Quanto aos excessos na Santa Missa e Liturgia:
"... nós não fizemos nada de novo, simplesmente recordamos o que está na própria liturgia católica. Porque a palma, em si, não é um sinal litúrgico. Segundo: em certos momentos é totalmente inadequado. Por exemplo na Quaresma, na Sexta-Feira Santa, Missa de Morto, com o corpo presente, você vai bater palma? Quer dizer tratamos de limitar ao momento de glória, ao momento dos santos... Não proibir. Mesmo porque as proibições, assim, são vistas como imposições... O que nós queremos é "salvaguardar o sagrado". Porque é uma tentação muito grande, é tornar a missa um espetáculo, um show. A emoção, evidentemente tem que ser trabalhada, evangelizada. Mas não pode ser a missa por adrenalina."
"... Tudo é questão de medida. Deve haver momentos de silêncio. Corremos o risco de confundir a fé com os sentimentos externos. A fé não é isto. Segundo: depender de emoções que são muito ambiguas. De fato, estas pessoas que batem palmas, choram, muitas vezes têm uma espiritualidade muito sensível ao impacto, mas não aprofundam a fé e são manipuláveis. Qualquer líder as faz acreditarem em qualquer coisa. Então, a religião cristã não vive de emoções baratas; mas de amor - de amor responsável."
"... A liturgia romana, por exemplo, mostra justamente a beleza do equilíbrio e da sobriedade. Tudo o que se faz na liturgia deve nos levar a Deus. O importante não somos nós - é Deus que deve operar. Aliás, tem aquela piada: "numa dessas igrejas, estava-se ouvindo gritos muito fortes. E então uma pessoa que passava perguntou: O que está acontecendo? O obreiro que estava na porta disse assim: Deus está operando nesse momento. O cara disse: Então ele está operando sem anestesia." (risos)
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