres emendar, se não vives para ti, se não teimas naquilo que és, que julgas ser, naquilo que sabes ou julgas saber, se aceitas a humildade e a obediência à Igreja, vem para junto de Mim, porque Eu quero admitir todos os Meus filhos, numa expressão universal ao lugar onde sofri por vós, e onde podereis esconder no Meu, o vosso próprio sofrimento: ao Horto das Oliveiras, onde Pedro, Tiago e João adormeceram, deixando o campo aberto a todos aqueles que quiserem entrar e substituí-los na oração, que deviam ter feito e não fizeram.

Fonte: Livro Faz-me companhia. Maria Stella Salvador. Ed.Paulus.
Foto: Momento da Passio Domini, na Capela menor da Comunidade Mariana Aliança Eterna. Semana Santa de 2010.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Introdução a Passio Domini

Queremos pouco a pouco introduzir a prática da Passio Domini, tão rica na Igreja e que poucos conhecem.
 Aqui começamos uma pequena introdução do que vem a ser a Passio Domini, o que se faz nessas horas e o sentido dela. Também em próximas postagens iremos pouco a pouco detalhando esse tema e fazer entender que a Passio Domini é mais que uma adoração.

Na sua paixão, o Senhor fez reparação e pediu perdão a DEUS pelos nossos pecados. Convidou os Apóstolos a vigiar com Ele no Horto das Oliveiras, durante três amargas horas, mas eles não O entenderam e adormeceram.
DEUS continuou e continua a chamar almas, para que tomem parte nos Seus sofrimentos.
 Santa Margarida Maria Alacoque (1647–1690), escrevendo a terceira grande revelação de Jesus, com que foi privilegiada, diz o seguinte:
          "Em seguida, Ele revelou-Me as inefáveis maravilhas do Seu puro Amor, o excesso deste Seu amor aos homens, dos quais Ela nada recebe senão ingratidão e desprezo, e disse: “Isto causa-Me uma tristeza Maior do que tudo quanto sofri na Minha Paixão. Se os homens correspondessem, por pouco que fosse ao Meu amor. Eu julgaria pouca tudo quanto fiz por eles, e, se fosse possível, faria ainda muito mais. Contudo, eles pagam com frieza e desprezo todo o Meu zelo em lhes fazer bem. Por isso, ao menos tu, dá-Me alegria de reparar a sua ingratidão, tanto quanto puderes!
Em cada noite de quinta-feira para sexta-feira quero-te fazer participar na tristeza mortal, que Eu quis suportar no Horto das Oliveiras. Sem poderes compreendê-lo, serás mergulhada numa agonia mais dolorosa que a própria morte. Para estares união comigo naquela oração humilde, que Eu, então na Minha Agonia, dirigi, ao PAI, tens de levantar-te, e, das onze à meia-noite, ficar prostrada por terra e rezar comigo, para apaziguar a ira Divina e alcançar misericórdia para os pecadores. Assim aliviarás, de certo modo, a amargura que senti ao Ver-Me abandonado pelos Apóstolos, a quem deveria censurar porque não tinham sido capazes de vigiar, nem uma hora comigo. Nesta hora farás O que Eu te ensinar”.
 O tempo atual está cheio de dificuldades. Quase nunca a crise de fé foi tão profunda como hoje. Vemos como tem aumentado a falta de fé, o abuso da sexualidade, o aborto, o divórcio, o desespero, os suicídios, a soberba, as más criticas à Igreja, os sacrilégios, a infidelidade de sacerdotes e almas consagradas. A situação do mundo é de fatos penosíssima!
 O que é que ainda pode ajudar?
           - A oração e o sacrifício.
Há muitos movimentos e também alguns Institutos religiosos, que na noite de quinta-feira, fazem uma(s) hora(s) de oração pelos sacerdotes e pelas intenções da Santa Igreja.
           As horas da Paixão do Senhor são horas especiais, em que Jesus abre o seu coração para conceder ao mundo graças abundantes de conversão, luz e fortaleza. Nós também estamos convidados a entrar no Horto das Oliveiras, para vigiar e orar em união com o Senhor.
           
           Este convite “Faz-Me companhia na noite de quinta-feira”, significa:
           - Adorar o Senhor ofendido.
- Ter compaixão do Senhor que sofre.
- Repara os nossos pecados e os do mundo inteiro.
- Oferecer preces pelo Santo Padre, pelos Bispos, pelos Sacerdotes e pelo mundo inteiro.
- Haurir forças para suportar os nossos próprios sofrimentos.
- Alcançar graças para aqueles que estão longe e DEUS.
Cada semana comemoramos com gratidão e profunda participação o sofrimento e a morte redentora de Nosso Senhor: a Passio Domini Nostri Jesu Christi – a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Na noite de quinta-feira, observamos, se possível, uma hora santa e colocamo-nos em adoração, contemplação e intercessão, para vigiar pelo menos uma hora com Ele (cf. Mt 26,40) que no Getsêmani aceita o cálice das mãos do Pai (Cat., 612). A nossa intercessão é pelas intenções da Igreja, especialmente pelos sacerdotes e pessoas consagradas.
A sexta-feira é santificada como dia da cruz, do arrependimento e da graça (Cat., 1438; cân. 1250).  Medita-se a Via Crucis do Senhor e as Suas últimas palavras na Cruz. Dedicam entre as 12 horas e as 15 horas (cf. Mt 27,45-50; Jo 19,23-30) um tempo razoável para a intercessão e adorante contemplação de Jesus morto na cruz por nós.
         
          Tomemos, portanto a sério o convite do Senhor: “Vigiai e orai”, e o de Sua Mãe, que na aparição de 19.8.1917 em Fátima, disse aos pastorinhos: “Rezai, rezai muito e fazei sacrifício pelos pecadores, por que não há quem se sacrifique e peça por eles”.
Que muitas pessoas sejam tocadas pelo sofrimento do Senhor, despertem e se deixem inflamar do amor de Jesus que tanto nos ama e é tão pouco amado.
Fonte: 1) Livro Faz-me Companhia. Maria Stella Salvador. Editora Paulus.
          2) www.opusangelorum.org
Foto: Momento da Passio Domini na Obra dos Santos Anjos .

Obs: Nos dias 30/03 a 01/04 haverá um Encontro de formação sobre a Passio Domini na Casa de Nazaré - Obra dos Santos Anjos. Guaratinguetá-SP.
Para maiores informações: (12) 3122-9299 - brasil@opusangelorum.org 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Refletir a Passio Domini

Temos a prática da Passio Domini em nossa Comunidade, que é caminhar com Jesus nas últimas horas de sua vida, de sua Paixão e refletir nesse grande ato de amor, ela é realizada toda quinta-feira de 21h até 00:00h e na sexta-feira de 12h até 15h. Colocaremos aqui uma reflexão de São João da Cruz sobre esses últimos momentos de Jesus, reflita e faça também a Passio Domini em casa mesmo se não puder ir a uma Capela ou Igreja. Se não possuir condições físicas e de saúde para fazer a noite, faça sexta-feira a tarde!


" ...é manifesto ter ficado na hora da morte também aniquilado em sua alma, sem consolo nem alívio algum, no desamparo e abandono do Pai, que o deixou em profunda amargura na parte inferior da alma. Tão grande foi esse desamparo que o obrigou a clamar na cruz: " Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?" (Mt 27,46). Nessa hora em sofria o maior abandono sensível, realizou a maior obra que superou os grandes milagres e prodígios operados em toda a sua vida: a reconciliação do gênero humano com Deus, pela graça. Foi precisamente na hora do maior aniquilamento do Senhor em tudo que essa obra se fez; aniquilamento quanto à sua reputação, reduzida a nada aos olhos dos homens, e estes, vendo-o morrer na cruz, longe de estimá-lo, dele zombavam; quanto à natureza, pois nela se aniquilava morrendo; e enfim quanto ao seu espírito igualmente exposto ao desamparo pela privação do consolo interior do Pai que o abandonava para que pagasse puramente a dívida da humanidade culpada, efetuando a obra da redenção nesse aniquilamento completo.  Profetizando sobre isso, diz Davi:" Também eu fui reduzido a nada, e não sabia" (Sl 72,22). Compreenda agora o bom espiritual o mistério dessa porta e desse caminho - Cristo - para unir-se com Deus. Saiba que, quanto mais se aniquilar por Deus segundo as duas partes, sensitiva e espiritual, tanto mais se unirá a ele e maior obra fará. E quando chegar  a reduzir-se a nada, isto é , à suma humildade, se consumará a união da alma com Deus, que é o mais alto estado que se pode alcançar nesta vida. Não consiste, pois, em recreações, nem gozos, nem sentimentos espirituais, e sim numa viva morte de cruz para o sentido e para o espírito, no interior e no exterior."

São João da Cruz -Subida do Monte Carmelo - Edidora Vozes.