Após colocarmos no post deste blog (datado do dia 18/07/14), um artigo do Padre Jorge Hernández, pároco da Paróquia Sagrada Família em Gaza, onde testemunha como com amor e fé se mantém com os fiéis de sua paróquia e os refugidos que nela se encontram, em meio ao conflito entre o Hamas e os Israelenses, em meio ao bombardeios. Recebemos hoje a notícia pelo canal de notícias ACI digital que parte de sua paróquia foi bombardeada e destruída, confira a reportagem:
ROMA, 30 Jul. 14 / 02:20 pm (ACI/EWTN Noticias).-
A
paróquia da Sagrada Família, a única presença católica na Faixa de Gaza
e que é dirigida pelo sacerdote argentino Jorge Hernández, foi
destruída parcialmente por um míssil durante um bombardeio israelense na
segunda-feira passada.
Conforme se informou, além do Pe. Hernández, na paróquia há três religiosas das Irmãs da Madre Teresa que atendem 29 crianças deficientes e nove idosas.
Na terça-feira, em declarações à agência Fides, o sacerdote indicou que o alvo do bombardeio era uma casa a poucos metros da paróquia e que foi completamente destruída. Entretanto, o ataque israelense também destruiu parcialmente a escola paroquial adjacente ao templo, a casa do pároco e alguns locais utilizados pela pequena comunidade.
“Tivemos uma noite difícil, mas estamos aqui. Esta guerra é absurda”, disse o Pe. Hernández. “Depois de destruir o bairro Shujayeh, o ataque israelense agora se dirige ao bairro de Zeitun. Tudo acontece ao nosso redor. Os milicianos do Hamas continuam disparando mísseis e logo se escondem nos becos. E não podemos fazer absolutamente nada. Não podemos evacuar, porque com as crianças é impossível. Suas famílias vivem por aqui. E pode ser mais perigoso sair que ficar aqui. Tentamos permanecer nos lugares mais seguros, sempre na parte baixa”, relatou.
Na segunda-feira, 28, o exército israelense enviou mensagens de texto aos moradores do conglomerado al-Zeitun, onde se encontra a paróquia católica e a paróquia ortodoxa, para que abandonem as casas antes do bombardeio. Muitos vizinhos fugiram, mas esse não foi o destino dos refugiados que há dias permanecem no edifício paroquial.
Conforme se informou, além do Pe. Hernández, na paróquia há três religiosas das Irmãs da Madre Teresa que atendem 29 crianças deficientes e nove idosas.
Na terça-feira, em declarações à agência Fides, o sacerdote indicou que o alvo do bombardeio era uma casa a poucos metros da paróquia e que foi completamente destruída. Entretanto, o ataque israelense também destruiu parcialmente a escola paroquial adjacente ao templo, a casa do pároco e alguns locais utilizados pela pequena comunidade.
“Tivemos uma noite difícil, mas estamos aqui. Esta guerra é absurda”, disse o Pe. Hernández. “Depois de destruir o bairro Shujayeh, o ataque israelense agora se dirige ao bairro de Zeitun. Tudo acontece ao nosso redor. Os milicianos do Hamas continuam disparando mísseis e logo se escondem nos becos. E não podemos fazer absolutamente nada. Não podemos evacuar, porque com as crianças é impossível. Suas famílias vivem por aqui. E pode ser mais perigoso sair que ficar aqui. Tentamos permanecer nos lugares mais seguros, sempre na parte baixa”, relatou.
Na segunda-feira, 28, o exército israelense enviou mensagens de texto aos moradores do conglomerado al-Zeitun, onde se encontra a paróquia católica e a paróquia ortodoxa, para que abandonem as casas antes do bombardeio. Muitos vizinhos fugiram, mas esse não foi o destino dos refugiados que há dias permanecem no edifício paroquial.
Continuemos a Orar sem cessar, por nossos irmãos, missionários em terras de conflito, que os Santos Anjos os guardem e os preservem de todo o mal, para que possam cumprir na caridade , o cuidado com os refugiados, crianças e idosos a quem eles assistem com tanto amor. Assim seja.
Segue outra reportagem (do dia 17/07/14) do Padre Hernández, para entender melhor sua Missão em Gaza:
"Gaza é pequena. Tudo está perto. Não há um lugar seguro, neutro, que possa nos acolher. Para onde vamos?”. Em relação ao clima, padre Jorge escreve que esta guerra não era imprevisível. “Nós
também recebemos o convite, estendido aos moradores das áreas de Beit
Hanoun e de Beit Lahia, para abandonar imediatamente as casas. E, como
todos, perguntamo-nos: “Para onde ir?”. Gaza é pequena. Tudo está perto.
Não há um lugar seguro, neutro, que possa nos acolher. Para onde
vamos?”.
Por Giorfio Bernardelli| 17.07.14|
O padre Jorge Hernández, religioso do Verbo Encarnado, descreve a
partir da Paróquia latina da Sagrada Família, em Gaza, como sua
comunidade vive nestes dias. Ele também vive sob as bombas que chovem do
céu, e não é a primeira vez para este sacerdote argentino que, há
alguns anos, conduz a pequena comunidade católica que vive na Faixa de
Gaza. São uns 200 fiéis em um território no qual os cristãos somam menos
de 2000 no total. Há anos, compartilham todos os sofrimentos da
população civil, isolada hermeticamente em um território de apenas 360
quilômetros quadrados, no qual vivem quase 1,8 milhão de pessoas.
Na
quarta-feira passada, justamente quando quatro crianças morreram após o
impacto de um míssil israelense, enquanto brincavam, também na Igreja
da Sagrada Família foram vividos momentos de pavor: três mísseis caíram
muito próximo dos edifícios da paróquia. Por este motivo, decidiu-se,
ontem, que as três freiras que colaboram com o padre Jorge (e que
pertencem à mesma congregação) saíssem de Belém.
Como são estrangeiras, só puderam sair
da Faixa de Gaza durante o breve cessar-fogo humanitário obtido pela
ONU. No entanto, o pároco permanece, mas não está sozinho, porque agora o
acompanham as freiras de Madre Teresa, que se mudaram ali com as
crianças deficientes que acompanham em Gaza. Também o seu instituto está
em uma área na qual caíram mísseis, razão pela qual pensaram que a
Igreja da Sagrada Família era um lugar mais seguro.
Nestes dias tão delicados, o padre Jorge
tem mantido seus contatos com o exterior por meio de algumas cartas que
publica na página de Facebook do Instituto do Verbo Encarnado. Destes
textos, surge a descrição da vida cotidiana em uma paróquia sob as
bombas. “Nestes dias, preparava
a pregação do domingo, e pensava: o que se prega para essa gente? Como
confortá-los? Que difícil! E, além disso, virá alguém?... Hoje, domingo,
pudemos celebrar a Santa Missa, graças a Deus, com a presença, além das
sete religiosas, de cinco valorosos homens. Muito edificante, dado as
circunstâncias”.
“Uma família cristã – aponta em outra
carta – se viu atingida quando a casa contígua à sua foi bombardeada.
Janelas estilhaçadas, fumaça, grito, confusão. Esse foi o trágico
cenário da noite de ontem para esta família. Também é preciso levar em
conta as crianças que começam a ficar doentes pelo medo, o estresse, a
repercussão das ondas de choque, o ruído contínuo”.
Em relação ao clima geral que se vive em
Gaza, o padre Jorge escreve que esta guerra não era imprevisível:
“Esperávamos há tempo uma intensificação militar – explica -, e que
poderia durar muito tempo. A única coisa que surpreendeu foi que se
registrou uma resistência em maior escala e uma melhor preparação por
parte das autoridades locais em relação às guerras anteriores. Que o
Hamas tenha golpeado Telavive e Jerusalém não é pouca coisa”. Acrescenta
que teme que com a guerra se crie uma reação islamista na Faixa de Gaza
contra os cristãos: “Vendo o que acontece em outras partes, não seria
surpresa”, comenta. E por este motivo, acrescenta, é admirável a força
dos cristãos de Gaza, que sabem muito bem que estão apenas nas mãos de
Deus.
Ainda em 2009, o Superior Provincial dos
padres do Verbo Encarnado para o Oriente Médio, Padre Gabriel
Romanelli,ve, já relatava sobre a situação da Família Religiosa do
Verbo Encarnado e dos desafios que enfrentam os religiosos e religiosas
em Gaza. "Sempre renovo ao Senhor a oferta do meu sacerdócio, sabendo
que a minha presença já é um sinal de esperança", disse
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