domingo, 30 de janeiro de 2011

Bento recorda o Holocausto

Nesta quinta-feira, 27, o mundo recorda um dos momentos mais trágicos do século XX: o holocausto de milhares de judeus nos campos de concentração nazista. O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi instituido pelas Nações Unidas em 2005.
“O drama singular e perturbador do holocausto representa, de qualquer modo, o ponto no caminho do ódio que nasce quando um homem esquece seu Criador e coloca si mesmo ao centro do universo”, salientou o Papa Bento XVI durante sua visita ao Campo de Concentração de Auschwitz, em 28 de maio de 2006.
Não é possível esquecer o holocausto de milhões de vítimas inocentes, por isso o Santo Padre ressaltou que a Igreja não deixou de lamentar o erro de seus filhos e filhas, pedindo perdão por tudo aquilo que favoreceu, de algum modo, as feridas do anti-semitismo e do anti-judaísmo.

Ao homenagear todos os “judeus romanos arrancados” de suas famílias e casas, e com “enorme brutalidade foram mortos”, o Pontífice disse que “infelizmente, muitos permaneceram indiferentes, mas muitos, também entre os católicos italianos, sustentaram sua fé e os ensinamentos cristãos, reagindo com coragem, abrindo os braços para socorrer os judeus perseguidos e fugitivos, arriscando muitas vezes a própria vida”.
Em “clima de grande respeito e de diálogo” e em sinal de empenho comum ao valorizar a fé em Deus, Bento XVI visitou a Sinagoga de Roma, em 17 de janeiro do ano passado. Uma visita inserida no novo caminho aberto pelo Concílio Vaticano II e pela decisiva contribuição dos bons relacionamentos consolidados entre as duas comunidades a partir do Papa João Paulo II.
O ano passado, o Papa Bento XVI percorreu novamente os passos de seu predecessor, abraçando o rabino emérito de Roma, Elio Toaff, encontrado pouco antes da entrada da Sinagoga.
As impressões de Bento XVI foram as mesmas em suas visitas aos templos judeus em Colônia, na Alemanha, em 19 de agosto de 2005, e no Park East, em Nova York, no dia 18 de abril de 2008.

Na visita ao Campo de Concentração de Auschwitz , Bento XVI exortou a continuidade do diálogo entre católicos e judeus. “Nesta direção podemos caminhar juntos, reconhecendo as diferenças que existem entre nós, mas também se unirmos nossos corações e nossas mãos para responder o chamado do Senhor, a sua luz se fará mais perto para iluminar os povos da terra”, enfatizou.

Pessoal, nem todos sabem, mas alguns Santos morreram neste campo de concentração, citaremos 2  grandes exemplos desse martírio:


Edith Theresa Hedwing Stein (Breslau, 12 de Outubro de 1891Auschwitz, 9 de Agosto de 1942) foi uma filósofa e teóloga alemã. De origem judia, converteu-se posteriormente ao catolicismo, tornando-se carmelita descalça. Primeira mulher a defender uma tese de Filosofia na Alemanha, foi discípula e depois assistente de Edmund Husserl, o fundador da fenomenologia. Faleceu aos 51 anos, no campo de concentração de Auschwitz. Em 11 de outubro de 1998, foi canonizada pelo papa João Paulo II, como Santa Teresa Benedita da Cruz

Abaixo desta janela se encontrava a sela do Pe. São Maximiliano Kolber, também executado no Campo de Concentração. Esta é a única janela que havia para entrada de luz e saída de ar na cela dos prisionéiros. Todos os prisionéiros ficavam em celas subterrráneas e acima era a moradia dos oficiais Nazistas.
São Maximiliano Kolbe nascido Rajmund Kolbe, O.F.M. Conv. (Zduńska Wola (Polónia), 8 de Janeiro de 1894Auschwitz, 14 de Agosto de 1941), foi um frade franciscano da Polónia que se voluntariou para morrer de fome em lugar de um pai de família no campo de concentração nazi de Auschwitz, como castigo pela fuga de um prisioneiro.Durante a Segunda Guerra Mundial deu abrigo a muitos refugiados, incluindo cerca de 2000 judeus. Em 17 de Fevereiro de 1941 é preso pela Gestapo, já que os nazistas temiam a sua influência na Polónia. É transferido para Auschwitz em 25 de Maio como prisioneiro #16670.

                                                            São Maximiliano Kolbe
Essas histórias nos mostram como somos pequenos e miseráveis diante de virtuosos cristãos como estes!!
Santa Teresa Benedita da Cruz e São Maximiliano Kolbe rogai por nós pobres pecadores!!

Fonte: Adaptação de texto do blog fotos que falam e wikipédia.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Big Erro

Eis aqui um texto recebido por email, se a autoria é mesma ou não de Luís Fernando Veríssimo, pensamos que isso menos importa, o que importa é seu conteúdo condizente com um pensamento cristão que todos nós deveríamos tratar de começar a ter.  Eis o texto:

(Luis Fernando Veríssimo)
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros: profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós.. , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Internet: Facebook

O Papa Bento XVI pediu moderação no dia 24 aos usuários de redes sociais como o ‘Facebook’ e o ‘Orkut’. O líder da Igreja Católica elogiou as tecnologias, mas aconselhou os jovens a não criarem perfis falsos nos sites e lembrou que “o contato virtual não pode e não deve substituir o contato humano real com as pessoas, em todos os níveis das nossas vidas”. A mensagem foi lida por causa do 45ª Dia Mundial das Comunicações Sociais. No texto, o pontífice afirma que as redes sociais oferecem novas oportunidades de “compartilhamento, diálogo, troca, solidariedade e criação de relações positivas”.
Porém, Benxo XVI alertou sobre os perigos de “se refugiar em uma espécie de mundo paralelo, ou de ter uma excessiva exposição no mundo virtual”. “Na procura pelo compartilhamento e pela amizade, enfrenta-se o desafio de ser sempre autêntico, fiel a si mesmo, sem ceder à ilusão de construir artificialmente um perfil público”, destacou o Papa.
Segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, o papa Bento XVI, 84 anos, não navega na Internet, mas pede com frequência a seus colaboradores que façam buscas pela rede. Recentemente, o Vaticano criou um site que se conecta ‘Facebook’ e um canal no ‘Youtube’



O Facebook está a ser responsabilizado pelo aumento do número de divórcios na Grã-Bretanha devido a conversas ‘paralelas’ que os utilizadores têm com os seus contactos.
O fenómeno já está, inclusive, a ser estudado por especialista que pretendem investigar o efeito das redes sociais na vida das pessoas, nomeadamente o Facebook.
Segundo um estudo realizado por um grupo de advogados britânicos, «mais de 20 por cento dos pedidos de divórcio, o que equivale a 28 milhões, fazem referência à rede social».
«A razão mais apontada é a proliferação de conversas inadequados, de teor sexual, com pessoas com quem os utilizadores não as deveriam ter», disse Mark Keenan, director-geral do Divórcio-Online.

Fonte: Repórter de Cristo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Jornada Mundial da Juventude




Olá pessoal, fiquem atentos porque a Jornada Mundial da Juventude já é agora em Agosto!! Para quem anseia por participar e puder, já é hora de ir se programando, pois os dias passam rápido. Já é hora de procurar as paróquias, agências e se informar sobre a viagem, os preços, seu passaporte. A Jornada nesse ano será em Madrid. Faltam exatemente 201 dias para a Jornada. Programe-se, o sonho de orar junto com nosso Papa e com a juventude do mundo inteiro pode se tornar realidade!
Uma dica pessoal, para os que moram em Campos dos Goytacazes-RJ, a Paróquia Pessoal São João Maria Vianney, a administração apostólica, está organizando uma peregrinação com os jovens para a jornada, o preço está bem acessível e a forma de pagamento também. Quem se interessar é só entrar em contato com a paróquia ou pra gente aqui no blog.
Estaremos postando mais sobre a Jornada...aguardem...

"Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé" (São Paulo)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Bodas de Caná: um Reino com bom vinho

Caná da Galiléia

Caná fica aproximadamente 12Km de distância de Nazaré

São João nos traz o que seria o primeiro milagre de Jesus. Uma festa de casamento. Os judeus e também os árabes sempre se preocuparam com o casamento de seus filhos. As famílias passavam anos economizando para que nada faltasse no casamento. Era e é um momento importante para as famílias.
E Maria não desiste.  Sem insistir com o filho, sem brigar com ele, sem prolongar a conversa, sem dar sermão algum, apenas diz aos serventes: "Fazei o que ele vos disser." E Jesus faz. Faz o seu primeiro milagre.
A menssagem desse texto é muito simples. Maria é a mãe cuidadosa, zelosa, que se preocupa com os problemas de seus filhos.  Aquele casal de Caná representa a humanidade.  Falta vinho em um casamento e Maria está ali para compreender a angústia e para solucionar o problema. Ela não é Deus, não é deusa, não tem o poder de trazer vida ao que falta, mas é a mãe do Filho de Deus, é a intercessora junto ao Mediador.  O vinho é apenas uma metáfora do que "falta".  Maria sabe o que nos falta. E intercede por nós.

Outro detalhe singelo é a paciência de Maria.  As pessoas quando pedem alguma coisa às outras e recebem uma negativa geralmente são insistentes.  Muitas vezes uma mãe briga com o filho que se recusa a atender um pedido seu, dizendo que sacrificou a vida toda pelo filho, que o alimentou, que passou noites sem dormir.  Maria não faz nada disso.  Olha nos olhos de seu filho e apenas mostra a Ele a angústia dos filhos seus.  E Jesus compreende seu pedido.  Demonstra que não estava nos seus planos fazer esse  milagre. Mas um pedido de mãe deveria ser atendido. Sua mãe pede e Jesus traz o melhor vinho.  Não atende de qualquer jeito, não faz com má vontade. Faz o melhor.
O papel de Maria na história da salvação é extraordinariamente simples e essencial.  Maria esteve sempre presente. Sem alardes. Sem estardalhaços.  Chorou a dor de seu filho. Esperou por sua volta junto aos apóstolos, os mesmos que haviam negado e abandonado Jesus. Não guardou ódio.

Há uma linda história real retratada em um filme chamado O óleo de Lorenzo. Um menino aos oito anos de idade começou a desenvolver os sintomas de uma rara doença, a ADL (adrenoleucodistrofia é uma doença genética rara que afeta o cromossomo X).  Os pais quando ficaram sabendo do diagnóstico do filho, não se conformaram e começaram a travar uma batalha contra a ciência, ou a favor dela, para não desistir da vida do filho. A mãe tudo fez para cuidar da criança que, aos poucos, foi ficando paralítica, cega, surda e incapaz de se comunicar. O amor foi maior que as limitações. Os pais estudaram mais do que os médicos. Buscavam um tipo de tratamento que minimizasse os sofrimentos do filho. Foram vítimas de preconceito, foram mal compreendidos, mas partiram na ventura de dar dignidade ao fruto gerado pelo amor.
Com o tempo, eles conseguiram criar uma combinação de óleos que recebeu o nome de "Oléo de Lorenzo". Um dos óleos que compunham a fórmula era mortal para os ratos, mas os pais do garoto tiveram a coragem de administrá-lo no filho, convictos de que era capaz de amenizar os efeitos da doença nos seres humanos. Apesar das fortes críticas recebidas, foi uma vitória. A doença foi estacionada.  As crianças doentes à época e que não receberam o óleo de Lorenzo não chegaram à idade adulta. Apesar das dificuldades que seu reconhecimento vem tendo, esse óleo é um alento para crianças que possuem a mesma enfermidade.
Pai e mãe não desistem de amar os filhos. Pai e mãe terrenos, cheios de imperfeições, não desistem do amor.  Deus é nosso Pai. E é perfeito. E Maria, a mãe escolhida para cuidar da humanidade, a rainha da paz, mãe Ágape, a presença do amor.

Fonte: Livro Ágape. Padre Marcelo Rossi. Editora Globo.2010.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Liturgia das Horas

A Liturgia das Horas (também chamada Ofício Divino) é a oração pública e comunitária oficial da Igreja Católica.
A palavra ofício vem do latim "opus" que significa "obra". É o momento de parar em meio a toda a agitação da vida e recordar que a Obra é de Deus.
Consiste basicamente na oração quotidiana em diversos momentos do dia, através de Salmo s e cânticos, da leitura de passagens bíblicas e da elevação de preces a Deus. Com essa oração, a Igreja procura cumprir o mandato que recebeu de Cristo, de orar incessantemente, louvando a Deus e pedindo-Lhe por si e por todos os homens.


Liturgia das Horas: nome escolhido durante a reforma litúrgica pós-Concílio Vaticano II, e actualmente em uso. Exprime ao mesmo tempo a característica de ser uma acção litúrgica da Igreja, e que portanto torna presentes os mistérios da salvação, e o seu objectivo peculiar de santificar as diversas horas do dia.
Ofício divino: nome utilizado durante séculos, até ao Concílio Vaticano II, que exprimia o carácter de obrigatoriedade (ofício) desta oração para os clérigos. Ao mesmo tempo, remetia para o dever de rezar, dado por Deus aos seus fiéis.

A Liturgia das Horas não é ação privada, mas para todo corpo da Igreja. Sendo assim, há, de fato, um ministro delegado para isso. Para a celebração comunitária, ter-se-á um diácono ou o próprio padre. Nos mosteiros, pode celebrá-la o superior; sendo assim, até um bispo. Para a celebração individual ou comunitária quando somente leigos participam, o próprio fiel pode celebrá-la,de forma a observar que a Liturgia da Horas para leigos é mais simples do que para os ministros ordenados, pois é obrigação dos diáconos, sacerdotes, bispos, arcebispos cardeais e até do Papa celebrar o Ofício Divino em todas as suas horas (Laudes, Hora Média, Vésperas e Completas), enquanto não é obrigação dos leigos celebrar o Ofício Divino em todos o seus momentos.

O costume de os cristãos rezarem regularmente a diversos momentos do dia tem origem no costume judaico. Os judeus, no tempo de Jesus Cristo, tinham uma oração pública e privada perfeitamente regulamentada quanto às horas, composta de salmos e de leituras do Antigo Testamento.
Jesus Cristo, enquanto judeu, terá certamente praticado este tipo de oração, e o mesmo terão feito os Apóstolos.
Os cristãos continuaram com esse costume, praticamente nos mesmos moldes, dando-lhe, claro, um sentido cristão, pelo que às leituras do Antigo Testamento cedo se juntaram leituras dos Evangelhos e das Epístolas.

As Horas Litúrgicas:
A hora das Laudes é a primeira oração do dia. É feita de manhã e significa "louvor", de modo que nessa hora é privilegiado o louvor a Deus pelo início de mais um dia e o recomeço do trabalho.
A Hora Média pode ser celebrada às 9h00, às 12h00 e/ou às 15h00. Nessa hora, agradece-se pela manhã que está sendo vivida e pelos trabalhos que nela estão sendo realizados (9h00); agradece-se pela manhã que passou e pelo almoço, além de agradecer pela tarde que vai começar (12h00); agradece-se pela tarde que está sendo vivida e pelo trabalhos que nela estão sendo realizados (15h00).
As Vésperas são as orações do fim da tarde, podendo ser celebrada já no poente como no começo imediato da noite. Da mesma maneira como nas Laudes, as Vésperas agradecem ao Senhor, por sua vez e momento, o fim do dia e dos trabalhos. Ora, se de manhã, nas Laudes, agradecemos o começo do dia, agora, nas Vésperas, agradeceremos o fim do dia.
A hora das Completas é rezada à noite, à preparação para dormir.

Vale a pena começar a praticar essa Linda Oração. Se você não sabe peça alguém que conheça para te ensinar. Não desanime, no início pode parecer confuso e difícil, mas a Oração das Horas nos aproxima de Deus e nos dá disciplina na oração diária.
Liturgia da Horas é rezar com a Igreja!

Salve Maria! Shalom!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O que significa o Tau

Antes de mais nada, é preciso saber que o Tau é uma letra do alfabeto grego e hebraico, e que, para os cristãos, representa a cruz onde Cristo operou a nossa salvação, bem como um sinal de eleição.
Hoje esse sinal é fortemente associado a São Francisco de Assis, vejamos o porque disso:

Durante o Concícilo Lateranense IV, realizado em Roma no ano de 1215, o Papa Inocêncio III comunicou a todos os prelados ter concedido a Francisco e aos que quisessem imitá-lo, a aprovação da vida e da regra evangélica.
É nesse mesmo Concílio que aflora o simbolismo do Tau. Inocêncio III inaugura o Concílio com uma fantástica pregação que imediatamente adquire uma larga repercussão.
Comentando o capítulo nono do livro de Ezequiel, o Papa faz suas as palavras de Deus ao profeta: "Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma cruz na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem" (Ez9,4) e acrescenta : " O Tau é a última letra do alfabeto hebraico e a sua forma representa a cruz...O Tau é o sinal que o homem porta na fronte quando, com todo o seu ser, revela a irradiação da cruz; quando - como diz o Apóstolo - crucifica o corpo com os seus pecados; quando diz: "Não quero gloriar-me a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo."

Francisco, que participava desse momento, acolheu as palavras do Santo Padre como se elas lhe tivessem sido diretamente dirigidas. Francisco quis, então, marcar a si e aos seus frades com esse sinal, que, com o tempo, tornar-se-ia marca da vocação franciscana.
O Tau é também o sinal dos vitoriosos.  Francisco era bem consciente disso, primeiro prega o Tau e depois anuncia a salvação e a ressureição que advém por meio do Tau (da cruz). 

Também é interessante saber que ainda antes de Francisco o Tau já era usado pelos irmãos de Santo Antônio Eremita, que cuidavam de doentes, principalmente leprosos.  Eles usavam o Tau como emblema, sinal de pertença à congregação e símbolo da vocação caritativa.
Mas desde os primeiro séculos da Igreja, o Tau era associado à cruz e à salvação que a cruz operou.  Em 546, conta-se que São Gall, bispo de Clermont, promoveu uma procissão para afastar a peste do sul da França e que nos muros de todas as casas e igrejas apareceu o Tau, e a epidemia cessou.
Basílica de São Francisco - Assis
Fonte: Livro Shalom - Um dom para a humanidade.Assessoria Vocacional.2000.

domingo, 16 de janeiro de 2011

O Método Natural Billings

A Igreja recomenda aos casais usarem, quando necessário, o método de controle da natalidade natural, desenvolvido pelo casal Billings. Os métodos naturais são os únicos que indiscutivelmente não prejudicam a saúde da mulher, além do que proporcionam ao casal uma cooperação que os métodos artificiais dispensam, geralmente com prejuízo para a mulher que recorre a meios artificiais.

Como a Igreja vê a questão do controle da natalidade? O Catecismo da Igreja ensina que:

§2368 – “Por razões justas (GS 50), os esposos podem querer espaçar os nascimentos de seus filhos. Cabe-lhes verificar que seu desejo não provém do egoísmo mas está de acordo com a justa generosidade de uma paternidade responsável. Além disso regularão seu comportamento segundo os critérios objetivos da moral.”
§370 – “A continência periódica, os métodos de regulação da natalidade baseados na auto-observação e nos recursos aos períodos infecundos (HV 16) estão de acordo com os critérios objetivos da moralidade. Estes métodos respeitam os corpos dos esposos, animam a ternura entre eles e favorecem a educação de uma liberdade autêntica. Em compensação, é intrinsecamente má “toda ação que, ou em previsão do ato conjugal, ou durante a sua realização, ou também durante o desenvolvimento de suas conseqüências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação.” (Humanae Vitae, 14)
§2369 – “Salvaguardando esses dois aspectos essenciais, unitivo e procriativo, o ato sexual conserva integralmente o sentido de amor mútuo e verdadeiro e sua ordenação para a altíssima vocação do homem para a paternidade” (HV 12).
§2399 – “A regulação da natalidade representa um dos aspectos da paternidade e da maternidade responsáveis. A legitimidade das intenções dos esposos não justifica o recurso a meios moralmente inadmissíveis (por exemplo, a esterilização direta ou a contracepção)”.

O CENPLAFAM – CENTRO DE PLANEJAMENTO FAMILIAR, tel (11)3889-8800 begin_of_the_skype_highlighting (11)3889-8800 end_of_the_skype_highlighting / 3889-8801, em São Paulo, (R. Bernardino de Campos, 110/conj. 12 cep: 04004-040 – Fax: (011)3870 0245) dá orientações e treinamento de como os casais podem usar o método Billings. O email do CENPLAFAM: cenplafam.brasil@cenplafam.com.br – Site:cenplafam.com.br/” “>www.cenplafam.com.br

Quando se aprende a usar o método direito, ele funciona, em qualquer caso, mesmo logo após a gravidez ou para mulheres que têm o ciclo menstrual desregulado, pois ele não depende da periodicidade do ciclo da mulher. É um método garantido até pela Organização Mundial da Saúde.

A mulher aprende com este método a se conhecer e a saber os dias em que está fértil ou não. Assim, pode conceber ou evitar ter filho. Nos dias de fertilidade ela percebe o “muco uterino”, algo semelhante a uma clara de ovo, que umedece a vagina. Sem este muco o espermatozóide não consegue chegar vivo até o óvulo e fecundá-lo, porque a vagina é um canal de grande acidez que mata o esperma; o muco o deixa alcalino. Então, a mulher precisa aprender a se observar, para saber se está “seca” ou “úmida”; é como a terra, se está “úmida” a semente nasce.

Professor Felipe Aquino. http://www.cleofas.com.br/

sábado, 15 de janeiro de 2011

Leigos Carmelitas


ORDEM SECULAR DOS CARMELITAS DESCALÇOS

Quem pode entrar na Ordem Secular?
Qualquer católico que sinta vocação especial de procurar viver no mundo o carisma do Carmelo Descalço.
O que exige este carisma?
1. Desejar viver em comunhão fraterna dentro de uma fraternidade.
2.Procurar viver uma vida evangélica.
3.Ter o espírito de oração contemplativa.
5.Ser animado de zelo apostólico.
6.Seguir os ensinamentos dos santos carmelitas.
Quais são os ideais vocacionais oferecidos pela Ordem Secular dos Carmelitas Descalços?
1.Uma particular sensibilidade em crer no amor de Deus.
2.O culto da oração contemplativa
3.A ascese do desapego.
4.A generosidade da caridade fraterna
5.O zelo apostólico.
6.A intimidade com a Mãe do Senhor.

A Ordem Secular pergunta a você:
- Você se sente atraído pela Palavra de Deus?
- Você ama a Igreja e gosta de participar de sua Liturgia?
- Você quer uma intimidade maior com o Senhor?
- Se sua resposta é sim, procure a Fraternidade mais perto de você e entre em contato com a Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares!

COMUNIDADE BEATA ELISABETH
CARMELO DE SÃO JOSÉ
CAMPOS DOS GOYTACAZES-RJ

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Beatificação de João Paulo II

DA EFE, EM VARSÓVIA (POLÔNIA)
DE SÃO PAULO


Para o bispo polonês Tadeusz Pieronek a beatificação de João Paulo 2º será uma grande oportunidade para a Polônia mostrar ao mundo a importância e o bem que o papa polonês fez durante os 26 anos de seu Pontificado, o terceiro mais longo na história da Igreja Católica.  

Para que alguém seja beatificado, é preciso a comprovação de um milagre. Para a canonização, são necessários dois milagres.

Na terça-feira, os cardeais e bispos participantes da Congregação da Causa dos Santos aprovaram os laudos médicos e teológicos de que João Paulo 2º curou milagrosamente uma freira com mal de Parkinson.
Em geral, as fases iniciais dos processos de canonização levam décadas ou mesmo séculos. Mas em maio de 2005, um mês depois da morte de João Paulo 2º, seu sucessor abriu uma exceção, dispensando-o do prazo habitual de cinco anos após a morte do candidato a santo.

Esse era o pedido da multidão que acompanhou o funeral do papa, em 8 de abril de 2005, com gritos de “santo súbito”.
O pontificado de João Paulo 2º foi um dos mais históricos e turbulentos dos tempos modernos. Durante esse período, os regimes comunistas desmoronaram em toda a Europa Oriental, inclusive na Polônia, seu país natal.
Primeiro não-italiano no cargo em 450 anos, ele foi gravemente ferido em um atentado em 1981. Nos últimos anos, o papa sofria do mal de Parkinson.

A freira francesa Marie Simon-Pierre, 47, diz ter sido repentinamente curada da mesma doença, dois meses depois da morte de João Paulo 2º, quando ela e uma colega rezaram pela intercessão dele.

A beatificação de João Paulo II acontecerá em primeiro de maio de 2011, dia da Festa da Divina Misericórida instituída pelo mesmo.

Fonte: Adaptação de texto do Blog do professor Felipe Aquino.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dica: A emoção de ser casto


No livro “The Thrill of the Chaste”, e escritora e editora nova iorquina Dawn Eden escreveu a história de sua luta pela pureza e pelos benefícios da castidade, depois de sua conversão, depois de ter se desiludido com o estilo de vida “sex-in-the-city” [nota do tradutor:“sexo na cidade”, uma alusão a um famoso seriado de televisão que apresenta mulheres em aventuras sexuais].

Depois de passar vários anos no estilo nova iorquino de namoro – um estilo que segue aquilo que Dawn Eden chama de “regra do Cosmos”: que o sexo deve orientar o relacionamento – ela decidiu começar uma experiência com a castidade. Qual é, exatamente, a “emoção de ser casto”? Para Eden, é uma vida que é mais real, mais vibrante, mais intensa e cheia de sentido do que tudo que a antiga vida de encontros sexuais casuais tinha a oferecer.

Dawn Eden mostra o círculo vicioso do cenário amoroso baseado em sexo, aquele ciclo repetitivo sem fim, de “solidão – encontro intenso – separação – solidão”. Eden explica como ela veio a perceber que nunca encontraria o amor e o casamento que ela desejava sem trilhar uma nova direção. A falta de sentido do cenário amoroso atual se tornou clara quando algumas das conhecidas de Eden sinceramente perguntaram como ela poderia conhecer um possível futuro marido fora desse cenário, como se não houvesse outro tipo de homem a se encontrar no mundo, a não ser desses que se encontram nos bares freqüentados por solteiros.

O efeito geral da maior parte do livro é revelar as profundas diferenças que existem entre a vida de castidade e a vida de prazeres passageiros. O objetivo pode até ser o mesmo, mas os meios empregados se revelam como visões completamente contrárias do que seja o amor humano e a felicidade.

A perspectiva de Dawn Eden pressupõe que a maioria das mulheres está saindo por aí em busca de algo mais do que somente um “caso” ou “fica” sem sentido. Pressupõe que as mulheres esperam um dia, jogando esse “jogo amoroso”, encontrar um marido de verdade. A história de Eden quer mostrar porque as probabilidades disso acontecer são pequenas.

Eden explica que tanto a experiência de sexo antes do casamento como a experiência da castidade estão centradas do mesmo tipo de crença. “Uma delas”, explica Eden, “se baseia em acreditar que um homem que não tenha apostado em você... vai se voltar e se interessar por você por causa da força de sua atratividade física”. “A outra experiência”, ela diz, “se baseia em acreditar que Deus, à medida que você fica mais perto dEle, vai lhe levar a ter um marido amoroso. A castidade ‘abre’ seu mundo, possibilitando que você alcance seu potencial criativo e espiritual sem a pressão de ter que jogar o ‘jogo da sedução’ da atualidade”.

Eden conclui que “quando estou diante de uma escolha entre duas atitudes – nas quais ambas requerem olhar para além da realidade atual – eu escolho a que tem um melhor fundamento”.
Eden se recusa a separar a castidade da graça. Ela não tenta criar uma espécie de “versão secular” da castidade, independente da fé. Ela não tem medo de mostrar sua descoberta, de que a castidade não é apenas um fundamento sólido, mas um fundamento que se baseia em Deus.

As observações de Eden sobre suas experiências, tanto de sexo antes do casamento, quanto de castidade, são muito sábias e nos fazem refletir. Ela não tem vergonha de revelar seus erros e fraquezas – na verdade alguns leitores poderão achar suas confissões inconfortavelmente minuciosas.

Mas ela faz uma grande contribuição ao analisar essas experiências. Uma das grandes descobertas de Eden foi perceber a influência que o divórcio de seus pais teve em seu comportamento. Ela encontra conexões entre a sua promiscuidade, o medo da rejeição, e sua falta de segurança, que foi fruto da saída de seu pai de casa, e de ver sua mãe entrando na onda de encontros casuais. É uma história triste, e trágica, mas é também uma história que efetivamente mostra o dano que um divórcio causa.

Outro ponto positivo é quando relembra como ela foi, pouco a pouco, perdendo a sua pureza, de modo que na época em que perdeu sua virgindade fisicamente, ela já a tinha, na verdade, perdido moralmente e espiritualmente muito tempo antes. Ela observa como, em atividades aparentemente inofensivas como beijar, ela já foi aprendendo a se separar a si mesma, emocionalmente e espiritualmente, do aspecto físico. Pode-se dizer que ela já estava aprendendo uma mentalidade contraceptiva muito antes de perder a virgindade.

Esse livro não é para os facilmente impressionáveis, mas é um contra-ataque muito bem vindo com relação à absurda filosofia sexual ensinada por nossa cultura. Eden mostra como a promessa de felicidade da revolução sexual é uma ilusão, e propõe uma revolução mais autêntica. Para as pessoas que ainda vivem no jogo “fica– termina – fica” esse livro pode ser de grande ajuda. E para aqueles que já estão comprometidos com a castidade, ela oferece reflexões que são oportunas e originais, confirmando a passagem que diz que, onde o pecado abundou, a graça superabundou.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Diário de Viagem VI

Vamos tirar a poeira de nosso diário de viagem que ficou um tempinho na estante e falar um pouco mais de nossa peregrinação. Abriremos as páginas da gruta do Pai-Nosso, e do Monte das Oliveiras (onde visitamos entre outros lugares, o local da Ascensão de Nosso Senhor, o Dominus Flevit, o Jardim de Getsemane e a Igreja da Agonia)

Pai-Nosso
"Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém".

Esta Igreja foi construída sobre duas grutas onde, uma  Jesus "revelou aos Seus discípulos mistérios inescrutáveis", a outra chamada Gruta do Credo.  Após a expulsão dos cruzados o lugar caiu outra vez em ruina até aos meados do século XIX quando a Princesa de la Tour D`Auvergne chegou da Itália. Ela comprou o sítio e viveu ali num chalé de madeira durante oito anos antes de construir um convento que deu ás Irmãs Carmelitas.

O claustro do Pai-Nosso e uma parte do convento Carmelita.  Placas decoradas celebram o Pai-Nosso em sessenta e duas línguas

Aqui mostra o interior da Gruta, onde segundo a Tradição, Jesus orou com os discípulos, ensinando o Pai-Nosso

Monte das Oliveiras

A Ascensão
O Evangelho de S.Lucas, o Livro dos Actos 1:12 e a tradição colocam a Ascensão de Jesus aos céus  no Monte das Oliveiras. A Igreja da Ascensão original foi construída cerca de 380 d.C por uma devota matriarca romana, chamada Poméia.

A abóboda da Igreja da Ascensão foi fechada, quando ela foi transformada em mesquita, em 1187.

 A sua torre de seis andares, com 214 degraus, oferece uma das paisagens mais extensas sobre Jerusalém. Um antigo mosaico e um pequeno museu completam uma merecida visita - que se recomenda especialmente cerca das 16:30, quando as freiras cantam as Vésperas, num lindo canto russo.


Aqui uma vista do Monte das Oliveiras em seu ponto mais baixo, com a Igreja da Agonia em destaque e ao fundo a Igreja de Santa Maria Madalena, Russa - em destaque dorado, é um dos mais visíveis marcos de Jerusalém.

 Descida nas encostas do Monte das Oliveiras (Betfagé - uma aldeia pitoresca por cima do Monte das Oliveiras) a caminho do Dominus Flevit e do Horto do Getsemani. Este Caminho aqui, foi percorrido por Jesus em cima do burrinho que o conduziu para a cidade de Jerusalém. "Eis que aí te vem o Rei, manso e montado em um jumento" Mateus 21:1-12. Daqui parte a procissão anual de Domingo de Ramos.
" No dia seguinte, as grandes multidões que tinham vindo à festa, ouvindo dizer que Jesus vinha a Jerusalém, tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o rei de Israel!" João 12: 12-13.

Esse pilar segundo a Tradição, é o pilar original, ao qual Jesus foi preso e açoitado antes de ir para a Via Sacra. Fica as margens do caminho mostrado acima. Veja que está todo desgastado, já que muitos peregrinos tentam tirar pequenos fragmentos com marretas e levar como relíquia.

Dominus Flevit

A memória de Jesus lamentando o destino de Jerusalém mantém-se viva há gerações, mas é só a partir do tempo dos cruzados que há aqui uma igreja marcando este acontecimento.  Construída em 1955, a Igreja de Dominus Flevit - O Senhor Chorou - tem um aspecto delicado aumentado pelo seu agradável jardim.

Não longe da igreja se encontra o sítio onde Jesus fez o discurso conhecido pelo Discurso do Monte Olivete. Este discurso profético no qual Jesus responde às perguntas dos seus discípulos encontra-se: " E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular; dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?" Mateus 24:3ff.

Perfil de Jerusalém através da janela da Igreja de Berluzzi - Dominus Flevit

Vista de frente da Igreja Dominus Flevit para Jerusalém
" E quando chegou perto e viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! se tu conhecesses, ao menos neste dia, o que te poderia trazer a paz! Mas agora isso está encoberto aos teus olhos." Lucas 19:41-42

O Jardim de Getsamani

Depois da última Ceia, Jesus foi com os discípulos ao Jardim do Getsamani, para começar os últimos passos em direção ao seu destino. O Evangelho de João 8:1 diz:  "para o outro lado do ribeiro de Cedrom, onde havia um jardim". O nome Getsamani significa prensa de óleo e não há razão para duvidar a tradição que diz ser este o jardim mencionado no Evangelho de Mateus



Até hoje as encostas inferiores do Monte das Oliveiras estão cobertas destas antigas árvores, datadas segundo especialistas de mais de 2.500 anos, das quais se julgam terem ouvido as últimas palavras da oração de Jesus: "todavia não se faça a minha vontade, mas a tua", Lucas 22:42. Três vezes orou Jesus : "passa de mim este cálice".

Interior da Igreja da Agonia. Nela se encontra a Pedra da Agonia, onde Jesus se prostrou, está cercada por uma Coroa de Espinhos em ferro trabalhado.

 A Igreja da Agonia completada em 1924 é uma das mais lindas igrejas de Jerusalém. Foi construída com donativos de todo o mundo, e é também chamanda a Igreja de Todas as Nações. Os quatro Evangelistas erguem-se sobre colunas do seu pórtico arqueado.

Por dentro uma fraca luz é refletida nas cúpulas azul escuro com estrelas, que representam o céi nocturno.



" A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo." Mateus 26:36-39

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Virgem da Graça

A Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, encontra-se em Paris na rua Du Bac, 140 - França.

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é uma invocação especial pela qual é conhecida a Virgem Maria, também invocada com a mesma intenção sob o nome de Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças.
Esta invocação está relacionada a duas aparições da Virgem a Santa Catarina Labouré, então uma noviça das Irmãs da Caridade em Paris, França, no século XIX.

A primeira aparição aconteceu na noite da festa de São Vicente de Paulo, 19 de Julho, quando a Madre

Superiora de Catarina pregou às noviças sobre as virtudes de seu santo fundador, dando a cada uma um fragmento de sua sobrepeliz. Catarina então orou devotamente ao santo patrono para que ela pudesse ver com seus próprios olhos a Mãe de Deus, e convenceu-se de que seria atendida naquela mesma noite.

Indo ao leito, adormeceu, e antes que tivesse passado muito tempo foi despertada por uma luz brilhante e uma voz infantil que dizia: “Irmã Labouré, vem à capela; Santa Maria te aguarda”. Mas ela replicou: “Seremos descobertas!”. A voz angélica respondeu: “Não te preocupes, já é tarde, todos dormem… vem, estou à tua espera”. Catarina então levantou-se depressa e dirigiu-se à capela, que estava aberta e toda iluminada. Ajoelhou-se junto ao altar e logo viu a Virgem sentada na cadeira da superiora, rodeada por um esplendor de luz. A voz continuou: “A santíssima Maria deseja falar-te”. Catarina adiantou-se e ajoelhou-se aos pés da Virgem, colocando suas mãos sobre seu regaço, e Maria lhe disse:
“Deus deseja te encarregar de uma missão. Tu encontrarás oposição, mas não temas, terás a graça de poder fazer todo o necessário. Conta tudo a teu confessor. Os tempos estão difíceis para a França e para o mundo. Vai ao pé do altar, graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, e especialmente sobre os que as buscarem. Terás a proteção de Deus e de São Vicente, e meus olhos estarão sempre sobre ti. Haverá muitas perseguições, a cruz será tratada com desprezo, será derrubada e o sangue correrá”. Depois de falar por mais algum tempo, a Virgem desapareceu. Guiada pelo anjinho, Catarina deixou a capela e voltou para sua cela.


Cadeira onde Nossa Senhora se sentou durante a aparição

Catarina continuou sua rotina junto das Irmãs da Caridade até o Advento. Em 27 de novembro de 1830, no final da tarde, Catarina dirigiu-se à capela com as outras irmãs para as orações vespertinas. Erguendo seus olhos para o altar, ela viu novamente a Virgem sobre um grande globo, segurando um globo menor onde estava inscrita a palavra “França”. Ela explicou que o globo simbolizava todo o mundo, mas especialmente a França, e os tempos seriam duros para os pobres e para os refugiados das muitas guerras da época.

Catarina nasceu em Fain-lès-Moutiers, filha de Pierre Labouré. Quando tinha nove anos sua mãe morreu, e Catarina, a pedido de seu pai, passou a cuidar de dois de seus irmãos. Sentiu uma forte vocação religiosa, entrou para as Irmãs da Caridade. Era extremamente devota, um tanto romântica, e dada a visões e intuições místicas. Foi através de um sonho que teve com São Vicente que ela escolheu a Ordem em que entrou. Tendo cedo perdido a mãe, era especialmente apegada à Virgem Maria.

A invocação à Virgem das Graças

A própria medalha contém as palavras por que a Santa Mãe de Deus quis ser invocada:
Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós.

Essa inscrição já sintetiza boa parte da mensagem que a Virgem Mãe revelou: a Imaculada Conceição, pela primeira vez objeto de revelação particular, em 1858 ratificada em Lurdes, e transformada em dogma pelo Papa Pio IX, com a bula Ineffabilis Deus, e a mediação da Mãe de Deus junto ao seu Divino Filho. Usar essa invocação, portanto, significa acreditar que a Virgem das virgens é a Medianeira imaculada.

Simbolismo da Medalha Milagrosa

A serpente: Maria aparece esmagando a cabeça da serpente. A mulher que esmaga a cabeça da serpente, que é o demônio, já estava predita na Bíblia, no livro do Gênesis: “Porei inimizade entre ti e a mulher… Ela te esmagará a cabeça e tu procurarás, em vão, morder-lhe o calcanhar”. Deus declara iniciada a luta entre o bem e o mal. Essa luta é vencida por Jesus Cristo, o “novo Adão”, juntamente com Maria, a co-redentora, a “nova Eva”. É em Maria que se cumpre essa sentença de Deus: a mulher finalmente esmaga a cabeça da serpente, para que não mais a morte pudesse escravizar os homens

 Simbolizam as graças que Nossa Senhora derrama sobre os seus devotos. A Santa Igreja, por isso, a chama Tesoureira de Deus.

As 12 estrelas: Simbolizam as 12 tribos de Israel. Maria Santíssima também é saudada como “Estrela do Mar” na oração Ave, Stella Maris.

O coração cercado de espinhos: É o Sagrado Coração de Jesus. Foi Maria quem o formou em seu ventre. Nosso Senhor prometeu a Santa Margarida Maria Alacoque a graça da vida eterna aos devotos do seu Sagrado Coração, que simboliza o seu infinito e ilimitado Amor.

O coração transpassado por uma espada: É o Imaculado Coração de Maria, inseparável ao de Jesus: mesmo nas horas difíceis de Sua Paixão e Morte na Cruz, Ela estava lá, compartilhando da Sua dor, sendo a nossa co-redentora.

O M: Significa Maria. Esse M sustenta o travessão e a Cruz, que representam o calvário. Essa simbologia indica a íntima ligação de Maria e Jesus na história da salvação.

O travessão e a Cruz: Simbolizam o calvário. Para a doutrina católica, a Santa Missa é a repetição do sacrifício do Calvário, portanto, ressaltam a importância do Sacrifício Eucarístico na vida do cristão.

Fonte: Blog Fotos que Falam

sábado, 1 de janeiro de 2011

Mãe de Deus, Mãe do Eterno

 Celebramos hoje no calendário litúrgico da Igreja o dogma de fé: Maria Mãe de Deus. Veja alguns escritos baseados nas visões da Beata Anna Catharina Emmerich, sobre Maria, publicado no livro Santíssima Virgem Maria. Editora MIR:

" A Santíssima Virgem estava envolta em êxtase. O quarto estava repleto de luz; não vi mais o brilho da lamparina acessa nem o teto do quarto.  O Céu parecia se abrir, um caminho de luz fez-me olhar acima do anjo e na origem desse feixe de luz via a figura da Santíssima Trindade na forma de uma torrente triangular de luz.  Nela eu reconheci - o que só pode ser adorado e nunca exprimido - Deus Todo Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, e ainda somente Deus Todo Poderoso.


".... Em Nazaré, aqui, nesta igreja, uma virgem é o próprio Templo, o Santíssimo está dentro dela, o Sumo Sacerdotal está dentro dela e somente ela está com Ele. Oh, quão belo e maravilhoso é isto, e ainda tão simples e natural!! As palavras de Davi, no Salmo 45, se cumpriram: "O Altíssimo santificou Seu tabernáculo; Deus está no seu centro e este é inabalável".

" Foi me dado a saber por que o Redentor dignou-se a permanecer nove meses no ventre de Sua Mãe para nascer como uma pequena criança e por que não foi da Sua Vontade mostrar-se tão perfeito e belo como um novo Adão.  Não consigo explicar isto claramente.  Entretanto, lembro-me do seguinte - era da Sua vontade consagrar novamente a concepção e o nascimento de homem tão tristemente degradado pela própria queda.  A razão pela qual Maria tornou-se sua Mãe e por que Ele não tinha vindo antes era que somente ela, e nenhuma criatura antes ou depois dela, era o puro Vaso da Graça, prometido por Deus à humanidade como a Mãe do Verbo Encarnado, pelos méritos de cujua Paixão a humanidade estava para ser redimida de sua culpa.  A Santíssima Virgem era a única flor puríssima a florescer na plenitude dos tempos.  Todas as crianças de Deus, que desde o princípio dos tempos haviam ansiado pela salvação, contribuíram para a vinda dela.  Ela era o único ouro puro de toda a terra.  Somente Maria era imaculada em carne e sangue de toda a raça humana, preparada e purificada, ordenada e consagrada por todas as gerações de seus antepassados, guiada, guardada e fortificada pela Lei até que aparecesse como a Cheia de Graça.  Ela foi preestabelecida na eternidade e atravessou o tempo como a Mãe do Eterno. (Veja Provérbios 8, 22-25)