Logo no início da encíclica “Ut Unum Sint” (Que todos seja um), sobre o ecumenismo, o Papa João Paulo II lembra que os cristãos (católicos, ortodoxos e protestantes) precisam se unir para enfrentar a atual “corrente anticristã”. São essas as suas palavras:
“Afirmei então que, unidos na esteira dos mártires, os crentes em Cristo não podem permanecer divididos. Se querem verdadeira e eficazmente fazer frente à tendência do mundo a tornar vão o Mistério da Redenção, os cristãos devem professar juntos a mesma verdade sobre a Cruz. A Cruz! A corrente anticristã propõe-se dissipar o seu valor, esvaziá-la do seu significado, negando que o homem possa encontrar nela as raízes da sua nova vida e alegando que a Cruz não consegue nutrir perspectivas nem esperanças: o homem — dizem — é um ser meramente terreno, que deve viver como se Deus não existisse” (UUS,1).
Mais do que nunca hoje é preciso esta união, pois forças gigantescas se movem contra a fé cristã. Nesta quarta feira (1/6/2011) cerca de cinqüenta mil cristãos (católicos e protestantes) se uniram em manifestação pública em Brasilia para contestar o projeto de Lei 122 que criminaliza quem discordar da prática homossexual, que o Catecismo da Igreja chama de “depravação grave” (§2375). E o pastor Silas Malafaia entregou ao Presidente do Senado José Sarnei um abaixo assinado com mais de um milhão de assinaturas pedindo o cancelamento do Projeto famigerado. (http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=281980)
O projeto é malicioso e maldoso; vai contra o Artigo 5º da Constituição Federal que defende a livre expressão. Já existem leis para coibir quem ofende, discrimina ou zomba de qualquer pessoa, seja homossexual ou não; mas o que o projeto visa é muito mais: é impedir que se pregue contra o pecado; é colocar na cadeia quem se posicionar contra a prática homossexual (não contra a tendência).
Os cristãos correm risco de serem presos se pregarem contra a prática homossexual, ainda que defendam o direito da pessoa fazer esta opção sem sofrer qualquer violência, discriminação ou zombaria. O que se deseja com este Projeto é estimular a prática homossexual mais do que garantir o direito da pessoa assumir esta opção.
Precisamos amar os homossexuais, respeitá-los, jamais discriminá-los ou zombar deles, mas não podemos negar a Lei de Deus e o ensino da Igreja sobre a prática homossexual, como pecado grave (sodomia).
“Esse projeto pode transformar em criminosa qualquer pessoa ou instituição que tenha posição contrária ao incentivo e prática homossexual”, explica o vigário episcopal da Arquidiocese de Brasília, padre Paulo Sérgio Casteliano. Se a lei for aprovada, não poderemos pensar diferente, sob pena de crime.
A posição da Igreja não muda. Portanto, é hora de união de todos os cristãos, deixando de lado o que nos divide, e deixando de nos ferirmos mutuamente, para defender a Lei santa de Deus.
Precisamos exigir dos parlamentares (por carta, email, telefone, manifestação pública, etc.) que este maldoso e disfarçado Projeto seja arrancado desde as raízes, enquanto é tempo. Depois não adiantará chorar. Não podemos ficar em nossas grupos de “consolo mútuo”, onde cada um chora no ombro do outro e não faz nada. “Cristãos unidos jamais serão vencidos”, como no primeiro século da Igreja.
Todos precisamos nos manifestar, especialmente o clero em suas homilias, pregações, sites, etc., como muitos já estão fazendo graças a Deus.
Prof. Felipe Aquino
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