quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dica: A emoção de ser casto


No livro “The Thrill of the Chaste”, e escritora e editora nova iorquina Dawn Eden escreveu a história de sua luta pela pureza e pelos benefícios da castidade, depois de sua conversão, depois de ter se desiludido com o estilo de vida “sex-in-the-city” [nota do tradutor:“sexo na cidade”, uma alusão a um famoso seriado de televisão que apresenta mulheres em aventuras sexuais].

Depois de passar vários anos no estilo nova iorquino de namoro – um estilo que segue aquilo que Dawn Eden chama de “regra do Cosmos”: que o sexo deve orientar o relacionamento – ela decidiu começar uma experiência com a castidade. Qual é, exatamente, a “emoção de ser casto”? Para Eden, é uma vida que é mais real, mais vibrante, mais intensa e cheia de sentido do que tudo que a antiga vida de encontros sexuais casuais tinha a oferecer.

Dawn Eden mostra o círculo vicioso do cenário amoroso baseado em sexo, aquele ciclo repetitivo sem fim, de “solidão – encontro intenso – separação – solidão”. Eden explica como ela veio a perceber que nunca encontraria o amor e o casamento que ela desejava sem trilhar uma nova direção. A falta de sentido do cenário amoroso atual se tornou clara quando algumas das conhecidas de Eden sinceramente perguntaram como ela poderia conhecer um possível futuro marido fora desse cenário, como se não houvesse outro tipo de homem a se encontrar no mundo, a não ser desses que se encontram nos bares freqüentados por solteiros.

O efeito geral da maior parte do livro é revelar as profundas diferenças que existem entre a vida de castidade e a vida de prazeres passageiros. O objetivo pode até ser o mesmo, mas os meios empregados se revelam como visões completamente contrárias do que seja o amor humano e a felicidade.

A perspectiva de Dawn Eden pressupõe que a maioria das mulheres está saindo por aí em busca de algo mais do que somente um “caso” ou “fica” sem sentido. Pressupõe que as mulheres esperam um dia, jogando esse “jogo amoroso”, encontrar um marido de verdade. A história de Eden quer mostrar porque as probabilidades disso acontecer são pequenas.

Eden explica que tanto a experiência de sexo antes do casamento como a experiência da castidade estão centradas do mesmo tipo de crença. “Uma delas”, explica Eden, “se baseia em acreditar que um homem que não tenha apostado em você... vai se voltar e se interessar por você por causa da força de sua atratividade física”. “A outra experiência”, ela diz, “se baseia em acreditar que Deus, à medida que você fica mais perto dEle, vai lhe levar a ter um marido amoroso. A castidade ‘abre’ seu mundo, possibilitando que você alcance seu potencial criativo e espiritual sem a pressão de ter que jogar o ‘jogo da sedução’ da atualidade”.

Eden conclui que “quando estou diante de uma escolha entre duas atitudes – nas quais ambas requerem olhar para além da realidade atual – eu escolho a que tem um melhor fundamento”.
Eden se recusa a separar a castidade da graça. Ela não tenta criar uma espécie de “versão secular” da castidade, independente da fé. Ela não tem medo de mostrar sua descoberta, de que a castidade não é apenas um fundamento sólido, mas um fundamento que se baseia em Deus.

As observações de Eden sobre suas experiências, tanto de sexo antes do casamento, quanto de castidade, são muito sábias e nos fazem refletir. Ela não tem vergonha de revelar seus erros e fraquezas – na verdade alguns leitores poderão achar suas confissões inconfortavelmente minuciosas.

Mas ela faz uma grande contribuição ao analisar essas experiências. Uma das grandes descobertas de Eden foi perceber a influência que o divórcio de seus pais teve em seu comportamento. Ela encontra conexões entre a sua promiscuidade, o medo da rejeição, e sua falta de segurança, que foi fruto da saída de seu pai de casa, e de ver sua mãe entrando na onda de encontros casuais. É uma história triste, e trágica, mas é também uma história que efetivamente mostra o dano que um divórcio causa.

Outro ponto positivo é quando relembra como ela foi, pouco a pouco, perdendo a sua pureza, de modo que na época em que perdeu sua virgindade fisicamente, ela já a tinha, na verdade, perdido moralmente e espiritualmente muito tempo antes. Ela observa como, em atividades aparentemente inofensivas como beijar, ela já foi aprendendo a se separar a si mesma, emocionalmente e espiritualmente, do aspecto físico. Pode-se dizer que ela já estava aprendendo uma mentalidade contraceptiva muito antes de perder a virgindade.

Esse livro não é para os facilmente impressionáveis, mas é um contra-ataque muito bem vindo com relação à absurda filosofia sexual ensinada por nossa cultura. Eden mostra como a promessa de felicidade da revolução sexual é uma ilusão, e propõe uma revolução mais autêntica. Para as pessoas que ainda vivem no jogo “fica– termina – fica” esse livro pode ser de grande ajuda. E para aqueles que já estão comprometidos com a castidade, ela oferece reflexões que são oportunas e originais, confirmando a passagem que diz que, onde o pecado abundou, a graça superabundou.

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