domingo, 13 de junho de 2010

O Pecado

A liturgia de hoje nos lembra que a Igreja não é composta por "justos", mas por pecadores, que precisam do perdão de Deus e dos irmãos. E as Leituras nos mostram um Deus de bondade e de misericórdia, que detesta o pecado, mas ama o pecador.

A 1ª Leitura apresenta a história de DAVI PECADOR. (2Sm 12,7-10.12)

- Davi cometeu adultério com a mulher de Urias. Quando soube que a mulher estava grávida, mandou colocar Urias no lugar mais perigoso da batalha, onde acabou morrendo.
- O Profeta Natan denuncia o Rei desse crime
e anuncia os castigos de Deus contra ele e a sua família.
- O Rei reconhece humildemente seu erro: "Pequei contra o Senhor".
- Diante dessa atitude humilde e sincera de arrependimento, o profeta termina com uma mensagem de esperança:
"O Senhor perdoou o teu pecado. Tu não morrerás".
* Deus condena o pecado, mas não abandona o pecador. Dá sempre a possibilidade de recomeçar. Na fraqueza, Davi teve humildade em reconhecer o seu pecado e confiança na bondade de Deus que perdoa...

A 2ª Leitura destaca que, pela fé em Cristo,
somos justificados e libertados. (Gl 2,16.19-21)

O Evangelho narra a História da MULHER PECADORA.
Só Lucas narra esse episódio. É o evangelho da misericórdia. (Lc 7,36-8,3)

- Jesus aceitava com alegria os convites para fazer refeições nas famílias...
Vai à casa de Simão e a conversa estava animada... De repente aparece uma mulher intrusa...
A mulher já era pouco valorizada, imaginemos uma prostituta? Ela enfrenta a condenação dos "bem comportados". Não fala nada. Suas lágrimas e o perfume precioso falam por ela. O gesto tocou o coração de Jesus. Por que procurou Jesus? Provavelmente já conhecia Jesus... O Mestre devia tê-la impressionado profundamente. O seu olhar era diferente dos que a olhavam com interesse para aproveitar de seu corpo e sua beleza... ou dos que a desprezavam... ou a condenavam... O "muito amor" manifestado pela mulher é o resultado da atitude de Jesus:
nasce de um coração agradecido que não se sentiu excluído, nem marginalizado, mas que nos gestos de Jesus tomou consciência da bondade e da misericórdia de Deus.

No episódio, encontramos:
- Três Personagens:
- Um que convida,
- um que é convidado,
- uma que aparece sem ser convidada.

Três olhares diferentes:
- O olhar orgulho de Simão, com desprezo daquela pecadora e
com desconfiança até do gesto de Cristo...
- O olhar misericordioso de Cristo, que valoriza o gesto de amor
daquela pecadora e censura a arrogância daquele fariseu puritano...
- O olhar humilde da Pecadora, que reconhece seu pecado e
descobre no gesto de Jesus a misericórdia de Deus.

Qual é a NOSSA Atitude diante do pecado?
- Diante dos erros dos outros, imitamos o exemplo de Jesus,
que acolhia e perdoava... ou de Simão, que rejeitava e condenava?
- Diante dos nossos erros e pecados,
imitamos o exemplo de humildade de Davi e da pecadora,
ou somos tentados a escondê-los, ou, de alguma forma, justificá-los?

Fonte: Pesquisa por Pe. Crimário Tavares Verdan

sábado, 12 de junho de 2010

A força de quem ama

“Nem palavras duras e olhares severos devem afugentar quem ama; as rosas têm espinhos e, no entanto, colhem-se”
William Shakespeare

Essa foi para os enamorados....que Deus abençoe!

Fonte: blog fotosquefalam

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Quero ser humilde Senhor

Jesus, manso e humilde de coração, ouvi-me.
Do desejo de ser estimado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser amado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser conhecido, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser honrado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser louvado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser preferido, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser consultado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser aprovado, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser humilhado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser desprezado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de sofrer repulsas, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser caluniado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser esquecido, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser ridicularizado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser infamado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser objeto de suspeita, livrai-me, ó Jesus.

Que os outros sejam amados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros sejam estimados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam elevar-se na opinião do mundo, e que eu possa ser diminuido, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser escolhidos e eu posto de lado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser louvados e eu desprezado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser preferidos a mim em todas as coisas, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser mais santos do que eu, embora me torne o mais santo quanto me for possível, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Oração pelos Sacerdotes

(Oração indulgenciada por S. Pio X em 03/03/1905)

Ó Jesus, Pontífice Eterno, Divino Sacrificador, Vós que, no Vosso incomparável amor, deixastes sair do Vosso Sagrado Coração o sacerdócio cristão, dignai-Vos derramar, nos Vossos sacerdotes, as ondas vivificantes do Amor infinito.
Vivei neles, transformai-os em Vós, tornai-os, pela Vossa graça, instrumentos de Vossas Misericórdias.

Atuai neles e por eles, e fazei que, revestidos inteiramente de Vós pela fiel imitação de Vossas adoráveis virtudes, operem, em Vosso nome e pela força de Vosso espírito, as obras que Vós mesmo realizastes para a salvação do mundo.
Divino Redentor das almas, vede como é grande a multidão dos que dormem ainda nas trevas do erro; contai o número dessas ovelhas infiéis que ladeiam os precipícios; considerai a multidão dos pobres, dos famintos, dos ignorantes e dos fracos que gemem ao abandono.

Voltai para nós por intermédio dos Vossos sacerdotes. Revivei neles; atuai por eles, e passai de novo através do mundo, ensinando, perdoando, consolando, sacrificando, e reatando os laços sagrados do amor entre o Coração de Deus e o coração humano.
Amém.

Do livro «O Sagrado Coração e o Sacerdócio», de Madre Luísa Margarida Claret de La Touche.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Milagre de Santa Giana

O segundo milagre operado por Deus através de Santa Gianna
Por Pe. John Zuhlsdorf

Em meados de novembro de 1999, uma mulher brasileira chamada Elisabete Comparini Arcolino descobriu que estava grávida pela quarta vez. Um exame de ultrassom em 30 de novembro mostrou que a criança em desenvolvimento estava dentro de um saco pequeno de apenas 0,8 centímetros de comprimento e 2,3 cm de diâmetro. O médico disse que era improvável a criança nascesse com uma gestação começando assim. Em 9 de dezembro, um ultrassom mostrou o embrião com 1,0 cm de comprimento, mas também um grande aumento em uma massa de sangue coagulado (perda de sangue), medindo 5,2 × 3,5 cm. Em 19 de dezembro eles encontraram o coração da criança batendo, mas também uma deterioração da placenta na região inferior do útero. Foi dado um prognóstico pessimista. A médica que acompanhava o caso, Dra. Nadia Bicego Vieitez de Almeida, que já tinha cuidado de Elisabete nas gestações anteriores, disse que com a grande perda de sangue Elisebete provavelmente iria abortar espontaneamente, ou eles teriam que fazer o procedimento, mais cedo ou mais tarde.

Contrariamente às expectativas, o coração da criança continuava batendo, e a gravidez continuou.

Em 11 de fevereiro de 2000 Elisabete percebeu que havia um problema sério, e foi para o hospital. O ultrassom mostrou que a membrana do saco gestacional tinha quebrado com 16 semanas de gestação e, apesar do feto estar vivo, havia agora uma total ausência de líquido amniótico. O radiologista testificou que não havia líquido amniótico para proteger a criança contra a exposição ao mundo exterior e contra a pressão externa do próprio útero. Isto significava que tanto a criança quanto a mãe estavam em grave perigo de infecção, etc. A Dra. Nadia recomendou o término da gravidez. Elisabete foi colocada em um regime de super-hidratação – 4 litros de venóclise (injeção intravenosa de uma solução isotônica de glicose ou outras substâncias) por dia. Em 15 de fevereiro um novo ultrassom mostrou que não houve aumento significativo do volume de líquido amniótico, e que o volume era insuficiente para levar a gravidez a termo.

Neste ponto, 15 de fevereiro, o prognóstico para a criança era exatamente zero. Dois estudos, um em São Paulo e um em San Francisco, tinham estudado a viabilidade da gravidez com uma membrana rompida entre 22-26 semanas – um número de semanas muito maior do que no caso de Elisabete e seu bebê. Nos estudos, em todos os casos examinados, todos os fetos foram abortados espontaneamente no prazo máximo de 60 dias após a ruptura. Em praticamente todos os casos, um feto de 16 semanas iria ser abortado espontaneamente em poucos dias.

Dra. Nadia e outros médicos disseram a Elisabete que ela tinha que fazer um aborto para salvar a vida dela, e deram-lhe algum tempo para tomar a decisão. Mas Elisabete, sabia em seu coração – assim ela declarou – que não podia fazer isso e que devia tentar levar a gestação até o fim. Quando a médica veio para a decisão, o marido de Elisabete, Carlos César, solicitou a presença de um padre. Ele chamou o padre da paróquia de São Sebastião, Pe. Ovídio José Alves di Andrade. A Dra. Nadia disse que voltaria em 15 minutos com os documentos de sua assinatura para aprovação do aborto.

No momento em que Dra. Nadia voltou estava presente uma amiga de Elisabete, chamada Isabel, que ouviu a discussão sobre o aborto. Isabel foi à capela do hospital para rezar a Maria a fim de ajudar a trazer alguma luz para a situação. Lá Isabel passou algum tempo em oração. Quando ela terminou e se levantou para sair, ela viu passar pela porta o Bispo diocesano D. Diógenes Silva Matthes, que havia ido ao hospital para visitar uma outra pessoa. O Bispo D. Diógenes tinha sido o celebrante do casamento de Elisabete e de Carlos César em São Sebastião, onde eles trabalhavam como catequistas. Isabel contou ao bispo o que estava acontecendo, e ele foi para o quarto de Elisabete, e lá ouviu a história toda. O bispo disse: "Betinha, vamos orar e Deus vai nos ajudar" e ele pediu à Dra. Nadia que esperasse um pouco mais. Em seguida, o bispo saiu.

Pouco depois de o bispo ter saído, chegou o Pe. Ovídio. Ele começou a dar Elisabete o sacramento da extrema-unção. Nesse ponto, o bispo retornou. Ele tinha trazido consigo uma biografia da beata Gianna Beretta Molla. Ele disse a Elisabete: "Faça o que a Bem-aventurada Gianna fez, e, se necessário, dê a sua vida pela criança. Eu estava rezando em casa, e disse para a Bem-Aventurada Gianna em oração: "Agora chegou a oportunidade para que você possa ser canonizada. Interceda diante do Senhor pela graça de um milagre, e salve a vida dessa pequena criança".

Elisabete já conhecia a Beata Gianna, sobre como ela morreu, e como o primeiro milagre de sua causa aconteceu com uma mulher que teve complicações terríveis após uma cesariana. Depois de saber sobre a Beata Gianna, a própria Elisabete, em sua terceira gravidez, e após duas cesáreas anteriores, tinha decidido dar à luz normalmente, apesar dos problemas decorrentes. Nessa altura, o mesmo Bispo D. Diógenes tinha dado a ela um “santinho” com a foto da Beata Gianna. Elisabete estava terrivelmente atemorizada, mas ela pediu ajuda à Bem-Aventurada Gianna, e deu à luz uma criança com peso superior a 5kg.

Portanto, desta vez, reforçada pela experiência do passado e com a ajuda da Beata Gianna e do mesmo bispo, Elisabete disse à Dra. Nadia que ela tentaria continuar a gestação, enquanto o coração dela continuasse a bater. Vários médicos no hospital expressaram sua opinião, de que isso era uma loucura. Entretanto, a Dra. Nadia testemunhou mais tarde sobre esse tempo: "Mas eu, eu não sei se foi por intuição, por causa da minha própria falta de coragem, ou se fui tocada pela fé de Elisabete, que parecia não ter limites, decidi esperar e ver o que acontecia". Elisabete viria a testemunhar depois que, para ela: "O maior milagre de Jesus foi mudança de coração da médica. Ela tinha sido até então inabalável em sua determinação de realizar abortos, mas um dia ela me disse: 'A sua fé me fez pensar muito. Mesmo eu tenho fé agora, então vamos aguardar a morte do feto".

Elisabete deixou o hospital e foi para a casa da tia de Carlos César, Janete Arcolino, que era uma enfermeira. A Dra. Nadia lhes emprestou o aparelho de ultrassom para que eles pudessem monitorar o batimento cardíaco da criança, e disse-lhes para verificar temperatura e pressão arterial a cada seis horas. Eles continuaram os tratamentos de super hidratação, e depois iniciaram um tratamento com cortisona, para evitar problemas com os pulmões da criança.

Nesse meio tempo, o Padre. Ovídio testemunhou mais tarde, toda a comunidade continuava a invocar a Bem-Aventurada Gianna, continuamente pedindo por um milagre. A paróquia era muito pró-vida, e todos os meses havia uma bênção especial para as mulheres que iam com os filhos. Também envolvida na oração à Beata Gianna estava uma comunidade de irmãs carmelitas que, por sua vez, tinham comunicado a solicitação de oração para outros conventos no Brasil. De sua parte, Elisabete passou um momento muito difícil. Apesar de sua fé em Deus e de sua experiência passada, houve momentos em que ela estava com muito medo de morrer junto com o bebê. Ela sentiu-se por vezes bastante abandonada por Deus, e sozinha. Ela estava preocupada com o que iria acontecer com seus três outros filhos, se ela morresse.

A Dra. Nadia seguia de perto a gestação, e observou que, durante o tempo todo, não houve acúmulo de líquido amniótico. Se Elisabete ganhava algum, logo que ela ia se mover para se levantar e ir ao banheiro, ela voltava a perder tudo.

Quando eles chegaram à 32ª semana e quando o bebê pesava 1,8 quilos, eles decidiram por um parto cesáreo, realizado em 31 de maio de 2000. A filha recém-nascida, de nome Gianna, estava em boa forma, com exceção do pé esquerdo, que estava torto, provavelmente por causa da compressão do útero.

Os problemas não acabaram aí. Eles descobriram que Elisabete tinha uma ferida dentro de um músculo uterino no qual a placenta tinha aderido, permanecendo portanto no lugar. Ela teve uma hemorragia grave e seus pulmões entraram em colapso, e ela acabou na UTI por três dias. Como parte de seu tratamento a Dra. Nadia queria interromper o seu ciclo com uma espécie de falsa menopausa, o que resultaria também em Elisabete não ser capaz de dar de mamar, mas Elisabete disse que queria fazer isso.

A casa recém-nascida recebeu alta do hospital e foi para casa em 17 de junho, pesando 1,960 kg. Mais tarde, uma operação cirúrgica e uma terapia corrigiram o pé torcido. Em julho de 2001, uma pediatra, a Dra. Maria Engracia Ribeiro, examinou a criança completamente e atestou que ela era perfeitamente normal e saudável, inteligente e alegre, com personalidade forte. Outro exame em 17 de janeiro de 2002 não encontrou problemas em nenhum aspecto do desenvolvimento da criança, nenhum problema imunológico ou respiratório, e atestou que ela estava, para sua idade, em perfeita saúde.

O caso do pretenso milagre foi estudado pela "Consulta Médica" da Congregação para as Causas dos Santos em 10 de abril de 2003. Esta afirmou que, com a total perda de líquido amniótico na 16ª semana resultando no prognóstico grave para o feto e para a mãe, e com o tratamento médico inadequado para tão grave situação, o resultado positivo da gravidez e a saúde da mãe e da criança eram inexplicáveis em termos médicos. O decreto foi promulgado “super miraculo” pela Congregação, na presença do Papa João Paulo II, em 20 de dezembro de 2003. Gianna Beretta Molla tinha sido beatificada em 24 de abril de 1994, e sua canonização foi celebrada em 16 de maio de 2004.

Gostaria de lhes propor vários pontos para reflexão:

1. Os Santos nos são apresentadas pela Santa Madre Igreja para "os dois I's": imitação e intercessão.
2. Como todos os cristãos são chamados a imitar a Cristo, nós também devemos experimentar o auto-esvaziamento e a Cruz, o abandono à Providência e a doação de si mesmo. Devemos estar dispostos a perder tudo.
3. Nós não estamos sozinhos: a Igreja Militante e a Igreja Triunfante estão intimamente unidas, entrelaçadas na caridade. Nós na terra devemos interceder uns pelos outros, e acreditar e pedir a intercessão dos santos.
4. Deus faz uso dos fracos para demonstrar Seu poder e amor.
5. Se não crermos em milagres, não pediremos a Deus milagres. Se nós não pedirmos milagres, eles não serão concedidos.
6. Nossa vida de fé é percebida pelos não-crentes e eles são afetados por ela.
7. Que diferença um bispo pode fazer.
8. Quantas vezes você invocar a ajuda dos santos e anjos?
9. Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos.
10. Ninguém é demasiado pequeno para não ser uma ocasião de graça para os outros.

Fonte: Blog Vida e Castidade: http://vidaecastidade.blogspot.com/

domingo, 6 de junho de 2010

Os Milagres Eucarísticos

A revista “Jesus”, das Edições Paulinas de Roma, publicou uma matéria do escritor Antonio Gentili, em abril de 1983, pp. 64-67, na qual ele apresenta uma resenha de milagres eucarísticos. Há tempos, foi traçado um "Mapa Eucarístico", que registra o local e a data de mais de 130 milagres, metade dos quais ocorridos na Itália. São muitíssimos esses fenômenos extraordinários no mundo todo. Por exemplo, Marthe Robin, uma francesa, milagre eucarístico vivo, alimentou-se durante mais de quarenta anos apenas de Eucaristia. Teresa Neumann, na Alemanha, durante mais de 36 anos, também se alimentou somente do Corpo de Cristo.

1 - Lanciano - Itália – no ano 700

Em Lanciano – séc. VIII. Um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na igreja dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho, em sangue, depositados dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos, ocorrido pela última vez em 1970, levou aos seguintes resultados muito significativos:

1) A hóstia, que se transformou em carne humana, segundo a tradição, é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio. Acrescente-se que a massa sutil de carne humana, que foi retirada dos bordos, deixando amplo vazio no centro, é totalmente homogênea. Em outras palavras: não apresenta lesões, como as apresentaria se se tratasse de um pedaço de carne cortada com uma lâmina.

2) Quanto ao sangue, trata-se de genuíno sangue humano. Mais: o grupo sanguíneo "A", ao qual pertencem os vestígios de sangue, o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo "AB" (sangue comum aos judeus). Este é também o grupo sanguíneo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da Universidade de Turim, identificou na Sagrada Mortalha (Santo Sudário).

3) Apesar de sua antiguidade, a carne e o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, ao contrário, ele ocorre apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos. A linguagem das relíquias de Lanciano é clara e fascinante: verdadeira carne e verdadeiro sangue humano, na sua inalterada composição que desafia os tempos; trata-se mesmo da carne do coração, daquele coração do qual, conforme a fé cristã, jorrou o Sangue, que dá a vida.

2 - Orvieto - Bolsena - Itália – 1263

Início da Festa de Corpus Christi
A festa do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao ano de 1208, quando uma monja, Santa Juliana de Mont-Cornillon (†1258), foi inspirada por Deus a constituí-la e a divulgá-la. O próprio Jesus tinha pedido a santa francesa a introdução da festa de “Corpus Domini” no calendário litúrgico da Igreja. Aconteceu que o padre Pedro de Praga, da Boêmia, ao celebrar uma Santa Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, foi surpreendido pelo milagre durante a consagração: da hóstia consagrada caíram gotas de Sangue sobre o corporal. Até hoje ele [Sangue milagroso] está em exposição na belíssima Catedral de Orvieto. O Papa Urbano IV (1262-1264) residia em Orvieto e ordenou ao Bispo Giacomo levar as relíquias de Bolsena à cidade onde habitava. O Sumo Pontífice, então, emitiu a Bula "Transiturus de mundo", em 11/08/1264, na qual prescreveu que, na quinta-feria após a oitava de Pentecostes, fosse celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor [Corpus Christi]. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Santo Padre para compor o Ofício da celebração. Em 1290 foi construída a Catedral de Orvieto, chamada de “Lírio das Catedrais”.

3 - Ferrara - 28/03/1171

Aconteceu este milagre na Basílica de Santa Maria in Vado, no século XII. Propagava-se, com perigo à fé católica, a heresia de Berengário de Tours (†1088), que negava a presença real de Cristo na Eucaristia. Aos 28 de março de 1171, padre Pedro de Verona e mais três sacerdotes concelebravam a Santa Missa de Páscoa. No momento de partir o Pão Consagrado, a Hóstia se transformou em Carne, da qual saiu um fluxo de Sangue que atingiu a parte superior do altar, cujas marcas são visíveis ainda hoje. Há documentos que narram o fato: um "Breve" do Cardeal Migliatori (1404). - Bula de Eugênio IV (1442), cujo original foi encontrado em Roma em 1975. Mas, a descoberta mais importante deu-se em Londres, em 1981, foi encontrado um documento de 1197 narrando o fato.

4 - Offida - Itália – 1273

Ricciarella Stasio - devota imprudente, realizava práticas supersticiosas com a Eucaristia; em uma dessas profanações, a Hóstia se transformou em Carne e Sangue. Estes foram entregues ao padre Giacomo Diattollevi e são conservadas até hoje. Há muitos testemunhos históricos sobre esse fenômeno extraordinário.

5 - Sena – Cáscia - Itália – 1330

Hoje este milagre é celebrado em Cássia, terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um sacerdote foi levar o viático a um enfermo e colocou indevidamente, de maneira apressada e irreverente, uma Hóstia Consagrada dentro do seu breviário para levá-la a um doente em estado grave. No momento da Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se liquefez e, quase reduzida a Sangue, molhou as páginas do livro. Então o religioso negligente apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um frade agostiniano de Sena, o qual levou para Perúgia a página manchada de Sangue e para Cássia a outra página onde a Hóstia ficara presa. A primeira página perdeu-se em 1866, mas a relíquia chamada de “Corpus Domini” é atualmente venerada na basílica de Santa Rita.

6 - Turim - Itália – 1453

Na Alta Itália ocorria uma uma guerra furiosa pelo ducado de Milão. Os piemonteses saquearam a cidade; ao chegarem à igreja, forçaram o tabernáculo. Tiraram o ostensório de prata, no qual se guardava o Corpo de Cristo, ocultando-no dentro de uma carruagem, juntamente com os outros objetos roubados, e dirigiram-se para Turim. Crônicas antigas relatam que, na altura da igreja de São Silvestre, o cavalo parou bruscamente a carruagem – o que ocasionou a queda, por terra, do ostensório – este se levantou nos ares "com grande esplendor e com raios que pareciam os do sol". Os espectadores chamaram o Bispo da cidade na época, Ludovico Romagnano, que foi prontamente ao local do prodígio. Quando chegou, "O ostensório caiu por terra, ficando o Corpo de Cristo nos ares a emitir raios refulgentes". O Bispo, diante dos fatos, pediu que lhe levassem um cálice. Dentro deste desceu a Hóstia, que foi levada para a catedral com grande solenidade. Era o dia 9 de junho de 1453. Existem testemunhos contemporâneos do acontecimento ("Atti Capitolari" de 1454 a 1456). A igreja de "Corpus Domini" (1609) até hoje atesta o fato milagroso.

7 - Sena - Itália – 1730

Na Basília de São Francisco, em Sena, pátria de Santa Catarina de Sena, durante a noite de 14 para 15 de março de 1730, foram jogadas no chão 223 Hóstias Consagradas por ladrões que roubaram o cibório de prata onde elas estavam. Dois dias depois, as Hóstias foram achadas em caixa de esmolas misturas com dinheiro. Elas foram higienizadas e guardadas na Basílica de São Francisco; ninguém as consumiu; e logo o milagre aconteceu visto que com o passar do tempo elas não estragaram, o que é um grande milagre. A partir de 1914 foram feitos exames químicos que comprovaram pão em perfeito estado de conservação.

8 - Milagre Eucarístico de Santarém – Portugal (1247)

Aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1247, em Santarém, a 65 km ao norte de Lisboa. Euvira, casada com Pero Moniz, sofrendo com a infidelidade do marido, decidiu consultar uma bruxa judia que morava perto da igreja da Graça. Esta prometeu-lhe resolver o problema se como pagamento recebesse uma Hóstia Consagrada. Para obtê-ta, a mulher fingiu-se de doente e enganou o padre da igreja de S. Estevão, que lhe deu a sagrada Comunhão num dia de semana. Ela recebeu a Hóstia, colocou-a nas dobras do seu véu. De imediato esta [Hóstia] começou a sangrar. Assustada, a mulher correu para casa na Rua das Esteiras, perto da igreja e escondeu o véu e a Hóstia numa arca de cedro onde guardava os linhos lavados. À noite o casal foi acordado com uma visão espetacular de anjos em adoração à sagrada Hóstia sangrando. O casal, arrependido e convertido, de madrugada, chamou o pároco e, acompanhados de inúmeros clérigos e leigos, levaram a Hóstia de volta para a igreja de S. Estevão, onde continuou a sangrar durante três dias. Enfim, a sagrada Comunhão foi depositada em um relicário, feito de cera de abelhas derretida, onde permaneceu num cálice até 1340, quando se afirma ter havido um outro milagre – foi descoberto que ficou encerrada numa âmbula de cristal. As manchas cristalizadas de Sangue se solidificaram na cera e constituíram-se nas Relíquias do Preciosíssimo Sangue, como se pode ver ainda hoje, intactas. Próximo da Igreja está a Ermida (casa do casal).

Várias investigações eclesiásticas foram feitas durante 750 anos. As realizadas em 1340 e 1612 provaram a sua autenticidade. Em 5 de abril de 1997, por decreto de D. Antonio Francisco Marques, Bispo de Santarém, a igreja de S. Estevão, onde está a relíquia, foi elevada a Santuário Eucarístico do Santíssimo Sangue.

Prof.Felipe Aquino

Dica: Dinheiro de Sangue

"Dinheiro de sangue" (Bloodmoney) um documentário que expõe a verdade por trás da indústria do aborto, a partir de uma perspectiva pró-vida.

“Tínhamos todo um plano para vender abortos, e se chamava “educação sexual”: quebrar a inocência natural das meninas, separá-las de seus pais e de seus valores, e tornarmo-nos os "experts" em sexo para elas, de modo que elas nos procurassem", é o que diz uma ex-funcionária da Planned Parenthood (rede de clínicas de aborto nos Estados Unidos). "Nossa meta [na Planned Parenthoo] era 3 a 5 abortos para cada menina entre as idades de 13 a 18 anos".

Esse filme provavelmente é o primeiro documentário profissional sobre a história, a política, o dinheiro e os horrores associados à indústria do aborto nos Estados Unidos. Como vocês podem adivinhar, o pessoal na Planned Parenthood e todo o pessoal pró-aborto não está nada feliz com o lançamento desse filme. Já começam a se organizar protestos e os donos de cinema se encontram relutantes em exibi-lo.

Para dar uma olhada nesse trailer: http://www.youtube.com/watch?v=gOK9eLzCiG4
Fonte: Blog Vida e Castidade

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Corpo de Cristo

Na Hóstia consagrada temos diante de nós o Corpo de Cristo. É o Corpo que nasceu da Santíssima e Imaculada Virgem Maria. Jesus é o Filho da Virgem concebida sem pecado original.
A consequencia do pecado é a morte. Se Adão não houvesse pecado, nenhum homem precisaria morrer. Jesus foi um homem sem pecado, portanto ELE não precisava necessariamente morrer. Seu corpo não era sujeito à "lei da morte" (Rm8,2). Ao comungar, recebemos este corpo íntegro, puríssimo, e por isso é um efeito da comunhão preservar-nos do pecado (mortal) e fazer-nos mais puros.
Vivemos numa época em que o homem peca muito com seu corpo. Há muitos que vivem somente para os prazeres corporais. Outros cuidam de seu corpo como se fosse a coisa mais sagrada no mundo, e caem em certa idolatria.
Ao meditar a Divina EUCARISTIA, percebemos que Jesus vive para Seu Corpo, mas Seu Corpo que é a Santa Igreja. Ele entregou Seu Corpo individual por nós a nós: " Tomai e comei. Este é Meu Corpo, que será entregue por vós". Assim, fazendo do Seu Corpo o meio para unir-se a nós, Ele edificou Seu Corpo universal: Seu Corpo místico, capaz de abranger todos os homens de todos os tempos. Mudando o pão em Seu próprio Corpo e dando-o a nós como verdadeira comida, que entra no nosso corpo, Ele Se une a nós da maneira mais íntima e abrangente possível, já aqui na Terra.
Peçamos humildemente ao Senhor que esta união com Ele na Sagrada Comunhão se torne sempre mais íntima, até que possamos dizer com São Paulo: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20)
Fonte: Lendo na Paixão do Senhor



quinta-feira, 3 de junho de 2010

Corpo de Deus

Se quisermos compreender o significado da solenidade do Corpo de Deus, basta observar, simplesmente, os gestos litúrgicos que a Igreja usa para celebrar e viver o sentido desta festa. Para além do que tem de comum com as outras festas cristãs, há três aspectos que exprimem o específico da celebração deste dia festivo.

Estar... Caminhar...Ajoelhar

Estar...
É esta ideia original que o Corpo de Deus revive. É a statio urbis: Abrimos a igreja paroquial, dirigimo-nos dos vários cantos da cidade e reunimo-nos em nome do Senhor, para, a partir d'Ele, sermos um só. Estamos juntos, apesar das fronteiras de partidos e grupos, somos governantes e governados, homens do mundo do trabalho e da ciência, homens de todos os quadrantes. O essencial, é justamente que o Senhor nos reúna aqui e que nos leve ao encontro uns dos outros.

Caminhar com o Senhor...
O ser humano só encontra caminho, se se deixar conduzir por Aquele que é ao mesmo tempo palavra e pão. Só caminhando com o Senhor, podemos levar a bom termo a caminhada da nossa história. Assim, a festa do Corpo de Deus explica o que é a nossa vida e o que é a história deste mundo: uma peregrinação para a terra prometida, que só pode chegar a bom termo, se caminharmos com Aquele que é pão e palavra no meio de nós.
O Corpo de Deus explica a história. Apresenta-nos Jesus Cristo, feito homem e pão eucarístico, a mostrar-nos o caminho, como critério da nossa peregrinação pelo mundo. Certamente que isso não resolve todos os problemas. Nem é este o sentido do agir de Deus. Para isso, temos a nossa liberdade e as nossas capacidades, que nos pedem esforço, atitude de busca e de luta. Mas o critério fundamental está lançado. Quando Ele é o ponto de referência e a meta do nosso caminhar, está dado o critério, que torna possível a escolha do caminho. Caminhar com o Senhor é sinal e compromisso destes dias.

Ajoelhar perante o Senhor...
Dobrar o joelho numa atitude de obediência, mesmo hoje, não vai contra a dignidade, a liberdade e a grandeza do ser humano. Quando O negamos e deixamos de O adorar, só nos resta a eterna necessidade da matéria. Então somos verdadeiramente escravos, um grão de poeira que, arremessado no grande moinho do universo, em vão procura conquistar a liberdade. Só se Ele for o criador, então a liberdade é o fundamento de todas as coisas e nós podemos ser livres. A nossa liberdade não é anulada quando se prostra perante Ele, antes é verdadeiramente assumida e torna-se definitiva. Mas neste dia há algo mais. Aquele que nós adoramos, não é um poder distante. Ele mesmo se debruçou sobre nós para nos lavar os pés. Isto transforma a nossa adoração em liberdade, em esperança e alegria, porque nos prostramos perante Aquele que se debruçou a si mesmo. Debruçamo-nos sobre o amor, que não escraviza, antes transforma.

Fonte:www.jam.org.pt

terça-feira, 1 de junho de 2010

Dica: Lendo na Paixão do Senhor

Este livro quer ser uma ajuda para aqueles que procuram aprofundar-se no mistério da Paixão do Senhor no Monte das Oliveiras. Foram as horas mais difíceis da vida do Senhor aquelas que ELE passou no Jardim das Oliveiras. Era também a hora em que recebeu a poderosa ajuda de um Anjo que O confortou. Durante a longa história da Igreja havia sempre pessoas que veneraram muito a Paixão de Jesus no Monte das Oliveiras e até hoje há muitos que querem acompanhar o Senhor nestas horas, assumindo assim a tarefa do Anjo de confortar e consolar. Este livro destina-se a todos que escutam o convite que o Senhor dirigiu nesta noite escura aos Seus discípulos: "Orai e vigiai!", e quer ser uma ajuda concreta de vigiar com o nosso Divino Mestre.

Como Hora Santa pode se rezar um dos Terços meditados e no fim acrescentar uma das Ladainhas da segunda parte do livro. Recomenda-se também manter alguns momentos de silêncio entre as dezenas para um contato pessoal com o Senhor e para acolher melhor a meditação lida.

Este livro encontra-se disponível na Livraria da Obra dos Santos Anjos, para maiores informações como adiquiri-lo entre no site da Obra (link ao lado)

Fonte: Livro Lendo na Paixão do Senhor. Jesus no Monte das Oliveiras.Michael Georg Plochi.