terça-feira, 12 de novembro de 2013

Mães más


Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes: Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão. Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia. Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as balas que tiraram do supermercado ou as revistas do jornaleiro, e fazê-los dizer ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”. Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria feito em 15 minutos. Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração. Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes “não”, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em certos momentos, até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci! Porque, no final, vocês venceram também! E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer: Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo... As outras crianças comiam doces no café, mas nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante, comiam batatas fritas e tomavam sorvete no almoço, mas nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão. Ela insistia em saber onde estávamos a toda hora (ligava para o nosso celular de madrugada) e “fuçava” nossos e-mails. Era quase uma prisão! Mamãe tinha de saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela “violava as leis do trabalho infantil”, pois tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todos esses trabalhos que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer no outro dia. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. E, enquanto todos podiam voltar tarde, à noite, tendo apenas 12 anos, tivemos de esperar até os 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata ainda se levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar). Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência: nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. FOI TUDO POR CAUSA DELA! Agora, que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos “pais maus”, como minha mãe foi. Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: omissão. Falta de amor!

 Fonte: Professor Felipe Aquino - Extraído do livro Educar pela conquista e pela fé.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Todos Juntos Por João Rafael Kovalski

Junte-se aos amigos no facebook: Todos Juntos Por João Rafael Kovalski curta, compartilhe!! Vamos divulgar pessoal!!!

"Trabalhemos como se tudo dependesse de nós, confiemos como se tudo dependesse de Deus" 
                                                                                     Dom João Bosco.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Site na Web!

Já está na web o novo Site da Comunidade Mariana Aliança Eterna!! Não deixe de visitá-lo, links com Formação , agenda de nossa Comunidade, artigos, poderá saber mais sobre nosso carisma e missão!! E mais um ponto importantíssimo, através de nosso site você poderá ter acesso a nossa Web Rádio Aliança Eterna , com programação 24h! Louvores, orações, pregações, grupo de oração e uma programação enorme para preencher os corações.
Em breve e muito breve mesmo estaremos no ar evangelizando. 




Acesse: http://comunidadealiancaeterna.com.br/ ou no link na barra lateral esquerda de nosso blog!


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A Comunhão dos Santos

O Papa Francisco repetiu o ensinamento bimilenar da Igreja, confirmado na constituição Lumen Gentium, de que "de modo nenhum se interrompe a união dos que ainda caminham sobre a terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo" "A comunhão dos santos vai além da vida terrena, vai além da morte e dura para sempre", disse o Papa. "Todos os batizados aqui na terra, as almas do Purgatório e todos os beatos que estão já no Paraíso formam uma só grande família. Esta comunhão entre terra e céu se realiza especialmente na oração de intercessão."

Nós todos somos chamados à santidade para participar da glória de Deus no céu.

Mas qual o caminho e a escala?
Há uma diferença entre ser santo no céu e ser santo na terra. O santo no céu não busca, nem tem a alma em perigo, já tendo encontrado seu lugar na pátria celeste.
Mas para nós a santidade é uma luta, é o dia a dia na luta pela fidelidade a Deus.
Santidade no céu é glória. Santidade na terra é santificação, é luta, estamos na igreja militante. No céu, estão na igreja triunfante.

Nós sabemos que nossos méritos ou obras não são capazes de alcançar a salvação. Estamos portanto na situação do mendigo.

Tudo o que fazemos é uma forma de dizer: 'meu Deus, quero colaborar com minha salvação'. E confiamos que Deus nos dará sua graça conforme suas promessas por amor, não conforme o que fazemos.
Nós devemos ter essa atitude diante de Deus: confiança.
O caminho que os santos seguiram é o mesmo caminho que Jesus seguiu. Ele se esvaziou a si mesmo fazendo-se humilde e obediente até a morte na cruz. Jesus na cruz é o pobre em espírito, totalmente confiante e dócil com relação a Deus.
Em Jesus Deus reina completamente.
O caminho para a glória é esse abaixamento, como um mendigo diante de Deus, completamente dependente Dele. Para que Deus reine é necessário que nós destronemos a soberba de nosso coração.
Os santos aqui na terra foram todos pobres em espíritos, mendigos de Deus e a desproporção entre o que fizeram e a graça que receberam é imensa, não altera em nada sua situação de mendicância. Foram agraciados muito mais do que mereceram.


Fonte: site Christo Nihil Praeponere 

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Aproveitemos bem o nosso tempo. "Que fazeis?"

O Anjo disse às crianças em Fátima: "Que fazeis?", não porque não o soubesse, mas para lhes deixar claro a distância existente entre o espírito do mundo e o da fé, e para nos mostrar com que leviandade dissipamos o nosso tempo, ou melhor, a nossa vida com coisas superficiais. Naquela época, as brincadeiras das crianças eram um passatempo inocente, ao contrário dos programas actuais que envenenam as almas das nossas crianças. Ah, se fosse possível que o Anjo as arrancasse do seu escurecimento causado pela TV com as penetrantes palavras: "Que fazeis?". O Anjo não vê apenas o que elas e nós fazemos; vê igualmente o estado assustador de todo o mundo onde diariamente morrem centenas de milhares de pessoas. Porque larga é a porta e quão apertado é o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que seguem por ele" (Mt 7,13).
Algum tempo depois Nossa Senhora apresentou às crianças uma visão do inferno, acerca da qual afirmou: "Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar, DEUS quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz" (Julho de 1917).

"Que fazeis? Orai, orai muito. Os Corações Santíssimos de JESUS e MARIA têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente, ao Altíssimo, orações e sacrifícios".
O Anjo exorta as crianças a "Orarem muito".
Pedagogicamente isso é importante. Lembremos que a oração é a expressão do nosso amor a DEUS e ao próximo. Deveria ser toda a nossa alegria. O nosso amor deveria ir ao extremo: com todo o nosso coração, toda a nossa alma e com todas as nossas forças. Entretanto, o que cada um entende por "Orar muito" está de acordo com a medida de amor do seu coração. Se cada um de nós orasse muito, certamente a medida do amor cresceria, e se cada um de nós amasse muito, por sua vez, a medida de oração aumentaria igualmente. Na medida que crescem o amor e a oração, crescem a paz e a alegria. Pelo contrário, não nos deve admirar que diante de tão escassas orações de tantos que não rezam com o coração, "resfriará a caridade da maioria" (Mt 24, 12) e a paz desaparecerá da terra.(Santinho 1)

O pensamento nos infinitos sofrimentos do inferno comoveram profundamente o coração de Jacinta. Lúcia foi a sua "catequista". À pergunta de Jacinta, "Aquela Senhora disse que muitas almas vão para o inferno. Mas o que é o inferno? - A Lúcia esclareceu: "É uma cova de bichos e uma fogueira muito grande (assim mo explicava minha Mãe) e vai para lá quem faz pecados e não se confessa e fica lá sempre a arder.
Jacinta: E nunca mais de lá sai?
Lúcia: Não.
Jacinta: E depois de muitos, muitos anos?!
Lúcia: Não, o inferno nunca acaba. E o Céu também não. Quem vai para o Céu nunca mais de lá sai. E quem vai para o inferno também não. Não vês que são eternos, que nunca acabam?
O que mais impressionou a Jacinta foi o facto de o inferno ser eterno. Cada alma faz com que mereça uma eternidade de sofrimento e ódio. Tal verdade parece não mais impressionar ninguém, pois o mundo está tomado pelo que é temporal. É por isso que o Anjo exclamou: "Que fazeis?"


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Cruzada de oração e reparação para os Sacerdotes

Os sacerdotes são um dom dado por Deus para a Igreja e para toda a humanidade. Através deles podemos receber a Eucaristia e todos os sacramentos pelos quais conseguimos o perdão dos pecados e a união com Deus. A salvação ou a perda de milhares de almas pode depender da fidelidade de um único sacerdote. Por esta razão, os sacerdotes estão, de modo especial sob ataque espiritual. Eles precisam de orações e apoio de muitos leigos, a fim de cumprir fielmente a sua missão especial. Além disso, em nossos dias também estamos conscientes da grande necessidade de fazer reparação pelos pecados de sacerdotes que sucumbiram à tentação.
Em união com os santos anjos e com sua força, queremos orar e expiar por sacerdotes. Um meio de unir os nossos esforços na guerra espiritual para a salvação dos sacerdotes é através da nossa Cruzada Sacerdotal. Através do nosso compromisso de orar por sacerdotes em geral, especialmente às quintas-feiras, ou por meio da adoção espiritual de um sacerdote particular, Bispo ou seminarista, unimos as nossas forças espirituais para o bem da santificação e salvação de todos os sacerdotes.
Qual a melhor maneira de orar pelos Sacerdotes?
A resposta não é uma oração particular ou até mesmo uma forma particular de oração, mas sim, "rezar com frequência para os sacerdotes e oferecem uma variedade de vossas boas obras para a sua santificação." Aqui estão algumas sugestões que podem ajudar a tornar suas orações mais eficazes.

1. "Adote" ou reze por um sacerdote ou bispo que se encontre em situação preocupante, ao invés de um que você gosta. Isso exige um sacrifício maior e, portanto, escola no amor altruísta de Cristo, a ser mais meritório e eficaz. Nossa caridade é como uma corrente, tão forte quanto seu elo mais fraco. Ao trabalhar sobre nossos "elos fracos" da caridade, que nos faz crescer e contribuir mais para a edificação do Corpo de Cristo, a Igreja.
2. Ore especialmente para os sacerdotes recém-ordenados. Eles são como as plantas jovens no jardim: precisam de cuidados especiais. Sua imersão no apostolado, sua falta de experiência, o isolamento e, às vezes, a desilusão é especialmente doloroso no início do ministério. Um estudo publicado recentemente informou que cerca de 10-15 por cento dos sacerdotes americanos deixam o sacerdócio dentro de cinco anos de sua ordenação.
3. Ofereça uma parte de seus sofrimentos para os sacerdotes, sejam eles doença, noites sem dormir, uma próxima operação ou outros desconfortos.
4. Ore para as almas dos sacerdotes no purgatório, pedindo-lhes que intercedam por seus colegas sacerdotes na terra. Seria bom para ganhar pelo menos uma indulgência plenária por semana para eles. Em geral, as orações para as almas pobres, que não podem ajudar a si mesmos, são uma grande obra de misericórdia, ao qual está ligada uma grande obra de misericórdia: quando chegar ao céu através das nossas orações, eles nunca se esqueçam de orar por nós, pobres pecadores. Para a sua gratidão podemos recomendar e dirigir as suas orações para os padres.
5. Oferecer pelo menos um terço de um dia para os sacerdotes. Sempre que possível, rezar o terço na Igreja diante do Santíssimo Sacramento e com os outros.
6. Se você rezar a Liturgia das Horas, oferecê-la na reparação de todos os sacerdotes que pararam de rezar o seu Ofício. Se você não sabe rezar a Liturgia das Horas, considere aprender a fazê-lo, é a oração oficial de Cristo, nosso Sumo Sacerdote, e com a Igreja.
7. Rezem o Terço da Divina Misericórdia diariamente - ou, pelo menos, a cada Sexta-feira - às 3:00 AM. a Hora da Misericórdia, pedindo ao Senhor que tenha misericórdia de seus sacerdotes. O Senhor revelou a Santa Faustina que grandes graças estão ligados à oração neste momento. "Em três horas, implora a Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, mesmo que apenas por um breve momento, mergulhe na Minha Paixão, especialmente em meu abandono no momento da agonia. Esta é a hora da grande misericórdia para o mundo. Nesta hora, eu nada recusarei à alma que faz uma solicitação a mim, em virtude da minha paixão. "(Diário, 1320). É, portanto, útil e eficaz para rezar também neste momento a curto mas poderosa jaculatória, "Ó sangue e água que derramou do Coração do Salvador como uma fonte de amor e misericórdia, eu confio em Ti".
8.  Faça as Estações da Cruz (Via Sacra), pelo menos, uma vez por semana para os sacerdotes. Tente fazer isso nas três horas da tarde, se for possível. Pois Cristo disse a Santa Faustina: "Minha filha, tente seu melhor para fazer as Estações da Cruz, nesta hora, desde que seus deveres permitam isso, e se você não é capaz de fazer as Estações da Cruz, então pelo menos passe na capela por um momento e adora, no Santíssimo Sacramento, o meu coração, que é cheio de misericórdia, e você deve ser capaz de entrar na capela, mergulhar na oração onde você esteja, mesmo que apenas por um breve instante ". (Diário, 1572).
9.  Visitar uma pessoa doente em um hospital ou em uma casa de repouso em reparação pelos sacerdotes que falharam para consolar os doentes e oferecer-lhes o consolo dos sacramentos.
10. Fazer uma hora santa diante do Santíssimo Sacramento, pelo menos uma vez por semana para os sacerdotes. Se você já está fazendo isso, tente fazer outro, ou passar mais meia hora diante do Santíssimo Sacramento, ou pelo menos tentar fazer uma visita extra em uma igreja ou capela.
11. Faça pelo menos uma comunhão reparadora na semana dedicada ao Sagrado Coração de Jesus para reparar a irreverência dos sacerdotes e em expiação para as comunhões sacrílegas oferecidos por sacerdotes em estado de pecado mortal.

Estas são apenas alguns sacrifícios que podem ser oferecidos para os sacerdotes. Existem muitos outros. Mas o que precisa ser ressaltado neste momento é a necessidade fundamental para todos nós fazer algo a mais não só para a santificação dos sacerdotes, mas também algo extra em reparação dos pecados dos padres que falharam ao Senhor.
João Paulo II escreveu uma carta a todos os bispos dos Estados Unidos, quando um escândalo envolvendo um sacerdote, abalou a Igreja na América. No final de sua carta, o Papa advertiu os bispos, nas palavras que agora parece profética: "Sim, queridos irmãos, a América precisa de muita oração -. Sob pena de perder a sua alma" Vamos, então, redobrar nossas orações e sacrifícios para os sacerdotes.
Nosso Senhor promete: "Quem vos recebe a mim me recebe, ... e quem dá a um destes pequeninos, até mesmo um copo de água fria, porque ele é um discípulo, em verdade vos digo, ele não perderá a sua recompensa. "(Mt. 10, 40-42) Que a recompensa do Senhor seja a graça que você pode ter sempre um sacerdote que lhe dá diariamente Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento e no final da vida a felicidade eterna.

Fonte: http://www.opusangelorum.org

sábado, 26 de outubro de 2013

São Frei Galvão


Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, OFM, mais conhecido como Frei Galvão (Guaratinguetá, 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um frade católico e primeiro santo nascido no Brasil. Foi canonizado pelo papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil (São Paulo) em 11 de maio de 2007.

Biografia
O pai, Antônio Galvão de França, nascido em Portugal, era o capitão-mor da vila. Sua mãe, Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros, bisneta do famoso bandeirante Fernão Dias Pais, o "caçador de esmeraldas". 
Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de treze anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José. 
Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro. 
Estátua do frade em sua cidade natal, GuaratinguetáA 16 de abril de 1761 fez seus votos solenes. Um ano após foi admitido à ordenação sacerdotal, pois julgaram seus estudos suficientes. 
Foi então mandado para o Convento de São Francisco em São Paulo a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia, e exercitar-se no apostolado. Data dessa época a sua "entrega a Maria", como seu "filho e escravo perpétuo", consagração mariana assinada com seu próprio sangue a 9 de março de 1766. 
Terminados os estudos foi nomeado Pregador, Confessor dos Leigos e Porteiro do Convento, cargo este considerado de muita importância, pela comunicação com as pessoas e o grande apostolado resultante. Em 1769-70 foi designado confessor de um Recolhimento de piedosas mulheres, as "Recolhidas de Santa Teresa", em São Paulo. 

Fundação de Novo Recolhimento
Neste Recolhimento encontrou Irmã Helena Maria do Espírito Santo, religiosa que afirmava ter visões pelas quais Jesus lhe pedia para fundar um novo Recolhimento. Frei Galvão, ouvindo também o parecer de outras pessoas, considerou válidas essas visões. No dia 2 de fevereiro de 1774 foi oficialmente fundado o novo Recolhimento e Frei Galvão era o seu fundador. 
Em 23 de fevereiro de 1775, um ano após a fundação, Madre Helena morreu repentinamente. Frei Galvão tornou-se o único sustentáculo das Recolhidas. Enquanto isso, o novo capitão-general da capitania de São Paulo retirou a permissão e ordenou o fechamento do Recolhimento. Fazia isso para opor-se ao seu predecessor, que havia promovido a fundação. Frei Galvão foi obrigado a aceitar e também as recolhidas obedeceram, mas não deixaram a casa e resistiram. Depois de um mês, graças a pressão do povo e do Bispo, o recolhimento foi aberto. 
Devido ao grande número de vocações, viu-se obrigado a aumentar o recolhimento. Durante catorze anos cuidou dessa nova construção (1774-1788) e outros catorze para a construção da igreja (1788-1802), inaugurada aos 15 de agosto de 1802. Frei Galvão foi arquiteto, mestre de obras e até mesmo pedreiro. A obra, hoje o Mosteiro da Luz, foi declarada "Patrimônio Cultural da Humanidade" pela UNESCO. 
Frei Galvão, além da construção e dos encargos especiais dentro e fora da Ordem Franciscana, deu toda a atenção e o melhor de suas forças à formação das Recolhidas. Era para elas verdadeiro pai e mestre. Para elas escreveu um estatuto, excelente guia de disciplina religiosa. Esse é o principal escrito de Frei Galvão, e que melhor manifesta a sua personalidade. 
Em várias ocasiões as exigências da sua Ordem Religiosa pediam que se mudasse para outro lugar para realizar outras funções, mas tanto o povo e as Recolhidas, como o bispo, e mesmo a Câmara Municipal de São Paulo intervieram para que ele não saísse da cidade. Diz uma carta do "Senado da Câmara de São Paulo" ao Provincial (superior) de Frei Galvão: "Este homem tão necessário às religiosas da Luz, é preciosíssimo a toda esta Cidade e Vilas da Capitania de São Paulo, é homem religiosíssimo e de prudente conselho; todos acorrem a pedir-lho; é homem da paz e da caridade". 
Frei Galvão viajava constantemente pela capitania de São Paulo, pregando e atendendo as pessoas. Fazia todos esses trajetos sempre a pé, não usava cavalos nem a liteira levada por escravos. Vilas distantes sessenta quilômetros ou mais, municípios do litoral, ou mesmo viajando para o Rio de Janeiro, enfim, não havia obstáculos para o seu zelo apostólico. Por onde passava as multidões acorriam. Ele era alto e forte, de trato muito amável, recebendo a todos com grande caridade. 

 BEATIFICAÇÃO - Em 1998, Frei Galvão foi beatificado pelo Papa João Paulo II, dele recebendo os títulos de Homem da Paz e da Caridade e de Patrono da Construção Civil no Brasil. De seu processo de beatificação constam 27.800 graças documentadas, além de outras consideradas milagre. 
      Aconteceu em 1990 em São Paulo, com a menina Daniela, que aos 4 anos de idade teve complicações bronco-pulmonares e crises convulsivas. Foi então internada na UTI do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, com diagnóstico de encefalopatia hepática por consequência da hepatite causada pelo vírus A, insuficiência hepática grave, insuficiência renal aguda, intoxicação por causa de metocloropramida e hipertensão. Os sintomas acima a levaram a uma parada cardio-respiratória que evoluiu com epistaxe, sangramento gengival, hematúria, ascite, broncopneumonia, parotidite bilateral, faringite, e mais duas infecções hospitalares.
      Após 13 dias de UTI, os familiares, amigos, vizinhos e religiosas do Mosteiro da Luz rezaram e deram a menina as pílulas de Frei Galvão. Em 13 de junho de 1990, a menina Daniela deixou a UTI e, em 21 de junho teve alta do hospital considerada curada. O pediatra que a acompanhou atestou perante o Tribunal Eclesiástico que: "atribuo à intervenção divina, não só a cura da doença, mas a recuperação total dela". 
      Frei Galvão foi beatificado em 25 de outubro de 1998. 


CANONIZAÇÃO - Frei Galvão foi Canonizado pelo Papa Bento XVI em 11 de maio de 2007, durante a visita do pontífice ao Brasil. A comprovação oficial e o anúncio foi feito em 16 de dezembro de 2006.
      Trata-se do caso da Sra Sandra Grossi de Almeida e de seu filho Enzo de Almeida Gallafassi, da cidade de São Paulo-SP, hoje residentes em Brasília-DF, Brasil.
      A Sra Sandra já havia sofrido três outros abortos espontâneos, devido a malformação do seu útero, que tornara impossível levar a termo qualquer gravidez.
      Em maio de 1999, Sandra ficou novamente grávida e sabia que a qualquer momento poderia ter uma hemorragia e morrer.
      Apesar do prognóstico médico ser de provável interrupção da gravidez ou de que esta chegasse, no máximo, ao quinto mês, a gestação evoluiu normalmente até a trigésima segunda semana da gestação.
      Por ser caso alto risco, foi decidido parto por cesariana em 11/12/1999, pois exames comprovavam problemas ma, o parto não teve nenhuma complicação.
      A criança nasceu pesando 1.995 gr. e medindo 0,42 cm, mas apresentou problemas respiratórios gravíssimos. Foi "entubada", porém teve uma evolução positiva muito rápida e foi "extubada" bo dia seguinte. Recebeu alta hospitalar dia 19/12/1999.
      O êxito favorável deste caso raro foi atribuido a intercessão do Beato Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, que foi desde o início e durante toda a gravidez invocado pela família com muita oração e por Sandra, que além das novenas contínuas que fez, tomou também as "Pílulas de Frei Galvão" com fé e com a certeza de sua ajuda
      Realizado o processo diocesano, os Peritos Médicos da Congregação das Causas dos Santos, aprovaram, por unanimidade, o fato como "cientificamente inexplicável no seu conjunto, segundo os atuais conhecimentos científicos".
      Finalmente, o Santo Padre Bento XVI depois de conhecer o fato, autorizou no dia 16/12/2006, a Congregação das Causas dos Santos a promulgar o Decreto, a respeito do milagre atribuído à intercessão do Beato Frei Antônio de Sant'Anna Galvão.
       O nome do primeiro santo brasileiro ficou Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, conhecido comumente como São Frei Galvão. 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Capela em Honra a Nossa Senhora Rosa Mística

No último dia 23 de outubro, as 19 horas, foi celebrada a primeira Missa no local onde será edificada uma Capela em honra a Nossa Senhora da Rosa Mística. Celebração realizada pelo Padre Gilmar. A Capela pertencerá a Paróquia Santa Terezinha, localizada no Parque Julião Nogueira.
A Comunidade local e da Paróquia estiveram presentes, bem como os devotos da Rosa Mística. A Comunidade Mariana Aliança Eterna esteve presente, onde fez uma doação de uma belíssima imagem de N.S.Rosa Mística para a futura capelinha.
Além da Santa Missa, os fiéis puderam conhecer um pouco da história do início da devoção a Rosa Mística em nossa cidade e arredores.
Confira as fotos:




















Nossa Senhora da Rosa Mística é o nome atribuído a Maria, mãe de Jesus, a partir de diversas aparições, cuja imagem é marcada pela presença de três rosas no peito. Uma é branca, simbolizando a oração. Outra é vermelha, simbolizando o sacrifício. E outra é amarela, simbolizando a penitência. Há relato de aparições na Europa e também na América. O principal tema abordado por Nossa Senhora nestas aparições é a vocação religiosa e a necessidade de oração para que os religiosos do mundo inteiro cumpram sua missão evangelizadora e que sejam, de fato, instrumentos do amor de Jesus.



sábado, 19 de outubro de 2013

13 de outubro: última aparição de Nossa Senhora em Fátima

Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.



"Memórias da Irmã Lúcia" - As Aparições em Fátima :




13 de Outubro de 1917

Dia 13 de Outubro de 1917 – Saímos de casa bastante cedo, contando com as demoras do caminho. O povo era em massa. A chuva, torrencial. Minha Mãe, temendo que fosse aquele o último dia da minha vida, com o coração retalhado pela incerteza do que iria acontecer, quis acompanhar-me. Pelo caminho, as cenas do mês passado, mais numerosas e comovederas. Nem a lamaceira dos caminhos impedia essa gente de se ajoelhar na atitude mais humilde e suplicante. Chegados à Cova de Iria, junto da carrasqueira, levada por um movimento interior, pedi ao povo que fechasse os guarda-chuvas para rezarmos o terço. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira.
– Que é que Vossemecê me quer?
– Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas.
– Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.
– Uns, sim; outros, não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.
E tomando um aspecto mais triste:
– Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido.
E abrindo as mãos, fê-las refletir no sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da Sua própria luz a projetar (-se) no sol.
Eis, Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo, o motivo pelo qual exclamei que olhassem para o sol. O meu fim não era chamar para aí a atenção do povo, pois que nem sequer me dava conta da sua presença. Fi-lo apenas levada por um movimento interior que a isso me impeliu.
Desaparecida Nossa Senhora, na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul. S. José com o Menino pareciam abençoar o Mundo com uns gestos que faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a ideia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o Mundo da mesma forma que S. José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma semelhante a Nossa Senhora do Carmo.

Fonte: Da publicação "Memórias da Irmã Lúcia", uma edição do Secretariado dos Pastorinhos (sec.pastorinhos@mail.telepac.pt / Fátima-Portugal)

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A grandeza na Liturgia aponta para a Beleza de Deus

Os sinais externos da sagrada Liturgia não são um insulto à pobreza material dos filhos da Igreja, mas um incentivo à piedade dos fiéis


O venerável Papa Pio XII, em sua encíclica sobre a sagrada Liturgia, explicava que "todo o conjunto do culto que a Igreja rende a Deus deve ser interno e externo". Esta realidade decorre da própria constituição humana, ao mesmo tempo física e espiritual, e da vontade do Senhor, que "dispõe que pelo conhecimento das coisas visíveis sejamos atraídos ao amor das invisíveis".

Este ensinamento explica porque os atos litúrgicos da Igreja sempre foram realizados em templos majestosos, com materiais tão nobres e paramentos trabalhados com inúmeros detalhes. Assim é, não porque a Igreja esteja apegada aos bens materiais ou preocupada em entesourar riquezas, mas porque ao Senhor deve ser oferecido sempre o melhor e o mais belo.

Assim pensava São Francisco, o poverello de Assis. Ele passou toda a sua vida como um pobre entre os pobres, mas, quando falava de Jesus eucarístico, condenava o desprezo e o pouco caso com que muitos celebravam os santos mistérios. Em uma carta aos sacerdotes, Francisco pedia a eles que considerassem dentro de si "como são vis os cálices, os corporais e panos em que é sacrificado" muitas vezes nosso Senhor. E insistia: "Onde quer que o Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo for conservado de modo inconveniente ou simplesmente deixado em alguma parte, que o tirem dali para colocá-lo e encerrá-lo num lugar ricamente ordenado" [01]

Na França do século XIX, os lojistas comentavam entre si: "No campo há um pároco magro e mal arranjado, com ares de não ter um centavo no bolso, mas que compra para sua igreja tudo o que há de melhor". Era São João Maria Vianney, que vivia em pobreza extrema, mas não hesitava em ornar a casa de Deus com o mais nobre e o mais digno. Em 1820, escreveu ao prefeito de Ars: "Desejaria que a entrada da igreja fosse mais atraente. Isso é absolutamente necessário. Se os palácios dos reis são embelezados pela magnificência das entradas, com maior razão as das igrejas devem ser suntuosas" [02].

Toda esta preocupação do Cura d’Ars mostrava um verdadeiro amor a Deus e às almas. Ele encheu a igreja de sua cidade com belíssimas imagens e pinturas, porque, dizia ele, "não raro as imagens nos abalam tão fortemente como as próprias coisas que representam". O santo francês compreendia mais do que ninguém como não só era possível, mas também salutar, que o material e o terreno apontassem para as realidades celestes.

No entender do cardeal Giovanni Bona, um monge cisterciense do século XVII citado por Pio XII, "Se bem que, com efeito, as cerimônias, em si mesmas, não contenham nenhuma perfeição e santidade, são todavia atos externos de religião que, como sinais, estimulam a alma à veneração das coisas sagradas, elevam a mente à realidade sobrenatural, nutrem a piedade, fomentam a caridade, aumentam a fé, robustecem a devoção, instruem os simples, ornam o culto de Deus, conservam a religião e distinguem os verdadeiros dos falsos cristãos e dos heterodoxos." [03]

Percebe-se, deste modo, como pondera mal quem diz que a beleza das igrejas do Vaticano e o esplendor dos vasos e ornamentos sagrados deveriam ser renunciados, como se, com isto, a Igreja estivesse se exibindo indevidamente ou ofendendo os mais pobres.

Quem pensa desta forma ainda não compreendeu o que é verdadeiramente a Liturgia e qual é o seu verdadeiro tesouro. Não entendeu que até os sinais externos das ações litúrgicas, manifestados especialmente na Santa Missa, devem indicar Aquele que é a Beleza. E não pense que, persistindo nesta mentalidade, diverge em um ponto pouco importante da fé da Igreja. Nunca é tarde para recordar o anátema do Concílio de Trento: "Se alguém disser que as cerimônias, as vestimentas e os sinais externos de que a Igreja Católica usa na celebração da Missa são mais incentivos de impiedade do que sinais de piedade — seja excomungado".

Fonte: salvemaliturgia.com