Após mais um ato de abandono de uma criança recem-nascida, desta vez em Brasília, colocamos uma bela reflexão do Papa Francisco, onde exorta sobre a importância do seio familiar no I Congresso Latino-americano da Pastoral Familiar.
Por G1 - Distrito Federal:
Com cordão umbilical, bebê é achada em caixa em área nobre de Brasília
Estudante de design encontrou menina quando ia para a faculdade.
Menina tem 3 quilos e apresenta bom quadro clínico, diz hospital.
VATICANO, 06 Ago. 14 / 02:01 pm (ACI).-
O
Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do I Congresso
Latino-americano da Pastoral Familiar que se realiza nesta semana no
Panamá, e no texto explicou que “na família a fé se mescla com o leite
materno”.
Em sua mensagem divulgada hoje pela arquidiocese do Panamá, o Santo
Padre faz a pergunta “O que é a família?” e responde: “para além de seus
prementes problemas e de suas necessidades urgentes, a família é um
‘centro de amor’, onde reina a lei do respeito e da comunhão, capaz de
resistir aos ataques da manipulação e da dominação dos ‘centros de
poder’ mundanos”.
“Na casa familiar, a pessoa se integra natural e harmonicamente em um
grupo humano, superando a falsa oposição entre indivíduo e sociedade. No
seio da família, ninguém é descartado: tanto o idoso como a criança são
bem vindos. A cultura do encontro e o diálogo, a abertura à
solidariedade e à transcendência têm nela o seu berço”.
“Por isso, a família constitui uma grande ‘riqueza social’. Neste
sentido, gostaria de destacar duas contribuições primordiais: a
estabilidade e a fecundidade”.
O Santo Padre explica logo no texto que “as relações baseadas no amor
fiel, até a morte, como o matrimônio, a paternidade, a filiação ou a
irmandade, aprendem-se e se vivem no núcleo familiar".
"Quando estas relações formam o tecido básico de uma sociedade humana,
dão-lhe coesão e consistência. Pois não é possível formar parte de um
povo, sentir-se próximo, ter em conta os mais distantes e
desfavorecidos, se no coração do homem estão quebradas estas relações
básicas, que lhes oferecem segurança em sua abertura aos demais”.
“Além disso, o amor familiar é fecundo, e não somente porque gera novas
vidas, mas porque amplia o horizonte da existência, gera um mundo novo;
faz-nos acreditar, contra toda desesperança e derrotismo, que uma
convivência baseada no respeito e na confiança é possível. Frente a uma
visão materialista do mundo, a família não reduz o homem ao estéril
utilitarismo, mas dá canal aos seus desejos mais profundos”.
O Papa ressalta deste modo que “desde a experiência fundante do amor
familiar, o homem cresce também em sua abertura a Deus como Pai. Por
isso, o Documento de Aparecida indicou que a família não deve ser
considerada só como objeto de evangelização, mas também agente
evangelizador”.
“Nela se reflete a imagem de Deus que em seu mistério mais profundo é
uma família e, deste modo, permite ver o amor humano como sinal e
presença do amor divino. Na família, a fé se mescla com o leite materno.
Por exemplo, esse sincero e espontâneo gesto de pedir a benção, que se
conserva em muitos de nossos povos, reflete perfeitamente a convicção de
que a benção de Deus se transmite de pais para filhos”.
O Santo Padre afirmou logo que “conscientes de que o amor familiar
enobrece tudo o que o homem faz, dando-lhe um valor agregado, é
importante incentivar as famílias a cultivarem relações sadias entre
seus membros, como dizer uns aos outros ‘perdão’, ‘obrigado’, ‘por
favor’, e a se dirigir a Deus com o belo nome de Pai”.
Para concluir, o Papa Francisco fez votos para que “Nossa Senhora de
Guadalupe alcance de Deus abundantes bênçãos para os lares da América e
os faça sementes de vida,
de concórdia e de uma fé robusta, alimentada pelo Evangelho e as boas
obras. Peço-lhes o favor de rezar por mim, pois necessito”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário