sábado, 8 de janeiro de 2011

Diário de Viagem VI

Vamos tirar a poeira de nosso diário de viagem que ficou um tempinho na estante e falar um pouco mais de nossa peregrinação. Abriremos as páginas da gruta do Pai-Nosso, e do Monte das Oliveiras (onde visitamos entre outros lugares, o local da Ascensão de Nosso Senhor, o Dominus Flevit, o Jardim de Getsemane e a Igreja da Agonia)

Pai-Nosso
"Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém".

Esta Igreja foi construída sobre duas grutas onde, uma  Jesus "revelou aos Seus discípulos mistérios inescrutáveis", a outra chamada Gruta do Credo.  Após a expulsão dos cruzados o lugar caiu outra vez em ruina até aos meados do século XIX quando a Princesa de la Tour D`Auvergne chegou da Itália. Ela comprou o sítio e viveu ali num chalé de madeira durante oito anos antes de construir um convento que deu ás Irmãs Carmelitas.

O claustro do Pai-Nosso e uma parte do convento Carmelita.  Placas decoradas celebram o Pai-Nosso em sessenta e duas línguas

Aqui mostra o interior da Gruta, onde segundo a Tradição, Jesus orou com os discípulos, ensinando o Pai-Nosso

Monte das Oliveiras

A Ascensão
O Evangelho de S.Lucas, o Livro dos Actos 1:12 e a tradição colocam a Ascensão de Jesus aos céus  no Monte das Oliveiras. A Igreja da Ascensão original foi construída cerca de 380 d.C por uma devota matriarca romana, chamada Poméia.

A abóboda da Igreja da Ascensão foi fechada, quando ela foi transformada em mesquita, em 1187.

 A sua torre de seis andares, com 214 degraus, oferece uma das paisagens mais extensas sobre Jerusalém. Um antigo mosaico e um pequeno museu completam uma merecida visita - que se recomenda especialmente cerca das 16:30, quando as freiras cantam as Vésperas, num lindo canto russo.


Aqui uma vista do Monte das Oliveiras em seu ponto mais baixo, com a Igreja da Agonia em destaque e ao fundo a Igreja de Santa Maria Madalena, Russa - em destaque dorado, é um dos mais visíveis marcos de Jerusalém.

 Descida nas encostas do Monte das Oliveiras (Betfagé - uma aldeia pitoresca por cima do Monte das Oliveiras) a caminho do Dominus Flevit e do Horto do Getsemani. Este Caminho aqui, foi percorrido por Jesus em cima do burrinho que o conduziu para a cidade de Jerusalém. "Eis que aí te vem o Rei, manso e montado em um jumento" Mateus 21:1-12. Daqui parte a procissão anual de Domingo de Ramos.
" No dia seguinte, as grandes multidões que tinham vindo à festa, ouvindo dizer que Jesus vinha a Jerusalém, tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o rei de Israel!" João 12: 12-13.

Esse pilar segundo a Tradição, é o pilar original, ao qual Jesus foi preso e açoitado antes de ir para a Via Sacra. Fica as margens do caminho mostrado acima. Veja que está todo desgastado, já que muitos peregrinos tentam tirar pequenos fragmentos com marretas e levar como relíquia.

Dominus Flevit

A memória de Jesus lamentando o destino de Jerusalém mantém-se viva há gerações, mas é só a partir do tempo dos cruzados que há aqui uma igreja marcando este acontecimento.  Construída em 1955, a Igreja de Dominus Flevit - O Senhor Chorou - tem um aspecto delicado aumentado pelo seu agradável jardim.

Não longe da igreja se encontra o sítio onde Jesus fez o discurso conhecido pelo Discurso do Monte Olivete. Este discurso profético no qual Jesus responde às perguntas dos seus discípulos encontra-se: " E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular; dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?" Mateus 24:3ff.

Perfil de Jerusalém através da janela da Igreja de Berluzzi - Dominus Flevit

Vista de frente da Igreja Dominus Flevit para Jerusalém
" E quando chegou perto e viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! se tu conhecesses, ao menos neste dia, o que te poderia trazer a paz! Mas agora isso está encoberto aos teus olhos." Lucas 19:41-42

O Jardim de Getsamani

Depois da última Ceia, Jesus foi com os discípulos ao Jardim do Getsamani, para começar os últimos passos em direção ao seu destino. O Evangelho de João 8:1 diz:  "para o outro lado do ribeiro de Cedrom, onde havia um jardim". O nome Getsamani significa prensa de óleo e não há razão para duvidar a tradição que diz ser este o jardim mencionado no Evangelho de Mateus



Até hoje as encostas inferiores do Monte das Oliveiras estão cobertas destas antigas árvores, datadas segundo especialistas de mais de 2.500 anos, das quais se julgam terem ouvido as últimas palavras da oração de Jesus: "todavia não se faça a minha vontade, mas a tua", Lucas 22:42. Três vezes orou Jesus : "passa de mim este cálice".

Interior da Igreja da Agonia. Nela se encontra a Pedra da Agonia, onde Jesus se prostrou, está cercada por uma Coroa de Espinhos em ferro trabalhado.

 A Igreja da Agonia completada em 1924 é uma das mais lindas igrejas de Jerusalém. Foi construída com donativos de todo o mundo, e é também chamanda a Igreja de Todas as Nações. Os quatro Evangelistas erguem-se sobre colunas do seu pórtico arqueado.

Por dentro uma fraca luz é refletida nas cúpulas azul escuro com estrelas, que representam o céi nocturno.



" A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo." Mateus 26:36-39

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