domingo, 30 de março de 2014

O sonho de João XXIII, o Papa bom

João XXIII pedia pelo surgimento de homens sábios, que fossem capazes de iluminar com a luz de Cristo as descobertas do mundo moderno

 Depois da morte do Pastor Angelicus, a graça divina reservaria à Santa Igreja a eleição de um Papa bom. Simples, humano, intenso. Angelo Roncalli foi eleito 261º sucessor de São Pedro a 28 de outubro de 1958, assumindo o nome de João XXIII.
O pontificado de Roncalli chegou à Igreja como um improviso da história. Contam as testemunhas da época que seria apenas um Papa de transição. Não foi. Decidido a "contemplar o passado, para ir recolher, por assim dizer, as vozes, cujo eco animador queremos tornar a ouvir na recordação e nos méritos", convocou o Concílio Vaticano II, a fim de guardar e ensinar "de forma mais eficaz" o depósito sagrado da doutrina cristã.
E assim, em 11 de outubro de 1962, tinha início o 21º Concílio Ecumênico da história da Igreja. A cena era imprevisível. Chegavam à Roma bispos do mundo todo - como nunca antes acontecera -, trazendo no bojo de suas preocupações a vontade de servir com mais prontidão à causa de Cristo e de sua Noiva. Da Cátedra de Pedro, sob a sombra do imenso baldaquino de Bernini, o Sumo Pontífice dava o tom daquele encontro inaudito: "O XXI Concílio Ecumênico (...) quer transmitir pura e íntegra a doutrina, sem atenuações nem subterfúgios, que por vinte séculos, apesar das dificuldades e das oposições, se tornou patrimônio comum dos homens."
João XXIII desejava "pôr em contacto com as energias vivificadoras e perenes do evangelho o mundo moderno". O Santo Padre havia observado, desde os tempos de nunciatura apostólica em Paris, o avanço agressivo do tecnicismo, que trazia ao homem a falsa sensação de autossuficiência, "e mais ainda - um fato inteiramente novo e desconcertante - a existência do ateísmo militante, operando em plano mundial." A Igreja precisava agir.
De fato, o perigo que o progresso técnico trazia consigo era iminente. Sem menosprezar os seus grandes benefícios, Pio XII já havia alertado em uma de suas famosas radiomensagens de natal quanto ao caráter alienante da técnica, pondo "o homem em condição desfavorável para procurar, ver e aceitar as verdades e os bens sobrenaturais". "A mente, que se deixa seduzir pela concepção da vida ditada pelo "espírito técnico", fica insensível, desinteressada e, portanto, cega diante das obras de Deus". Em termos semelhantes se expressaria, anos mais tarde, o Papa Paulo VI na Populorum Progressio. Montini diria que "se a procura do desenvolvimento pede um número cada vez maior de técnicos, exige cada vez mais sábios, capazes de reflexão profunda, em busca de humanismo novo, que permita ao homem moderno o encontro de si mesmo, assumindo os valores superiores do amor, da amizade, da oração e da contemplação."
Com efeito, o Concílio não tinha tanto a missão de discutir a Igreja. Era um Concílio para discutir os problemas do mundo e, através da "luz dos povos" que é Cristo, iluminar "todos os homens, anunciando o Evangelho a toda a criatura". João XXIII pedia pelo surgimento de sábios, que fossem audaciosos e fortes o bastante para que se humanizassem "as novas descobertas dos homens". Por isso, na formação teológica dos sacerdotes, os padres conciliares deram a Santo Tomás de Aquino a primazia dos estudos. Uma posição nunca antes dada ao Doutor Angelicus, nem mesmo no Concílio de Trento.
Esse desejo de João XXIII, que se fez presente no Concílio Vaticano II, vinha de sua visão sobrenatural. Ele estava convencido da necessidade de recristianizar o mundo, dando a todos os corações a Palavra de Deus. Católico, Roncalli dedicava a oração de seu rosário a qualquer um, cristão ou não cristão, e em especial, às crianças. Mariano, entregou aos pés da Virgem de Loreto os trabalhos do Concílio, suplicando à Mãe de Deus as graças necessárias para "entrar na sala conciliar da Basílica de São Pedro como entraram no Cenáculo os Apóstolos e os primeiros discípulos de Jesus: um só coração, uma pulsação única de amor a Cristo e pelas almas, um propósito único de viver e de nos imolarmos pela salvação de cada pessoa e dos povos."
Fatalmente, na tarde de 3 de junho de 1963 falecia il Papa buono, deixando a Paulo VI a responsabilidade de encerrar o grande Concílio. No jubileu do ano 2000, ao lado de Pio IX, João XXIII foi beatificado pelo Papa João Paulo II. E agora, em 2014, será o Santo Padre Francisco a canonizá-lo, dessa vez, junto do Papa polaco.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Missão Maria Rosa Mística

Aconteceu no último sábado (dia 22 de março) em Bom Jesus do Itabapoana, o primeiro encontro daqueles que são devotos e que propagam a devoção a Nossa Senhora da Rosa Mística. Ladainhas, oração do Terço das Lágrimas de Sangue e a presença da Comunidade Mariana Aliança Eterna que explicou a origem da devoção e um pouco das aparições e menssagens de Maria Rosa Mística.
Esse encontro tem a intenção de se realizar uma vez por mês, em um sábado e faz parte da Missão da Rosa Mística em Bom Jesus que peregrina toda semana nas residências, ao encontro daqueles que necessitam.
Se você é de Bom Jesus e região, deseja saber mais sobre essa missão, pode entrar em contato: (22) 38312289.
Segue algumas fotos:




                                              Maria Rosa Mística , Rogai por nós!!!

quinta-feira, 27 de março de 2014

Rolando Rivi, da morte pela batina à glória dos altares

"Estou estudando para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus", dizia o jovem em resposta àqueles que lhe recomendavam o abandono da veste talar.


A Igreja concedeu ao seminarista Rolando Rivi - morto aos 14 anos pelos partiggiani, grupo comunista italiano - a glória dos altares. A cerimônia de beatificação, celebrada no último dia 05 de outubro, na cidade de Modena, Itália, foi presidida pelo Cardeal Angelo Amato, atual prefeito da Congregação para causa dos santos.
Rolando Rivi teve de enfrentar o ódio da ideologia marxista logo após o término da II Guerra Mundial. Devido à ocupação alemã do seminário em que estudava, em 1944, na Diocese de Reggio Emilia, Rivi e os demais seminaristas foram obrigados a abandoná-lo. Em casa, não só deu continuidade aos estudos, como também ao uso da batina, mesmo sendo recomendado pelos pais a não usá-la, por causa da hostilidade à religião que pairava naquela época. "Estou estudando para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus", dizia o jovem.
A Itália enfrentava uma forte onda de terrorismo. O governo fascista amedrontava o país ao mesmo tempo em que brigadas vermelhas tinham a intenção de substituir o autoritarismo de Mussolini pelo totalitarismo de Stalin. No fogo cruzado, várias vidas foram ceifadas, dentre elas a de Rolando Rivi e mais 130 padres e seminaristas.
O martírio do rapaz deu-se a 10 de abril de 1945. Trajando a veste talar, Rolando foi alvo fácil da facção partiggiani. Acabou sequestrado assim que saiu da igreja, onde acabara de assistir à Santa Missa. Permanecendo três dias sob o domínio dos torturadores, de cujas mãos recebeu maus-tratos físicos e morais, Revi alcançou a coroa do martírio, de joelhos, com dois tiros à queima roupa.
A propósito da beatificação, o bispo de San Marino e presidente da Comissão de Rolando Rivi, órgão responsável pelos cuidados da canonização do seminarista, declarou que "nesta causa está em jogo não só o reconhecimento da santidade de vida e do martírio de Rolando, mas muito do destino da Igreja, não só na Itália". Para Dom Luigi Negri, o testemunho do mártir beato dá à Igreja "novo sangue". "Se no corpo da Igreja circular também o sangue de Rolando Rivi, mártir simples e puríssimo assassinado por ódio à Fé com apenas 14 anos pela violência da ideologia marxista, se circular o sangue do seu testemunho de vida e do seu amor total a Jesus, nós daremos à Igreja nova energia para voltar a ser uma Igreja fiel a Cristo e apaixonada pelo homem".
A Santa Sé incluiu o Beato Rolando Rivi no Calendário Litúrgico Italiano no dia 29 de maio. A partir de agora, o jovem beato pode ser venerado publicamente em toda a Itália, especialmente na Arquidiocese de Modena, onde foi assassinado, e na Diocese de Reggio Emilia, na qual estudou o seminário. Nos demais países, a não ser que haja autorização de Roma, os fiéis podem venerá-lo somente em culto privado, enquanto ele não for declarado santo.
Nestes tempos de laicização do clero, em que tanto se prega a desobediência e a intolerância às coisas santas, o martírio de Rolando Rivi lembra as belíssimas palavras de Dom Francisco de Aquino Correa (Arcebispo de Cuiabá entre os anos de 1922 e 1956): "Oh! Como o bravo envolto na bandeira, contigo hei de morrer, minha batina! Ó minha heróica e santa companheira."

Por Equipe Christo Nihil Praeponere / Informações: Direto da Sacristia e Fratres in unum

sexta-feira, 14 de março de 2014

Fomos criados para ser livres

Ou fomos contaminados pela indiferença??

O tráfico humano é fruto da cultura em que vivemos - a cultura do bem-estar que nos fecha em nossos próprios mundos, tornando-nos insensíveis aos gritos silenciosos dos que vivem oprimidos. Há, em nossos dias, um novo tipo de globalização: a da indiferença. Como nos lembrou o Papa Francisco: "Habituamo-nos ao sofrimento do outro; não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa". Como discípulos de Cristo, não podemos ficar indiferentes diante da imagem de Deus que é pisada e ferida por causa da maneira como muitos de nossos irmão e irmãs são tratados. Se, por acaso, pensarmos que esse problema não existe ou que está muito distante de nós e, portanto, não é um problema nosso, será sinal de que vivemos numa bolha de sabão - ou seja, somos um dos muitos que foram contaminados pela globalização da indiferença; somos do grupo que perdeu a capacidade de chorar, de indignar-se e de reagir diante do mal. Vivemos, então, para quê?????
Fonte: Revista Brasil Cristão - Ano 17 - N°199 - Fevereiro 2014  

#TRAFICO DE #PESSOAS #ASSINE #PARTCIPE

O Tráfico de Seres Humanos é o último abismo do crime organizado. Os números apontam para 27 milhões de vítimas no mundo. O comércio de pessoas rende cerca de 23 mil milhões de euros - a seguir às drogas e às armas, é o maior negócio ilícito.

ASSINE PROJETO DE LEI PELA PESSOA DESAPARECIDA
http://www.abaixoassinadobrasil.com.br/site/assine

Sandra Moreno - Autora do projeto de Lei
https://www.facebook.com/sandra.moreno.90038

quinta-feira, 6 de março de 2014

O Tempo da Quaresma

 
Estamos iniciando o período da Quaresma, novo período que revela-nos de novo que Jesus carregando a cruz aos ombros, tomou sobre si, por amor, o sofrimento de todos os homens em todas as épocas, portanto também o teu e o dos teus. E ensina-te, como deve ser a tua resposta a Jesus. Tens que transformar todas as dores do teu corpo e da tua alma, desde a mais pequena até a maior, em oferta para Jesus, para que Ele, depois de vinte séculos, possa continuar em ti a sua Paixão pela redenção do mundo.
Jesus no seu grito, "Pai, porque me abandonastes", exprimiu o sofrimento mais elevado da humanidade, separada de Deus pelo pecado. Ele, embora unido inseparavelmente ao Pai, sentiu este abandono na sua alma. Todos os pecadores estiveram presentes naquele momento, também tu, pois Deus quis que Jesus unisse toda a humanidade e formasse o seu Corpo Místico. Se um dia te sentires abandonado por todos, caindo sobre ti mesmo uma doença incurável, se um dia não encontrares saída para o teu desespero, pensa em Jesus abandonado.
Ele já incluiu no seu sofrimento também o seu. Agora tu tens que unir o teu com o sofrimento dele e derramar o teu sangue em favor da humanidade.
Descobre Jesus não só no teu sofrimento mas também no sofrimento de outros tantos irmãos teus, que vivem perto ou longe  de ti: nos pobres, nos doentes, nos errantes, nos órfãos, nos humilhados e nos que têm fome... O sofrimento da humanidade é só uma aparência visível: invisívelmente, atrás destas aparências, encontra-se o próprio Jesus, o verdadeiro Deus, que é também paz, luz e alegria no sofrimento.
Deus quer hoje cristãos que procurem e amem a Jesus crucificado e abandonado nos próprios pecadores, nos que fomentam ódio, distúrbios...Quer cristãos que, não com críticas, mas com a aceitação da cruz das mãos do Pai, salvem seus irmãos.