sábado, 11 de dezembro de 2010

A Imaculada Conceição de Maria

A Imaculada Conceição da Virgem Maria é uma Verdade, que a Igreja discerniu com o tempo, assim como o fez ao ensinar que Cristo possui duas naturezas (a humana e a divina). Neste opúsculo, na medida que o Senhor nos permitir, procuraremos expor esta doutrina mostrando sua perfeita comunhão com as Sagradas Escrituras.

A Doutrina

O credo na Imaculada Conceição da Virgem Maria consiste em que Deus no momento da conceição da Virgem (união da alma com o corpo) impediu que sua alma (criada por Deus) fosse manchada pelo corpo, que possuía o germe corrompido do pecado original. Deus fez isso pelos méritos de Cristo, a fim de preparar o tabernáculo onde Cristo entraria e chegaria ao mundo.

O Testemunho de São Lucas

Uma das provas da imaculada conceição da Virgem Maria está na saudação do Anjo Gabriel. São Lucas, ao registrar que a Maria é ?cheia de graça? utilizada a palavra grega ?charitoo?, que é utilizada na Sagrada Escritura para designar a Graça no sentido pleno ou em toda sua plenitude.
Por esta razão, São Jerônimo, o maior especialista cristão nas línguas sagradas, no séc. IV ao traduzir as Escrituras para o latim (versão conhecida como Vulgata), traduziu a expressão grega como "gratia plena", que em português seria ?graça plena?.
Que plenitude da Graça era essa que Maria alcançou? Era a Graça original, a Graça perdida no tempo em a nossa natureza humana não estava sujeita ao pecado, mas caiu nele por livre escolha.
Deus ao preservar a Virgem da transmissão do pecado original, a transforma em uma Nova Eva, Mãe da Igreja e dos Cristãos.

A Necessidade da Imaculada Conceição

O pecado é a ofensa a Deus, ele O entristece, desta forma, a Segunda Pessoa da Trindade não poderia ser concebido em um ventre sujeito ao pecado. Ora, quando recebemos alguém em nossa casa procuramos deixar a casa em ordem, limpa, para que nossos convidados se sintam bem, se sintam acolhidos. Devemos entender a imaculada conceição da Virgem, como esta arrumação, providenciada pelo próprio Deus, pelos méritos de Cristo, para que Ele pudesse se encarnar.

Uma figura da Imaculada Conceição está no livro de Josué, onde lemos:
"Eis que a arca da aliança do Senhor de toda a terra vai atravessar diante de vós o Jordão. Tomai doze homens, um de cada tribo de Israel. Logo que os sacerdotes que levam a arca de Javé, o Senhor de toda a terra, tiverem tocado com a planta dos seus pés as águas do Jordão, estas serão cortadas, e as águas que vêm de cima pararão, amontoando-se. O povo dobrou suas tendas e dispôs-se a passar o Jordão, tendo diante de si os sacerdotes que marchavam na frente do povo levando a arca. No momento em que os portadores da arca chegaram ao rio e os sacerdotes mergulharam os seus pés na beira do rio - o Jordão estava transbordante e inundava suas margens durante todo o tempo da ceifa -,as águas que vinham de cima detiveram-se e amontoaram-se em uma grande extensão, até perto de Adom, localidade situada nas proximidades de Sartã; e as águas que desciam para o mar da planície, o mar Salgado, foram completamente separadas. O povo atravessou defronte de Jericó" (Js 3,11-16) (grifos meus).

Da mesma forma como nos tempos de Josué, o Senhor impediu que as águas do Jordão tocassem a Arca da Aliança, o Senhor também impediu que as torrentes do pecado original tocassem a alma da Virgem no momento de sua conceição, com o fim único de preparar o tabernáculo pelo qual Cristo viria.
Por isso o escritor sagrado deixou registrado: "Porém, já veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. E através de um tabernáculo mais excelente e mais perfeito, não construído por mãos humanas (isto é, não deste mundo)" (Hb 9,11) (grifos meus).
Se a Virgem não foi preparada para ser a Mãe do Salvador, ela de forma alguma seria "um tabernáculo mais excelente e mais perfeito ".

Fonte:www.veritatis.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário