Na carta, o Santo Padre deseja que os
consagrados “despertem o mundo”, pois a principal característica da vida
consagrada é a profecia. A carta enumera os objetivos da celebração e
se inspira na Exortação “Vida Consagrada” que São João Paulo II publicou
em 1996.
Para o Santo Padre existem, sobretudo,
três objetivos na realização da própria vocação. Entre eles, “olhar o
passado com gratidão” para “manter viva a própria identidade, sem fechar
os olhos para as incoerências, fruto das fraquezas humanas, e inclusive
de qualquer esquecimento de alguns aspectos essenciais do carisma”.
O segundo objetivo é “viver o presente
com paixão”, assim como “o Evangelho em plenitude e com Espírito de
comunhão” e por último, como o terceiro objetivo está “abraçar o futuro
com esperança, sem desanimar–se por tantas dificuldades que se encontram
na vida consagrada a partir da crise vocacional”.
Por outro lado, o Papa adverte que não
se deve “ceder à tentação dois números e da eficiência, e menos ainda à
tentação de confiar nas vossas próprias forças”.
“A inventiva da caridade não conheceu
limites e soube abrir inúmeras estradas para levar o sopro do Evangelho
às culturas e aos setores sociais mais diversos”. Por isso, “saber
transmitir a alegria e a felicidade da fé vivida na comunidade faz a
Igreja crescer por capacidade de atração”.
O Santo Padre reconheceu que “é o
testemunho do amor fraterno, da solidariedade, da partilha, o que dá
valor à Igreja. Uma Igreja deve ser forjada por profetas, e como tal,
capaz de perscrutar a história em que vive e interpretar os
acontecimentos, denunciando o mal do pecado e das injustiças”.
Na carta, o Papa espera que os
consagrados não vivam das “utopias”, mas saibam criar “outros lugares”
onde se viva a “lógica evangélica do dom, da fraternidade, da
diversidade, do amor recíproco”.
Para o Papa, o Ano da Vida Consagrada é
uma ocasião propícia para que haja uma “colaboração estrita entre as
diferentes comunidades” na “acolhida dos refugiados, na proximidade aos
pobres, no anúncio do Evangelho, e na iniciação à vida de oração”.
Na carta, o Papa também dirige umas palavras aos leigos que, junto aos consagrados “compartilham ideais, Espírito e missão”.
Por outro lado, o Pontífice pede aos
bispos que estejam dispostos a “promover nas respectivas comunidades” os
“diferentes carismas, apoiando, animando e ajudando no discernimento
para assim fazer resplandecer a sua beleza e santidade na Igreja”.
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