quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Fátima em fotos

                                                              13 de maio de 1967

                                                          13 de maio de 1949

                                                          Ano de 1937 - Construção da Basílica



                                                     Ano de 1922 - Capelinha das Aparições









 Como acontece até hoje, nos dias 13 de maio a 13 de outubro, muitas famílias alugam trailers ou ficam acampadas envolta do Santuário.

                                 Inúmeros trailers da época ao redor do Santuário


         Casa dos videntes Jacinta e Francisco, na foto seus pais na entrada da casa




                                Peregrinação de joelhos, como acontece até hoje


 Foto atual mostrando o caminho pelo qual os fiéis fazem de joelhos, é o mesmo mostrado na foto antiga acima.
Oração que os fiéis fazem antes da peregrinação de joelhos no Santuário de Fátima
                                        Artista trabalhando na construção do Santuário

                       Casa dos pastorinhos Jacinta e Francisco recebendo os peregrinos

Fotos: Acervo do Hotel Domus Pacis - Fátima, Portugal

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Santuário de Nossa Senhora de Ortiga

 O Santuário de Nossa Senhora da Ortiga é localizado na aldeia portuguesa de Ortiga, freguesia de Fátima, concelho de Ourém, Portugal.

   Conta a tradição que, andando no lugar da Ortiga certa pastorinha muda, a guardar o seu rebanho, lhe apareceu Nossa Senhora que lhe pediu uma ovelhinha. A menina sentiu a língua solta e respondeu que não daria a ovelha sem licença do pai, que morava no Casal de Santa Maria.
   Foi a correr falar ao pai, que ficou muito admirado ao ouvir a filha falar e disse que fizesse tudo o que a Senhora pedisse. A pastorinha foi falar à Mãe de Deus que lhe ordenou a construção ali de uma capela.
   Indo o pai da menina ao local por esta indicado, encontrou sobre uma pedra entre ortigas uma imagem de Nossa Senhora, que levou para o Casal de Santa Maria, mas a imagem desapareceu dali para ser vista entre as ortigas. Foi construída ali uma pequena capela que depois foi tornada maior.
   O Santo Padre Pio VII concedeu jubileu a esta capela, em 1801, a ganhar no primeiro Domingo e nos dois dias imediatamente seguintes de Julho de cada ano.
   Todos os dias a esta imagem de Nossa Senhora ali venerada acorrem numerosos peregrinos e fiéis, solicitando e agradecendo milagres que, por Ela, Deus lhes vai concedendo.
   Nos dias do Jubileu, o santuário, e terrenos em redor, veste-se de festa e aparecem as tendas para os almoços de família. Parece a bíblica Festa das Tendas.
   Na tarde de Terça-Feira do Jubileu, a imagem da Senhora é levada em procissão pelos rapazes e raparigas que completam, nesse ano, 20 anos de nascimento.
   De longa tradição é também este santuário, no Domingo do Jubileu, pois, à tarde, rapazes e raparigas encontram-se e alguns começam ali o seu tempo de namoro.
   A par com dois grandes salões multifuncionais e modernos, existe ainda a velha casa das confissões, com a sua varanda.
   Um velho moinho ainda pode ser observado no terreno do santuário.


                                                Foto da antiga Capela

                                                 Interior da Igreja

                                             Imagem da Nossa Senhora de Ortiga

domingo, 15 de dezembro de 2013

Igreja Paroquial de Fátima


Francisco passava longas horas a rezar nesta Igreja, a "consolar Nosso Senhor..." Foi também aqui que Lúcia fez a sua primeira comunhão.



               Pia Baptismal onde foram baptizados os Pastorinhos

                                                      Acolher como a Jacinta

                                              Contemplar como o Francisco

sábado, 14 de dezembro de 2013

Valinhos e a quarta aparição de Fátima

Valinhos, uma propriedade da família dos pastorinhos e que dista uns 500 metros de Ajustrel, onde moravam os pastorinhos.

 No dia 13 de Agosto de 1917, não houve aparição de Nossa Senhora de Fátima, porque o Administrador de Vila Nova de Ourém levou os 3 Pastorinhos para a prisão, onde os reteve 3 dias.
No Domingo seguinte, 19 de Agosto, Nossa Senhora apareceu nos Valinhos, pelas 4 horas da tarde, aparição que é assinalada por este monumento.
Na quarta aparição, Nossa Senhora deixou este impressionante apelo: "Rezai, rezai muito, e fazei sacrifícios pelos pecadores, porque vão muitas almas para o inferno por não haver quem reze e se sacrifique por elas."

 Lúcia estava com Francisco e seu irmão João Marto,  pelas 4 horas da tarde, como já dito, começaram a produzir-se as alterações atmosféricas que precederam as aparições anteriores, uma súbita diminuição da temperatura e um esmorecimento do Sol. Lúcia, sentindo que alguma coisa de sobrenatural se aproximava e os envolvia, pediu ao primo João para chamar rapidamente a Jacinta, João não queria ir porque não queria perder a aparição, para convence-lo Lúcia deu a ele 2 moedas que o fez ir chamar Jacinta, a qual chegou a tempo de ver Nossa Senhora que - anunciada, como das outras vezes, por um reflexo de luz - apareceu sobre uma azinheira, um pouco maior que a da Cova da Iria.
Na foto abaixo estão as 2 moedas dadas por Lúcia a João Marto. Elas estão em um monstruário da Família Marto, em um pequeno museu feito pela família na última casa que os pais de Jacinta e Francisco moraram em Ajustrel.

                                        Santinhos e fotos da Família Marto

               Álbum de fotos de João Marto, com resgistros da sua viagem a Terra Santa

                                           Imagem pessoal de João Marto

 Nessa foto temos a Jacinta Marto, filha de João Marto, irmão dos pastorinhos de Fátima, que gentilmente abriu sua casa e seus pertences mais ricos e partilhou essa linda história conosco, sua infância e o que ouvia de seu pai, testemunho vivo da História de Fátima. Temos aí viva a descendência mais próxima dos pastorinhos, cujo o pai quis homenagear com o mesmo nome: Jacinta.

Nota: as duas últimas fotos acima, foram tiradas no mesmo local, ainda preservado.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Nossa Senhora da Nazaré



                   Nazaré - Portugal . Vista panorâmica do Bico do Milagre

 
Nazaré - Portugal - Vista do monte e da praia 

No dia 14 de setembro de 1182, D.Fuas Roupinho, alcaide do castelo de Porto de Mós, caçava com os seus companheiros nas matas do litoral, envoltas em denso nevoeiro, quando avistou um veado que de imediato começou a perseguir. O veado dirigiu-se para o cimo de uma falésia. D.Fuas, no meio do nevoeiro, isolou-se dos outros caçadores. Quando se deu conta de estar no topo de um penhasco, à beira do precipício, em perigo de morte, reconheceu o local. Estava mesmo ao lado de uma gruta onde encontrara e venerara uma imagem da Virgem Maria. Rogou então, em voz alta : Senhora, Valei-me! Milagrosamente o cavalo imobilizou-se, no extremo de um penedo rochoso suspenso sobre o vazio, o Bico do Milagre, evitando assim uma queda que seria certamente fatal. D.Fuas desmontou e em lágrimas desceu à gruta para rezar e agradecer a salvação. De seguida ordenou aos seus companheiros que chamassem pedreiros para construírem, em memória do milagre, uma capela de pedra com cobertura em abóboda, a Capela da Memória. Os pedreiros antes de entulhar a gruta, para sobre ela erguer a capela, demoliram o altar lá existente e descobriram, inesperadamente, um cofre em marfim contendo relíquias de dois Santos e um pergaminho, com história da imagem, que então se denominava Virgem de Nazaré e hoje nomeamos Nossa Senhora de Nazaré.
                                   Pintura no interior da Igreja retratando o milagre

                                     Igreja Nossa Senhora da Nazaré - Portugal


Segundo o velho pergaminho, a imagem foi venerada em Nazaré, na Terra Santa, desde os primórdios do Cristianismo até ao século quinto, época em que o monge grego Ciríaco a levou para o Mosteiro de Cauliniana perto de Mérida, em Espanha. Ali permaneceu, até 711, ano da batalha de Guadalete, na qual as forças Cristãs foram derrotadas por um exército vindo do Norte da África que em poucos anos conquistou quase toda a Península Ibérica.
Quando a notícia da derrota dos Cristãos chegou a Cauliniana, os monges prepararam-se para fugir. Entretanto D.Rodrigo, o rei vencido, conseguira escapar do campo de batalha e disfarçado de mendigo refugiara-se no mosteiro. Porém, quando pediu a um dos monges, Frei Romano, para o ouvir em Confissão, teve de se identificar. O monge propôs-lhe então fugirem para o litoral atlântico e levarem consigo as relíquão Brás e São Bartolomeu e a milagrosa imagem da Virgem de Nazaré, que se venerava no mosteiro.

A 22 de novembro de 711 chegaram ao seu destino e instalaram-se no monte Siano, hoje o monte de São Bartolomeu, perto da vila de Nazaré, em Portugal. Pouco tempo depois separaram-se. O rei ficou, o monge levou consigo a imagem e instalou-se numa gruta situada no topo de uma falésia, sobre a praia do mar, a três quilômetros do monte. A existência de um mosteiro nas imediações, do qual subsiste a Igreja de São Gião, Monumento Nacional, terá sido um fator determinante na escolha desta zona para destino final da fuga.
D.Rodrigo passado um ano decidiu partir mas Frei Romano ficou no seu abrigo, junto à arriba, até à sua morte. A imagem permaneceu no altar onde ele a deixou até ser mudada para a capela construída por D.Fuas Roupinho, em 1182.

                                          Interior da Igreja de Nossa Senhora de Nazaré

                                                Imagem de Nossa Senhora de Nazaré 

Em 1377, devido à significativa afluência de peregrinos, o Rei D.Fernando mandou construir, perto da capela, uma igreja para a qual foi transferida a imagem. No século dezesseis, o templo medieval começou a ser reconstruído e aumentado, tendo as obras sido prolongadas, por várias empreitadas, até finais dos séculos dezenove. O atual Santuário é resultado destas obras sucessivas que lhe conferiram um caráter peculiar com grande qualidade estética. A sagrada imagem está exposta na capela-mor num nicho integrado no retábulo barroco, ao qual os devotos podem aceder subindo uma escada que parte da sacristia.
Conforme a tradição oral inscrita numa lápide colocada na Capela da Memória, em 1623, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré teria sido esculpida por São José Carpinteiro quando Jesus era bebê. Algumas décadas depois, São Lucas Evangelista teria pintado os rostos e as mãos. Assim sendo poderá ser a mais antiga imagem venerada por Cristãos.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sacrifício, o real significado do Matrimônio

O motivo de muitos casamentos não "funcionarem", por assim dizer, reside na esperança que os esposos não poucas vezes depositam no lugar errado. Muitas pessoas têm se unido com a finalidade de satisfazer a si mesmas. Assim, quando surgem as primeiras dificuldades, os primeiros desarranjos, o casal entra em crise e quer se separar. Trata-se, sem dúvida, de um problema de fé. A pessoa crê firmemente que se casou para "ser feliz". Assim, se o seu cônjuge não passa de um obstáculo no caminho rumo a esta "felicidade egoísta", nada resta senão descartar de modo definitivo esta pessoa – como se descarta um objeto mesmo.
Neste conflito, sequer os filhos constituem um empecilho para que os pais se divorciem. Afinal, se o que importa é a felicidade deles, o importante são eles, nada mais. Não é que os pais que se divorciam não se preocupem com seus filhos. É que eles estão muito preocupados consigo mesmos para pensar em outra coisa que não seja... eles mesmos.
O verdadeiro amor é totalmente o contrário deste anseio desordenado de autossatisfação. Ensina São Josemaría Escrivá:
"Às vezes, fala-se do amor como se fosse um impulso para a satisfação própria, ou um simples recurso para completarmos em moldes egoístas a nossa personalidade. E não é assim: amor verdadeiro é sair de si mesmo, entregar-se. O amor traz consigo a alegria, mas é uma alegria com as raízes em forma de cruz. Enquanto estivermos na terra e não tivermos chegado à plenitude da vida futura, não pode haver amor verdadeiro sem a experiência do sacrifício, da dor. Uma dor que se saboreia, que é amável, que é fonte de íntima alegria, mas que é dor real, porque supõe vencer o egoísmo e tomar o amor como regra de todas e cada uma de nossas ações."
Uma das passagens divinamente inspiradas mais belas é aquela em que São Paulo compara o vínculo conjugal ao amor de Cristo pela Igreja. "As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o salvador" (Ef 5, 22-23), diz o Apóstolo. "Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela" (5, 25).
"Como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela". E como Cristo amou a Igreja? "Tendo amado os seus que estavam no mundo", diz São João, "amou-os até o fim" (Jo 13, 1): não só até o fim de sua vida, mas "até o cume de toda a possibilidade de amor (...), até à extrema exigência imposta pelo amor"02. No altar do Calvário, consuma-se o sacrifício de uma vida inteira doada por amor: a entrega de Jesus pelos Seus, pela Igreja. É, sem dúvida, um amor alegre, mas revela-se "em forma de cruz".
No altar do leito conjugal e da convivência diária, do mesmo modo, consuma-se outro sacrifício de amor: a entrega matrimonial. Esta também é uma bela oferta, que "traz consigo a alegria", mas, sem dúvida, não é fácil de ser feita. Assim como foi difícil para Jesus encarar o sofrimento da Cruz, nesta vida, os filhos de Deus que se unem em matrimônio também são chamados a entrar no Getsêmani. No horto das Oliveiras, há quase dois mil anos, Jesus "entrou em agonia (...) e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra" (Lc 22, 44). No vale de lágrimas que é o mundo, hoje, os casais são chamados a doar as suas vidas, renunciando a si mesmos em prol do outro e dos seus filhos.
O matrimônio não foi feito para que um indivíduo se faça feliz. Ele foi concebido para que o homem e a mulher, fazendo-se instrumentos do amor divino, daquele amor com que Cristo amou a Sua Igreja, façam-se felizes, um ao outro. O casamento cristão não foi instituído para o egoísmo, mas para a formação da família, pela qual os pais devem se gastar, dia após dia, como Jesus se gastou pelos Seus.
Que os casais não percam de mente estas palavras, que devem moldar a verdadeira paternidade: "Não pode haver amor verdadeiro sem a experiência do sacrifício".

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

domingo, 8 de dezembro de 2013

São Teotônio e o Mosteiro da Santa Cruz

O início da Ordem da Santa Cruz começa com a fundação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra nos anos de 1131-1132. Esta comunidade nasceu do esforço conjunto de alguns clérigos da sé local: o Arcediago D. Telo e os Cónegos D. João Peculiar e D. Teotónio. Animava-os o desejo de renovação do Cabido. Contudo, não sendo possível fazê-la no seu interior, optaram por fundar um monasterium, onde se concretizasse o ideal da vita apostolica do clero, que Telo e Teotónio tinham observado em viagens à Terra Santa e no Sul de França, no âmbito da reforma gregoriana (reforma interna da Igreja promovida pelo Papa Gregório VII).
Conhecedor deste projeto, o futuro primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, recém-instalado em Coimbra, quis com eles colaborar, oferecendo-lhes o terreno dos Banhos Reais para edificarem a sua igreja e o seu mosteiro. Era fora das muralhas da cidade, num lugar abundante em águas e já densamente povoado e de grande circulação, à beira da estrada que ligava Braga e o Porto às cidades de Santarém e Lisboa. Havia no local uma velha ermida da invocação de Santa Cruz, nome que adotaram para a sua nova fundação.
A construção iniciou-se a 28 de junho de 1131 e a vida comunitária foi inaugurada a 24 de fevereiro de 1132. Uma velha tradição diz serem 12 os primeiros membros, escolhidos entre o clero. Além de seguirem a Regra de Santo Agostinho, escolheram também as Constituições e Usos dos Cónegos Regrantes de São Rufo de Avinhão, redigidas no princípio desse século pelo Abade Letberto e caracterizadas pelo seu tom moderado nas exigências e práticas da disciplina. Elegeram para primeiro Prior a D. Teotónio. Compunham esta comunidade cónegos e conversos, ao lado da qual, em um anexo, pouco depois, se estabeleceu uma comunidade feminina de cónegas, de número mais reduzido, sob a supervisão do mesmo prior.
O pequeno grupo inicial rapidamente foi crescendo, não sem algumas dificuldades, sobretudo movidas pelos cónegos da sé e pelo seu bispo, que não aceitaram bem esta dissidência desafiadora e que atraía tanto as atenções. Foi para ultrapassar estes primeiros obstáculos que D. Telo se dirigiu à corte papal, então estacionada em Pisa, a pedir a proteção da Santa Sé e a isenção canónica, a fim de que o novel Instituto não fosse incomodado ou aniquilado. A 26 de maio de 1135, conseguiu alcançar de Inocêncio II um breve com aqueles privilégios. Quando D. Telo faleceu (em 1136), estavam lançados os fundamentos e garantido o apoio continuado de D. Afonso Henriques que, em 1139, se tornava Rei de Portugal: ao Mosteiro de Santa Cruz, que frequentemente visitava e do qual, igualmente, se reivindica fundador, vai concedendo inúmeros privilégios, isenções e benefícios: dota-o de muitos bens materiais e faz dele o seu mais importante centro de apoio diplomático e intelectual na consolidação da independência do país e na construção do Estado. Procura aí alguns dos seus melhores colaboradores, como D. João Peculiar, seu enviado à corte papal sete vezes, e de quem fará Bispo do Porto (1136-1138) e Arcebispo de Braga (1138-1175), ou o Prior D. Teotónio, seu conselheiro espiritual. Nele escolhe a sua sepultura e a de toda a sua família, indicando desta forma a canónica regrante coimbrã como a instituição religiosa da sua predileção.
Assim, Teotônio foi co-fundador, junto com onze religiosos, e primeiro Prior do Mosterio da Santa Cruz de Coimbra, morreu em 18 de fevereiro de 1162, mesma data que se celebra seu culto, difundido por todo o mundo pelos agostinianos Os milagres que depois de sua morte foram se sucedendo são tantos que logo no primeiro aniversário do seu falecimento foi canonizado num sínodo dos Bispos de Portugal e, mais tarde, confirmado pelo Papa Alexandre III. Tornou-se o primeiro santo da nação portuguesa a ser canonizado.

                                   Claustro do Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra

                                      Belíssima Sacristia do Mosteiro de Santa Cruz

                                       Relícário contendo o crânio de São Teotônio

                                           Vestes Litúrgicas, usada pelo Santo

                                       Nossa Senhora das Dores na Igreja do Mosteiro

                                             Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra

                                                Interior da Igreja do Mosteiro

sábado, 7 de dezembro de 2013

Oração ao Anjo da Guarda


Santo Anjo do Senhor,
meu ziloso guardador,
pois que a ti me confiou a piedade divina,
hoje e sempre me governa,
rege, guarda e ilumina.
Eu te dou a minha mão
e prometo de coração
que me deixo guiar por ti com docilidade
para, no Céu, alcançar a eterna felicidade.
Amém.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Um novo caminho: Advento

Um novo caminho do Povo de Deus com Jesus Cristo, nosso Pastor, que nos guia na história rumo ao cumprimento do Reino de Deus. Por isso este dia tem um fascínio especial, faz-nos ter um sentimento profundo do significado da história. Redescobrimos a beleza de estar todos a caminho: a Igreja, com a sua vocação e missão, e a humanidade inteira, os povos, a civilização, as culturas, todos a caminho através das veredas do tempo.
Mas a caminho para onde? Há um destino comum? E qual é este destino? O Senhor responde-nos através do profeta Isaías, e diz assim: «No fim dos tempos acontecerá que o Monte do Templo do Senhor terá os seus fundamentos no cume das montanhas, e dominará as colinas. Acorrerão a ele todas as gentes, virão muitos povos e dirão: “Vinde, subamos à montanha do Senhor, à Casa do Deus de Jacob: ele nos ensinará os seus caminhos”» (2, 2-3). Eis o que diz Isaías sobre a meta para onde vamos. É uma peregrinação universal rumo a uma meta comum, que no Antigo Testamento é Jerusalém, onde surge o templo do Senhor, porque dali, de Jerusalém, veio a revelação do rosto de Deus e da sua lei. A revelação encontrou em Jesus Cristo o seu cumprimento, e Ele mesmo se tornou o «templo do Senhor», o Verbo feito carne: é Ele o guia e ao mesmo tempo a meta da nossa peregrinação, da peregrinação de todo o Povo de Deus; e à sua luz também os outros povos podem caminhar rumo ao Reino da justiça, rumo ao Reino da paz. Diz ainda o Profeta: «Das suas espadas forjarão relhas de arados, e das suas lanças, foices. Uma nação não levantará a espada contra a outra nação, e não se adestrarão mais para a guerra» (2, 4). Permito-me repetir o que diz o Profeta, ouvi bem: «Das suas espadas forjarão relhas de arados, e das suas lanças, foices. Uma nação não levantará a espada contra a outra nação, e não se adestrarão mais para a guerra». Mas quando acontecerá isto? Será um lindo dia, no qual as armas forem desmontadas, para serem transformadas em instrumentos de trabalho! Que lindo dia será esse! E isto é possível! Isto é possível! Apostemos na esperança, na esperança da paz, e será possível!
Este caminho nunca está concluído. Como na vida de cada um de nós há sempre necessidade de voltar a partir, de se erguer, de reencontrar o sentido da meta da próxima existência, assim para a grande família humana é necessário renovar sempre o horizonte comum para o qual estamos encaminhados. O horizonte da esperança! Este é o horizonte para percorrer um bom caminho. O tempo do Advento, que hoje começamos de novo, restitui-nos o horizonte da esperança, uma esperança que não desilude porque está fundada na Palavra de Deus. Uma esperança que não decepciona, simplesmente porque o Senhor nunca desilude! Ele é fiel! Ele não desilude! Pensemos e sintamos esta beleza.
O modelo desta atitude espiritual, deste modo de ser e de caminhar na vida, é a Virgem Maria. Uma simples jovem de aldeia, que tem no coração toda a esperança de Deus! No seu seio, a esperança de Deus assumiu a carne, fez-se homem, fez-se história: Jesus Cristo. O seu Magnificat é o cântico do Povo de Deus a caminho, e de todos os homens e mulheres que esperam em Deus, no poder da sua misericórdia. Deixemo-nos guiar por ela, que é mãe, é mãe e sabe guiar-nos. Deixemo-nos orientar por Ela neste tempo de espera e de vigilância laboriosa.

PAPA FRANCISCO
ANGELUS 
Praça de São Pedro
I Domingo de Advento
, 1° de Dezembro de 2013
Fonte: www.vatican.va