quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Lord I Need You



“Lord, I Need You” não é uma música comum. É uma daquelas orações que sacodem a alma como uma torrente, como o eco de uma intuição direta: não é mediada unicamente pela razão, não nasce de questões cotidianas. É uma declaração de amor definitiva, gloriosa, que com humildade luminosa admite a necessidade mais essencial de todo ser humano: estar perto de Deus, permanecer na luz.
Porque quando tudo desmorona ao nosso redor e nos abalamos; e então despojados das coisas do mundo e dos seus becos sem saída, alcançamos a absoluta necessidade daquela imensa liberdade que só o viver na constante presença de Deus nos pode oferecer.
Composta pelo artista canadense Matt Maher e presente no álbum “All the people said Amen”, “Lord, I Need You” é uma confissão de joelhos. Não é, repito, uma música comum. Durante a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, Matt alega ter sentido a necessidade de cantá-la no palco de joelhos, assim como uma oração. Não poderia fazê-lo de outra forma. O único público desta música, de fato, é Deus.
“Lord, I Need You” oferece-nos uma sensação que brota de cada nota como uma reviravolta inesperada, como um ressoar da Suma Teológica, quando o artista, a um certo ponto, canta: “Holiness is Christ in me [A santidade é Cristo em mim]”. E não há mais nada a dizer.
“Preciso de ti, Senhor, preciso de ti, preciso de ti. Sempre mais. Preciso daquele que me criou e amou com todo Amor impossível.”
“Lord, I Need You” é como a alma da expressão musical. Cecilia nasce com esta canção.
A música “Lord, I Need you” integra o álbum “Saint and sinners”.
Manuel de Teffé
Cecilia Artistic Director


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Onde está teu irmão?


Cidade do Vaticano (RV) - "Onde está o teu irmão?, perguntou o Senhor a Caim". A frase do Livro do Gênesis pronunciada pelo Papa Francisco em Lampedusa em julho de 2013, na sua primeira viagem em território italiano, revelou aquilo que já se desenhava em seu pontificado, iniciado poucos meses antes: a preocupação com os pobres e um chamado à solidariedade diante do individualismo crescente e das estruturas injustas.
Quem acompanha o pontificado do Papa Bergoglio, acaba se familiarizando com certas expressões - algumas cunhadas por ele próprio, como "globalização da indiferença", "periferias existenciais" - e também com algumas passagens bíblicas que marcam e inspiram seus pronunciamentos. Destas, poderíamos destacar três: a citada no início do texto, do diálogo do Senhor com Caim, o Bom Samaritano e o "protocolo com o qual seremos julgados", ou seja, Mateus 25, 34-40. Estas três passagens aparecem indistintamente quer nas homilias da Casa Santa Marta, ou na Basílica Vaticana, quer nos pronunciamentos à autoridades, encontros com religiosos e com a sociedade civil. Em comum elas apresentam, por um lado, situações de abandono, de desamparo, de marginalização, de pobreza e, por outro, a solidariedade - ou a falta dela - para com as vítimas destas situações.
"Pobres tereis sempre convosco", disse Jesus, o que pressupõe que todas estas situações não representam algo novo, talvez o sejam na forma e contexto, mas possuem a data da idade do homem sobre a terra - ao menos após a queda pelo pecado original. Tampouco Francisco foi o primeiro a falar sobre os pobres, nem na Igreja, nem fora dela. Pobres, pobreza, solidariedade, isto tudo está nos Evangelhos desde o início do cristianismo. O nome escolhido por Bergoglio, não esqueçamos no entanto, está ligado ao Pobre de Assis. E o que Francisco faz em seu pontificado, nada mais é do que salientar a questão da pobreza e das injustiças, clamando por uma mudança individual, nas estruturas e nas situações de injustiça, que levam a vida a se tornar "insuportável para muitos", como afirmou no discurso aos Movimentos Populares em Santa Cruz de la Sierra: "Queremos uma mudança nas nossas vidas, nos nossos bairros, no vilarejo, na nossa realidade mais próxima; mas uma mudança que toque também o mundo inteiro, porque hoje a interdependência global requer respostas globais para os problemas locais. A globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença".
A justa distribuição dos frutos da terra e do trabalho humano não é mera filantropia, afirmou o Papa na mesma ocasião, é um dever moral. E para os cristãos, alertou, o encargo é ainda mais forte: é um mandamento. Trata-se de devolver aos pobres e às pessoas o que lhes pertence. O destino universal dos bens não é um adorno retórico da doutrina social da Igreja.
Um aspecto fundamental na promoção dos pobres - afirmou Francisco por sua vez, num dos seus mais contundentes discursos pronunciados no Paraguai - é o modo como nós os vemos. "Não serve uma visão ideológica, que acaba por usar os pobres a serviço de outros interesses políticos ou pessoais. As ideologias terminam mal, não servem. As ideologias tem uma relação ou incompleta ou doente ou ruim com o povo. As ideologias não assumem o povo. Por isto, olhem para o século passado. Em que terminaram as ideologias? Em ditaduras, sempre, sempre. Pensam pelo povo, não deixam o povo pensar". Longe das ideologias, Francisco exorta a se colocar a economia a serviço do homem, a uma valorização da pessoa na sua própria bondade, a uma preocupação genuína por ela. Algo que pressupõe também uma disposição em aprender dos pobres, aprender deles. "Os pobres - disse o Papa - têm muito para nos ensinar em humanidade, bondade, sacrifício, em solidariedade. Nós, cristãos, além do mais, temos outro motivo, e maior, para amar e servir os pobres, pois neles, temos o rosto, vemos o rosto e carne de Cristo, que Se fez pobre para nos enriquecer com a sua pobreza, os pobres são a carne de Cristo".
"O pobre - recorda-nos o Santo Padre - é alguém como eu e, se está passando por um momento ruim, por milhares de motivos – econômicos, políticos sociais ou pessoais – eu poderia estar naquele lugar e poderia estar desejando que alguém me ajudasse. E além de desejar que alguém me ajudasse, se estou naquele lugar, tenho o direito de ser respeitado. Respeitar o pobre". E este colocar-se no lugar do outro, leva ao entendimento da situação vivida por ele. Também neste sentido, o apelo à nossa ação dentro do "protocolo pelo qual seremos julgados": "Tive fome, e me deste de comer, tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, era peregrino e me acolheste, nu e me vestiste, enfermo e me visitaste, estava na prisão e vieste a mim".
O que Francisco pede, é uma paz inquieta, uma fé revolucionária capaz de mudar as mentalidades, e por consequência, mudar as estruturas injustas. Para contrastar a "globalização da indiferença", Francisco quer despertar o mundo para a mesma solidariedade que teve o Bom Samaritano ao se deter no meio do caminho para auxiliar a pessoa jogada na beira da estrada. Francisco chama a atenção para uma mudança de atitude, de um individualismo cego para uma cultura que "tenha a percepção da existência do outro", este "perceber que existe alguém à beira do caminho, perceber que tem alguém ao meu lado", e que talvez tenha necessidade de um olhar, de um sorriso, de uma mão estendida, de um pedaço de pão, de um mínimo de incentivo para ser elevado a uma dignidade perdida ou talvez nunca existida.
Diante da complexidade e dimensão dos problemas, somos tomados por uma sensação de impotência, "mas lamentar-se, não resolve nada", disse Francisco no Angelus do último domingo. "O que podemos, "é oferecer aquele pouco que temos" e “certamente temos algumas horas de tempo, algum talento, alguma competência... Quem de nós não tem os seus “cinco pães e dois peixes”? Se estamos dispostos a colocá-los nas mãos do Senhor, serão suficientes para que no mundo haja um pouco mais de amor, de paz, de justiça e, sobretudo, de alegria. Deus é capaz de multiplicar os nossos pequenos gestos de solidariedade e tornar-nos partícipes do seu dom”. “Caim, onde está o teu irmão?” (Jackson Erpen)
Fotos: g1.globo.com

domingo, 2 de agosto de 2015

Tornaste meu deserto em um jardim...

Para conhecer um pouco mais sobre o Carisma de nossa Comunidade:

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Visita Maria Rosa Mística - parte III

Segue algumas fotos da Imagem Peregrina de Nossa Senhora da Rosa Mística nas residências das famílias e doentes em Bom Jesus do Itabapoana - RJ






Aqueles que gostariam de rebeber a visita da Imagem da Rosa Mística, entre em contato com nosso Blog!
blogaliancaeterna@yahoo.com.br


quinta-feira, 19 de março de 2015

Os três pregos na Cruz

O sorriso de Madre Teresa de Calcutá, sempre presente em toda e qualquer circunstância de sua vida, mesmo durante aqueles períodos de "noite escura", dos quais a bem-aventurada se lembrava com angústia em suas cartas, ainda hoje é capaz de impressionar. Quem olha para a imagem da beata enxerga o rosto de uma pessoa que, deixando-se consumir totalmente pelo fogo divino, fez desta nossa peregrinação terrestre um ato contínuo de amor e entrega a Deus. Ou seja, encontrou a felicidade, completando na própria carne as dores que faltaram aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja (cf. Cl 1, 24).
Certamente, um modelo de vida semelhante pode causar, não obstante admirações, grandes perplexidades. Ainda mais em uma sociedade que já não sabe lidar com o sofrimento. Como é possível ser feliz na dor? A resposta a essa pergunta está na cruz. A alegria do homem é fazer a vontade de Deus. Contudo, por se tratar de algo nem sempre fácil — ao contrário, consiste muitas vezes em um verdadeiro martírio —, o cumprimento dessa vontade exige um desprendimento heroico acerca de todo e qualquer apego, seja material seja afetivo. O exemplo primordial de abnegação vem, sobretudo, de Cristo no Horto das Oliveiras. Suando sangue, o Senhor diz: "Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua" ( Lc 22, 42).
Na vida de todos os santos se constata essa atitude do Jesus agonizante que, mesmo sofrendo, se regozija por cumprir o desejo do Pai. A confiança em Deus desperta no ser humano o dom do olhar sobrenatural, o qual ilumina o caminho para a verdadeira glória do céu. Como costumava dizer Santa Teresa d'Ávila, esta vida é como uma noite ruim, numa ruim pousada [1]. Nossa meta definitiva é, verdadeiramente, a eterna casa do Pai. Aqui, somos somente estrangeiros. Por isso São Paulo e Silas, dentro da prisão, mesmo diante da possibilidade da morte, cantavam um hino a Deus (cf. At 16, 25). Eles estavam convictos daquilo que Nossa Senhora também prometera em Lourdes a Santa Bernadette: "Não lhe prometo a felicidade neste mundo, somente no outro" [2].
Com efeito, o desapego das coisas puramente terrenas deveria ser uma meta para todo cristão decidido a agradar somente a Deus. "Quem me dera não estar atado senão por três pregos, nem ter outra sensação em minha carne que a Cruz" [3]. Era o que constantemente pedia São Josemaria Escrivá em suas meditações diárias. Neste propósito, o santo do cotidiano em nada menosprezava as obrigações e responsabilidades diárias do homem perante a sociedade. É fato que um verdadeiro cristão deve agir bem em todas os ambientes, transformando-os em ocasião de adoração perpétua a Deus. O que São Josemaria pedia era a graça de enxergar tudo como oportunidade de oblação ao Senhor, a sempre lembrar-se de que o fim de todas as nossas ações só pode ser um: o encontro com Jesus.
Foi este pensamento que encantou a então filósofa ateia Edith Stein, e a fez abandonar suas raízes judias para tomar o hábito das carmelitas. Ela compreendeu a ciência da cruz, por assim dizer, descobrindo o significado salvífico e redentor da paixão de Cristo. "O que nos salvará não serão as realizações humanas, mas a paixão do Cristo, na qual quero ter parte" [4]. Com estas palavras, a futura santa Teresa Benedita da Cruz renunciava ao seu prestigioso nome, à sua posição ao lado de um dos maiores filósofos modernos — Edmund Husserl —, aos seus bens materiais, a fim de alcançar a sétima morada, isto é, a plena conformação à vontade divina. A 2 de agosto de 1942, irmã Teresa cumpria seu desejo de tomar parte na paixão de Cristo, oferecendo-se em holocausto, durante o martírio no campo de concentração nazista, em Auschwitz.
Na homilia de sua canonização, o Papa João Paulo II assim descreveu o itinerário de conversão da santa [5]:
O amor de Cristo foi o fogo que ardeu a vida de Teresa Benedita da Cruz. Antes ainda de se dar conta, ela foi completamente arrebatada por ele. No início, o seu ideal foi a liberdade. Durante muito tempo, Edith Stein viveu a experiência da busca. A sua mente não se cansou de investigar e o seu coração de esperar. Percorreu o árduo caminho da filosofia com ardor apaixonado e no fim foi premiada: conquistou a verdade; antes, foi por ela conquistada. De facto, descobriu que a verdade tinha um nome: Jesus Cristo, e a partir daquele momento o Verbo encarnado foi tudo para ela. Olhando como Carmelita para este período da sua vida, escreveu a uma Beneditina: "Quem procura a verdade, consciente ou inconscientemente, procura a Deus".
A beleza do sorriso de Madre Teresa, o canto de Silas e São Paulo, a santificação no meio do mundo de São Josemaria Escrivá, o martírio de Santa Teresa Benedita da Cruz. Todas essas realidades, cuja eloquência do testemunho não nos deixa indiferentes, têm sua origem e fim no desprendimento das coisas da terra. Quem coloca seu coração em Deus transmite a luz de Cristo em sua face e atrai os outros para o céu — "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim", escreve São Paulo aos Gálatas (2, 20).
A única coisa que deve nos prender a este mundo são os três pregos da cruz. Essa é a nossa meta cristã.
Fonte: https://padrepauloricardo.org/blog

quinta-feira, 12 de março de 2015

O Desejo de encontrar Deus


“A quem iremos? A Peregrinação e a experiência da fé”

Por Padre Carlos Cabecinhas (reitor do Santuário de Fátima)


  “A peregrinação é uma experiência religiosa universal”, não sendo um exclusivo do cristianismo, já que “todas as grandes religiões conhecem a prática da peregrinação”. A diferença cristã está em que “ao contrário do que acontece, por exemplo, no Islamismo ou no Judaísmo, no cristianismo a peregrinação não é um dever, é sempre ato livre, que brota da vontade do próprio crente”.
Num percurso pela história da espiritualidade e pelos elementos constitutivos do ato peregrinante, sendo eles “o peregrino, o caminho e o lugar santo ou santuário, meta da peregrinação”, o padre Carlos Cabecinhas concluiu que “a peregrinação pode definir-se como viagem por motivo religioso em que é a motivação que a distingue de outro tipo de viagem” 
Que motivações levam alguém a peregrinar?
Para o Reitor podem ser diversas: “Uma motivação é pedir uma graça específica: uma cura, uma iluminação, um novo impulso espiritual. Outra é a gratidão: vai-se em peregrinação agradecer uma graça recebida. Há peregrinos que se lançam ao caminho com sentido penitencial, para expiar os próprios pecados mas, sobretudo, para poder recomeçar. Porém, uma das razões principais que leva o peregrino a partir em peregrinação, e que é transversal às outras motivações apresentadas, é o desejo de encontrar Deus de forma mais direta do que na vida ordinária e a convicção de que isso é mais fácil na caminhada e em certos lugares específicos”.
Outra abordagem realizada pelo conferencista aconteceu por meio de um percurso pelos principais textos bíblicos com narrações ou descrições relacionadas com experiências de peregrinação nas Escrituras. 
“O caminho para Deus não é um conjunto de normas ou de leis: o caminho é uma pessoa, Jesus Cristo, porque é o único mediador entre Deus e o homem e constitui o único acesso a Deus”, concluiu o Reitor.
Quanto às dimensões mais importantes para uma espiritualidade da peregrinação, o Reitor do Santuário de Fátima destaca seis: a dimensão escatológica, a penitencial, a festiva, a cultual, a apostólica e a de comunhão.
“Na peregrinação a Fátima, a dimensão penitencial é particularmente importante. Na homilia do dia 13 de maio de 1982, o Papa João Paulo II afirmava: ‘A mensagem de Fátima, no seu núcleo fundamental, é o chamamento à conversão e à penitência […] O chamamento à penitência, como sempre, anda unido ao chamamento à oração’”, disse.
Quanto às quatro etapas da peregrinação, “são um paradigma da vida de fé: a partida, a caminhada, a permanência no Santuário, meta da peregrinação, e o regresso”. 
“O momento do regresso não é simplesmente uma despedida do santuário, a assinalar o fim da peregrinação: é sobretudo um envio, uma missão”.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O cientista não tem como excluir a Deus


O Dr. Francis Sellers Collins nasceu em Staunton, estado de Virginia, EUA, em 14 de abril de 1950, e se tornou um dos cientistas mais respeitados do século.
Numa entrevista à CNN que ficou para a história, ele descreveu como abandonou o ateísmo e passou a acreditar em Deus.
Collins doutorou-se em Química e Física na prestigiosa Universidade de Yale, e em Medicina na Universidade de Carolina do Norte. 
Foi diretor do Projeto Genoma Humano de 1993 até 2008, substituindo o Prêmio Nobel James D. Watson como diretor do National Center for Human Genome Research dos EUA. Ele é um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, em 2001, o código da vida. 
Ele é tido como o cientista que mais rastreou genes com a finalidade de encontrar tratamento para diversas doenças. 
Collins ficou conhecido porque passou a defender, como é razoável, que a investigação do mundo natural não impede a profissão da fé religiosa. 

Criticado por colegas que na sua maioria negam a existência de Deus, Collins lançou em 2006 o livro The Language of God: A Scientist Presents Evidence for Belief (A linguagem de Deus: um cientista apresenta provas para crer). 

Nas quase 300 páginas da obra, o biólogo conta como deixou de ser ateu para se tornar cristão e narra as dificuldades que enfrentou no meio acadêmico ao revelar sua fé.


Porém, ele ficava preso nas atividades materiais e achava que o ateísmo era a posição “mais correta”. 
Ele também estudou mecânica quântica e queria acreditar que o universo se explica com equações. 

Collins virou um ponto de referência nas discussões existenciais e relativistas dos círculos intelectuais americanos dos anos 70.

Quando tinha 27 anos, praticando a medicina testemunhou a dor e a esperança de pacientes que lhe faziam pensar nessa Pessoa na qual ele se recusava acreditar.
Após meses de luta interior, num dia de outono, caminhando por um bosque do noroeste dos EUA, “com meu intelecto um pouco mais claro que de costume, eu percebi que não podia seguir me resistindo e passei a crer”, contou. 
Collins não ficou católico, mas protestante, porém a descrição de seu itinerário espiritual é da alma que procura sincera e gradualmente a verdade. 

Muito diversa atitude dos que denigram aqueles que aderiram sem reservas Àquele que é “o Caminho, a Verdade e a Vida” na Igreja Católica.

Em seu livro A linguagem de Deus ele explica que “uma das grandes tragédias do nosso tempo é a impressão criada de que a ciência e a religião têm que estar em guerra uma com a outra”.
Pelo contrário, segundo ele, investigando a “majestosa e impressionante obra de Deus, a ciência pode servir realmente de meio para glorificá-lO”.

Francis Collins ganhou numerosos prêmios e honras, incluindo a eleição para o Instituto de Medicina (Institute of Medicine) e a Academia de Ciências Norte-Americana (National Academy of Sciences).
Também foi galardoado com o Prêmio espanholPríncipe de Astúrias de investigação científica e técnica em 2001. 

Em 2009 foi feito membro da Academia Pontifícia das Ciências pelo Papa Bento XVI, e recebeu a Encomenda Presidencial da Liberdade das mãos do presidente dos EUA. 


“Como cientista que tem fé, eu descubro na exploração da natureza uma via para compreender melhor a Deus. Pode-se encontrar a Deus no laboratório, além de numa catedral”.

Fonte: http://cienciaconfirmaigreja.blogspot.com.br


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Dica de Livro: Subir a Montanha

Seis Semanas de Caminhada com Jesus

Subir a Montanha é um comentário litúrgico para todos os dias da Quaresma, que são uma subida para o Calvário e , sobretudo, para a Ressurreição.  Com arte, com muita piedade e maestria, a autora ajuda-nos a subir a montanha, na oração, na contemplação, na penitência, nos desejos grandes de caminharmos para Cristo e nos deixarmos ressuscitar com Ele.
Cada dia, com uma bela e bem organizada meditação, vamos subindo, caminhando, para que em nós haja acontecimentos de salvação, para que o Espírito realize em nós a Páscoa de Jesus.
Que todos, subindo a montanha, nos juntemos a celebrar a Ressurreição.
                                                                                                    Pe. Dário Pedroso S.J.

Autora: Maria Stella Salvador
Editora Paulus.

Foto: Calvário Húngaro - Caminho dos Pastorinhos , Fátima - Portugal.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Mãos ensanguentadas de Jesus

Irmãos vamos viver a Santa Quaresma na Aliança Eterna meditando nas mãos de Jesus, mãos que consolaram e sempre estendida para Servir. Cada terça feira será uma meditação sobre as mãos de Jesus, que também vão estar estendida para ajudar a Você.
No Grupo de Oração Aliança Eterna, toda terça-feira, às 20h, na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, Rua Riachuelo, 280, Campos dos Goytacazes.                                                    
                                                                                                              

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Festa Litúrgica de Francisco e Jacinta Marto


No dia 20 de Fevereiro, celebra-se a Festa Litúrgica dos Pastorinhos de Fátima. Para assinalar esta data o Santuário de Fátima preparou um programa próprio.
As celebrações começam no dia 19 com a oração de Vésperas dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, na Capela do Santíssimo Sacramento, pelas 17:30. Neste mesmo dia, às 21:30, na Capelinha das Aparições, haverá a Vigília dos Beatos Francisco e Jacinta Marto.
O dia 20 tem início às 10:00 na Capelinha das Aparições com a recitação do terço, seguido de procissão para a Basílica da Santíssima Trindade, onde será celebrada a Eucaristia, presidida por D. António Marto, bispo da Diocese de Leiria-Fátima, pelas 11:00.
A tarde será dedicada às crianças, tendo início às 14:00 com o acolhimento. Pelas 14:30, terão um momento de reflexão sob o tema “Encontro com os Pastorinhos” e terminará com a recitação do terço, pelas 15:00.
Neste mesmo dia, o Santuário de Fátima promove a realização de um concerto evocativo dos três videntes de Fátima, sob o tema “Sem amor nenhuns olhos são videntes”. Terá lugar na Sé Patriarcal de Lisboa, pelas 21:00. O ponto alto do concerto é a estreia Nacional da peça musical “Drei Hirtenkinder aus Fatima – Os Três Pastorinhos de Fátima”, da autoria de Arvo Pärt.
Para podermos compreender melhor e dar a conhecer esta Festa Litúrgica e a sua importância para nós, homens e mulheres de hoje, estivemos à conversa com a irmã Ângela Coelho, vice-postuladora da causa de Canonização de Francisco e Jacinta Marto.
Agradecemos à Irmã Ângela a disponibilidade com que nos acolheu e por nos ter ajudado a perceber melhor a mensagem envolvente destas aparições, que não é apenas um pedido para rezar mais, mas um pedido para “dispor-se a oferecer a sua vida pelos que se afastaram do amor de Deus. No fundo, é aceitar participar da missão redentora de Jesus, de congregar tudo e todos na casa de Deus”, nas palavras da Ir. Ângela.
Entrevista por Sandra Dantas, Centro de Comunicação do Santuário de Fátima.
Porquê o dia 20 de fevereiro para celebrar a Festa Litúrgica dos Pastorinhos?
Irmã Ângela Coelho - A escolha do dia 20 de fevereiro para a celebração litúrgica dos Beatos Francisco e Jacinta prende-se com o facto de nesse dia se recordar a morte da Jacinta, a última dos dois irmãos a falecer. As festas litúrgicas dos santos recaem muito frequentemente no dia da sua morte que, na comunidade eclesial, é tido como o dies natalis, o dia do nascimento para a vida eterna. No caso do Francisco e da Jacinta, optou-se por evocar a sua memória na data da mais nova dos dois videntes de Fátima.
Qual o sentido desta Festa para a Igreja e para o Mundo?
Irmã Ângela Coelho - Celebrar a santidade de um servo de Deus é celebrar, primeiro, a santidade de Deus, o todo Santo que santifica cada mulher e cada homem dispostos a acolher o dom da sua graça. No caso concreto da celebração litúrgica do Francisco e da Jacinta, damos graças a Deus pela forma muito particular como viveram a sua vocação à santidade. Olhando hoje a vida destas duas crianças conseguimos intuir que viveram os apelos com que Nossa Senhora os desafiou, de tal forma que olhá-los é olhar uma concretização da mensagem de Fátima.
A festa dos Beatos Francisco e Jacinta há de ser também estímulo para a nossa própria vocação à santidade, para a nossa disponibilidade para acolher com confiança a vontade de Deus e os seus desígnios de misericórdia. Ao mesmo tempo, é estímulo à oração e à confiança na intercessão destes dois amigos de Deus, através de quem confiamos as nossas alegrias e dores a Deus.
A mensagem que os Pastorinhos escutaram de Nossa Senhora e transmitiram ao mundo não está circunscrita num determinado tempo histórico?
Irmã Ângela Coelho - Os pastorinhos acolheram a mensagem de Nossa Senhora num contexto histórico particular e importa não perder este contexto de vista, na medida em que ele é o destinatário primeiro da mensagem de Fátima e a sua compreensão facilita-nos chaves de leitura para a mensagem. Tem já sido frequentemente sublinhado que Fátima, no conjunto das aparições marianas, é aquela que apresenta uma das mensagens mais proféticas e políticas. De facto, percorrer as Memórias da Irmã Lúcia é descobrir também o olhar de esperança que Deus lança sobre o século que passou: um olhar realista sobre o drama do sofrimento e do pecado, mas um olhar pleno de esperança e de misericórdia.
Isto não significa, no entanto, que esta mensagem não tenha já lugar no nosso tempo. Se Fátima não faz outra coisa que sublinhar a boa nova do Evangelho – e podemos reconhecer os muitos traços evangélicos da mensagem de Fátima: a oração, a conversão, a vivência teologal, a adoração e conformação da vida com Deus... – é, então, de esperar que a sua mensagem seja de sempre e para sempre. Ninguém ousaria desclassificar a atualidade da mensagem de Fátima quando aquilo que nela se sublinha é o apelo a encontrar-se no amor de Deus e a comprometer-se com ele.
Nas aparições, Nossa Senhora pede aos Pastorinhos que façam sacrifícios pelos pecadores. Este pedido ainda faz sentido no nosso tempo?
Irmã Ângela Coelho - Temos hoje receio da palavra «sacrifício», que nos incomoda e nos parece estranha. E, no entanto, o sacrifício é a dinâmica em que se dá a vida. Basta recordarmos o momento do nascimento de uma vida humana para compreendermos que o dom da vida implica o sacrifício pelo outro.
Sacrificar-se pelos pecadores não é outra coisa do que dispor-se a oferecer a sua vida pelos que se afastaram do amor de Deus. No fundo, é aceitar participar da missão redentora de Jesus, de congregar tudo e todos na casa de Deus.
Para além de ser a forma de assumir corajosamente a realidade da vida, o sacrifício pedido em Fátima é também um exercício com que os pastorinhos, primeiro, mas também cada um de nós, hoje, somos chamados a polir a nossa liberdade para a gratuidade e o dom de toda a nossa existência a Deus pelos irmãos.
Qual é o ponto da situação do Processo de Canonização da Irmã Lúcia? E do Francisco e da Jacinta?
Irmã Ângela Coelho - Os processos de beatificação e canonização são processos frequentemente morosos, que exigem um estudo aprofundado das vidas dos servos de Deus, e a confiança, por parte dos fiéis, na sua fama de santidade. Basta recordar que os processos de beatificação do Francisco e da Jacinta deram os seus primeiros passos em 1952 e foi apenas em 1989 que o seu decreto da heroicidade das virtudes foi assinado pelo Papa João Paulo II, abrindo caminho à beatificação que aconteceu no ano 2000, depois de comprovado um primeiro milagre alcançado pela sua intercessão.
O processo de beatificação da Lúcia encontra-se ainda na fase diocesana. Trata-se de um exigente estudo da vida da Lúcia, dos seus escritos, dos testemunhos que se recolheram, para que ela possa ser proposta como exemplo de fé cristã amadurecida. Continuamos a trabalhar neste processo.
Quanto ao processo de canonização dos Beatos Francisco e Jacinta, falta apenas que um milagre se dê através da sua intercessão. Entretanto, o nosso trabalho é o de difundir o seu exemplo de vida e de suscitar nas pessoas a confiança na amizade com Deus destas duas crianças de Fátima.
Será possível definir cada um dos Pastorinhos com apenas uma palavra?
Irmã Ângela Coelho - Embora breves, as vidas de Jacinta e de Francisco são de uma tal riqueza espiritual que qualquer definição breve das suas vidas será sempre demasiado redutora. Ainda assim, se quiséssemos encontrar a palavra que melhor define cada um dos Pastorinhos, arriscaria a dizer que a Jacinta se define pela «compaixão», o Francisco pela «contemplação» e a Lúcia pela «fidelidade».

Fonte: http://www.santuario-fatima.pt