sexta-feira, 6 de maio de 2011

TOTUS TUUS

"Com efeito, recitar o Rosário nada mais é senão contemplar, com Maria, o rosto de Cristo".

A beatificação do Papa João Paulo II é uma oportunidade para redescobrirmos o legado que ele nos deixou.  Aqui, queremos lembrar o lugar que ele deu à Mãe de Jesus em seu ministério petrino.
Dia 17 de outubro de 1978, poucas horas depois de ter sido eleito Papa, João Paulo II dirigiu-se ao mundo, apresentando as grandes linhas de seu pontificado. Quando se referiu à Mãe de Jesus, comentou: " Nesta hora, marcada para nós pela surpresa e responsabilidade, não podemos deixar de voltar, com filial devoção, o nosso olhar para a Virgem Maria [...], repetindo as palavras comovedoras totus tuus (todo seu), que há vinte anos gravamos em nosso coração e em nossas armas, no dia da ordenação episcopal."
No final de seu pontificado, Karol Wojtyla continou olhando para Maria, e aproveitando momentos  solenes ou encontros pessoais, visitas a santuários internacionais ou a pequenas grutas, para renovar sua "consagração a Cristo pelas mãos de Maria" como meio eficaz para viver fielmente seus compromissos.
Tivesse  que destacar um pensamento que resuma sua mariologia, teria um imenso desafio pela frente, pois além de ter escrito a encíclica Redemptoris Mater e a carta apostólica Rosarium Virginis Mariae, reservou-lhe capítulos de alguns documentos, fez dezenas de alocuções às quartas-feiras sobre o lugar da Bem-aventurada Virgem Maria no mistério de Cristo e da Igreja, proferiu centenas de homilias marianas e lhe dedicou um número incalculável de orações e consagrações.
"Importante reconhecer que, antes do que quaisquer outros, o próprio Deus, o Pai eterno, confiou-se à Virgem de Nazaré, dando-lhe o próprio Filho no mistério da Encarnação."

Na linha do Concílio Vaticano II, para João Paulo II é impensável uma mariologia desvinculada do Filho que ela acolheu na Anunciação:
"Só no mistério de Cristo se esclarece  plenamente o seu mistério...Maria está unida a Cristo de um modo absolutamente especial e excepcional..."


Não é de se admirar que o Papa tenha desejado dedicar o ano que antecederia a celebração de seus vinte e cinco anos de ministério petrino ao Rosário, "minha oração predileta". Quis assim incentivar "a contemplação do rosto de Cristo na companhia e na escola de sua Mãe Santíssima. Com efeito, recitar o Rosário nada mais é senão contemplar, com Maria o rosto de Cristo". Colocou como intenção do Ano do Rosário duas das maiores preocupações de sus pontificado: a paz e a família.
Diante disso, só nos resta dizer: Obrigado, Bem-aventurado João Paulo II, por tudo o que nos ensinou a respeito da Mãe de Jesus!

Fonte: Revista Brasil Cristão, maio 2011.

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