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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Santo Anjo da Guarda


Os anjos da guarda existem, não são uma doutrina fantasiosa, mas companheiros que Deus colocou ao nosso lado, no caminho de nossa vida: foi o que disse o Papa Francisco na homilia celebrada na manhã desta quinta-feira, 02, na Casa Santa Marta, no dia em que a Igreja celebra a memória dos Santos Anjos da Guarda.
“As leituras do dia – afirmou o Papa Francisco – apresentam duas imagens: o anjo e o menino. Deus colocou um anjo ao nosso lado para nos proteger: “Se alguém aqui acredita que pode caminhar sozinho, se engana muito”, cai “no erro da soberbia, acredita ser grande e auto-suficiente”.
“Todos nós, segundo a tradição da Igreja, temos um anjo conosco, que nos guarda, nos faz ouvir as coisas. Quantas vezes ouvimos ‘Deveria fazer isso, assim não, tenho que ficar atento…’ Muitas vezes! É a voz do nosso companheiro de viagem. Temos que nos assegurar que ele nos levará até o fim de nossa vida com seus conselhos, temos que dar ouvidos à sua voz, não nos rebelar, pois a rebelião, o desejo de ser independente, todos nós temos isso: é a soberba”.
“Ninguém caminha sozinho e nenhum de nós pode pensar que está só” – prosseguiu o Papa – porque temos sempre “este companheiro”:
“E quando nós não queremos ouvir seus conselhos, dizemos ‘vai embora’! Expulsar o companheiro de caminho é perigoso, porque nenhum homem ou mulher pode aconselhar a si mesmo. O Espírito Santo me aconselha, o anjo me aconselha. O Pai disse “Eu mando um anjo diante de ti para guardar-te, para te acompanhar no caminho, para que não erres”.
Papa Francisco concluiu assim a homilia:
“Hoje eu pergunto: como está minha relação com o meu anjo da guarda? Eu o escuto? Digo-lhe ‘bom dia’, lhe peço para velar meu sono, falo com ele? Peço conselhos? O anjo está ao meu lado!”.

Fonte: Rádio Vaticano - (02/10/14)

Fotos: Comunidade Mariana Aliança Eterna

Santo Anjo da Guarda


Os anjos da guarda existem, não são uma doutrina fantasiosa, mas companheiros que Deus colocou ao nosso lado, no caminho de nossa vida: foi o que disse o Papa Francisco na homilia celebrada na manhã desta quinta-feira, 02, na Casa Santa Marta, no dia em que a Igreja celebra a memória dos Santos Anjos da Guarda.
“As leituras do dia – afirmou o Papa Francisco – apresentam duas imagens: o anjo e o menino. Deus colocou um anjo ao nosso lado para nos proteger: “Se alguém aqui acredita que pode caminhar sozinho, se engana muito”, cai “no erro da soberbia, acredita ser grande e auto-suficiente”.
“Todos nós, segundo a tradição da Igreja, temos um anjo conosco, que nos guarda, nos faz ouvir as coisas. Quantas vezes ouvimos ‘Deveria fazer isso, assim não, tenho que ficar atento…’ Muitas vezes! É a voz do nosso companheiro de viagem. Temos que nos assegurar que ele nos levará até o fim de nossa vida com seus conselhos, temos que dar ouvidos à sua voz, não nos rebelar, pois a rebelião, o desejo de ser independente, todos nós temos isso: é a soberba”.
“Ninguém caminha sozinho e nenhum de nós pode pensar que está só” – prosseguiu o Papa – porque temos sempre “este companheiro”:
“E quando nós não queremos ouvir seus conselhos, dizemos ‘vai embora’! Expulsar o companheiro de caminho é perigoso, porque nenhum homem ou mulher pode aconselhar a si mesmo. O Espírito Santo me aconselha, o anjo me aconselha. O Pai disse “Eu mando um anjo diante de ti para guardar-te, para te acompanhar no caminho, para que não erres”.
Papa Francisco concluiu assim a homilia:
“Hoje eu pergunto: como está minha relação com o meu anjo da guarda? Eu o escuto? Digo-lhe ‘bom dia’, lhe peço para velar meu sono, falo com ele? Peço conselhos? O anjo está ao meu lado!”.

Fonte: Rádio Vaticano - (02/10/14)

Fotos: Comunidade Mariana Aliança Eterna

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Oferecendo nossos passos


Como conta o Pe. Afonso Rodrigues, no seu livro "Exercícios de Perfeição", de um eremita que tinha a sua cela muito longe da fonte e que por isso tinha a de fazer, todos os dias, uma grande caminhada para ir busca água. Indo um dia com o seu cântaro ao ombro, a fazer cálculos a ver para onde mudar a sua cela, para ficar mais perto e não ter que andar tanto, todos os dias, ouviu, atrás de si, alguém que contava: 1,2,3,4,5... e por aí além. Parou, olhou para trás e não viu ninguém. Pôs-se de novo a caminho, e a mesma voz  continuou a contar; olhou de novo para trás e não viu ninguém; e assim pela terceira vez. Então o monge parou e perguntou: 
- Quem é que vem aí atrás de mim a contar?
E essa voz respondeu:
- Sou o teu Anjo da Guarda, que vou a contar os teus passos para oferecê-los a Deus.
Então o monge respondeu:
- Pois se assim é, em vez de mudar a minha cela para mais perto, vou mudá-la para mais longe, para tu teres mais que oferecer a Deus por mim.

Fonte: Memórias da Irmã Lúcia II
Foto: São Miguel Arcanjo, Capela do Mosteiro da Santa Cruz, Fátima.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Sete frutos do Sacrifício

 As palavras do Anjo de Portugal acerca do sacrifício formaram uma luz que produziu sete santos efeitos nos pastorinhos. O ensinamento acerca do sacrifício, quando acolhido profundamente na alma com amor, ajuda o homem em primeiro lugar a entender Quem é DEUS, porque "DEUS é o amor". Se nunca tivermos passado pela experiência do transbordar do amor e da Sua bondade ao temo-nos doado a nós mesmos em amor que se sacrifica, como será possível compreendermos verdadeiramente o amor? Todo o mundo egoísta deseja amor, porém, não compreende o que vem a ser o amor, já que este só poderá ser entendido na doação de si mesmo e no sacrifício.

A graça de DEUS bate secretamente em nosso coração e torna-nos capazes de amá-LO e de nos darmos a ELE. Na medida do sacrifício do nosso coração, somos capazes de receber a DEUS em nossa alma. Em segundo lugar, somente aqueles que se abriram têm a experiência do amor ardente a DEUS e o compreendem, amando-O tão ardentemente quanto ELE nos ama. E, em terceiro lugar, compreendem o quanto ELE, por Sua vez, deseja ser amado por nós. Uma alma muito santa,repleta de amor a DEUS, perguntava ao seu director espiritual: "Como é que DEUS é capaz de me amar assim tanto?" Ele apenas pode responder que o amor de DEUS é infinito, porque DEUS é o amor infinito. E, na sua sublimidade acima de todos os outros amantes, DEUS é completamente livre na escolha do Seu amor, pois é do Seu agrado dar; ELE ama para dar: àquele a quem ELE ama, ELE dá quanto pode, de maneira que ELE sempre os pode amar mais ainda. "Dai e vos será dado; será derramada no vosso regaço uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante, pois com a medida com que medirdes sereis medidos também" (Lc 6, 38).
Em quarto lugar, a alma compreende que o crescimento no amor é peregrinação espiritual que requer tanto o pé esquerdo da oração, como o pé direito do sacrifício.
Quantas almas se empenham em corresponder ao pedido da Mãe de DEUS que nos apela à oração, mas, mesmo assim, quase não apresentam progressos! O seu conhecimento de DEUS mal supera uma luz turva, nem falar duma chama ardente de amor. A causa de tudo isto reside no facto de que essas pessoas rezam sem acrescentarem à oração uma medida correspondente de sacrifícios. É como se o seu pé direito estivesse pregado no chão e o seu movimento fosse a vida inteira em círculo ao redor de si mesmas, sem entretanto, avançarem no amor de DEUS e ao próximo como deveriam. Mas a alma que já iniciou o seu progresso no caminho da oração e do sacrifício -mesmo que fosse com pequenos passos- rapidamente descobre o valor do sacrifício. E esta é a quarta luz. Mais tarde, os pastorinhos teriam a oportunidade de ver o fruto das suas orações e sacrifícios na forma de inúmeras conversões. Todavia, a beleza da luz transmitida pelo Anjo na força do ESPÍRITO SANTO consistia no facto de ter sido infundida directamente no seu espírito, ou, conforme Lúcia disse, havia sido "gravada indelevelmente", e com tanta clareza, que os pastorinhos como que reconheceram essas verdades em DEUS.
 
Em quinto lugar, tornou-se-lhes claro o quão agradável é o sacrifício a DEUS, e, em sexto lugar, que o sacrifício tem o poder de alcançar a conversão dos pecadores. Mesmo que já tivéssemos de "saber" isso quando pensamos na morte redentora de CRISTO, -"Por isto, o PAI ama-Me, porque dou a Minha vida, para tornar a tomá-la" (Jo 10,17) tal saber especulativo deve penetrar até ao coração, a fim de moldar as nossas convicções mais profundas.
Somente quando a "verdade do nosso espírito" se tornar um "bem" de nossa vontade é que a nossa fé se manifestará em grandes actos de amor. O Anjo transmitiu aquela luz amorosa e aquela graça à qual elas, em sétimo lugar, responderam com um zelo incansável na oração e no sacrifício: "E, desde aí, passávamos largo tempo assim prostrados repetindo-as (as palavras do Anjo), às vezes, até cair cansados".
Lúcia descreve muitos sacrifícios que eles se impunham para a conversão dos pecadores. Davam o seu almoço a algumas crianças pobres da redondeza. Em vez da sua refeição habitual, comiam sementes de carvalho e bolbos silvestres colhidos por eles mesmos. Muitas vezes, até no torturante calor do verão, passavam o dia todo sem um único gole de água. Por iniciativa própria, "inventaram" o cinto da penitência, que lhes deveria causar dores e incómodos para que assim tivessem algo que oferecer a DEUS e a Nossa Senhora pelos pecadores.
Tornaram-se verdadeiramente insaciáveis na ânsia de aplacar a sede do Senhor pela salvação dos pecadores. Nisso podemos ver o verdadeiro heroísmo de Lúcia, Jacinta e Francisco, em comparação com o qual as nossas modestas mortificações parecem apagadas. O Anjo estava presente invisivelmente e ajudava-os em todas as suas iniciativas. O que Lúcia declara acerca da ajuda do Anjo num determinado período da sua vida, tem validade para toda a nossa vida: "Nesses dias, fazíamos as acções materiais como que levados por esse mesmo ser sobrenatural (o Anjo) que a isso nos impelia". A ajuda do Anjo sempre nos é oferecida. Nós, entretanto, devemos mostrar-nos dignos da mesma através de um zelo santo nas coisas de DEUS. Então tornar-se-ão verdadeiras as palavras de Santo Inácio de Loyola: "As pessoas que estão empenhadas intensamente na purificação dos seus pecados e que no serviço ao Senhor passam do bom para o melhor ... é próprio do Espírito Bom inspirar-lhes coragem e força, consolos, lágrimas, advertências e calma, facilitando a transpor todos os obstáculos ou retirando-os para que sempre mais se avance na prática do bem" (Exercícios espirituais, parágrafo 315).

 http://cumsanctisangelis.blogspot.com.br/2012/01/o-anjo-de-fatima-um-mestre-no-amor.html

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Passos para viver com o Santo Anjo


1°) Conhece-me
2°) Ouve-me
3°) Pergunta-me
4°) Obedece-me
5°) Aprende
6°) Consagra-te
7°) Agradece-me

Padre Miguel - ORC
Foto : Anjo de Portugal - Casa "Mãe Gabriele". Fátima- Portugal.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Oração ao Anjo da Guarda


Santo Anjo do Senhor,
meu ziloso guardador,
pois que a ti me confiou a piedade divina,
hoje e sempre me governa,
rege, guarda e ilumina.
Eu te dou a minha mão
e prometo de coração
que me deixo guiar por ti com docilidade
para, no Céu, alcançar a eterna felicidade.
Amém.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Missa em honra aos Santos Anjos da Guarda

Missa celebrada em nossa Capela em honra aos Santos Anjos da Guarda no dia 02 de outubro


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Santos Anjos da Guarda


Santo Anjo da Guarda, que vedes continuamente a Face do nosso Pai que está nos céus, a vós Deus me confiou desde o início da minha vida.
Agradeço-vos de todo o meu coração por vosso amorosos cuidados.
Entrego-me a vós  e vos prometo o meu amor e a minha fidelidade.
Peço-vos: protegei-me contra minha fraqueza e contra os ataques dos espíritos malignos; iluminai a minha mente e o meu coração, a fim de que eu sempre conheça  e cumpra a vontade de Deus; e conduzi-me à união com DEUS PAI e  FILHO e ESPÍRITO SANTO. Amém.

domingo, 29 de setembro de 2013

Festa dos Santos Arcanjos

A partir do século VI, celebrava-se em algumas igrejas do orbe cristão uma festa dos Anjos em que eram invocados nominalmente os Arcanjos, que constituem um dos Coros angélicos. S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael é a ordem em que já aparecem numa ladainha grega, datada provavelmente do século VII, de forma destacada e honrosa.
Sabemos pelo testemunho das Escrituras e do Magistério da Igreja que os Anjos são criaturas de Deus, puramente espirituais, oficiantes da liturgia celeste e ministros da Providência; assim ajudam-nos a percorrer o caminho da perfeição.

Quando nos convida a celebrar a festa dos Santos Arcanjos no dia 29 de Setembro, a Igreja espera de nós uma reflexão mais demorada. É nosso dever render graças a Deus pela glória e pelo gozo dos Anjos; agradecer-Lhe por constituí-los como nossos celestiais protectores; unirmo-nos a eles no culto de adoração e louvar ao Criador e, particularmente, suplicar-lhes o auxílio para o propósito de sempre obedecermos à Vontade do Pai, assim como eles livremente escolheram fazê-la no Céu de forma irreversível, definitiva e imutável.
Isto nos ensina a Igreja no Prefácio dos Anjos:
"Proclamamos a Vossa imensa glória, que resplandece nos Anjos e nos Arcanjos, e, honrando estes mensageiros celestes, exaltamos a Vossa infinita bondade, porque a veneração que eles merecem é sinal da Vossa incomparável grandeza sobre toas as criaturas".

Rezemos aos Arcanjos:

SÃO MIGUEL ARCANJO
Vós, Príncipe dos exércitos celestes, Vencedor do dragão infernal, recebestes de DEUS força e poder para aniquilar, pela humildade, a soberba do príncipe das trevas. Insistentemente vos suplicamos que nos alcanceis de DEUS a verdadeira humildade de coração, uma fidelidade inabalável no comprimento contínuo da vontade de DEUS e uma grande fortaleza no sofrimento e na penúria. Ao comparecermos perante o tribunal de DEUS – Socorrei-nos para que não desfaleçamos!

SÃO GABRIEL ARCANJO
Vós, Anjo da Encarnação, Mensageiro fiel de DEUS, abri os nossos ouvidos para que possam captar até as mais suaves sugestões e apelos da graça emanados do Coração amabilíssimo de nosso Senhor. Nós Vos suplicamos que fiqueis sempre junto de nós, para que, compreendendo bem a Palavra de DEUS quer de nós. Fazei que estejamos sempre disponíveis e vigilantes – Que o Senhor, quando vier, não nos encontre dormindo!

SÃO RAFAEL ARCANJO
Vós que sois lança e bálsamo do amor divino, nós vos suplicamos, feri o nosso coração e depositai nele um amor ardente a DEUS. Que a ferida não se apague nele, para que nos faça perseverar todos os dias no caminho do amor – Que tudo vençamos pelo amor!


Fonte: http://cumsanctisangelis.blogspot.com.br/p/espiritualidade.html

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Oração dos jovens ao Santo Anjo



Meu Anjo,
tu, poderosa promessa de Deus,
nunca te vi,
mas o Senhor me diz que estás aqui.
Não te conheci,
mas sempre estiveste presente.

Fica comigo, tu, amigo sagrado,
de dia e durante a noite,
quando estiver sozinho ou acompanhado.
Fica ao meu lado,
onde mais ninguém puder ir comigo,
onde mais ninguém puder ajudar,
onde mais ninguém puder aconselhar.

Protege-me, tu, forte ajudante,
luta por mim,
afasta de mim o que me fere
e livra-me da queda. Amém.

De Youcat - Oração para os jovens

domingo, 23 de junho de 2013

Oração ao Santo Anjo da Guarda do Brasil

Enquanto os analistas debatem sobre o verdadeiro significado político do descontentamento do povo brasileiro, somos chamados a fazer uma leitura mais profunda dos acontecimentos. Estamos diante de uma "primavera brasileira" ou estas passeatas são, na verdade, as folhas de outono que, varrendo as ruas, prenunciam um rigoroso inverno?


Santo Anjo do Brasil, vós fostes encarregado pelo PAI ETERNO de guardar esta Terra de Santa Cruz e ajudá-la a crescer e desenvolver-se conforme Seus desígnios benevolentes.
Nós cremos no vosso poder junto de DEUS e confiamos na vossa prontidão em socorrer-nos. Sede, pois, nosso guia para que cumpramos convosco a nossa missão no mundo.
Ajudai a Igreja no Brasil a anunciar CRISTO com franqueza e alegria e penetrar toda a sociedade com o fermento do Evangelho.
Afastai, com a força da Santa Cruz, todos os poderes inimigos que ameaçam o povo brasileiro.
Unimoos as nossas preces às vossas. Apresentai-as diante do Trono de DEUS, para que, unidas ao sacrifício de JESUS, oferecido diariamente em nossos altares, alcancem aquelas graças que mais precisamos nesta hora de combate espiritual.

E guardai-nos, sempre debaixo do manto protetor de Nossa Senhora Aparecida, nossa Mãe e Rainha, para que permaneçamos fiéis no caminho de JESUS, o único que nos conduz da terra ao Céu. Lá na assembleia de todos os povos, unidos como uma só família de DEUS, louvaremos e agradeceremos convosco ao PAI Eterno, com seu FILHO e ESPIRITO de Amor, por tado a eternidade. Amém

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Hoje: Santo Anjo da Guarda de Portugal

                                             "Eu sou o Anjo de Portugal"
Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia. As 3 aparições deste anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima.
Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Esta oração acompanhou os pastorinhos sempre.
A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”.
Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois disso, o Anjo da Eucaristia, entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.”
Esta oração nos une com Maria, ao reparador Jesus Cristo, no mistério da Eucaristia para a glória da Santissima Trindade.
Santo Anjo da Guarda de Portugal, rogai por nós

quinta-feira, 7 de março de 2013

Santuário de Fátima fixa a data da evocação das aparições e da mensagem do Anjo

A partir deste ano, o Santuário de Fátima fixa a data de 21 de março para evocação das aparições do Anjo da Guarda aos videntes, Lúcia, Francisco e Jacinta.
Não tendo a Irmã Lúcia nos seus escritos, nem os interrogatórios oficiais realizados aos videntes e aos seus familiares indicado em concreto os dias das três aparições ocorridas em 1916, o Santuário de Fátima decidiu passar a evocar estas aparições numa data que se aproximará da data da primeira aparição.
Foi escolhido 21 março, dia do equinócio da primavera; passará portanto a ser esta data a celebrativa destas aparições.
Este ano o programa será o seguinte:
21:30 - ROSÁRIO E PROCISSÃO aos locais das aparições do Anjo, com início na Capelinha das Aparições.
O anúncio da intenção de realização desta evocação anual das aparições do Anjo foi feito recentemente pelo Reitor do Santuário de Fátima, no XXXII Encontro de Guias-Intérpretes, realizado a 14 e 15 de fevereiro, no qual participaram mais de 50 pessoas, entre guias-intérpretes e funcionários dos serviços de acolhimento aos peregrinos do Santuário.
“O Santuário de Fátima celebra com solenidade e com grande visibilidade as aparições de Nossa Senhora, nunca tivemos a tradição de celebrar as aparições do Anjo. Queremos agora persistir para que também estas aparições se tornem um momento significativo no nosso calendário”, afirmou o Padre Carlos Cabecinhas recordando no entanto o grande destaque que lhes foi dado no ano pastoral de 2010-2011, em que todas as celebrações e iniciativas estiveram centradas na mensagem destas aparições.
O Reitor destacou igualmente que o programa proposto para a vigília de oração do próximo dia 21 terá necessariamente de ser preparado a pensar também nos peregrinos de outros idiomas que eventualmente estejam em Fátima e que pretendam participar.
Recorde-se que, na tentativa de esclarecer melhor as datas destas aparições, a Irmã Lúcia, nas suas memórias (Memórias da Irmã Lúcia I), escreve: “Parece-me no entanto que deveu ser na Primavera de 1916 que o Anjo nos apareceu, pela primeira vez, na Loca do Cabeço (…); a segunda deveu ser no pino do Verão, nesses dias de maior calor (…); a terceira aparição parece-me que deveu ser em Outubro ou fins de Setembro, porque já não íamos passar as horas da sesta a casa”.
O padre Luciano Cristino, diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima, na publicação “Santíssima Trindade, adoro-Vos profundamente”, recorda que “a identificação mais completa dos sítios (das aparições do Anjo) só foi possível na visita que a própria Irmã Lúcia fez, a 21 de Maio de 1946, à Cova da Iria, Cabeço, Valinhos, Aljustrel e Fátima”.
(Fonte: boletim informativo do Santuário de Fátima)

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Monte Sant`Angelo

Nos fins do século V, quando na cadeira de São Pedro regia a Igreja o Papa São Gelásio, um pastor que apascentava uma manada de vacas no alto do Monte Gargano, na Itália, província da Apúlia, querendo obrigar um novilho a sair de uma caverna onde se refugiara, desferiu lá dentro uma flecha, a qual retrocedeu com a mesma velocidade, vindo ferir quem a lançara.

Este fato causou admiração nos que presenciaram este acontecimento e a notícia foi longe e chegou também aos ouvidos do Bispo de Siponto, cidade que ficava no sopé da montanha.

Julgou ele tratar-se de algum misterioso sinal da parte de DEUS e ordenou um jejum de três dias em toda a diocese, pedindo ao SENHOR se dignasse revelar-lhe do que se tratava. DEUS escutou as orações do Prelado e, passados três dias, apareceu- lhe o Arcanjo São Miguel declarando-lhe que o SENHOR queria que a ele, Anjo tutelar da Igreja, e aos outros Anjos, se edificasse naquela caverna, onde se manifestou o prodígio, uma igreja em sua honra, para reavivar a fé e a devoção dos fiéis no seu amor e proteção, como Anjo custódio da Igreja Católica.

Tendo o Bispo comunicado ao povo a visão que tivera e o que lhe fora pedido, foi ele próprio, com muita gente, observar o local. Encontraram uma caverna espaçosa em forma de templo, cavada na rocha, com uma fenda natural na abóbada, de onde jorrava a luz que a iluminava. Nada mais era preciso que pôr um altar-mor para celebrar os Divinos Mistérios. Levantado o altar, o Bispo consagrou-o. Todos os povos vizinhos acudiram para a cerimônia cheios de alegria e a festa durou vários dias.

Nunca mais até hoje se deixou de celebrar ali a Santa Missa, como também os outros ofícios litúrgicos, e DEUS consagra este lugar através dos séculos, com graças e milagres de toda a espécie, em favor dos que lá acorrem, doentes de corpo e alma, mostrando quanto Lhe é grata a devoção em honra do glorioso arcanjo São Miguel que defendeu, quando da revolta de lúcifer, a fidelidade ao DEUS Uno e Trino, soltando este grito: AMIGOS, QUEM É COMO DEUS?

O Santuário do glorioso Arcanjo na gruta do Monte Gargano, é considerado um dos mais célebres e devotos de todo o Mundo. A Igreja, para atestar este fato histórico, marcou para o Calendário Litúrgico Universal a Festa Comemorativa desta aparição, no dia 8 de maio. Esta festa foi obrigatória para toda a igreja até à nova reforma litúrgica após o Concílio Vaticano II.

Atualmente, só é obrigatória na diocese de origem e em alguns calendários particulares.O Monte Gargano onde está este santuário, fica perto do convento de Nossa Senhora da Graça, onde viveu e morreu o célebre estigmatizado Padre Pio de Pietrelcina, falecido há pouco, em odor de santidade.

Dois anos depois da primeira aparição do Arcanjo São Miguel no Monte Gargano, quando da invasão da armada do rei godo Odoacro, São Lourenço, Bispo de Síponto, diocese a que pertencia Gargano, subiu ao local para pedir proteção a São Miguel que ali pedindo ao povo que o acompanhasse na oração e no jejum e se aproximasse dos Sacramentos da Confissão e da Comunhão. Na aurora do dia 29 de setembro do ano 492, estando o Bispo em oração, apareceu-lhe São Miguel, prometendo-lhe a vitória mas dando ordens para que não se atacasse o inimigo antes das quatro horas da tarde, a fim de que o sol fosse testemunha do seu poder. À hora fixada, os sipontinos saíram da cidade ao encontro dos bárbaros. O céu estava sereno. Mas eis que se ouviu um grande trovão, uma nuvem espessa cobriu o Monte Gargano. 

São Miguel desprendeu dessa nuvem flechas inflamáveis e fez compreender que a tempestade fustigava os bárbaros que, espavoridos, fugiram em debandada. Estas flechas não atingiram os sipontinos que perseguiam os invasores até perto de Nápoles.

O Bispo com o povo subiram à gruta do Arcanjo e todos viram, à entrada, os traços dos pés de um homem, gravados na rocha, indicando a presença de São Miguel.Com lágrimas nos olhos, todos beijaram comovidos estes traços, que eram testemunhas da presença angélica que os defendera.

A terceira aparição de São Miguel deu-se deste modo: No dia 8 de maio de 493, São Lourenço, o Bispo de Siponto foi com o povo ao Monte Gargano, à entrada da gruta, para agradecer a DEUS, a aparição de São Miguel. Tinha um grande desejo de lá entrar para celebrar o Santo Sacrifício da Missa, mas por respeito, não entrou.

Como o Papa São Gelásio se encontrava numa localidade perto, onde fora no seu múnus pastoral, mandou-lhe emissários a expor-lhe o assunto de transformar a gruta num santuário. O Santo Padre disse que se devia escolher o dia 29 de setembro, dia da vitória sobre os godos, para se dedicar a igreja localizada na gruta, fazendo dela um templo em honra a São Miguel e aos Anjos. Recomendou que se fizessem preces públicas para conhecer a vontade do Arcanjo.

Estas preces foram ouvidas e São Miguel apareceu pela terceira vez a São Lourenço, Bispo de Siponto, e disse: "Cessa de pensar mais, decide-te a consagrar a minha gruta que eu escolhi para meu domínio e que consagrei com os meus Anjos; tu verás os sinais ardentes desta consagração, a saber: a minha imagem colocado por mim, o altar edificado pelos Anjos, meu manto e minha Cruz. Esta noite, tu e mais sete bispos, entrareis na minha gruta para aí rezardes com a minha assistência. Amanhã celebrarás o Santo Sacrifício da Missa e comungarás com o povo. Haveis de ver quantas bênçãos espalharei neste tempo." 

Tudo se fez como São Miguel recomendou. Penetrando na gruta, viram a imagem milagrosa de São Miguel lutando contra lúcifer, o altar armado com uma Cruz de cristal com cinco palmos, um manto cor de púrpura, símbolo do Amor de DEUS, e no fundo uma fonte milagrosa. O Bispo celebrou a Missa, deu a Sagrada Comunhão ao povo. Em seguida, mais três altares foram consagrados na gruta. O Papa mandou então que este fato passasse a ser celebrado na Igreja Universal no dia 29 de setembro de cada ano. A Basílica de São Miguel no Monte Gargano, é a única no Mundo que ele próprio e os seus Anjos consagraram.

Este local é ainda hoje um dos mais célebres da cristandade e onde se realizam mais conversões e curas do corpo e da alma. A assistência religiosa está atualmente confiada aos filhos de São Bento, os monges beneditinos.

Muitos Sumos Pontífices têm ido em peregrinação a este Santuário, e no mês de maio de 1987, ali esteve também o nosso Papa João Paulo II.
Palavras ditas por JESUS CRISTO à Carmela de Milão, célebre carismática dos nossos dias, filha espiritual do célebre Padre Pio de Pietrelcina, falecido em odor da santidade, já com o processo de beatificação em Roma, e que eu tive a felicidade de o conhecer pessoalmente:
"Invoca muitas vezes o arcanjo São Miguel que se encontra à cabeça dos 9 coros angélicos, e que o meu Vigário, pela vontade do ESPÍRITO SANTO, quis estabelecer como defensor da Igreja.

Dirige muitas vezes o teu pensamento para ele, porque grande é o seu poder e a sua força. Ele é o terror dos anjos rebeldes que venceu na terrível batalha dos Anjos bons contra os maus e que os precipitou no abismo. Ele defendeu infatigavelmente a Igreja contra as heresias e ajuda toda a alma que o invoque com devoção e amor, a vencer as batalhas da vida, sobretudo, contra os demônios.

Ele é o Arcanjo da humildade e alegra-se em ensinar a prática desta virtude aos homens que lhe pedem.O seu brado: "QUEM É COMO DEUS?" que significa o seu nome, é mais adequado para exprimir a virtude tão necessária da humildade, que consiste no conhecimento da grandeza de DEUS ante o vosso nada. Pela sua intercessão pede a humildade para todos os homens da Terra. Reza-lhe não só pela Igreja, mas também por todas as nações, para que ele de novo traga a paz ao Mundo, onde os demônios vão semeando uma horrenda carnificina. Estabelece-o como defensor da tua casa, para que ele afaste o maligno e todos os males, sejam eles quais forem."


Um pouco de história:

Em meio ao Parque Nacional do Gargano,na província de Foggia, Itália, às margens da Floresta Umbra, Monte Sant’ Angelo atrai o olhar do visitante desde longe pelas suas pequenas casas brancas colocadas em fila no vertente. De lá se goza de um sugestivo panorama sobre o golfo de Manfredonia.

O seu nascimento se coliga com a aparição do Arcanjo Miguel em uma gruta no 8 de maio de 490 e de outras (492 e 493) que, fizeram desse lugar um ponto de devoção e meta de peregrinação.
Foram esses últimos a fazer de Monte Sant`Angelo um ponto religioso do próprio estado, decretando assim o Santuário Nacional tornandorse meta de peregrinos, papas, santos, reis e imperadores.
Aqui terminava a via Sacra que unia Mont Saint Michel na França à Monte Sant’ Angelo.
No IX, deu- se início a construção do Castelo depois ampliado pelos normandos.
O santuário, saqueado pelos saracenos em 871, como toda a Puglia teve que sofrer mais de um século de confrontos entre longobardos e bizantinos a fim de conhecer finalmente uma fase de paz com o início do domínio dos normandos (XI). Foram eles mesmos a construirem as muralhas a fim de proteger o burgo e a magnífica Torre dos Gigantes. 
Tornou- se cede do baronato da família Grimaldi em 1552 e, assim permaneceu até 1802, ano pelo qual passou ao Cardinal Ruffo di Calabria por vontade dos Borboni.
Em 1861, depois do final do Reino das Duas Sicílias, pela intervenção sabauda e das tropas comandadas por Garibaldi, a Puglia e Monte Sant’ Angelo entraram a fazer parte do Reino da Itália.

A visita a esse burgo fascina e, é impressionante a sua riqueza e densidade de obras arquitetônicas românicas: partindo do Santuário de San Michele Arcangelo, de onde é possível admirar a arte escultórica do arquidiácono Acceptus (XII) ao lado da qual se tem a Torre dos Giganti.
Os restos da Igreja de S. Pietro (XII) conservados na Tumba de Rotari, na realidade um Batistério românico dedicado a San Giovanni. E, ali perto, é possível visitar a românica Igreja de Santa Maria Maggiore (XII) com uma bonita fachada e afrescos ao seu interior (XII- XIV).

A visita então se conclui ao Castelo, uma testemunha incrível de um passado distante (IX , remanejado diversas vezes), de onde é possível admirar um panorama único de toda a região.
A mais ou menos dois quilômetros de Monte Sant’ Angelo é possível visitar a Abadia de Santa Maria de Pulsano, construída em 591 sobre os restantes de um templo pagão dedicado ao herói- vidente Calcante.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A Hora do Ângelus


Paulo VI, numa encíclica mariana, incentiva a que se conserve o piedoso exercício do ângelus. O caráter simples, bíblico e de longa tradição histórica reforçam o valor dessa oração.

A piedade católica tradicional acostumou-se à hora do ângelus. Essa devoção qe lança raízes na Idade Média e tem origem na tradição franciscana. Ao toque do sino, quando do romper da manhã, os cristãos veneravam a Virgem Maria, recitando três ave-marias, intercaladas por três versículos bíblicos. O primeiro reza: O Anjo do Senhor anunciou a Maria e ela concebeu do Espírito Santo. Em seguida, se diz: Eis aqui a serva do Senhor, faça em mim segundo a tua Palavra. E termina com um último versículo: E o Verbo de Deus se fez carne, e habitou entre nós.
Recitam-se os versículos bíblicos, comumente, em forma dialogal. A primeira metade reza quem dirige a oração e a comunidade responde a outra metade. Após cada versículo, diz-se uma ave-maria. Durante a Páscoa, modificam-se os versículos e omitem-se as ave-marias.
Mais tarde, começou-se a rezá-lo mais uma vez, ao meio-dia. E mais tarde ainda, pelo século XIV, recitava-se o ângelus também ao entardecer. Daí em diante ficaram consagrados os três momentos: às 6 horas da manhã e da tarde, e às 12 horas. No século XV, percebeu o Papa Calisto III a semelhança da maneira de chamar à oração do ângelus pelo toque do sino com o costume dos muçulmanos que ouvem idêntico chamado à oração desde o alto dos minaretes. E então, em tempos de guerra com os turcos, ele relacionou as duas orações – cristã e islâmica - e prescreveu o ângelus em Roma a fim de obter a proteção da Virgem no combate contra esses inimigos da fé católica.
S. Pedro Canísio, com seu manual dos católicos, universalizou tal prática na cristandade. Os últimos papas, sobretudo a partir de Pio XII, têm valorizado muito essa oração de tal modo que à hora do ângelus, especialmente ao meio-dia, há sempre multidões na praça de São Pedro. E quando o papa está em Roma, aparece na janela de seu aposento de trabalho para recitar o ângelus com o povo, dirigindo-lhe algumas palavras e concluindo com a bênção.
Paulo VI, numa encíclica mariana, incentiva a que se conserve o piedoso exercício do ângelus. O caráter simples, bíblico e de longa tradição histórica reforçam o valor dessa oração.
A iconografia sagrada conhece famoso quadro em que camponeses piedosos descobrem a cabeça, inclinam-na para rezar, no fim do dia de trabalho, o ângelus. 
A. Manzoni, famoso escritor italiano, descreve com tons tocantes esse momento da devoção popular.

“Quando surge e quando cai o dia 
E o quando o sol a meio caminho o parte 
Saúda-te o bronze, que as turbas piedosas 
Convida a louvar-te” 

As cidades modernas dificultam o tocar dos sinos para não interferir numa vida social, hoje regida por outros critérios. Mas ainda várias rádios tocam às 6 horas da tarde alguma das famosas melodias da Ave-maria para que o fiel reze o ângelus. Um toque religioso no final do dia serve de repouso para o corpo e para o espírito no meio ao torvelinho da agitação urbana.

Enquanto a sociedade secular oferece técnicas de relaxamento, a piedade popular criou momentos de silêncio e contemplação. O espírito descola-se do peso do trabalho e da faina diária para perder-se durante um momento no mistério. Este visibiliza-se na reza do ângelus sob diversos aspectos. O conteúdo da oração é o mistério da Encarnação. Recorda-se, repetindo os versículos da Escritura, a visita do anjo São Gabriel que anuncia o plano da Encarnação e sua aceitação por parte de Maria. No centro está a pessoa do Verbo feito carne, mas a atenção volta-se também para a Virgem Maria que se transformou na figura feminina, símbolo da piedade e da beleza religiosa. E finalmente as ave-marias cantadas ou orquestradas são de compositores famosos, cuja melodia nos enleva. Todo esse conjunto de fatores transforma tal momento em experiência de paz e de religiosidade.

Texto de Joao Batista Libanio

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Anjo da Guarda, minha companhia



A teu respeito, ordenou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos. Esta palavra quanta reverência deve despertar em ti, aumentar a gratidão, dar confiança. Reverência pela presença, gratidão pela benevolência, confiança pela proteção. Estão aqui, portanto, e estão junto de ti, não apenas contigo, mas em teu favor. Estão aqui para proteger, para te serem úteis.
Na verdade, embora enviados por Deus, não nos é lícito ser ingratos para com eles, que com tanto amor lhe obedecem e em tamanhas necessidades nos auxiliam.

Sejamos-lhes fiéis, sejamos gratos a tão grandes protetores; paguemos-lhes com amor;
honremo-los tanto quanto pudermos, quanto devemos. Prestemos, no entanto, todo o nosso
amor e nossa honra àquele que é tudo para nós e para eles; de quem recebemos poder amar e honrar, de quem merecemos ser amados e honrados.
 Assim, irmãos, nele amemos com ternura seus anjos como futuros co-herdeiros nossos, e
enquanto esperamos nossos intendentes e tutores dados pelo Pai como nossos guias. Porque
agora somos filhos de Deus, embora não se veja, pois ainda estamos sob tutela quais meninos que em nada diferem dos servos.

Aliás, mesmo assim tão pequeninos e restando-nos ainda uma tão longa, e não só tão longa,
mas ainda tão perigosa caminhada, que temos a temer com tão poderosos protetores? Eles não podem ser vencidos, nem seduzidos, e ainda menos seduzir, aqueles que nos guardam em todos os nossos caminhos. São fiéis, são prudentes, são fortes; por que trememos de medo? Basta que os sigamos, unamo-nos a eles e habitaremos sob a proteção do Deus do céu.


Fonte Ofício das Leituras.

Hoje se celebra o dia do Santo Anjo da Guarda.

domingo, 30 de setembro de 2012

Festa dos Santos Arcanjos


Das Homilias sobre os Evangelhos, de São Gregório Magno, papa 
(Hom. 34,8-9:PL76,1250-1251)
(Séc.VI)

É preciso saber que a palavra anjo indica o ofício, não a natureza. Pois estes santos
espíritos da pátria celeste são sempre espíritos, mas nem sempre podem ser chamados
anjos, porque somente são anjos quando por eles é feito algum anúncio. Aqueles que
anunciam fatos menores são ditos anjos; os que levam as maiores notícias, arcanjos.

Foi por isto que à Virgem Maria não foi enviado um anjo qualquer, mas o arcanjo
Gabriel; para esta missão, era justo que viesse o máximo anjo para anunciar a máxima
notícia.

Por este motivo também a eles são dados nomes especiais para designar, pelo vocábulo,
seu poder na ação. Naquela santa cidade, onde há plenitude da ciência pela visão do
Deus onipotente, não precisam de nomes próprios para se distinguirem uns dos outros.
Mas quando vêm até nós para cumprir uma missão, trazem também entre nós um nome
derivado desta missão. Assim Miguel significa: “Quem como Deus?”; Gabriel, “Força
de Deus”; e Rafael, “Deus cura”.

Todas as vezes que se trata de grandes feitos, diz-se que Miguel é enviado, porque pelo
próprio nome e ação dá-se a entender que ninguém pode por si mesmo fazer o que Deus
quer destacar. Por isto, o antigo inimigo, que por soberba cobiçou ser igual a Deus,
dizendo: Subirei ao céu, acima dos astros do céu erguerei meu trono, serei semelhante
ao Altíssimo ( cf. Is 14,13-14), no fim do mundo, quando será abandonado às próprias
forças para ser destruído no extremo suplício, pelejará com o arcanjo Miguel, como diz
João: Houve uma luta com Miguel arcanjo (Ap 12,7).
A Maria é enviado Gabriel, que significa “Força de Deus”. Vinha anunciar aquele que
se dignou aparecer humilde para combater as potestades do ar.Portanto devia ser
anunciado pela força de Deus o Senhor dos exércitos que vinha poderoso no combate.

Rafael, como dissemos, significa “Deus cura”, porque ao tocar nos olhos de Tobias
como que num ato de cura, lavou as trevas de sua cegueira. Quem foi enviado a curar,
com justiça se chamou “Deus cura”.

Qual a missão dos Anjos?


Bossuet dizia que: Os anjos oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até os nossos desejos, fazem valer também diante de Deus os nossos pensamentos… Sejamos felizes de ter amigos tão prestativos, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos “Porventura, não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?” (Hb 1, 14).
Os anjos estão presentes desde a criação do mundo (cf. Jó 38,7); são eles que fecham o paraíso terestre (Gn 3, 24); protegem Lot (Gen 19); salvam Agar e seu filho (Gen 21,17); seguram a mão de Abraão para não imolar Isaac (Gen 22,11); a Lei é comunicada a Moisés e ao povo por ministério deles (At 7,53); são eles que conduzem o povo de Deus (Ex 23, 20-23); eles anunciam nascimentos célebres (Jz 13); indicam vocações importantes (Jz 6, 11-24; Is 6,6); são eles que assistem aos profetas (1 Rs 19,5). Nos Evangelhos eles aparecem na infância de Jesus, nas tentações do deserto, na consolação do Getsêmani; são testemunhas da Ressurreição do Senhor, assistem a Igreja que nasce e os Apóstolos, enfim prepararão o Juízo Final e separarão os bons dos maus.

Toda a vida de Jesus foi cercada da adoração e do serviço dos Anjos. Desde a Encarnação até a Ascensão eles o acompanharam. A Sagrada Escritura diz que quando Deus introduziu o Primogênito no mundo, diz: “Adorem-no todos os Anjos de Deus” (Hb 1, 6).
Até hoje a Igreja continua a repetir o canto de louvor que eles entoaram quando Jesus nasceu: “Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência divina” (Lc 2, 14). São eles que protegem Jesus na infância (Mt 1, 20; 2, 13.19); são eles que servem Jesus no deserto (Mc 1, 12); o reconfortam na agonia mortal (Lc 22, 43); eles o poderiam salvar das mãos dos malfeitores se assim Jesus quisesse (Mt 26, 53). Da mesma forma que os anjos acompanharam a vida de Jesus, acompanharam também a vida da Igreja, e a beneficia com a sua ajuda poderosa e misteriosa (At 5, 18-20; 8,26-29; 10,3-8; 12,6-11; 27,23-25). Eles abrem as portas da prisão (At 5, 19); encorajam Paulo (At 27,23 s); levam Filipe ao carro do etíope (At 8,26s), etc. São Paulo acentua a subordinação dos anjos a Cristo vitorioso sobre o pecado e a morte (Hb 1,7-14; Ef 1, 21; Cl 2, 13).
Na Festa dos Santos Arcanjos, a Igreja reza ao Senhor assim: “Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu.” (Oração do dia). O Catecismo nos ensina que: “Ainda aqui na terra, a vida cristã participa, na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.” (§ 336). “Quando o Filho do Homem vier na sua glória com todos os seus anjos…” (Mt 25,31).
No Apocalipse os Anjos aparecem como ministros da liturgia celeste, oferecendo a Deus a oração dos justos. “Na minha visão ouvi também ao redor do trono, dos Animais e dos anciãos, a voz de muitos anjos, e número de miríades de miríades e de milhares de milhares bradando em alta voz: “Digno é o Cordeiro imolado de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a glória, a honra e o louvor” (Ap 5, 11). Eu vi os sete Anjos que assistem diante de Deus. Foram lhes dadas sete trombetas. Adiantou-se outro anjo, e pôs-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro, que está diante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus.” (Ap 8,2-5).
Na Liturgia a Igreja se associa a eles para adorar o Deus três vezes Santo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do universo…”. Na despedida dos defuntos a Igreja roga: “Para o Paraíso te levem os anjos”. Na Festa dos Santos Arcanjos a Igreja ora assim: “Nós vos apresentamos, ó Deus, com nossas humildes preces, estas oferendas de louvor; fazei que levados pelos anjos à vossa presença, sejam recebidas com agrado e obtenham para nós a salvação.” (Sobre as oferendas).
Prof. Felipe de Aquino

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Como fazer a Consagração ao Santo Anjo da Guarda?


De modo privado:
Assim como existem os votos privados, isto é, uma pessoa pode, sozinha ou diante do seu confessor, prometer a Deus a castidade, obediência e pobreza, assim também se pode fazer esta oração de consagração em particular.  Recomenda-se fazer antes uma preparação, por exemplo, em forma de uma novena.

De modo oficial, perante a Igreja:
Existe uma forma ainda mais forte e comprometedora de fazê-la.  Assim como os votos feitos dentro de uma comunidade religiosa têm um alcance diferente dos privados, também existe na Igreja um Obra que tem por finalidade conduzir os fiéis a uma união naus íntima com os Santos Anjos justamente através da consagração ao Anjo da Guarda.  É a Obra dos Santos Anjos (OA).
A Igreja aprovou tal ato de consagração no dia 31 de maio do ano 2000.
Nela, a vivência de tal Aliança receberá um efeito maior, como quando um soldado, em vez de lutar sozinho contra o inimigo, está ligado a um exército.

OBS: Leia também: Consagração ao Santo Anjo da Guarda, no tópico Os Anjos..todos os Anjos deste Blog.

Fonte: O nosso Anjo da Guarda - Uma pequena indrodução à devoção aos Santos Anjos. Anápolis 2008.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Consagração ao Santo Anjo da Guarda

O que é uma consagração ao Santo Anjo da Guarda??

A idéia de consagração já se encontra no Antigo Testamento, quando Deus escolheu para Si o povo de Israel para concluir com ele uma aliança.  Deus o "consagrou" para ser Sua propriedade, separando-o dos outros povos e colocando-o a Seu serviço (cf. Ex 19,6).  No entanto, é só com Nosso Senhor Jesus Cristo que se pode falar de "consagração" no sentido próprio da palavra. Pois é Ele "Aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo" (Jo 10,36). A consagração original e principal, fonte de toda a consagração, é a da natureza humana de Cristo. Ele é o "Santo de Deus" (Jo 6,69) porque Sua humanidade é totalmente consagrada pela Sua divindade. Foi na Cruz que Cristo estendeu Sua consagração a nós: "Eu me consagro por eles para que também eles sejam consagrados" (Jo 17,19).

A Igreja é lugar onde acontece a nossa consagração, cuja primeira e fundamental é a do sacramento do Batismo, pela qual participamos da consagração de Cristo que é aperfeiçoado pelo sacramento da Crisma. A essa consagração , que nos une a Cristo, deve corresponder uma entrega de toda a nossa vida a Deus, pois os "santificados em Jesus Cristo" são "chamados a ser santos" (1 Cor 1,2)
Nossa consagração não é somente um dom, mas também uma tarefa. Aí há diferentes caminhos de aprofundá-la. Aqueles que são chamados para a vida consagrada aprofundam-na pela profissão dos conselhos evangélicos, na qual consagram toda a sua existência a Deus.  Mas também os leigos são convidados a viver mais plenamente a sua consagração batismal. Um caminho privilegiado para isto constitui uma "consagração" pela qual, à semelhança da consagração religiosa, a pessoa entrega a si mesma a Deus. A consagração ao Sagrado Coração de Jesus é o exemplo clássico a este respeito.

Dentre estas "consagrações" (de devoção) há também aquelas que não se dirigem exclusivamente a Deus, mas a Nossa Senhora, aos Anjos e aos Santos. No entanto, elas têm seu fim último igualmente em Deus.  Como disse São Luís de Monfortt a respeito da consagração mariana: "Quanto mais uma alma for consagrada a Maria, tanto mais será a Jesus Cristo". Coisa semelhante se pode dizer a respeito da consagração ao Anjo da Guarda. Quanto mais uma pessoa for consagrada ao seu Anjo, tanto mais este poderá ajudá-la a amar e servir a Deus e ao próximo e, desta forma, ela será mais plenamente consagrada a Deus.

Fonte: Texto extraído do livro: O nosso Anjo da Guarda - Uma pequena introdução à Devoção aos Santos Anjos - Confraria dos Santos Anjos da Guarda - Anápolis -2008.