19 de agosto foi designado Dia Mundial Humanitário para homenagear todos os trabalhadores humanitários e funcionários que perderam suas vidas no cumprimento de suas missões e trabalhando na promoção da causa humanitária, apoiando as vítimas de conflitos armados. Na mesma ocasião foi aprovada a proposta da Suécia sobre "Fortalecimento da Coordenação da Assistência Humanitária de Emergência das Nações Unidas".
Para citar um dos grandes exemplos de ajuda humanitária que podemos encontrar por todo o mundo, O Médicos sem Fronteiras:
Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional independente e comprometida em levar ajuda às pessoas que mais precisam sem discriminação de raça, religião ou convicções políticas.
A organização foi criada em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas, que atuaram como voluntários no fim dos anos 60 em Biafra, na Nigéria. Enquanto a equipe médica socorria vítimas em uma brutal guerra civil, o grupo percebeu as limitações da ajuda humanitária internacional: a dificuldade de acesso ao local e os entraves burocráticos e políticos faziam com que muitos se calassem frente aos fatos observados. MSF surge, então, como uma organização humanitária que associa ajuda médica e sensibilização do público sobre o sofrimento de seus pacientes, trazendo à luz realidades que não podem permanecer negligenciadas. Em 1999, MSF recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Hoje, mais de 34 mil profissionais, de diferentes áreas e nacionalidades, compõem a organização. Espalhados por mais de 70 países, eles atuam em contextos que envolvem desastres naturais e humanos, conflitos, epidemias, desnutrição e exclusão do acesso à saúde.
Atualmente, Médicos Sem Fronteiras é a maior organização médico-humanitária não governamental do mundo. Sua atuação é fundamentada nos princípios de independência, imparcialidade e neutralidade.
A organização tem o compromisso de levar cuidados médicos de qualidade a quem necessita, sem distinção de raça, religião ou convicção política.
MSF é uma iniciativa independente de governos. E, antes de iniciar uma missão, cada equipe realiza uma avaliação no campo para verificar as reais necessidades das populações locais. A chave para que MSF atue com independência é sua origem financeira: 90% dos fundos da organização são provenientes de contribuições privadas.
MSF é neutra. A organização não toma partido em conflitos armados, fornece cuidados de acordo com as necessidades básicas de cada população e luta pelo crescimento do acesso a vítimas de conflitos conforme regem as leis humanitárias internacionais.
"...Outro caso que não esquecerei tão cedo foi de uma paciente de 21 anos, que chegou no PS numa sexta-feira à tarde, com dois gêmeos de um ano e meio e sem ninguém para ajudá-la. Ela andou por dias com as crianças e mal se aguentava em pé. Pela história e seu quadro clínico, a principal suspeita era tuberculose. Como ela estava muito mal, tentamos colher o máximo possível de informações para localizar sua família, mas tivemos de esperar até segunda-feira de manhã para enviar o carro com promotores de saúde. Ela morreu na madrugada da segunda-feira e os gêmeos ficaram sozinhos, sentadinhos no chão, olhando para o corpo da mãe sem entender o que estava acontecendo, sem sequer chorar. Era de cortar o coração. Eu estava decidida a tentar adotá-los, caso não encontrássemos a família. Felizmente, no fim da tarde, nosso carro voltou com o pai dos gêmeos.
Um fato interessante é que, ao contrário do Níger, eu não lembro o nome da maioria dos pacientes que atendi. Acho que foi uma forma que meu subconsciente encontrou para eu não sofrer tanto com as perdas, senão não seria capaz de continuar a trabalhar com MSF, porque, afinal de contas, diante de todas as dificuldades que enfrentamos, não é para sofrer com as perdas, mas, sim, festejar todos os pacientes que pudemos ajudar de alguma forma. E são esses pacientes e colegas de trabalho, como os que eu tive em Gogrial, que tornam a vida menos difícil longe da família e dos amigos..." Rachel Esteves - Médica do MSF.
Um fato interessante é que, ao contrário do Níger, eu não lembro o nome da maioria dos pacientes que atendi. Acho que foi uma forma que meu subconsciente encontrou para eu não sofrer tanto com as perdas, senão não seria capaz de continuar a trabalhar com MSF, porque, afinal de contas, diante de todas as dificuldades que enfrentamos, não é para sofrer com as perdas, mas, sim, festejar todos os pacientes que pudemos ajudar de alguma forma. E são esses pacientes e colegas de trabalho, como os que eu tive em Gogrial, que tornam a vida menos difícil longe da família e dos amigos..." Rachel Esteves - Médica do MSF.
Fé, Esperança e CARIDADE.
Há muitos que trabalham na ajuda humanitária, que colocam suas vidas em risco para beneficiar o próximo, sem professar nenhuma fé. Porém possuem o que faltam a muitos, a mais sublime das virtudes: A Caridade.
Senhor, dai-nos a capacidade, a generosidade de amar, de doar, de ajudar por amor a Ti Senhor e aos nossos irmãos que Tu nos confiastes para cuidar. Amém.
Para saber mais: www.msf.org.br
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