sábado, 10 de julho de 2010

A História da Rosa Mística

Caro leitor, esse mês de julho a Comunidade Aliança Eterna é só festa, pois está sendo intensamente Mariano, ok..ok... o mês de maio já foi... mas este mês além de ter chegado à nossa sede a Imagem Peregrina do Santuário de Fátima, também é o mês que comemoramos no dia 13 de julho Nossa Senhora, com o título de Maria Rosa Mística, também uma outra linda devoção de nossa Comunidade, então esses dias que antecedem a sua festa, iremos postar no blog, alguns aprofundamentos sobre essa devoção, tão rica e tão cara para nós. Amamos à Rosa Mística!!
Aí vai:

Na primavera de 1947, Pierina Gilli, trabalhava em um hospital localizado em Montichiari (ou Montes Claros), Itália. Essa aldeia está situada na fértil planície do rio Pó, a cem quilômetros a norte da San Damiano, com o lindo lago Guarda uns dez quilômetros mais longe, contra a tela de fundo dos Alpes italianos.
A vinte e dois quilômetros a noroeste situa-se Brescia. Liagado a Montichiari está o subúrbio de Fontanelle, onde Pierina nasceu a 3 de agosto de 1911.
Estando ela sozinha em uma das salas viu surgir repentinamente uma bela mulher que “usava um vestido violeta e um véu branco ao redor da cabeça. Parecia muito triste e tinha os olhos marejados de lágrimas que caíam no chão. Três grandes espadas perfuravam-lhe o seio”.
A bela Senhora disse apenas três palavras, aliás, o que a Igreja desde Cristo vem repetindo insistentemente:
“Oração — Penitência — Reparação”.
Ao dizer essas palavras permaneceu silenciosa. De seus olhos lágrimas caíam em grandes gotas cintilantes. Pouco depois, desapareceu.

“Sou a Mãe de Jesus e a Mãe de todos vocês”

Pierina Gilli e a imagem de Maria Santíssima, conforme se apresentou à vidente

Em 13 de junho de 1947, um domingo, a visão retornou logo pela manhã. Estava agora vestida de branco. Não trazia as três espadas e sim três rosas nas cores branca, vermelha e amarela. Pierina perguntou-lhe “Quem é você?”
A Senhora sorriu:
“Sou a Mãe de Jesus e a Mãe de todos vocês”.
Em seguida, explicou e deu instruções a respeito de novas devoções a Ela e também novos arranjos para ordens religiosas e sacerdotes. Desejava que o dia 13 de cada mês fosse celebrado como dia de Maria. Prometeu que nesse Seu dia, daria aos que a reverenciassem “uma superabundância de graças e grande santidade”. Desejava que o dia 13 de cada mês fosse celebrado em honra à “Rosa Mística”.

Nossa Senhora explicou o significado das espadas que lhe atravessavam o seio na primeira aparição: a primeira espada significava a perda da vocação de um sacerdote ou monge. A segunda espada representava sacerdotes, monges e freiras que viviam em pecado mortal. A terceira espada simbolizava sacerdotes e monges que cometem a traição de Judas, e que, ao abandonarem a vocação, também perdem a fé e a bem-aventurança eterna, tornando-se assim inimigos da Igreja.

O significado das três rosas que trazia
A rosa branca simbolizava o espírito de oração; a vermelha, o espírito de reparação e sacrifício; a amarela, o espírito de penitência
Explicou também o significado das três rosas que agora trazia: a branca simbolizava o espírito de oração; a vermelha, o espírito de reparação e sacrifício; a amarela, o espírito de penitência.

Em 22 de outubro de 1947, a Senhora retornou. Nessa aparição Ela declarou:
“Cansado das contínuas ofensas, meu divino Filho queria agir conforme sua justiça. Por isso coloquei-me como medianeira entre ele e a raça humana, em especial pelas almas consagradas”.
Na quarta aparição ocorrida na igreja paroquial em 16 de novembro, Pierina, em êxtase, ouviu a Senhora lamentar:
“Nosso Senhor, meu divino Filho, está cansado das muitas ofensas, das graves ofensas, dos pecados contra a pureza”.

“Meu filho é todo amor”
Como sempre, as curas milagrosas causam euforia no povo. Isso desagradou o bispo da diocese de Bréscia, Giacinto Tredici, que ordenou a Pierina que parasse com as visões e fosse trabalhar em um convento de Bréscia.
Pierina obedeceu e durante os dezenove anos seguintes desempenhou tarefas servis. Desse modo, ficou a impressão de que as aparições haviam cessado por ordem do bispo.
Porém, em fevereiro de 1966, Pierina estando em oração em seu quarto, recebeu nova visita da Santíssima Virgem que voltava a lhe aparecer. Disse-lhe que estaria de novo em Fontanelle no domingo de Páscoa, 17 de abril de 1966. Ao tomar conhecimento disso, o bispo proibiu Pierina de contar a alguém e mesmo de ir até Fontanelle.

Mesmo assim, na Páscoa, Pierina foi a Fontanelle com uma amiga e acabou
chegando a um velho poço com uma escada de pedra por onde se descia até ele. Foi nesse poço que a Santíssima Virgem mais uma vez apareceu, depois do ângelus, ao meio-dia.
“Meu filho é todo amor” - disse a Senhora – “e enviou-me para conceder poder de cura a este poço. Como sinal de penitência e purificação, ajoelhe-se e beije este degrau de cima!” Pierina obedeceu.
“Agora beije de novo os degraus e ponha um crucifixo aqui!”



Pierina Gilli obteve permissão eclesiástica para receber as aparições da Virgem, que ocorreram a intervalos, pelo menos até 1976.


"Desejo que os doentes e todos os meus filhos venham a este poço"



No tempo das aparições havia uma fonte de água em Fontanelle que estava abandonada e escondida. Na foto vê-se o estado em que se encontrava a gruta e a fonte quando a Virgem apareceu e abençou a água. Pierina Gilli está ladeada por vários freis franciscanos sob a entrada da gruta.
Com a mão esquerda, a Senhora marcou o lugar onde o crucifixo deveria ser colocado.
A Senhora continuou:
“Os doentes e todos os meus filhos devem primeiro pedir a meu Filho para perdoá-los e depois devem tirar ou beber a água. Ponham lama ou sujeira nas mãos, depois lavem com a água! Isso é para mostrar que o pecado se transforma em lama e sujeira no coração de mês filhos, mas, purificadas na água da graça, as almas voltam a ser puras e dignas da graça. Desejo que os doentes e todos os meus filhos venham a este poço. Você agora tem sua missão aqui, entre os doentes e todos os que precisam de sua ajuda.”

Com essas palavras, a Mãe de Jesus elevou-se no ar. Abriu os braços e o manto. Do braço, pendia-lhe um rosário branco.
Abaixo, do lado direito do manto, via-se o castelo de Santa Maria, fortaleza construída na Idade Média e consagrado à Santíssima Virgem, em uma colina perto de Montichiari.
Ao mostrar o castelo de Santa Maria ao lado direito de Seu manto, a Virgem desejou dar mais um sinal de Sua fidelidade maternal a todos os que a invocam e a Ela se confiam como meio seguro para se chegar a Deus, conforme veremos a seguir.


O grande crusifixo colocado no campo a pedido de Nossa Senhora.

O castelo de Santa Maria: de clube noturno do mal a hospital para padres doentes e idosos Na ocasião, o castelo de Santa Maria estava à venda e alguém tinha planos de transformá-lo em um “clube noturno do mal”. Esses planos frustraramse quando o monsenhor Luigi Novarese comprou o castelo e transformou-o em hospital com uma residência-capela anexa para padres idosos e doentes
Evidentemente a notícia desta nova aparição logo se espalhou, e o resultado foi que vieram até o poço multidões de gente que queria ser curada. Embora contrariando as ordens do bispo, logo ocorreram muitas curas.
Mais uma vez as curas foram recebidas como sinal de Deus e as aparições da Mãe Santíssima a Pierina Gilli foram, ao menos extra-oficialmente, aceitas como sendo de Nossa Senhora da Rosa Mística.
Naquela época, o castelo de Santa Maria estava à venda e já havia planos de transformá-lo em um “clube noturno do mal”. No entanto, o monsenhor Luigi Novarese comprou o castelo e transformou-o em hospital com uma residência-capela anexa para padres idosos e doentes. E com isso, os planos para o clube noturno foram frustrados.
O hospital foi inaugurado solenemente. O pároco de Montichiari, monsenhor Rossi, convidou, entre outros dignitários, o bispo de Fátima, João Pereira Vencancio. Assim, as aparições de Montichiari estavam em boa companhia.

Enfim, pela força das circunstâncias Pierina Gilli obteve permissão eclesiástica para recebê-las, as aparições da Mãe Santíssima ocorreram a intervalos, pelo menos até 1976. As aparições ocorriam onde quer que Pierina estivesse. Houve no mínimo trinta e seis aparições, e talvez muitas mais.

O fenômeno do sol repetiu-se várias vezes, semelhante ao que acontecera em Fátima em 1917

Todo o céu de Fontanelle tornou-se amarelo e as nuvens pareciam de enxofre. Novamente o sol saiu de seu “corredor escuro”, como um cometa, e desta vez com uma cor amarela brilhante. Sacudiu-se ou dançou de um lado para o outro. Girou sobre seu eixo pelas bordas das nuvens, formando uma grande e radiante roda de fogo amarelo. Esse espetáculo repetiu-se várias vezes, semelhante ao que acontecera em Fátima em 1917
Um grande medo se abateu sobre todos. Por toda Fontanelle, muitas pessoas caíam de joelhos para rezar. A esfera interrompeu a queda e começou “a girar em seu eixo, como uma roda de fogo que lançasse enormes chamas sobre a terra”.
Todo o céu do lugar estava iluminado com tons vermelhos. “A visão foi descrita como assustadora e incompreensível”.
De repente, o sol voltou ao espaço escuro de onde havia saído. As nuvens ficaram brancas como neve. De um branco radiante, o sol costumeiro agora podia ser visto, mas ainda dentro do centro do espaço escuro. Mas esse “sol costumeiro” saiu do espaço escuro entre as nuvens, movendo-se lentamente. Ficou parado alguns momentos na parte superior das doze estrelas que ainda eram visíveis. Então, de repente, fendeu-se e formou uma magnífica cruz luminosa.

Nesse momento, todo o céu de Fontanelle estava amarelo e as nuvens pareciam de enxofre. Novamente o sol saiu de seu “corredor escuro”, como um cometa, e desta vez com uma cor amarela brilhante. Sacudiu-se ou dançou de um lado para o outro. Girou sobre seu eixo pelas bordas das nuvens, formando uma grande e radiante roda de fogo amarelo. Esse espetáculo repetiu-se várias vezes, semelhante ao que acontecera em Fátima em 1917.
Os habitantes de Montichiari e Fontanelle ficaram em grande alvoroço. O fenômeno foi visto da cidade de Lonato, situada a mais de 12 quilômetros dali

Fonte: WEIGL, A. M. Mary – Rosa Mystica; Montichiari-Fountanelle. Altotting, Alemanha, St. Grignion-Verlag, 1974.

Desculpem o tamanho do post, Ops!

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