quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A Vida de Oração


A escolha do tempo e da duração da oração depende de uma vontade determinada, reveladora dos segredos do coração. Não fazemos oração quando temos tempo: reservamos um tempo para sermos do Senhor, com a firme determinação de, durante o caminho, não o tomarmos de volta enquanto caminhamos, quaisquer que sejam as provações e a aridez do encontro. Nem sempre se pode meditar, mas sempre se pode estar em oração, independentemente das condições de saúde, trabalho ou afetividade. O coração é o lugar da busca e do encontro, na pobreza e na fé.
A contemplação é o olhar de fé fito em Jesus. "Eu olho para ele e ele olha para mim", dizia a seu santo pároco o camponês de Ars em oração diante do Tabernáculo. Essa atenção a Ele é renúncia ao "eu". Seu olhar purifica o coração. A oração é um dom, uma graça; não pode ser acolhida senão na humildade e na pobreza.
_ para a oração pessoal, pode ser um "recanto de oração", com as Sagradas Escrituras e imagens sagradas, para aí estar "no segredo" diante do Pai. Numa família cristã, essa espécie de pequeno oratório favorece a oração comum;
_ nas regiões onde existem mosteiros, a vocação dessas comunidades é favorecer a partilha da Oração das Horas com os fiéis e permitir a solidão necessária a uma oração pessoal mais intensa;
_ as peregrinações evocam nossa caminhada pela terra em direção ao céu. São tradicionalmente tempos fortes de renovação da oração. Os santuários são para os peregrinos, em busca de suas fontes vivas, lugares excepcionais para viver "em Igreja" as formas da oração cristã.

Sobre a escolha de um guia ou diretor espiritual: se a alma deseja avançar na perfeição, conforme o conselho de S.João da Cruz, deve "considerar bem em que mãos se entrega, pois, conforme o mestre, assim será o discípulo; conforme o pai, assim será o filho". E ainda: " O diretor deve não somente ser sábio e prudente, mas também experimentado...Se o guia espiritual não tem a experiência da vida espiritual, é incapaz de nela conduzir as almas que Deus chama, e nem sequer as compreenderá".

Fonte: Catecismo da Igreja Católica

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