segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Nas mãos do Oleiro


Algumas Comunidades devem permanecer pequenas, pobres e proféticas, como sinais da presença de Deus em um mundo que procura sempre mais os valores materiais.  Entretanto outras Comunidades são chamadas a crescer.
O profeta Ezequiel, no capítulo 16, descreve a história da comunidade judaica.  Quando era pequenina e se debatia no seu sangue, Deus a recolheu, cuidou dela, salvou-lhe a vida. Depois , no tempo do amor, cobriu-lhe com sua sombra.  Tornou-se bela e desposou-a. Ela acendeu a realeza.

No fundo de sua pobreza e humilhação, Deus esperava-a fiel ao seu amor. Retomou-a no tempo da sua juventude, pois ele é o Deus terno e bom, lento à cólera e cheio de misericórdia. É o Deus do perdão.
O primeiro pecado de uma comunidade é afastar os olhos daquele que a chama à vida, para olhar para si própria.
O segundo pecado é achar-se bela e pensar que é, em si mesma, uma fonte de vida. Afastar
-se de Deus e começa a assumir compromissos com o mundo e a sociedade. Adquire renome. Mas essa fama tem duração efêmera. Aos poucos entra em decadência.
O terceiro pecado é o desespero. Descobre que não é fonte de vida, que é pobre, que tem falta de vitalidade e de criatividade. Fecha -se , então, na tristeza, nas trevas da sua pobreza e da sua morte.

Mas Deus não deixa de esperá-la como o Pai espera o filho pródigo.  As Comunidades que abandonaram a inspiração de Deus para se fechar em sua própria suficiência devem saber voltar e pedir perdão a Ele, humildemente...

Mãe do Advento rogai por nós!
Fonte: Adaptação de texto do Livro Comunidade, Lugar de Perdão e de festa. Ed. Paulinas.

Um comentário:

  1. Kamilly, linda a reflexão!!!!!
    Às vezes, no caminho corre-se o perigo de perder-se, de não ver aquele que nos impulsionou por estas veredas. Muitas vezes não percebemos a grandeza das pequenas coisas, do grande AMOR de DEUS no recolhimento, no silêncio, na escuta... na obediência.
    Feliz o homem que percebe-se nada diante de DEUS que é tudo.

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