sábado, 30 de janeiro de 2010

Orar por santos sacerdotes

Bom dia a todos! A PAZ!
Uma das nossas práticas na Comunidade é orar pelos sacerdotes do mundo inteiro, principalmente os que sofrem tribulações, perseguições, esfriamento da fé, pobreza, necessidades, efim, unimos nossas orações em favor deles. Aqui vai um história, sim uma História com H e não uma Estória, de um entre milhares de fatos que beneficiam os sacerdotes e novas vocações sacerdotais pela simples intercessão seja de um fiel leigo a um religioso:



O BARÃO WILHELM EMMANUEL KETTLER (1811-1877)
Todos nós devemos o que somos e a nossa vocação às preces e aos sacrifícios dos outros. No caso do famoso bispo Ketteler, excelente personagem do episcopado alemão do século XIX e figura de destaque entre os fundadores da sociologia católica, a benfeitora foi uma religiosa conversa, a última e a mais pobre freira do seu convento.Em 1869 estavam juntos o bispo de uma diocese na Alemanha e o seu hóspede, o bispo Ketteler de Mainz. Durante a conversa o bispo elogiava as tantas obras benéficas do seu hóspede. Mas o bispo Ketteler explicou ao seu interlocutor: “Tudo o que alcancei com a ajuda de Deus, devo-o às preces e ao sacrifício de uma pessoa que não conheço. Posso somente dizer que alguém ofereceu a Deus a sua vida em sacrifício para mim e graças a isso tornei-me sacerdote ”. E continuou: “Antes eu não me sentia destinado ao sacerdócio. Eu havia prestado alguns exames na faculdade de direito e desejava fazer uma rápida carreira que me permitisse ter um lugar de prestígio no mundo, ser respeitado e ganhar muito dinheiro. Um evento extraordinário porém impediu-me tudo isso e conduziu a minha vida noutras direcções. Uma noite, enquanto estava sozinho no meu quarto, abandonei-me aos meus sonhos de ambição e aos planos para o futuro. Não sei o que me aconteceu, não sei se estava acordado ou não. O que eu via era a realidade ou um sonho? Só uma coisa sei com certeza: vi aquilo que sucessivamente provocou a reviravolta da minha vida. Claro e límpido, Cristo estava por cima de mim numa nuvem de luz e mostrava-me o seu Sagrado Coração. Frente a Ele estava uma freira ajoelhada com as mãos erguidas em posição de imploração. Da boca de Jesus ouvi as seguintes palavras: ‘Ela reza ininterruptamente por ti!”. Eu via com clareza a figura da irmã, e a sua fisionomia impressionou-me de maneira tão forte que ainda hoje a tenho frente aos meus olhos Ela parecia-me uma simples conversa. A sua roupa era pobre e rude, as suas mãos avermelhadas e calosas pelo trabalho pesado. Qualquer coisa tinha sido, um sonho ou não, para mim foi extraordinário pois fui atingido no íntimo e a partir daquele momento resolvi consagrar-me inteiramente a Deus no serviço sacerdotal. Recolhi-me num mosteiro para os exercícios espirituais e conversei sobre tudo isto com o meu confessor. Comecei os estudos de teologia aos trinta anos. O resto, o senhor já conhece. Se agora o senhor acredita que algo de bom foi feito com a minha intermediação, saiba de quem é o mérito: daquela irmã que rezou por mim, talvez sem sequer me conhecer.Tenho a certeza que por mim se rezou e ainda se reza em segredo e que sem aquela prece eu não poderia alcançar a meta à qual Deus me destinou”.

A IRMÃ DO ESTÁBULO
No dia seguinte o bispo Ketteler foi visitar um convento de freiras na cidade próxima e celebrou para elas a S. Missa na capela. Quando estava prestes a terminar a distribuição da S. Comunhão, já na ultima fileira, o seu olhar deteve-se sobre uma irmã. O seu rosto empalideceu e ele ficou imóvel, mas recompos-se e deu a comunhão à freira que não percebera nada e estava devotamente ajoelhada. E concluiu serenamente a liturgia. Para o café da manhã chegou ao convento também o bispo do dia anterior. O bispo Ketteler pediu à madre superiora que lhe apresentasse todas as irmãs e elas vieram imediatamente. Os dois bispos aproximaram-se e Ketteler cumprimentava-as observando-as, mas via-se com clareza que não encontrava o que estava a procurar. Em voz baixa dirigiu-se à madre superiora: “Estão todas aqui as irmãs?” Ela olhou para o grupo e respondeu: “Excelência, mandei chamá-las todas mas de facto falta uma!”. “E porque não veio?” A madre respondeu: “Ela cuida do estábulo, e de maneira tão exemplar que às vezes no seu zelo esquece-se das outras coisas”. “Desejo conhecer esta irmã”, disse o bispo. Pouco depois a freira chegou. Ele empalideceu e após ter dirigido algumas palavras a todas as freiras pediu para ficar a sós com ela. “Você conhece-me?” perguntou. “Excelência, eu nunca o vi!”. “Mas você rezou e ofereceu boas obras por mim?” perguntou Ketteler. “Não tenho consciência disto, pois não sabia da existência de Vossa Excelência”. O bispo ficou alguns instantes imóvel em silêncio, depois continuou com outras perguntas. “Quais devoções ama mais e pratica com maior frequência?” “A veneração ao Sagrado Coração”, respondeu a irmã. “Parece que você tem o trabalho mais pesado de todo o convento!” continuou. “Ah não, Excelência! Certamente não posso negar que às vezes me repugna”. “Então o que é que faz quando é atormentada pela tentação?”. “Acostumei-me a enfrentar, por amor a Deus, com zelo e alegria todas as tarefas que me custam muito e depois oferecê-las por uma alma no mundo. Será o bom Deus a escolher a quem dar a Sua graça, eu não quero saber. Também ofereço a hora de adoração da noite, das vinte às vinte e uma horas, para essa intenção”. “E como teve a ideia de oferecer tudo isto por uma alma?” ”E’ um costume que eu já tinha quando ainda vivia no mundo. Na escola o pároco ensinou-nos que devíamos rezar pelos outros como se faz para os próprios parentes. E também acrescentava: ‘Seria necessário rezar muito por aqueles que correm o risco de se perderem para a eternidade. Mas visto que só Deus sabe quem tem mais necessidade, a coisa melhor seria oferecer as orações ao Sagrado Coração de Jesus, confiantes na sua sabedoria e omnisciência’. E eu assim fiz, e sempre acreditei que Deus encontra a alma certa”.

DIA DO ANIVERSÁRIO E DIA DA CONVERSÃO
“Quantos anos tem?” Perguntou Ketteler. “Trinta e três anos, Excelência”. O bispo, impressionado, interrompeu um instante e depois perguntou: “Quando nasceu?” A irmã disse o dia do seu nascimento. O bispo então fez uma exclamação: tratava-se exactamente do dia da sua conversão! Ele vira-a exactamente assim, à sua frente como estava naquele momento. “Você não sabe se as suas preces e os seus sacrifícios tiveram sucesso?” “Não, Excelência”. “E não gostaria de saber?”. “O bom Deus sabe quando fazemos algo de bom, isso me basta”, foi a simples resposta. O bispo estava abalado: “Então, pelo amor de Deus, continue com essa obra!”. A irmã ajoelhou-se à sua frente e pediu a bênção. O bispo levantou solenemente as mãos e com profunda comoção disse: “Com os meus poderes episcopais, abençôo a sua alma, as suas mãos e o trabalho que elas cumprem, abençôo as suas orações e os seus sacrifícios, o seu domínio de si e a sua obediência. Abençôo-a a si, principalmente para a sua última hora e peço a Deus que a assista com a Sua consolação”. “Amém”, respondeu pacata a irmã e afastou-se.

UM ENSINAMENTO PARA A VIDA INTEIRA
O bispo estava abalado no seu íntimo. Aproximou-se da janela para olhar para fora, tentando reconquistar o seu equilíbrio. Mais tarde despediu-se da madre superiora e voltou à casa do seu amigo e coirmão. E confidenciou-lhe: “Agora encontrei aquela à qual devo a minha vocação. É a última e a mais pobre conversa do convento. Não poderei nunca agradecer a Deus o bastante pela Sua misericórdia, porque aquela freira reza por mim há quase vinte anos. Deus porém já havia aceite a sua prece e também tinha previsto que o dia do seu nascimento coincidisse com o dia da minha conversão; depois, Deus acolheu as orações e as boas obras daquela irmã. Que ensinamento e que advertência para mim! Se um dia cair na tentação de me orgulhar pelos eventuais sucessos e pelas minhas obras frente aos homens, devo sempre lembrar que tudo me vem da graça e da oração e do sacrifício de uma pobre serva que está no estábulo de um convento. E se um trabalho insignificante me parecer de pouco valor, devo reflectir sobre isto: o que aquela serva faz com humilde obediência a Deus e oferece em sacrifício com domínio de si, tem um valor tão grande perante Deus que as suas obras criaram um bispo para a Igreja!”.

Fonte:http://www.jam.org.pt/index.php option=com_content&task=view&id=874&Itemid=238

Colaboração: Luciana (Com.Aliança Eterna)

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